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NOTIMP 208/2019 - 27/07/2019

Publicado: 27/07/2019 - 08:55h
PORTAL UOL


Militares ampliam espaço no Pan e ministro promete mais investimento


Demétrio Vecchioli | Publicada em 26/07/2019 23:00

Quatro anos depois de uma enxurrada de continências nos pódios dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, os militares estão presentes em número ainda maior na delegação brasileira do Pan de Lima. Segundo o governo federal, 137 atletas do Time Brasil enviado ao Peru integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa. Em 2015 eram 123 os militares.

Isso apesar de a delegação ter ficado menor. O Brasil levou um grupo de 600 atletas a Toronto em 2015, enquanto apenas 484 atletas representam o país nesta edição. A participação dos militares, assim, subiu de 20,5% para 27,8%. O número, porém, é menor do que o da Olimpíada do Rio: 145 atletas, que representavam 31,1% da delegação brasileira em 2016.

O aumento na comparação com Toronto ainda não é reflexo da eleição do ex-militar Jair Bolsonaro para a presidência da República e da nomeação do general Décio Brasil para o cargo de Secretário Especial do Esporte. As contratações para o PAAR são feitas via edital e o último foi aberto ainda no fim do ano passado, pelo governo Michel Temer.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, porém, promete atuar para ampliar o programa."O Brasil, a Rússia e a China têm como base dos seus atletas olímpicos as Forças Armadas. Nos Estados Unidos são os universitários. Como temos tempo relativamente curto para a Olimpíada, é importe investir onde tem trabalho andando. Vamos investir mais na Bolsa Atleta e nos atletas militares. E nos clubes. Mas muitos clubes estão colocando atletas dentro dos quarteis para fazer o treinamento", afirmou o ministro, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

O programa de alto rendimento das Forças Armadas foi criado em 2008, numa parceria da Defesa com o então Ministério do Esporte (hoje transformado em secretaria inserida no Ministério da Cidadania). A Defesa abre edital desenhado para que o vencedor seja um atleta de alto nível previamente escolhido, dando pontuação extra e decisiva para conquistas como títulos mundiais ou pan-americanos.

Esses atletas recebem soldo pago por Exército, Marinha ou Aeronáutica - no ano passado foram gastos cerca de R$ 19,9 milhões. Já o Ministério do Esporte se comprometia a pagar a realização de eventos como Campeonatos Mundiais Militares no Brasil, além de bancar treinamentos para as equipes.

Como mostrou o blog Olhar Olímpico no ano passado, o programa tem perdido força. Em 22 de agosto de 2016, durante a Olimpíada do Rio, tinha 670 atletas. Em agosto do ano passado, eram 630 atletas. O governo agora afirma ter 589 militares no programa de alto rendimento.

Conversa com atletas

Antes de participar da cerimônia de abertura do Pan, da qual foi retirado de um assento, o ministro da Cidadania almoçou com a jogadora de handebol Duda Amorim e com a presidente da Comissão de Atletas do COB, a ex-pentatleta Yane Marques. De acordo com o comitê, o convite para o almoço partiu da Embaixada do Brasil em Lima, para a própria entidade, que escolheu enviar a estrela da seleção de handebol e Yane. Duda, que joga neste sábado, não participou do evento à noite.

"Conversamos sobre incetivos, sobre Bolsa Atleta. 71% dos atletas recebem aqui o Bolsa. e queremos ampliar isso. Foi sobre esse tipo de questão", explicou Terra quando perguntado pela reportagem sobre o tema do encontro, que não foi divulgado por nenhuma das partes.

A agenda oficial divulgada pelo Ministério da Cidadania previa apenas sua pesença na cerimônia. Mas ele teve pelo menos outros três compromissos. Pelas redes sociais, o governo informou que Terra visitou os "estúdios" da Record em Lima no Centro de Imprensa - a imagem compartilhada, porém, é da sala de imprensa. Além disso, com o embaixador brasileiro em Lima, ele assistiu à passagem da tocha pan-americana em frente à Embaixada