Com mais de 100 bloqueios em estradas e cidades ainda isoladas, circular pelo Rio Grande do Sul ainda é um problema. O Jornal da Record acompanhou militares da FAB que resgataram um bebê com 45 horas de vida. Ele nasceu em uma cidade que estava isolada e precisava de cuidados especiais.

Os pilotos suecos que atuam no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) são responsáveis por auxiliar e instruir os profissionais da Força Aérea Brasileira em atividades e operações com o F-39 Gripen.

Neste dia 22 de maio, a Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB) celebra sua missão dedicada de proteger os vastos espaços aéreos e marítimos do Brasil. Com uma área de responsabilidade que se estende por aproximadamente 13,5 milhões de quilômetros quadrados, as tripulações dos Esquadrões Orungan, Phoenix e Netuno assumem o compromisso de vigilância contínua, 24 horas por dia.

Diante da data, a FAB divulga um bonito vídeo, disponibilizado no player a seguir. Abaixo do vídeo, leia mais informações sobre a Aviação de Patrulha.

Hoje, os Esquadrões Orungan (1°/7° GAV), sediado na Base Aérea de Santa Cruz (RJ); Phoenix (2°/7° GAV), sediado na Base Aérea de Canoas (RS); e Netuno (3°/7° GAV), sediado na Base Aérea de Belém (PA), compõem a Aviação de Patrulha da FAB.

Dois tipos de aeronaves são operadas: P-95 Bandeirulha e P-3AM Orion. Esses aviões destacam-se por possuir características específicas, tais como longo alcance e grande autonomia. Além disso, empregam modernos sensores capazes de ampliar as capacidades de seus tripulantes na proteção de nossas riquezas.

Rotineiramente, os Esquadrões de Patrulha são engajados, entre outras ações, em missões de acompanhamento do tráfego marítimo no litoral brasileiro, fiscalização contra a pesca ilegal e contra a exploração da biodiversidade, além de coibir a poluição das águas jurisdicionais brasileiras e realizar a vigilância para inibir o contrabando e demais crimes transfronteiriços realizados no meio marítimo.

Todos os Esquadrões de Patrulha são capazes de realizar as Ações de Patrulha Marítima (PATMAR), Busca e Salvamento (SAR), Controle Aéreo Avançado (CAA), Posto de Comunicação Aeroespacial (P Com-Aepc) e Reconhecimento Aeroespacial (Rec Aepc). Contudo, somente o mais antigo deles, o Esquadrão Orungan, possui os meios necessários para realizar a Ação de Antissubmarino (AS), a qual se destina a buscar, detectar, identificar, acompanhar e neutralizar ou destruir submarinos inimigos.

O Esquadrão Phoenix, devido à sua localização, especializou-se em realizar missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), não somente nas fronteiras marítimas no sul do país, como também na parte terrestre, garantindo a proteção e a integridade territorial do país.

Já o Esquadrão Netuno tem como objetivo principal o patrulhamento do litoral norte do Brasil, protegendo e vigiando as áreas marítimas dentro do território nacional. Também é responsável por liberar as áreas marítimas para a descida dos foguetes lançados pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) ou pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), alertando as embarcações próximas sobre o procedimento a ser realizado.

História

O nascimento da Aviação de Patrulha ocorreu em 1942, quando o país se tornou alvo de sucessivos afundamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães e italianos. O Dia da Aviação de Patrulha é então celebrado em 22 de maio por um fato marcante ocorrido naquele ano.

A data lembra a ação de pilotos brasileiros em meio à Segunda Guerra Mundial, quando atacaram, a bordo de uma aeronave B-25 Mitchell, o submarino italiano Barbarigo, que, quatro dias antes, havia lançado torpedos contra o navio mercante brasileiro Comandante Lyra.

A Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu, na segunda-feira (20), uma delicada Evacuação Aeromédica (EVAM) de um recém-nascido prematuro de apenas um dia de vida, nascido após 28 semanas de gestação. O pronto atendimento ocorreu no Rio Grande do Sul, que enfrenta a situação de calamidade devido às enchentes.

“Trata-se de uma criança que nasceu em uma localidade que não tem suporte de neonatal. É um prematuro extremo, de 1,1 kg e 28 semanas, e a gente sabe que essas crianças não têm condições de sobreviver fora de uma UTI neonatal. Então, o transporte é necessário para a sobrevivência da criança“, destacou a Major Médica Ana Maria da Trindade Castello Branco, que assistiu à recém-nascida durante a EVAM. 

A criança foi transportada da Base Aérea de Canoas (BACO) para o município de Tramandaí (RS), em um helicóptero H-36 Caracal, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8° GAV) – Esquadrão Puma. A aeronave foi configurada em uma UTI Neonatal Aérea, comportando uma incubadora.

Devido ao horário da ação, à noite, a dificuldade do deslocamento foi agravada pela ausência de luz, porém, em mais uma demonstração de versatilidade operacional, o Esquadrão operou com utilização de óculos de visão noturna (NVG – do inglês Night Vision Goggles), que foram fundamentais às manobras de navegação e aproximação. 

Segundo o Comandante da aeronave, Tenente Aviador Cláudio Alves de Oliveira Junior, o diferencial da aviação de asas rotativas é justamente a realização de EVAM em terreno confinado. “No caso de hoje, o pouso aconteceu em um campo de futebol, com prédios ao lado. O auxílio do NVG é um facilitador“, completou. 

A operação contou com o apoio de militares do Corpo de Bombeiros de Rondônia (CBM-RO), que transportaram a criança do município de Rosário do Sul até a BACO e auxiliaram na EVAM da FAB.

Na tarde de sábado (18), uma aeronave KC-390 Millennium realizou lançamento de donativos e materiais essenciais, por via aérea, nos locais mais atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O avião é operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis (BAAN) e deslocado para operar a partir da Base Aérea de Canoas (BACO) em ajuda às vítimas das enchentes na região sul do país.

Coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a missão lançou a carga, que continha cerca de 10 toneladas de donativos, entre eles mantimentos e fardos de água, no município de Ivorá (RS). O material lançado foi arrecadado por meio da campanha “Todos Unidos pelo Sul”, coordenada pela FAB.

O material foi condicionado no método CDS (do inglês Container Delivery System) e equipado com paraquedas pelo Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento pelo Ar (B DOMPSA) do Exército Brasileiro. O recolhimento e distribuição do material lançado pela FAB estão a cargo das autoridades locais.

O Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Zeus, Major Aviador Rafael Portella Santos, falou da importância desse tipo de lançamento para chegar às comunidades afetadas e com difícil acesso. “Cumprir este tipo de missão é uma satisfação, nós tripulantes estamos trabalhando de forma ininterrupta desde que começou a operação de transporte de donativos. Agora, com a missão de ressuprimento, estamos conseguindo chegar com donativos em áreas de difícil acesso, devido ao fechamento de algumas rodovias. Assim, conseguimos atingir o objetivo e ajudar quem está necessitando”, disse.

Por meio do Comando Conjunto ativado para a Operação Taquari 2, a Força Aérea realiza o lançamento aéreo de mantimentos e lançamento aéreo de doações e suprimentos essenciais nas áreas mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Essas operações visam agilizar o auxílio às comunidades isoladas devido à obstrução de várias estradas.

A gama de missões realizadas no Rio Grande do Sul pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV) – Esquadrão Onça, sediado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), faz jus ao lema: “Lançar, suprir, resgatar, nossa sagrada missão!”. Na Operação Taquari 2, o Esquadrão, coordenado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), tem se destacado pela capacidade de se adaptar a diferentes tarefas, incluindo transporte aéreo logístico, ressuprimento aéreo e Evacuação Aeromédica (EVAM), por meio da aeronave C-105 Amazonas.

“Para o Esquadrão Onça, é gratificante poder somar esforços nas ações desenvolvidas no âmbito da Operação Taquari 2 para ajudar a população gaúcha neste momento tão delicado. Seja nas missões de Evacuação Aeromédica, Lançamento Aéreo de Cargas ou Transporte Aéreo Logístico, nossos meios estarão sempre prontos e os tripulantes motivados para atender à sociedade nos momentos mais difíceis”, declarou o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Brugiolo Gonçalves.

Transporte de donativos

Entre os dias 11 e 20/05, a aeronave transportou cerca de 50 toneladas de donativos, incluindo cestas básicas, água, medicamentos e produtos de higiene, para as regiões afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul. As doações foram arrecadadas por meio da Campanha “Todos Unidos Pelo Sul”. As entregas foram feitas em cidades como Santa Maria, Pelotas e Rio Grande.

Lançamento de carga

Já no que se refere às missões de ressuprimento aéreo, ou seja, ao lançamento de carga, o Esquadrão Onça já fez chegar à população gaúcha pelo menos cinco toneladas de donativos, entre água, alimentos e vestuário.

Evacuação Aeromédica

Entre as missões de Evacuação Aeromédica (EVAM), o Esquadrão Onça realizou a maior missão até o momento no Rio Grande do Sul. No domingo (19/05), três bebês recém-nascidos e dois adultos em estado grave de saúde, internados no Hospital da Universidade Federal de Rio Grande, foram removidos em segurança para unidades de saúde de referência em Canoas (RS), já que as capacidades em Rio Grande (RS) estavam comprometidas devido às enchentes.

No transporte, a Força Aérea Brasileira (FAB) empregou uma aeronave C-105 Amazonas pertencente ao 1º/15º GAV, que também possui a capacidade de ser configurada em uma Unidade de Terapia Intensiva Aérea.

Atuação da FAB

A FAB tem atuado em diversas frentes no apoio às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. As ações iniciaram no dia 30 de abril, com resgates de pessoas ilhadas, e estendem-se a atendimentos de saúde, transporte de equipes de resgate e materiais, campanha de arrecadação de donativos, coordenação de meios aéreos e outras.

Depois dos voos do Calor Humano e do Melhor Amigo, a FAB enviou, nesta quarta-feira (22), uma aeronave KC 30 com 20 toneladas de doações de calçados para o Rio Grande do Sul.

Os tênis, botas e sapatos foram organizados em caixas e catalogados como feminino, masculino e infantil. Outros donativos também foram colocados no compartimento inferior da aeronave. O coordenador de logística da campanha dos calçados, Brigadeiro Gilson Alves, considera importante a seleção para atender às maiores necessidades das vítimas.

“Na logística, a gente tem que ser preciso, né? A gente tem que entregar no momento certo, para a pessoa que precisa e o que ela está precisando. Então, a coordenação, junto ao nosso comando conjunto - aquele comando que tem as três forças, - e à Defesa Civil, é importantíssima porque eles demandam para nós, informando o que é necessário, qual a necessidade naquele momento e onde entregar”, explica.

Homenagem às vítimas das enchentes

Antes da decolagem, integrantes de dois Centros de Tradições Gaúchas - um da Vila Planalto e outro de Valparaíso de Goiás - participaram de uma cerimônia em homenagem às vítimas da tragédia. O grupo estava caracterizado com roupas da cultura gaúcha, bandeiras do estado e faixas. A orquestra da FAB tocou o Hino do Rio Grande do Sul. O diretor do CTG Estância Gaúcha do Planalto, Sidney Bernau, diz que se sentiu muito triste com o desastre, mas comovido com a solidariedade, principalmente em Brasília. “A gente sabe que tem sido no Brasil todo, mas, aqui em Brasília principalmente, tem muito empenho, não só os CTGs, mas de entidades do governo, lojas, shoppings. Realmente o povo é muito solidário”, afirma.

A FAB continua a enviar voos com doações diariamente e pretende organizar novas viagens temáticas de acordo com a necessidade das vítimas do Rio Grande do Sul.

Na manhã desta quarta-feira (22), dois tripulantes filipinos doentes foram resgatados em alto mar pela Força Aérea Brasileira (FAB), próximo à costa brasileira. A embarcação estava distante 90 milhas náuticas a leste de Natal (RN) e um dos tripulantes apresentava vômito com sangue. Já o outro tripulante estava com sangramento nasal, perda de consciência e pressão alta.

O avião para resgate decolou de Natal com direção ao ponto de resgate em mar aberto, alcançando-a 52 milhas náuticas da costa do Rio Grande do Norte. Os tripulantes filipinos, em condição estável, foram entregues na área operacional da Base Aérea de Natal (BANT), aos cuidados de uma equipe médica do SAMU, com apoio médico do Esquadrão de Saúde de Natal, sendo encaminhados de ambulância para Hospital Memorial de São Francisco, na capital potiguar.

Para o resgate, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) disponibilizou uma aeronave H-36 Caracal, empregada pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão. Conhecido por sua adaptabilidade em diferentes cenários operacionais, o helicóptero possui sistemas avançados de navegação, comunicação e proteção, sendo capaz de operar em ambientes desafiadores.