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NOTIMP 016/2025 - 16/01/2025
A partir de hoje, Major Joyce se torna a 1ª mulher a assumir o Comando de uma Unidade Aérea na história da FAB
Murilo Basseto | Publicada em 15/01/2025 16:08
A partir de hoje, 15 de janeiro de 2025, a Major Aviadora Joyce de Souza Conceição assume o Comando do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – da Força Aérea Brasileira (FAB), tornando-se a primeira mulher a comandar um Unidade Aérea na história da FAB.
Esta nomeação histórica, oficializada em 9 de julho de 2024, é um marco para a participação das mulheres nas Forças Armadas do Brasil e reforça a trajetória de pioneirismo e liderança da Major Joyce.
Superação e Pioneirismo
Natural de Manaus, Amazonas (AM), a Major Joyce ingressou na FAB, em 2003, formando-se Aspirante a Oficial Aviadora em dezembro de 2006, sendo parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA).
Desde o início de sua carreira, a Major Joyce tem se destacado por sua competência, dedicação e, principalmente, pelas barreiras que quebra a cada etapa de sua trajetória, sendo referência para as mais de 13 mil mulheres pertencentes ao quadro de militares da FAB.
“Fazer parte da primeira turma de Oficiais Aviadoras foi um desafio e uma grande responsabilidade. A adaptação ao voo e a formação completa nos dois anos de atividade aérea exigiram dedicação adicional. Na minha trajetória, na Academia da Força Aérea, considero que o espírito de grupo, sobretudo com minhas colegas de turma, bem como o profissionalismo dos instrutores da AFA, foram fatores fundamentais para que as dificuldades pudessem ser superadas”, relata.
Após se formar como aviadora pela AFA, se especializou na Aviação de Transporte, completando o curso em 2007. Nos anos seguintes, atuou no Norte do Brasil, pilotando as aeronaves C-98 Caravan e C-97 Brasília. Durante este período, enfrentou desafios impostos pelas vastas distâncias e as condições adversas da Região Amazônica, sempre com competência e habilidade em suas missões.
“O período de voo na Amazônia, no Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, foi de enorme aprendizado. Tive oportunidade de cumprir inúmeras missões nas quais somente por meio do apoio aéreo, as populações ribeirinhas podiam ser atendidas. A operação ocorria muitas vezes em pistas restritas e em condições meteorológicas adversas, típicas da Amazônia. Ao executar o transporte de medicamentos, vacinas e suprimentos diversos, entendi a importância do trabalho realizado pelas Forças Armadas naquela região inóspita, um Brasil que poucos conhecem e que tive o privilégio de conhecer”, diz.
Conquistas históricas
Em 2012, ainda como Tenente, fez história ao se tornar a primeira aviadora brasileira habilitada a pilotar o C-130 Hercules, uma das aeronaves mais emblemáticas da FAB. Este feito a consolidou como uma das principais aviadoras da instituição, abrindo caminho para missões ainda mais complexas.
E, no Esquadrão Gordo, a então Major Joyce teve uma trajetória com grandes marcos. Em 2016, no posto de Capitão, ela se tornou a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica, conquistando um feito histórico na aviação.
De acordo com a Major Joyce, cumprir as missões em apoio ao Programa Antártico Brasileiro, foi motivo de enorme orgulho para ela.
“Considero o ápice e a coroação da minha trajetória operacional como piloto da aeronave C-130, no Esquadrão Gordo, Unidade de enorme tradição e importância operacional no âmbito da Força Aérea. Os desafios da meteorologia instável na Península Antártica, com condições de visibilidade e teto restritas, além de ventos superiores a 100km/h, exigiam experiência e perícia de toda a equipe”, expõe.
Liderança e desafios
A nomeação da Major Joyce para o Comando do 1º/1º GT é o reconhecimento de sua capacidade de liderança, competência técnica e comprometimento com as missões da Instituição.
Entre os anos de 2021 e 2022, como Major, ela atuou como Oficial de Operações do Esquadrão, coordenando atividades operacionais em uma unidade com missões complexas e desafiadoras e, agora, sente-se radiante pela oportunidade de retornar ao voo, agora a bordo da aeronave KC-390, a qual substituiu os lendários C-130, e que vem demonstrando sua capacidade de realizar com maior rapidez e eficiência os diversos tipos de missões atribuídas ao Esquadrão.
“Ser escolhida para comandar o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte, o Esquadrão Gordo, foi uma grande emoção, e me senti muito grata por esse reconhecimento da Força Aérea ao meu trabalho. A Unidade que irei comandar é uma das mais operacionais e realiza inúmeras missões de relevância para o país, sobretudo em momentos de crise, como foi demonstrado em sua participação na Operação Taquari II em 2024, após as enchentes no Rio Grande do Sul. Além disso, faz parte da rotina da unidade o cumprimento de missões operacionais como lançamento de carga e de paraquedistas, reabastecimento em voo, busca e salvamento e combate a incêndios em voo”, conta a Major.
O Reconhecimento
A nomeação da Major Joyce para o comando do Esquadrão Gordo não é apenas uma conquista pessoal, mas também um reflexo do avanço na promoção da participação feminina dentro das Forças Armadas. Sua ascensão ao comando de uma Unidade Aérea tão importante simboliza o papel das mulheres nas instituições militares, além de servir como fonte de inspiração para novas gerações de mulheres e homens que desejam seguir carreira nas Forças Armadas.
“Espero dois anos de muitos desafios, nos quais pretendo liderar minha Unidade para continuar sendo referência em preparo, prontidão, profissionalismo e segurança, mantendo a excelência no emprego da aeronave KC-390, a qualquer hora, em qualquer lugar, onde o Brasil precisar. E, para as mulheres que pretendem ingressar na Força Aérea e que almejam um dia Comandar um Esquadrão Aéreo, atesto que o céu é vasto e há espaço para todas nós. O caminho não é fácil, mas coragem, determinação e preparo são as armas mais poderosas com as quais enfrentei os desafios ao longo da minha carreira até aqui. Continuem sonhando, voando e desafiando os limites, e certamente assim poderão alçar voos cada vez mais altos”, finaliza a Comandante do 1º/1º GT.
O Esquadrão Gordo
O Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – é uma das Unidades mais tradicionais e estratégicas da Força Aérea Brasileira (FAB), com missão essencial para as operações logísticas. Suas responsabilidades incluem o transporte de tropas, cargas e suprimentos, além de missões de apoio humanitário, defesa e resgates.
Ao longo dos anos, a unidade tem se destacado em momentos de crise, enviando ajuda humanitária a países afetados por desastres naturais e realizando missões de transporte em zonas de conflito, consolidando-se como um pilar fundamental para a projeção de poder e assistência do Brasil no cenário global. Com sede no Rio de Janeiro (RJ), na Base Aérea do Galeão, o Esquadrão Gordo tem desempenhado um papel fundamental em diversas operações, tanto no território nacional quanto no exterior.
O Esquadrão Gordo opera a aeronave KC-390 Millennium, um vetor de última geração desenvolvido pela Embraer, que trouxe um salto significativo em termos de capacidade e versatilidade. Com a capacidade de transportar até 26 toneladas de carga, o KC-390 é ideal para missões de transporte estratégico e pode operar em pistas curtas e não preparadas.
Além disso, a aeronave é equipada com sistemas modernos de reabastecimento em voo e é capaz de realizar operações em condições extremas, como combates a incêndios e missões de busca e salvamento. O Esquadrão Gordo, com o KC-390, tem se consolidado como uma força vital para a FAB, mantendo sua excelência operacional e expandindo sua capacidade de atender às necessidades logísticas do Brasil, em qualquer parte do mundo.
Concurso da Aeronáutica oferece 194 vagas para Curso de Formação de Sargentos
Inscrições começam nesta quarta-feira; candidatos devem ter ensino médio
Da Redação | Publicada em 15/01/2025 15:25
A partir desta quarta-feira (dia 15), às 10h, começam as inscrições para o concurso da Aeronáutica, destinado à admissão ao Curso de Formação de Sargentos (CFS). Ao todo, estão disponíveis 194 vagas, com ingresso previsto para janeiro de 2026. Os selecionados irão estudar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá, interior de São Paulo.
As inscrições estarão abertas até o dia 14 de fevereiro, às 15h (horário de Brasília), por meio do site oficial do concurso: http://www.ingresso.eear.fab.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 95, mas há a possibilidade de isenção para candidatos que atendam a critérios específicos, como ser beneficiário do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou doador de medula óssea.
Quem pode participar?
Podem concorrer ao concurso candidatos de ambos os sexos, que tenham completado o ensino médio e atendam aos seguintes requisitos: ter entre 17 e 24 anos (completados até 31 de dezembro de 2026), ser solteiro e não possuir filhos ou dependentes.
Distribuição de vagas
As vagas estão distribuídas em dez áreas de atuação dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), incluindo especialidades como mecânica de aeronaves, meteorologia, controle de tráfego aéreo, entre outras.
As 194 vagas estão distribuídas da seguinte forma:
- Comunicações: 20 vagas
- Estrutura e pintura: 10 vagas
- Equipamento de voo: 6 vagas
- Mecânica de aeronaves: 45 vagas
- Material bélico: 16 vagas
- Meteorologia: 20 vagas
- Informações aeronáuticas: 12 vagas
- Cartografia: 2 vagas
- Guarda e segurança: 13 vagas
- Controle de tráfego aéreo: 50 vagas
Curso de formação
O curso tem duração de dois anos e é realizado em regime de internato, com instruções nas áreas geral, militar e técnico-especializado. Durante o período de formação, a FAB oferece alimentação, alojamento, fardamento, assistência médico-hospitalar e dentária, além de uma remuneração inicial de cerca de R$ 1.200.
Após a conclusão do curso, os formandos, já como terceiro-sargento, serão designados para servir em unidades espalhadas por todo o Brasil, com salário atual de R$ 3.825, além de adicionais.
A seleção será composta por uma prova objetiva, que ocorrerá no dia 1º de junho, abrangendo disciplinas como língua portuguesa, língua inglesa, matemática e física. A prova será aplicada em 16 municípios brasileiros, incluindo capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Recife.
Demais etapas
Além da prova, os candidatos passarão por outras etapas, como inspeção de saúde, avaliação psicológica e teste físico, que acontecerão entre agosto e outubro. A previsão é que a matrícula e o início do curso se deem em 14 de janeiro de 2026.
Pela primeira vez, FAB tem esquadrão aéreo sob comando feminino
Da Redação | Publicada em 15/01/2025 17:09
Joyce de Souza Conceição. Este nome ficará na história da Força Aérea Brasileira como a primeira mulher a assumir o comando de um esquadrão aéreo. Trata-se do Esquadrão Gordo, equipado com jatos KC-390 Millenium. A cerimônia de passagem de comando ocorreu hoje, 15 de janeiro, na Base Aérea do Galeão.
Natural de Manaus (AM), a Major Joyce ingressou na FAB, em 2003, formando-se aspirante em dezembro de 2006, sendo parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA). “Na minha trajetória, na Academia da Força Aérea, considero que o espírito de grupo, sobretudo com minhas colegas de turma, bem como o profissionalismo dos instrutores da AFA, foram fatores fundamentais para que as dificuldades pudessem ser superadas”, relata a militar, atualmente no posto de Major.
Após se formar, se especializou na Aviação de Transporte, completando o curso em 2007. Nos anos seguintes, atuou no Norte do Brasil, pilotando as aeronaves C-98 Caravan e C-97 Brasília. “O período de voo na Amazônia, no Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, foi de enorme aprendizado. Tive oportunidade de cumprir inúmeras missões nas quais somente por meio do apoio aéreo, as populações ribeirinhas podiam ser atendidas. A operação ocorria muitas vezes em pistas restritas e em condições meteorológicas adversas, típicas da Amazônia. Ao executar o transporte de medicamentos, vacinas e suprimentos diversos, entendi a importância do trabalho realizado pelas Forças Armadas naquela região inóspita, um Brasil que poucos conhecem e que tive o privilégio de conhecer”, diz.
Em 2012, ainda como Tenente, fez história ao se tornar a primeira aviadora brasileira habilitada a pilotar o C-130 Hercules. Em 2016, já como Capitão, ela se tornou a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica. “Considero o ápice e a coroação da minha trajetória operacional como piloto da aeronave C-130, no Esquadrão Gordo, Unidade de enorme tradição e importância operacional no âmbito da Força Aérea. Os desafios da meteorologia instável na Península Antártica, com condições de visibilidade e teto restritas, além de ventos superiores a 100km/h, exigiam experiência e perícia de toda a equipe”, expõe.
Entre os anos de 2021 e 2022, como Major, ela atuou como Oficial de Operações do Esquadrão, coordenando atividades operacionais. Posteriormente, passou pela Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Em 9 de julho de 2024, foi indicada durante a reunião do Alto Comando da Aeronáutica.
“Espero dois anos de muitos desafios, nos quais pretendo liderar minha Unidade para continuar sendo referência em preparo, prontidão, profissionalismo e segurança, mantendo a excelência no emprego da aeronave KC-390, a qualquer hora, em qualquer lugar, onde o Brasil precisar. E, para as mulheres que pretendem ingressar na Força Aérea e que almejam um dia comandar um esquadrão aéreo, atesto que o céu é vasto e há espaço para todas nós. O caminho não é fácil, mas coragem, determinação e preparo são as armas mais poderosas com as quais enfrentei os desafios ao longo da minha carreira até aqui. Continuem sonhando, voando e desafiando os limites, e certamente assim poderão alçar voos cada vez mais altos”, finaliza a Comandante do Esquadrão Gordo.
Unidade estratégica
O Esquadrão Gordo é uma das unidades mais tradicionais e estratégicas da FAB. Suas responsabilidades incluem o transporte de tropas, cargas e suprimentos, além de missões de apoio humanitário, defesa e resgates. Ao longo dos anos, a unidade tem se destacado em momentos de crise, enviando ajuda humanitária a países afetados por desastres naturais e realizando missões de transporte em zonas de conflito, consolidando-se como um pilar fundamental para a projeção de poder e assistência do Brasil no cenário global. Com sede no Rio de Janeiro (RJ), na Base Aérea do Galeão, o Esquadrão Gordo tem desempenhado um papel fundamental em diversas operações, tanto no território nacional quanto no exterior.
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