NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
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NOTIMP 308/2023 - 03/11/2023
Voo com brasileiros repatriados da Cisjordânia chega a Brasília
Aeronave havia decolado da Jordânia na tarde de quarta-feira (1º) e fez paradas na Itália e na Espanha antes de chegar ao Brasil
Lucas Schroederlucas Oliverlucas Mendesteo Curyda | Publicada em 02/11/2023 11:56
O avião da Presidência da República com brasileiros repatriados da Cisjordânia chegou à Base Aérea de Brasília na manhã desta quinta-feira (2).
A aeronave VC-2 (modelo Embraer 190) havia decolado da Jordânia na tarde de quarta-feira (1º) e fez paradas na Itália e na Espanha antes de chegar a Recife, onde seis dos 32 repatriados de 12 famílias diferentes desembarcaram.
Faziam parte do grupo 30 brasileiros, uma jordaniana e um palestino, ambos casados com brasileiros. São 12 homens, 9 mulheres e 11 crianças. Seis idosos também integravam o grupo.
Conforme o governo federal, o destino dos repatriados da Cisjordânia será: Foz do Iguaçu (oito), São Paulo (cinco), Florianópolis (quatro), Recife (três), Rio de Janeiro (dois), Fortaleza (três), Curitiba (dois), Goiânia (dois), Brasília (dois) e Porto Alegre (um).
Segundo o médico da Força Aérea Brasileira (FAB) que integrou a operação, a condição geral de saúde dos resgatados era boa. Havia dois idosos com dificuldade de locomoção, e pessoas com comorbidades, como diabetes e hipertensão.
Nenhum dos repatriados havia sido ferido por situações relacionadas à guerra.
“Esse aspecto de lesões próprias do combate, físicas, não encontramos”, disso o capitão médico Gustavo Messias Costa, em entrevista a jornalistas depois do desembarque em Brasília.
“Obviamente existia uma ansiedade, uma apreensão muito grande, própria da saída de uma área de conflito, de todo o trâmite burocrático que há para embarque de uma área internacional para se repatriado.”
Segundo o médico, foram feitas ao menos 12 consultas psicológicas e médicas, durante o voo.
“Foi uma viagem linda, muito bonita, eu agradeço o nosso governo que nos trouxe para cá, foi mil maravilhas. Parabéns para o Brasil, viva o Brasil!”, exclamou uma das repatriadas logo após o desembarque.
Amer Aziz, um dos repatriados, relatou a repórteres o clima tenso na região. Questionado sobre um possível retorno à Palestina no futuro, ele declarou: “Se [a situação] acalmar, depois a gente volta. Se não acalmar, vamos ficar aqui”.
Brasileiros não estão na 2ª lista de estrangeiros autorizados a sair de Gaza, diz embaixada
A embaixada do Brasil na Palestina divulgou nesta quinta a segunda lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza, ainda sem brasileiros.
De acordo com o embaixador Alessandro Candeas, os países contemplados são Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade.
O grupo dos Estados Unidos tem 400 pessoas. No total, 576 estrangeiros foram autorizados a deixar o território palestino, segundo a embaixada.
O primeiro grupo de feridos cruzou a fronteira para o Egito e deixou a Faixa de Gaza em ambulâncias na quarta-feira (1º), disseram a mídia local egípcia e uma fonte na fronteira à Reuters. Cerca de 500 pessoas devem deixar o território palestino.
Passagem de brasileiros
De acordo com a apuração do analista de política da CNN Caio Junqueira, o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Carvalho, disse à CNN não ter informações sobre os motivos pelos quais os brasileiros não estão na lista de estrangeiros que foram autorizados a deixar Gaza na quarta (1º).
“Certeza dos motivos de não haver brasileiros a gente não tem, mas sabemos que outros países não entraram na primeira lista também. Chineses, russos, americanos, italianos e outros. Não é algo específico contra o Brasil”, disse Carvalho.
“O que sabemos é que será feito parceladamente. Há um limite máximo de saída, de 500 a 1.000 pessoas, pelo portão de Rafah. E temos indicações que os brasileiros poderiam sair amanhã ou depois de amanhã. Tudo será feito de modo gradual”, afirmou à CNN.
O embaixador disse que a estimativa é que haja algo entre 5.000 e 7.000 estrangeiros na Faixa de Gaza e que os brasileiros, quando retirados, irão até o Cairo antes de se deslocarem ao Brasil.
1° GCC conclui estrutura para o maior exercício de adestramento da Força Aérea Brasileira
Por Juliano Gianotto | Publicada em 02/11/2023 16:04
O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC) concluiu a montagem de estrutura e equipamentos que apoiarão o Exercício Conjunto Escudo-Tínia 2023, maior exercício de adestramento realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) no ano de 2023, coordenado pelo Comando de Preparo (COMPREP) e pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e conduzido pela Base Aérea de Canoas (BACO), no período de 30 de outubro a 17 de novembro.
O Exercício tem como finalidade a consolidação doutrinária de missões aéreas compostas, o treinamento e capacitação dos participantes no enfrentamento dos desafios provenientes do emprego do poder militar e operações militares complexas.
Para o Comandante do 1º CGG, Tenente-Coronel Aviador Tomaz, participar do EXCON Escudo-Tínia é sempre uma honra. “Nosso trabalho começa muito antes do exercício, tanto com o planejamento, quanto com a montagem da estrutura e dos equipamentos. Além de muito capacitado, nosso efetivo esteve completamente comprometido com o sucesso desta missão, trabalhando diuturnamente para disponibilizar todos os serviços necessários, solicitados pelo COMPREP e pelo COMAE. Esta é uma das maiores operações da Força Aérea e o 1º GCC se sente honrado em participar ativamente deste exercício conjunto”.
O 1° GCC disponibilizou uma complexa rede abarcada de dezenas de canais de comunicação ar-solo; Estações de Enlace da Dados Táticos; servidores; dezenas de linhas telefônicas; pontos de videoconferência; posições de controle; sistema de gravação de áudio dualizado; central de distribuição de áudio, sistema de visualização e tratamento de dados radar; radares de Defesa Aérea; integração de radares fixos, sistemas de Alta frequências (HF), na transmissão de voz e dados radar e enlaces por satélite conectando a BACO ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canguçu (DTCEA-CGU) e Base Aérea de Santa Maria (BASM); shelters para abrigar as células operacionais e técnicas; sítios de comunicações em Santana da Boa Vista e em Caçapava do Sul com enlaces via satélite e muitos outros serviços que envolveram na logística 60 militares e toneladas de material transportado por rodovias ao longo de seis dias de viagem.
O exercício terá suas ações de controle de tráfego aéreo centralizadas no Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC), sediado na BACO, Rio Grande do Sul.
Coube à Unidade sediar toda a estrutura de desdobramento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), tanto técnica quanto operacional.
Com um arcabouço de três shelters onde funcionarão dois Órgãos de Controle de Operações Aéreas Militares Subordinados (OCOAM-S) e a célula de Validação em Tempo Real (Showtime) junto com a DIVOC (Divisão de Operações Correntes) e a Direção do Exercício (DIREX), suportando assim todas as demandas de controle de tráfego aéreo, além de acompanhar em tempo real a evolução dos voos de COMAO, sigla em inglês para Missão Aérea Composta.
O Esquadrão possui o radar TPS-B-34, que será integrado ao radar do E-99 e à síntese radar do Exercício, aumentando a capacidade operacional de detecção e vigilância do espaço aéreo.
Pela primeira vez, brasileiros que estavam na Cisjordânia são resgatados
Os 32 passageiros seguiram para destinos diferentes no Brasil
Por Agência Brasil | Publicada em 02/11/2023 16:40
A aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência da República, que pousou na manhã desta quinta-feira (2) na Base Aérea de Brasília, foi a nona que regressou ao Brasil pela Operação Voltando em Paz, do governo federal, desde o início das hostilidades no Oriente Médio. Mas, foi a pioneira a trazer cidadãos brasileiros resgatados do território palestino da Cisjordânia. Os outros oito voos anteriores da Força Aérea Brasileira (FAB), repatriaram brasileiros que estavam em Israel.
Neste último voo da missão brasileira, os passageiros transportados partiram, na quarta-feira (1º), de Aman, na Jordânia, país vizinho a Israel, após negociações diplomáticas realizadas pelo Ministério das Relações Exteriores.
Dos 32 passageiros, 30 são brasileiros e, ainda, há um palestino e uma jordaniana, casados com brasileiros. Deste total de transportados, 12 são homens; 9 são mulheres e 11 são crianças. Entre os adultos, seis são idosos, dois deles cadeirantes, que receberam ajuda para descer da aeronave. Na chegada, o grupo acenou com bandeiras do Brasil e da Palestina.
Apenas uma passageira permaneceu em Brasília. As demais famílias repatriadas terão outros destinos finais. Das seis pessoas que desembarcaram na escala feita no Recife (PE), às 5h35 da manhã, três pessoas ficaram na capital pernambucana e três seguiram para Fortaleza (CE).
A partir da capital federal, oito pessoas viajarão para Foz do Iguaçu (PR); cinco irão a São Paulo (SD); quatro, a Florianópolis (SC); três, Rio de Janeiro (RJ); dois, em Curitiba (PR); dois, em Goiânia (GO); e um para Porto Alegre (RS).
Resgatados
A Agência Brasil conversou com alguns desses passageiros no desembarque, na capital federal, antes deles voarem para outros estados, até o fim do dia.
O primeiro a descer do avião e segurar um dos lados da bandeira do Brasil, Jalil Abdel, de 70 anos, contou que a guerra entre Israel e Hamas foi iniciada no momento em que ele fazia a visita anual à família na cidade de Ramala. Apesar de voltar em segurança ao Paraná, Jalil confessa que continua preocupado com os parentes que permaneceram na Cisjordânia. “Minha filha e minha esposa estão lá. Fico preocupado pela repressão que a gente tem lá. Muita repressão.”
Na outra ponta da bandeira verde e amarela, outro resgatado contemporâneo de Jalil, também com 70 anos, o palestino Mahmoud Abdel Aziz, sentiu que estava correndo perigo naquele território. Agora, Mahmoud sente gratidão por ter voltado ao Brasil, depois de uma temporada de seis meses na Cisjordânia. “É muito gostoso, é bom demais. Graças a Deus, que a gente tem a honra de ser brasileiros. Nós somos brasileiros. Agradecemos muito à nossa pátria, ao nosso pessoal, à Marinha, às Forças Armadas.”
Ao lado do avô, o brasileiro Mohammed Mahmoud, de 11 anos, voltará a Foz do Iguaçu (PR), após sair da casa que a família deixou na Cisjordânia. “Voltar para o Brasil é muito legal. Aqui, fico com meu pai, meu avô e minha avó”.
Outro palestino, Mahmoud Salim, de 43 anos, retornou com os filhos de 15, 13 e 7 anos e a esposa jordaniana, naturalizada brasileira, após ter passado dois anos em Ramala. O palestino conta que foi visitar familiares em outra cidade da Cisjordânia e não conseguiu retornar para casa. Pesou da decisão de Mahmoud de voltar a São Paulo, onde já morou por oito anos, a piora da situação na Cisjordânia, desde o início do conflito na região. “Se você quiser passar para outra cidade, está perigoso. Ao lado da minha casa, jogaram bombas, balearam o pescoço de um cara. Perdi dois amigos. Agora, lá, está difícil. Eles colocam o [posto de] controle na saída e, às vezes, batem no pessoal por nada.”
"Se o consulado [do Brasil] não ajudasse a gente, nunca passaríamos na fronteira. A gente passou na fronteira da Jordânia porque estava no carro do consulado à frente do ônibus e eles passaram a gente no controle. Fiz contato com a embaixada e falei estou com medo, está perigoso e preciso voltar do Brasil logo, porque estou com medo, e pela minha criança”, descreveu Mahmoud Salim.
Já Amer Azis, de 40 anos, voltará a Foz do Iguaçu (PR), acompanhado dos quatro filhos, após ter ficado dois meses na Cisjordânia, onde os filhos moravam. No colo Amer, o pequeno Tarek e a esperança de melhores dias. “Depois que a gente passou tudo lá, com o que está acontecendo e sendo visto por todos, a situação ficou bem complicada. Mas, vamos ver, se Deus quiser, a situação vai melhorar para poder voltar a ter uma segurança maior. Porque, hoje, está complicado. Se acalmar, poderemos voltar. Se não acalmar, vou ficar aqui [no Brasil].
A única passageira que vai morar no Distrito Federal, Nazmieh Mohamed, de 72 anos, foi recebida pelos filhos, no desembarque tradicional do Aeroporto de Brasília. Ela relatou muito medo. "Tem muito brasileiro na Faixa de Gaza e ninguém está seguro lá". Entrevista foi dada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
Assistência médica e psicológica
Antes do pouso, o tenente-coronel Garcez, da FAB, informou sobre a situação de vulnerabilidade emocional de alguns passageiros vindos da Cisjordânia, pelo fato da região também ter sofrido com ataques militares e restrições. “Então, é uma condição até um pouco diferente do pessoal que veio de Tel Aviv [Israel]. E não tão crítica como a situação do pessoal que está em Gaza”, descreve.
Por isso, durante o voo, os passageiros vindos da Jordânia, tiveram assistência médica e psicológica de profissionais da FAB. A bordo, foram realizadas 13 consultas entre médicas e psicológicas, devido a existência de pessoas com comorbidades (doenças) prévias, que requeriam cuidados especiais.
Do ponto de vista psicológico, o atendimento junto a alguns passageiros resgatados que necessitavam de assistência, foi feito para aliviar a ansiedade, a dar perspectivas que não os lembrassem o conflito da região. Para desvincular os passageiros do ambiente da guerra, a aeronave ainda promoveu espaços lúdicos para as crianças desenharem com brinquedos e blocos de montar.
O capitão médico da Força Aérea Brasileira, Gustavo Messias Costa, que fez parte da tripulação descreveu a prestação da assistência com foco no bem-estar e saúde mental de passageiros e tripulantes. “Foi fundamental também a equipe contar com a presença de uma psicóloga a bordo. Esse trabalho multidisciplinar foi fundamental durante essa missão”.
O capitão médico ficou emocionado ao relatar que se sente honrado por cumprir os juramentos feitos quando se tornou médico e quando entrou nas forças armadas. “ Para mim, não tem preço. Não vai ter qualquer coisa material no mundo que me traga essa sensação de ver uma criança sorrindo, um idoso chegando e falar que essa terra é maravilhosa para ele, que aqui a gente tem paz, que aqui a gente tem condições de viver com futuro”, revelou Gustavo Costa.
Balanço
Com o pouso da nona aeronave VC-2 (Embraer 190), são 1.445 passageiros e 53 pets resgatados em voos que já regressaram ao Brasil.
As aeronaves que já pousaram no Brasil são:
KC-30 (Airbus A330 200): 211 passageiros
KC-30 (Airbus A330 200): 214 passageiros + 4 pets
KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros
KC-30 (Airbus A330 200): 207 passageiros + 4 pets
KC-30 (Airbus A330 200): 215 passageiros + 16 pets
KC-30 (Airbus A330 200): 219 passageiros + 11 pets
KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros + 9 pets
KC-30 (Airbus A330 200): 209 passageiros + 9 pets
VC-2 (Embraer 190): 32 passageiros TOTAL: 1.445 passageiros e 53 pets
De acordo com a FAB, a aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência da República, retornou ao Brasil para manutenção rotineira que estava previamente agendada. No lugar, outro avião de mesmo modelo foi para o Cairo (Egito) e, no momento, aguarda autorizações para resgatar brasileiros que estão na Faixa de Gaza.
Ainda não há previsão de pouso no Brasil desta décima aeronave. Até o momento, na lista dos mais de 576 estrangeiros autorizados a deixar Gaza, não há brasileiros.
O governo brasileiro já doou purificadores de água portáteis; kits de medicamentos; insumos; e mantimentos para assistência humanitária, aos brasileiros moradores de territórios palestinos.
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