O Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC) – Esquadrão Profeta – celebrou, nesta quinta-feira (19/12), seu 74º aniversário em solenidade militar realizada na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro.

Presidida pelo chefe do Subdepartamento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, a cerimônia contou com a presença do comandante da BASC, Coronel Aviador Marcus Vinícius Venancio da Penha, e do comandante do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), Tenente-Coronel Aviador Tomaz Lopes de Araujo.

O Esquadrão Profeta é a unidade do DECEA responsável por planejar, instalar e operar os meios transportáveis de comunicações e demais estruturas nos locais desprovidos destes recursos.

Durante as comemorações, foram homenageados o graduado e o praça destaque da unidade, reconhecendo-os pelos relevantes serviços prestados ao 1º/1º GCC. Foram agraciados, a Sargento Leticia Vitari Ferreiro Gomes e o Cabo Raphael Campos Oliveira.

Foi homenageado também o ex-comandante da unidade, Brigadeiro Peçanha, que exerceu o cargo de comandante no período de 09 de janeiro de 2008 a 22 de janeiro de 2010. “É uma honra retornar à organização no dia do seu aniversário e relembrar a missão do Esquadrão Profeta que está em toda parte do Brasil e no exterior prestando o apoio de comunicações”, pontuou o Oficial-General.

Em seu discurso, o comandante do Esquadrão Profeta, Major Aviador Gabriel Brandello de Oliveira Haguenauer Moura, destacou a importância do trabalho realizado pelo efetivo. “Neste ano, o 1 º/1º GCC cumpriu 18 missões operacionais, destacando-se a CRUZEX, quando permanecemos em combate por aproximadamente três meses. Em novembro, alcançamos a marca de estarmos presentes em oito cidades diferentes, cinco estados brasileiros ao mesmo tempo, com 80% do efetivo e quase a totalidade dos equipamentos empregados”, afirmou.

Para o Major Brandello, a organização comemora 74 anos de existência, marcada por grandes conquistas e pelo cumprimento de seu dever institucional. “Nosso compromisso não é apenas com a defesa do espaço aéreo, mas com a constante superação de desafios, a busca pela excelência e o fortalecimento da confiança depositada em nossa unidade por todo o povo brasileiro”.

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) destaca que participou da segunda fase da Avaliação Operacional (AVOP) contratual do caça F-39E Gripen, realizada entre os dias 15 de outubro e 14 de novembro na Base Aérea de Natal (RN).

A atividade, que avaliou a versão Basic Capability (BC), consistiu em uma Validação Logística (VL) com o objetivo de coletar dados sobre atividades logísticas fora de sede.

O ITA foi representado pelo Laboratório de Engenharia Logística (AeroLogLab). Também participaram da AVOP militares do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP) e do Grupo Logístico da Base Aérea de Anápolis (GLOG-NA).

As informações obtidas durante os exercícios Composite Air Operations Flight (COMAO) 2024 e Cruzeiro do Sul Exercise (CRUZEX) 2024, do Comando de Preparo (COMPREP), irão aprimorar o Modelo de Simulação para Gestão de Operações e Manutenção do F-39, que está em desenvolvimento pelo AeroLogLab.

Segundo a Coordenadora Geral da Operação, Coronel Engenheira Thais Franchi Cruz, “o software de Gestão de Frota avaliado na Fase 2 da AVOP do F-39E será uma ferramenta disruptiva para inovar a forma de trabalho da Logística tanto para o Gripen, quanto para outros Projetos da FAB, como o KC-390, permitindo operar as aeronaves na sua máxima eficiência”.

O chefe do AeroLogLab, Tenente-Coronel Engenheiro Danilo Garcia Figueiredo Pinto, destacou que “a realização da campanha ofereceu a oportunidade perfeita para a validação do modelo de gestão de frota em desenvolvimento, cujos resultados demonstraram alta aderência às operações reais e, portanto, confirmaram o potencial da ferramenta para otimização das operações e ações de manutenção com base nos dados gerados pelo Gripen”.

O Coronel Aviador da reserva Fernando Teixeira Mendes Abrahão, integrante do laboratório, acrescentou: “É essencial aprimorar a precisão, a consciência situacional e a capacidade de ação do sistema, adicionando novas funcionalidades à medida que avançamos nas configurações das aeronaves. Nosso objetivo é empregar esse modelo como um verdadeiro gêmeo digital para a gestão integral da frota”.

Uma delegação brasileira, composta por integrantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), realizou uma visita à Administração Federal de Aviação (FAA), nos Estados Unidos, entre os dias 9 e 13 de dezembro.

O evento ocorreu na sede da FAA, em Washington, e integra a estratégia do DECEA de estreitar relações com organizações certificadoras internacionais. Essas entidades, assim como o DECEA, têm a responsabilidade de avaliar a conformidade de equipamentos, sistemas, empresas, profissionais e processos relacionados ao controle e à defesa do espaço aéreo.

Designado como uma das organizações certificadoras do Comando da Aeronáutica, o DECEA vem fortalecendo parcerias com entidades nacionais, como o INMETRO, a ANAC e a ANATEL, além de outros componentes da Infraestrutura da Qualidade no Brasil, como a ABNT, a ABRAC e diversos laboratórios de ensaios (LABELO/PUC-RS, Eldorado/UNICAMP, entre outros). A interação com organizações internacionais também tem ganhado destaque no contexto dessa iniciativa.

“Além de discutir os procedimentos e processos empregados pela FAA para a avaliação da conformidade de produtos utilizados na infraestrutura de controle do espaço aéreo, buscamos compreender como são desenvolvidos os requisitos e as metodologias de ensaio para cada tipo de equipamento e sistema. Também exploramos os procedimentos adotados para a designação dos laboratórios autorizados a realizar os ensaios”, explicou o Major Leandro de Oliveira Peixoto, chefe da delegação e adjunto da Divisão de Conformidade do ICEA (DC).

A comitiva contou ainda com as presenças de Emanuel José Peloso de Morais e do Major Elton Cecon, ambos do ICEA, e de Paulo Cesar Alves de Assis, da Assessoria de Assuntos de Avaliação da Conformidade do Subdepartamento Técnico do DECEA. Durante a visita, iniciaram-se tratativas para estabelecer ou ampliar acordos de cooperação com a FAA, com ênfase na área de certificações.

Durante as reuniões, a delegação brasileira interagiu com gerentes seniores e especialistas de diversas áreas da FAA, abordando temas como o sistema de gerenciamento de aquisições, a definição de requisitos e a avaliação de Torres Remotas, cybersegurança, entre outros assuntos.

“Além conhecer os processos utilizados pela FAA para avaliar sistemas de meteorologia  e a estratégia de regulação e gerenciamento de tráfego de aeronaves não tripuladas, esta missão representa mais um passo na consolidação da estratégia do DECEA de estreitar relações com autoridades internacionais de controle do espaço aéreo”, destacou o chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA, Brigadeiro Engenheiro Eduardo Jansen.

As Forças Armadas brasileiras alcançaram um marco inédito ao integrar, pela primeira vez, sistemas estratégicos de Comunicação, Comando e Controle (C4I) em uma simulação de conflito na Base Aérea de Canoas (BACO), no Rio Grande do Sul. O exercício multidomínio, realizado nesta sexta-feira (20/12), uniu a Marinha do Brasil (MB), o Exército Brasileiro (EB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) em uma operação conjunta, a Operação Íris, conectando plataformas aéreas, terrestres e navais por meio do compartilhamento de dados e comunicação em tempo real.

O treinamento foi comandado pela FAB e faz parte do desenvolvimento final do sistema Link-BR2, um moderno sistema de comunicação segura que irá começar a equipar, em 2025, a frota brasileira, a começar pelos novos caças do país, os F-39 Gripen.

O Comandante da BACO, Tenente-Coronel Aviador Thiago Romanelli Rodrigues, recebeu o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, juntamente com outros Oficiais-Generais do Alto-Comando da Aeronáutica, o Comandante da Sexta Divisão de Exército, General de Divisão Jayro Rocha Junior; o Chefe do Estado-Maior do 5º Distrito Naval, Capitão de Mar e Guerra Guilherme Conti Padão; o Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, entre outros convidados militares e civis.

Durante o treinamento, sistemas como o Link-BR2, liderado pela Força Aérea, o RDS Defesa e o Gerador de Campo de Batalha (GCB), do Exército, e o Multi Data Link Processor (MDLP), da Marinha, foram postos à prova. A integração foi coordenada por uma estação multidomínio de Comando e Controle, que permitiu a transmissão de mensagens, ordens e comunicação de voz entre diferentes plataformas militares.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno, comentou sobre o exercício, destacando, em especial, a importância de estar na Base Aérea de Canoas. “Hoje tem um significado muito importante por estarmos aqui, em Canoas, onde, neste ano, dedicamos grande parte de nossos esforços em apoio à sociedade gaúcha, com a atuação conjunta das nossas três Forças, na Operação Taquari. Falando em três Forças, outro ponto que considero essencial é justamente a interoperabilidade. Estamos colocando em prática a integração das Forças Armadas em uma operação conjunta. O exercício de hoje reflete isso: aeronaves F-5 voando em conjunto com o helicóptero, a aeronave E-99 compondo o cenário, o veículo Marruá na operação terrestre e o navio da Marinha contribuindo com a criação do cenário naval, tudo interligado com o cenário aéreo e o terrestre, que vimos aqui nas imediações da Base, durante esta operação simulada”, destacou o Oficial-General.

Demonstração tecnológica

O exercício simulou cenários de combate fictícios para avaliar a interoperabilidade das tecnologias. Entre as simulações, helicópteros realizaram ataques para recuperar pontes ocupadas, caças interceptaram aeronaves invasoras e blindados do Exército receberam imagens ao vivo de binóculos termais, revelando tropas inimigas. Todas essas ações foram monitoradas em tempo real pelo Comando Conjunto, que enviou ordens de neutralização diretamente às forças operacionais.

No episódio final, uma aeronave E-99M detectou a decolagem de um helicóptero inimigo, levando à interceptação por um caça A-29 da FAB. Esses testes não só comprovaram a eficácia dos sistemas, mas também reforçaram a capacidade de resposta integrada das Forças Armadas em cenários complexos.

Sistemas em destaque

O Link-BR2, desenvolvido pela AEL Sistemas em parceria com a Kryptus e a Aeromot, é um sistema nacional de C4I projetado para operar em ambientes de alta complexidade. Ele oferece comunicação segura e criptografada, além de suportar voz e dados em condições adversas. A tecnologia está sendo integrada às aeronaves F-39 Gripen e E-99 da FAB, expandindo seu uso para missões como monitoramento de fronteiras e combate ao tráfico.

“O projeto Link-BR2 foi concebido pela Força Aérea como um projeto estratégico de comunicação, comando e controle. Ele tem como objetivo dotar a FAB de um sistema que permita uma troca de dados eficaz e em tempo real entre diversas plataformas, incluindo meios aéreos e terrestres, para consolidar o entendimento do cenário operacional. Com isso, a FAB contará com uma ferramenta extremamente importante para compreender o cenário operacional de forma mais ampla e tomar as melhores decisões para o emprego dos recursos, garantindo que os resultados das ações sejam muito mais efetivos”, afirmou o Gerente Operacional do Link-BR2 na AEL Sistemas, Fernando Mauro.

Avanços para a defesa nacional

Segundo Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, o exercício demonstra a evolução da integração tecnológica promovida pelo Ministério da Defesa. “Ver todas as Forças operando juntas em um mesmo cenário mostra o avanço das nossas capacidades de comunicação e comando, além da sinergia em cenários que refletem os desafios dos campos de batalha modernos”, declarou.

Projeções para o futuro

A tecnologia testada durante o exercício tem potencial para ampliar a eficiência das operações militares em missões reais, como resgates em áreas remotas, patrulhamento marítimo e defesa de fronteiras. Com os resultados obtidos, o Brasil se posiciona como um dos líderes regionais na aplicação de soluções integradas de C4I, fortalecendo sua soberania e capacidade de dissuasão.

O Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, falou sobre a importância do projeto. “O projeto Link-BR2 foi concebido pela Força Aérea Brasileira com o objetivo de aumentar a interoperabilidade entre as três Forças Armadas, aprimorar a consciência situacional de nossos pilotos e melhorar o controle dos voos. Com esse projeto, conseguimos elevar as capacidades de comando e controle das três Forças a um patamar significativamente superior, alinhado às exigências de um cenário de conflito moderno. Com a demonstração realizada hoje, concluímos o desenvolvimento de um trabalho iniciado há 12 anos. Trata-se de uma grande conquista para a Força Aérea, para a indústria nacional e para a base industrial de defesa, que contou com a participação da AEL e de várias outras empresas. Acima de tudo, é uma vitória para o Brasil, que, agora, possui essa capacidade. O Link-BR2 une as três Forças e possibilita a comunicação em tempo real sobre tudo o que ocorre no teatro de operações”, disse o Diretor.

Foi realizada na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), sediada em Barbacena, na tarde desta quinta-feira (19/12), a cerimônia militar de conclusão do Estágio de Adaptação do Quadro de Oficiais Convocados, segunda Turma do ano de 2024. Presidida pelo Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar André Luiz Alves Ferreira, a cerimônia contou com a presença dos integrantes do efetivo da Guarnição de Aeronáutica de Barbacena (GUARNAE-BQ), além dos familiares e convidados dos formandos.

Durante a cerimônia militar, os doze Aspirantes a Oficial, componentes da Turma Harpia, realizaram o compromisso e o desfile em continência à Bandeira Nacional. O primeiro colocado do Estágio, Aspirante a Oficial Eduardo Henrique Rezende Pereira, recebeu a espada, que representa o símbolo do oficialato, das mãos do Brigadeiro do Ar André Luiz e de seus familiares. “É indescritível a emoção de poder fazer parte da Força Aérea Brasileira, e se tornar um oficial de uma organização militar tão respeitada e que todos querem pertencer. Além disso, é muito gratificante conseguir associar a minha formação em Educação Física, que é a área que escolhi atuar, com a doutrina militar, por ser um sonho”, concluiu.

Em suas palavras, o Comandante da EPCAR enfatizou o grande orgulho que todos os membros da Força Aérea Brasileira (FAB) devem sentir todos os dias por fazer parte da Instituição. “Cada ação deve ser conduzida com o propósito de cumprir a missão principal da FAB. Destaco que o compromisso assumido e ao prestarem juramento à Bandeira Nacional, simboliza o início de uma carreira que será marcada por dedicação, profissionalismo, comprometimento e, em alguns momentos, até sacrifício. Parabéns, Turma Harpia!”, discursou o Oficial-General.

Encerrando a solenidade, além do desfile de despedida, os novos Aspirantes a Oficial da Força Aérea Brasileira entoaram seu grito de guerra. Na próxima semana, eles se apresentarão nos diversos setores da GUARNAE-BQ para o início das atividades relativas a suas formações profissionais.

No dia anterior (18/12), os formandos participaram da solenidade militar de entrega de certificados de conclusão da primeira fase do estágio. O evento marcou a premiação ao Primeiro colocado do Curso, ao Destaque do Teste de Aptidão do Condicionamento Físico (TACF) e àquela que foi eleita pela Turma e pelos instrutores como Destaque Militar. Todos os presentes cantaram o Hino Nacional Brasileiro, assistiram a exibição de um vídeo em homenagem aos Aspirantes a Oficial, e presenciaram militares da equipe de coordenação e autoridades sendo homenageados.