NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Fábrica de americanos rivais de Santos Dumont passará por renovação

Em uma tarde fria, Antoine Alston, 4, e sua irmã De"Asia Liggins, 8, estavam esperando o ônibus em companhia da mãe, na região oeste da cidade de Dayton, Ohio (EUA). Por trás deles, havia uma fábrica abandonada de grande importância histórica, mas as crianças não estavam cientes disso.

Do "new York Times" |

Há 113 anos, um aparelho construído pelos irmãos Wright (que disputam com o brasileiro Santos Dumont o título de pais da aviação), fez seu primeiro voo em uma colina da Carolina do Norte.

Sete anos mais tarde, naquela mesma fábrica de Dayton, os irmãos começaram a produzir em massa os primeiros aviões para venda.

Agora, como parte de um plano para a renovação da fábrica, as crianças da região poderão aprender muito mais sobre os homens mais famosos da história da cidade e os seus inventos.

O objetivo original era simples: salvar os dois edifícios de tijolos, ao inclui-los na trilha da aviação que o Serviço Nacional de Parques norte-americano opera na área.

O plano original evoluiu para um projeto milionário, de 22 hectares.

Duas fábricas foram construídas pelos irmãos Wright em 1910/1911 para a produção de aviões. Apenas cerca de 120 aparelhos foram fabricados lá, porque Wilbur Wright morreu inesperadamente em 1912, e Orville vendeu sua parte no negócio em 1915.

Nas sete décadas seguintes, autopeças foram fabricadas nas duas construções originais, e outros três pavilhões foram erguidos no terreno.

A desaceleração na economia e a crise da habitação em 2008 custaram caro à cidade, mas em 2009 a Aliança Nacional pela Herança Aeronáutica persuadiu o Congresso a incorporar a fábrica e os oito hectares ao seu redor ao Parque Histórico Nacional da Herança Aeronáutica em Dayton, administrado pelo Serviço Nacional de Parques.

No começo de 2017, a área mudará de proprietário uma vez mais. O que ocupará os edifícios adjacentes aos galpões ainda está em discussão. O Serviço de Parques ocupará as fábricas, enquanto os outros prédios poderão receber salas de aula com foco na educação científica e tecnológica ou virar um espaço para oficinas.

Encontrar empresas que desejem ocupar os terrenos que cercam o espaço ocupado pelo parque continua a ser um desafio, mas projeções indicam que podem ser criados ao menos 500 empregos com salário médio de US$ 40 mil anuais no local. 

 

O maior presente é a minha vida, diz sobrevivente de voo da Chape

RESUMO O jornalista Rafael Henzel, 43, locutor da rádio Oeste Capital FM, de Chapecó, foi um dos seis sobreviventes do acidente aéreo que matou 71 pessoas no último dia 29, na região de Medellín. Henzel teve sete costelas quebradas, pneumonia e lesão no pé direito. Ficou 20 dias internado, dos quais dez na UTI, e teve alta na segunda (19). Ele planeja voltar ao trabalho em 9 de janeiro, e, no dia 25, narrar o primeiro jogo oficial da Chapecoense após a tragédia -contra o Joinville, pela Primeira Liga.

Luiz Cosenzo |

Chegamos a São Paulo no domingo (27), um dia antes da nossa viagem para Medellín, para transmitir a partida da Chapecoense contra o Palmeiras, a última do clube antes da primeira decisão da Copa Sul-Americana.

Nós já sabíamos que ficaríamos em São Paulo após o jogo porque, no outro dia, viajaríamos para Medellín.

Na segunda-feira pela manhã, fiz o programa que tenho na rádio Oeste Capital FM das 7h até as 10h e, logo depois, fomos [ele e o repórter Renan Agnolin] para o aeroporto de Guarulhos. Achávamos que poderíamos despachar a bagagem prontamente, mas a empresa boliviana de linha acabou atrasando.

O voo sairia às 15h15, mas atrasou. Entramos apenas às 16h e decolamos por volta das 17h. Mesmo assim, o clima foi de descontração no saguão e na sala de embarque.

Estávamos alegres na viagem. Era o nosso momento, o momento dos jogadores, da comissão, enfim, de todos.

Estávamos nos dirigindo para a maior decisão da história da Associação Chapecoense de Futebol.

Fomos para Santa Cruz de La Sierra. Chegando lá já estava a aeronave da LaMia, a mesma que tinha levado a gente da Bolívia para Barranquilha no dia 19 de outubro [jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana.

O avião estava adesivado com os símbolos da Chapecoense.


APAGAR DAS LUZES

A partir daí começou a nossa viagem para chegar até Medellín. A viagem foi longa e troquei quatro vezes de lugar. Fui conversando com os amigos. Os jogadores estavam na parte da frente da aeronave e a imprensa, na parte de trás. Ficamos conversando durante toda a viagem até que me posicionei na última fileira no banco do meio do lado direito.

Faltavam dez minutos para pousar. A todo momento falavam que faltavam dez minutos, mas não no microfone. O piloto não teve nenhum contato com a gente.

Neste momento, as luzes se apagaram motivada pela falta de combustível e automaticamente os motores foram desligados. A partir daí não tenho a noção exata do tempo que levou entre o desligar das luzes até a colisão no morro, que hoje chama-se Cerro Chapecoense.

RESGATE

Horas depois, acordei, ainda no local do acidente, e vi os dois colegas que estavam ao meu lado sem vida [Renan Agnolin, 27, e Djalma Araújo Neto, 35]. Eu achei em princípio que era um sonho e que iria acordar, porque estava dormindo na aeronave. Infelizmente, não foi isso que aconteceu.

Eu despertei vendo algumas lanternas que vinham de baixo para cima. Estava na parte de cima do morro. A outra parte do avião havia se desprendido completamente e caído do outro lado.

Tive forças para chamar os socorristas, que não estavam por perto. Naquele momento, só estavam dois rapazes com as lanternas. Eles vieram e conseguiram me retirar.

Estava com muita sede naquele momento, mas não podiam me dar água. Não sei dizer quanto tempo demorou para me retirarem daquele lugar. Sei que o terreno era muito íngreme, não havia trilha. Havia pedras, barro e a temperatura estava muito baixa, menos de dez graus.

Consegui ser levado até uma parte plana, onde havia uma caminhonete. Fui colocado em cima dela e levado para um ponto de apoio até chegar a ambulância. Logo depois, fui levado a um hospital, onde fiquei três dias [Clínica San Juan de Dios, em la Ceja, perto de Medellín].

Minha esposa [Jussara Ersico] e um primo [Roger Valmorbida] foram para a Colômbia, mas só consegui vê-los no terceiro dia em que estava internado.

O primeiro médico que me atendeu tentou desde o início entrar em contato com a minha família. A família dele, inclusive, foi até o aeroporto recepcionar os meus familiares e levou-os até a casa deles para tranquilizá-los.

Tive sete costelas quebradas, além de problemas respiratórios que agora estão estáveis. Estou conseguindo me recuperar após ter uma pneumonia por causa do acidente. Neste momento, tenho apenas uma pequena lesão no pé direito, que já está em tratamento com antibiótico.

Fiquei dez dias na UTI e depois fui levado para a Clínica São Vicente, uma das mais renomadas da Colômbia, e ali pude me restabelecer.

Quinze dias depois, voltei para o Brasil em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira)juntamente com o Alan Ruschel outro sobrevivente.


FUTURO

O que posso dizer é que lá ocorreu um milagre. Setenta e uma pessoas perderam a vida, apenas seis pessoas sobreviveram. No meu caso posso dizer que houve um milagre, já que o meu banco ficou preso entre duas árvores, caso contrário eu seria lançado mais à frente e sabe-se lá o que poderia acontecer.

Ainda não parei para pensar o que vai acontecer, qual é a minha missão.

Eu só sei que para a comunidade chapecoense, que tem 210 mil habitantes, é fundamental a gente poder voltar a trabalhar, poder fazer o nosso jornalismo que é feito na Oeste Capital FM.

Quero voltar a trabalhar no próximo dia 9 de janeiro. Quero estar junto com a comunidade para superar todos esses obstáculos, superar esse luto que se estabeleceu.

No próximo dia 25 [janeiro], vou narrar o primeiro jogo da Chapecoense no ano e seguir com a vida.

Vamos buscar entender por que ficamos. Buscar essa mensagem de solidariedade, do exemplo que Colômbia e Brasil deram.

A gente vê tanta violência, brigas, mortes por motivos fúteis. A gente vê também tanta gente desistindo de tratamentos até menores do que o nosso. Não queremos servir de exemplos para ninguém, mas mostrar que é possível, com fé, acreditar.

A vida vai passando, vão ficando recordações e de repente a vida pode parar. Temos que viver com mais amor, viver mais com a família, apesar de que temos que trabalhar. Principalmente, radiar solidariedade, radiar o amor.

Deus foi o grande responsável pela nossa vida, pela vida dos nossos amigos que ficaram. Temos que levar essa mensagem de fé. Quero que 2017 seja um ano maravilhoso para todo mundo.

Não tive medo de viajar de avião. Sei que não foi um problema mecânico e, sim, humano e, por isso, não terei dificuldade nenhuma de acompanhar a Associação Chapecoense de Futebol.

O maior presente que Deus pode dar a mim e para a minha família é a minha vida.

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Família faz apelo para que filho de 7 anos consiga um coração novo

Negativa de parentes para que órgãos de pessoas mortas sejam doados é a principal causa para o aumento da fila de espera por um transplante

Thiago Soares |

Imagem

Na porta do quarto, adesivos infantis avisam que ali é território de criança. Dentro da suíte, alguns brinquedos. No notebook ou na televisão, passam desenhos, filmes de aventuras ou de personagens famosos entre as crianças.

Trata-se de um lar provisório, em um hospital, onde o pequeno Nicholas Araújo Arimateia, de 7 anos, vive desde 8 de novembro. Veio de Natal (RN) com a família para aguardar o presente mais precioso que poderia ganhar neste Natal. Com um sorriso no rosto e um olhar de quem não desanima, ele espera por um coração. É o primeiro da fila por um transplante cardíaco.

Há um ano, Nicholas foi diagnosticado com uma doença rara, chamada miocardiopatia restritiva, que faz com que o músculo do coração seja rígido o suficiente para prejudicar a circulação do sangue por todo o corpo. Até outubro, ele contornava o problema com o uso de medicamentos, mas sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, os movimentos das pernas e mãos ficaram comprometidos. “Foi constatado que a doença estava extremamente agressiva. Por isso, ele está como o primeiro da fila na lista de espera. Desde então, eu e a mãe dele nos revezamos no hospital com o Nicholas. É uma rotina cansativa, porém estamos esperançosos que a espera acabe logo”, relata o pai do menino, Giovanni Dmitri Arimateia, 40 anos.

Depois do transplante, os pais do menino ainda terão de morar por mais um ano em Brasília para acompanhamento do quadro médico. O pequeno fica grande parte do tempo no quarto, porém, pelo menos três vezes ao dia, pode caminhar pelo corredor e tomar um pouco de sol do lado de fora, nos horários de fisioterapia.

Nicholas faz parte de uma lista extensa. Na fila dos transplantes, há pacientes esperando por pulmão, fígado, córnea. Dados do Ministério da Saúde, mostram que, no fim de setembro, a lista de espera nacional por um transplante era de 28.494 potenciais receptores de órgãos (coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim), sendo 328 para coração. Na capital do país, 12 precisam de um novo coração. Este tipo de procedimento é somente feito em quatro cidades: São Paulo, Curitiba, Fortaleza e em Brasília, no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Os dados do Sistema Nacional de Transplante atestam que o DF realiza, em média, 60 transplantes por mês. No ano passado, foram feitas aqui 30 cirurgias de coração, 61 de fígado, 81 de rim, 510 de córnea e 37 de medula óssea. Até hoje foram 160 transplantes de coração feitos em adultos e crianças no DF. O primeiro em criança foi realizado em 2009.

Os números poderiam ser melhores. E essa é a esperança dos pais de Nicholas. Eles acreditam que, nesta época, em que aflora o sentimento de solidariedade e a vontade de ajudar o próximo, pode-se despertar a consciência para este tipo de doação em especial. Uma única pessoa doadora de órgãos pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de outras oito. Mas normalmente as famílias têm dificuldade em aceitar — com a agilidade que um procedimento desses precisa — que aquele parente querido que se foi é um potencial doador, ainda que ele tenha manifestado essa vontade em vida. Até o filho parar na fila de transplantes, Giovanni, o pai de Nicholas, não tinha se dado conta da necessidade de trabalhar pela conscientização da doação de órgãos. “Percebemos que as pessoas ainda são um pouco desinformadas sobre os procedimentos. A nossa intenção é, a partir do caso do Nicholas, sensibilizar as pessoas para essa importância.”

Imagem

 

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL DE OLHO NO TEMPO METEOROLOGIA


Temporal com granizo e vento de 96,9 km/h atinge Campinas, SP

As instabilidades aumentaram de forma mais organizada na tarde deste domingo (25) sobre municípios do centro-leste do estado de São Paulo propiciando a ocorrência de temporais.

No município de Campinas, vários bairros registraram chuva forte com granizo e rajadas de vento, que embora rápida, resultou em danos estruturais.

De acordo com a Defesa Civil, o vento forte derrubou árvores e o volume de chuva formou pontos momentâneos de alagamentos.

Dados meteorológicos

A estação meteorológica operada pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade de Campinas (Unicamp) no distrito de Barão Geraldo registrou rajada máxima de vento de 96,9 km/h às 17h40min (Brasília-verão). No local, também houve precipitação de granizo, com pedras entre um e dois centímetros de diâmetro.

A refletividade emitida pelos radares do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet) esteve condizente com potencial para granizo.