NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Lava Jato acha doações de R$ 5,3 milhões do Hospital 9 de Julho a políticos e partidos

Auxílios foram realizados nas eleições de 2012 e 2014 a candidatos do PT, PSDB, PMDB, PSDC, PSD e PMDB; Olavo Calheiros, irmão de Renan, recebeu R$ 400 mil

A Lava Jato encontrou na residência de Branislav Kontic – ex-assessor de Antonio Palocci e acusado de atuar como emissário do ex-ministro no contato com a Odebrecht para beneficiar a empreiteira no governo federal -, extratos de consultorias prestadas por Brani, como ele era conhecido, ao Hospital 9 de Julho e à empresa Multiplan, responsável pela gestão de shoppings e empreendimentos imobiliários em todo o País.

Assim como o ex-ministro, Brani abriu empresas de consultoria após deixar a assessoria de Palocci na Casa Civil, em 2011 (governo Dilma). Ele fez parte do quadro da Projeto Consultoria, do ex-ministro, até agosto de 2012 e é o dono da Anagrama Consultoria, empresa que tem apenas ele como sócio. Foi justamente a Anagrama que recebeu, segundo os extratos encontrados em sua residência, R$ 924,2 mil do Hospital 9 de Julho e R$ 755,2 mil da Multiplan de 2013 a 2015 a título de consultorias a estas empresas.

Chamou a atenção da PF o fato de a empresa ter apenas Brani como sócio e não possuir nenhum funcionário, além de ter como atividade ‘consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica’.

Chama atenção um hospital, que de acordo com banco de dados à disposição da Polícia Federal, possui diversos contratos com a administração pública, que realizou diversas doações para vários partidos políticos, possuir um contrato de consultoria com uma empresa que sua atividade econômica é consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica”, aponta o agente da PF Antonio Chaves Garcia, que assina o relatório.

O tradicional hospital doou o total de R$ 5,370 milhões a candidatos e partidos nas eleições de 2012 e 2014. Dentre os destinatários das doações registradas na Justiça Eleitoral estão PT, PMDB, PSDC, PSD, PSDB e PMDB. Entre os nomes dos destinatários de doações do hospital destaca-se Olavo Calheiros Filho (PMDB), irmão do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e que recebeu R$ 400 mil do hospital.

AS DOAÇÕES DO HOSPITAL 9 DE JULHO:

ImagemNo relatório, a PF não aponta irregularidades nas doações, apenas rastreia as movimentações financeiras do hospital, bem como seus contratos com a administração pública.

O Hospital 9 de Julho, segundo a PF, aparece como destinatário de recursos do Tesouro Nacional, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) por meio do Hospital Geral de São Paulo, Hospital de Aeronáutica de São Paulo e Comando do 8.º Distrito Naval.

A instituição também aparece como fornecedora do Hospital Militar de Área de São Paulo – Unidade compradora Fundo do Exército) e Serpro – Regional São Paulo (Serviço Federal de Processamento de Dados).

Atualmente, Brani está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, base da Lava Jato, e responde a uma ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobrás.

Segundo as investigações, Brani atuava como intermediário de Palocci no contato com a empreiteira.

Além da denúncia, a Lava Jato segue apurando as atividades de Brani e, por isso, rastreia seus contratos de consultoria.

O Hospital 9 de Julho não retornou os contatos da reportagem.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA JOSÉ ROBERTO BATOCHIO, QUE DEFENDE BRANISLAV KONTIC:

O advogado afirmou que a empresa de seu cliente é “absolutamente regular”. “Esta é uma empresa absolutamente regular, de prestação de serviços, da qual ele é sócio e, pelo que eu saiba, o hospital não é entidade publica e nem a remuneração paga por ele (a Brani) sai do erário. Se trata de um contrato entre particulares, da mesma forma que ocorre com a Multiplan, que também é uma pessoa jurídica de direito privado”, disse.

COM A PALAVRA, A MUTIPLAN:

“Em resposta ao questionamento da reportagem do Estado de S. Paulo, a Multiplan esclarece que assinou um contrato com a empresa Anagrama Consultoria e Assessoria Ltda em julho de 2014. O contrato tinha finalidade específica de prestação de serviços de análise sobre as modificações no Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, na Lei de Uso e Ocupação do Solo e seus impactos no desenvolvimento dos empreendimentos que a empresa possui na cidade. Os serviços foram pagos em bases mensais e prestados por arquitetos e profissionais qualificados, com expertise técnica em regulação urbanística, tendo sido encerrado o contrato em junho de 2015.”

 

PORTAL UOL


PM não paga há mais de um ano manutenção de helicóptero que caiu no Rio


Paula Bianchi E Vinicius Konchinski | Do UOL, no RJ

A PM-RJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro) não paga há mais de um ano a manutenção do helicóptero que caiu no sábado (19), durante operação contra o tráfico de drogas na Cidade de Deus, zona oeste da capital fluminense.

A última transferência de recursos feita pela corporação para a empresa contratada para zelar pelo bom funcionamento da aeronave, a Helibras, foi realizada em 19 de outubro de 2015, segundo dados levantados pelo UOL no Portal da Transparência do governo do Estado do Rio.

A queda do helicóptero do tipo Esquilo, matrícula PRIDR, causou a morte de quatro policiais militares: o capitão Willian de Freitas Schorcht, 37; o major Rogério Melo Costa, 36; o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39; e o terceiro-sargento Rogério Félix Rainha, 39. Costa e Schorcht eram os pilotos da aeronave. Ambos eram considerados experientes.

O motivo da queda do helicóptero ainda é desconhecido. Nenhum dos tripulantes nem a aeronave foi atingido por tiros, de acordo com perícias preliminares. Apesar da falta de pagamento da manutenção, o helicóptero está em dia com suas vistorias técnicas, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A aeronave passou por sua última vistoria em dezembro de 2015. De acordo com o RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro), até o dia 4 de dezembro de 2016, ela teria que passar por uma nova inspeção para checagem do cumprimento de seu manual de manutenção. Até lá, estava legalmente liberada para voar. 

Pagamentos paralisados

A empresa Helibras, que também é fabricante do helicóptero da PM que caiu no sábado, foi contratada pela corporação em julho de 2014 para prestar serviços de manutenção da aeronave. O contrato original previa que a companhia zelasse pelo funcionamento de três helicópteros, incluindo o que caiu, por um ano. Receberia por isso cerca de R$ 5,5 milhões.

Esse mesmo contrato recebeu dois aditivos para tivesse sua vigência prorrogada por mais um ano. A última prorrogação foi assinada em julho de 2016. O novo acordo também prevê pagamentos de R$ 5,5 milhões.

Em 2016, entretanto, a Helibras ainda não recebeu qualquer pagamento da PM, de acordo com Portal da Transparência.

Em 2014, a Helibras recebeu mais de R$ 2 milhões da PM em cinco pagamentos. Já em 2015, foram dez transferências bancárias para a Helibras com valor total de R$ 3,7 milhões. A última foi de R$ 345,9 mil.

Desde então, a PM até empenhou (ou seja, admitiu que deve pagar) mais R$ 119 mil à Helibras. Isso foi feito em novembro de 2015. Nenhuma outra transferência bancária destinada à empresa foi realizada (veja abaixo). 

ImagemProcurada para comentar a situação dos pagamentos e da manutenção dos helicópteros da PM, a Helibras informou que "lamenta profundamente o acidente" e aguarda as investigações sobre a queda para se pronunciar.

A PM também foi procurada para comentar os pagamentos da manutenção, mas não se pronunciou especificamente sobre o assunto. Ao invés disso, enviou por e-mail a nota que vem sendo divulgada desde domingo (20) e que informa que o helicóptero "estava com seus registros de manutenção em dia --a última ocorreu no dia 31 de outubro".

Segundo a PM, as causas da queda estão sendo investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Além disso, o Centro de Criminalística da própria corporação realiza uma investigação paralela sobre o fato.

"A Polícia Militar entende é preciso aguardar o rito técnico dessa apuração. Sendo qualquer tipo de conclusão, prematura", complementou a PM.

Possível falha mecânica

De acordo com o engenheiro e professor da faculdade de Engenharia Aeronáutica da USP (Universidade de São Paulo) São Carlos Fernando Catalano, as imagens do helicóptero, que mostram a aeronave caindo em linha reta e girando, apontariam para uma falha mecânica.

"Aparentemente, pelo que é possível ver no vídeo, foi um problema no motor de cauda, ele caiu girando. Pode ter sido uma falha mecânica", afirma.

Catalano, no entanto, acha difícil que a empresa, mesmo sem receber, tenha deixado de atender o Estado. "Com certeza a empresa não seria maluca de negligenciar a manutenção. Não acho que iriam correr o risco de se sujeitarem a algum processo por conta de algum problema ou ficarem marcados como uma empresa de má qualidade."

Segundo ele, para que um helicóptero levante voo, são necessárias uma série de manutenções periódicas, incluindo um check-up diário, e é muito difícil que uma aeronave, mesmo que da polícia, viaje sem elas.

"Não há como um helicóptero operar sem ter as manutenções todas feitas, porque a aeronave não consegue as licenças para operar, mesmo sendo um helicóptero da polícia. É um equipamento que vibra muito, exige muito cuidado", afirma.

Ele também lembra que esse tipo de manutenção tem um custo alto e que é dever da polícia levar a aeronave até a empresa. "Em geral, tem essa [manutenção] anual, que faz um cheque maior de elementos --caixa de engrenagens, motor principal etc.--, e no dia a dia é feito um cheque. Se vê os componentes, troca de filtros. É muito cara a manutenção, se não tiver recursos, não há como ser feita."
 

Calamidade financeira

Em maio de 2015, o telejornal "RJTV", da Rede Globo, informou que a frota de seis helicópteros da PM estava parada por conta de falta de pagamento de manutenção. Naquela época, a Helibras confirmou ao telejornal um atraso no repasse de recursos por parte do governo, mas não divulgou o valor da dívida.

Desde então, a situação financeira do Estado piorou. Em junho de 2016, o governo do Rio decretou estado de calamidade pública por conta falta de recursos. No início deste mês, envio um pacote de corte de gastos à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) para tentar recompor suas contas e conseguir arcar com pagamentos de seus funcionários.

 

Previdência de R$ 35 bilhões dos militares fica fora da reforma

Valor é de 2015 e beneficiou 299 mil reformados e pensionistas Militar reformado recebeu em média R$ 9,3 mil/mês em 2015 Valor é 5 vezes maior que o benefício médio pago pelo INSS Ministro: previdência militar não será alvo de reforma agora

Fernando Rodrigues |

O governo brasileiro gastou mais de R$ 35,1 bilhões com reformas, pensões e outros benefícios previdenciários para militares e parentes no ano passado. Em 2016, R$ 29,6 bilhões foram usados para esta finalidade. Os dados são do Siafi, consultados pela ferramenta Siga Brasil.

A reportagem é do Poder360 e as informações do repórter André Shalders

Segundo o Ministério do Planejamento, o militar reformado recebeu em média R$ 9,3 mil mensais em 2015, valor 5 vezes maior que o pago aos aposentados do INSS.

Ontem (22.nov), em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Raul Jungmann (Defesa) disse que a aposentadoria dos militares não será alvo da proposta de reforma da previdência que o governo enviará ao Congresso até o fim de dezembro.

“Nós da Defesa apoiamos a reforma da Previdência. Sendo chamados, daremos a nossa contribuição. Mas, no momento, estamos aguardando a finalização do 1º processo”, disse ele.

Segundo o Ministério do Planejamento, existem hoje no Brasil 151 mil militares reformados ou na reserva, e 148 mil pensionistas (pág. 67 deste relatório).

Militares reservistas e reformados também recebem mais que os servidores públicos civis, em média. O servidor civil do Executivo recebeu R$ 7,3 mil de aposentadoria em 2015, ante R$ 9,3 mil dos militares. As maiores aposentadorias, de longe, são as do Legislativo (R$ 28,5 mil) e do Judiciário (R$ 24,9 mil). A comparação está na página 41 do relatório do Planejamento.

Dos R$ 35,1 bilhões gastos em 2015, cerca de R$ 13,5 bilhões foram usados para pagar pensões a dependentes e familiares de militares.

Militares podem aposentar-se após 30 anos de serviço. Mas ao contrário dos servidores públicos civis e dos trabalhadores da iniciativa privada, eles não possuem algumas prerrogativas como horas extras, jornada de trabalho definida e adicional de periculosidade. Precisam também mudar-se de cidade com frequência.

MUDANÇA NA PREVIDÊNCIA DE MILITARES É IMPROVÁVEL
 

Se os militares efetivamente ficarem de fora da reforma da previdência a ser enviada até o fim de dezembro, dificilmente os benefícios deste grupo sofrerão algum tipo de mudança.

O governo Temer já adiou algumas vezes o envio da reforma previdenciária ao Congresso (a última vez foi no fim de setembro). Reuniões com sindicalistas para debater o assunto também não avançaram.

É possível que a reforma seja aprovada ainda sob Michel Temer, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2018. Mas não será fácil. Por isso, é muito otimismo crer que haverá uma 2ª leva de mudanças previdenciárias, capaz de afetar os militares, nos próximos anos.

 

REVISTA ISTO É


Avião trazendo cocaína para o Brasil cai na Bolívia; tripulante morre


Um avião carregado de cocaína com destino ao Brasil caiu na Bolívia, matando um dos dois tripulantes, enquanto o outro conseguiu fugir, informou nesta terça-feira o ministro do governo (Interior), Carlos Romero.

O avião “era tripulado por duas pessoas, uma morreu carbonizada. No momento de levantar voo com a droga, o avião caiu”, afirmou a autoridade aos jornalistas.

O acidente aconteceu na segunda-feira em uma zona rural entre os departamentos (estados) andinos de Oruro e Potosí, ao sul de La Paz, em uma zona vulnerável para a atividade do narcotráfico, avaliou a autoridade.

Dos dois tripulantes, um morreu e outro ficou ferido, mas foi socorrido por indivíduos a bordo de uma caminhonete que estava no local e que também conseguiu recuperar a carga.

“Inicialmente, a polícia (boliviana) destaca que seriam ambos (os tripulantes) de nacionalidade brasileira”, explicou Romero, mencionando, ainda, que “supostamente o destino (da aeronave) era o Brasil”.

O governo boliviano informa haver um fluido comércio de drogas para o Brasil, procedente de Bolívia e Peru. A Bolívia é o terceiro produtor mundial de coca e cocaína, segundo as Nações Unidas, depois de Colômbia e Peru.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Temer publica decreto que extingue 324 cargos comissionados


Por Valor | BRASÍLIA -

O presidente Michel Temer publicou nesta quarta-feira no Diário Oficial da União (DOU) três decretos para tratar de remanejamento e extinção de cargos no Comando da Aeronáutica do Ministério da Defesa, no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e funções comissionados do Poder Executivo.

Estes decretos preveem a extinção de 324 cargos de comissão. A maior parte (307) serão extintos do Ministério da Transparência.

Em outubro, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, disse que o governo federal havia cortado, desde junho, 3.290 cargos e funções comissionadas. A meta até o fim do ano seria de um corte de 4,3 mil cargos.

 

PORTAL G1


Polícia Civil faz megaoperação na Cidade de Deus, no Rio

Pelo menos 100 carros e 400 policiais civis estavam na local nesta quarta-feira. Mais de 6 mil alunos que estudam na região ficaram sem aulas.

Por G1 Rio |

Policiais civis relizavam uma megaoperação, na manhã desta quarta-feira (23), na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. A ação faz parte da investigação da queda do helicóptero da Polícia Militar que resultou na morte de quatro PMs e também da morte de sete homens que foram encontrados na região de mata da comunidade.

Nove suspeitos já foram identificados e denunciados até agora, entre eles, Evanderson Gonçalves Leite, o Deco, suspeito de chefiar o tráfico na região. Os suspeitos devem ser indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas.

Esse é o quinto dia consecutivo de ação policial região. Como mostrou o Bom Dia Rio, pelo menos 100 carros da Polícia Civil, com o auxílio de dois blindados, e 400 policiais participavam da operação.

Além dos mandados de prisão, a operação tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão. A ação é realizada pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), com apoio da Subchefia Operacional, do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e de diversas delegacias especializadas e distritais.

Por causa da operação, 6105 alunos que estudam no turno da manhã ficaram sem aulas. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação,12 escolas, 3 creches e 7 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento na região da Cidade de Deus.

Entre os 400 policiais civis que participam dessa ação, 25 são delegados. A operação e está sendo realizada em decorrência de uma investigação realizada pela Delegacia de Combate às Drogas, com o apoio da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), na qual foram identificadas e indiciadas nove pessoas que participaram diretamente dos confrontos ocorridos no ultimo final de semana na comunidade.

Segundo a Polícia Civil, "Deco" obteve liberdade em 21 de julho deste ano e, desde então, observou-se um aumento considerável do poderio bélico na comunidade, bem como colocou em prática um plano de expansão territorial. Com base nas provas colhidas, o delegado representou pela decretação dos mandados de prisão dos nove criminosos que foram deferidas pela Justiça. Os indiciados irão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas de fogo.

Os investigadores já têm duas informações sobre a queda do helicóptero da Polícia Militar, na Cidade de Deus, no sábado (19). A transmissão das imagens foi interrompida pouco antes da queda. E os documentos da aeronave estavam em dia. Agentes da Divisão de Homicídios foram nesta terça-feira (22), ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), que apura o que causou a queda do helicóptero.

Duas perícias foram realizadas no local: uma do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que vai determinar a dinâmica da queda do helicóptero e a da Cenipa, que teve acesso a todos os equipamentos do aparelho pode determinar o que causou o problema na aeronave. A DH quer saber se o Cenipa conseguiu imagens da câmera interna da aeronave, que possam ajudar a entender o caso. Quatro policiais militares que estavam no helicóptero morreram na queda.

A DH também investiga se os sete homens encontrados mortos na mata, na Cidade de Deus, no fim de semana, foram executados ou não. Segundo a polícia, todos eles tinham passagens pela polícia, a maioria já tinha sido presa por tráfico de drogas. A polícia apura se eles foram mortos por traficantes, por policias militares ou por milicianos.

 

Sindicato propõe redução de jornada como alternativa ao layoff na Embraer

Pela proposta, jornada passaria de 43h par 41h30 horas semanais. Nova reunião foi marcada para discutir suspensão dos contratos de trabalho

Do G1 Vale Do Paraíba E Região |

 O Sindicato dos Metalúrgicos apresentou à Embraer, nesta quarta-feira (23), uma proposta de redução da jornada, sem redução de salário, como alternativa a suspensão temporária de contratos de trabalho (layoff). A Embraer quer suspender até 2 mil empregados da fábrica de São José dos Campos em até dois anos.

A proposta apresentada pelo sindicato prevê que todos os trabalhadores da Embraer passem a cumprir jornada de 41h30 semanais. Atualmente a jornada é de 43 horas.

De acordo com o sindicato, com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a redução de uma hora e meia na jornada representaria um aumento de apenas 3,6% na folha de pagamento da Embraer. A fabricante de aviões anunciou o layoff como medida para reduzir os custos da companhia sem demissões.

Para o diretor do sindicato, Herbert Claros, o layoff é uma medida para reduzir a ociosidade na fábrica. ""Temos que levar em conta que a Embraer vai dar apenas 5% de reajuste salarial, sendo que a inflação foi de 9%, então, ela já está economizando. A empresa não fala que irá fazero layoff para reduzir custo, ela faz layoff para reduzir o problema de ociosidade na fábrica", disse ao G1.

Ainda segundo o sindicato, na reunião, a Embraer não apresentou qualquer detalhe sobre a medida, como por exemplo, quantos trabalhadores seriam afastados por período, as áreas a serem atingidas e a lista com o nome destes funcionários.

Para assinatura do acordo que prevê a suspensão dos contratos de trabalho, o sindicato exige a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores da Embraer. Uma nova reunião foi marcada para a proxima terça-feira (29).

Outro lado
A Embraer informou em nota que a iniciativa do layoff foi planejada para preservar os postos de trabalho, com o objetivo de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda, que afeta toda a indústria aeroespacial.

"A Embraer acredita que o lay-off é uma alternativa para diminuir temporariamente os custos, contribuindo para que a empresa ultrapasse o período de baixa demanda e ociosidade passageira, para continuar a produzir normalmente em um cenário mais favorável", diz a empresa em trecho da nota.

A fabricante de aviões reforçou que vem enfrentando dificuldades decorrentes do cenário adverso do mercado aeroespacial e de defesa e segurança, o que tem demandado um ajuste rápido e efetivo da operação, dos custos e despesas da Embraer.

 

AGÊNCIA SENADO


Comissão cobra implantação do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional


Da Redação |

Os senadores da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) querem saber o que será feito do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, cuja meta é a de implantar 270 aeroportos no país. Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (23), eles ouviram representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional deveria investir R$ 7,8 bilhões na reforma, ampliação e construção de aeroportos. Com isso, pretendia-se reduzir o preço das tarifas para os passageiros das Regiões Norte e Centro-Oeste, que chegam a pagar tarifas 30% mais caras que os usuários do Sudeste. O programa, entretanto, foi suspenso. O relator da comissão, senador Wellington Fagundes (PR-MT), quis saber do Banco do Brasil quanto foi investido pelo governo até agora. Mas a instituição financeira não mandou representantes.

— O que queremos saber é o que foi feito. Quanto se gastou em projetos e consultoria? O que foi gasto até agora é suficiente para fazer algum aeroporto? O programa foi feito para construir 270 aeroportos. Quando se fala em 270 aeroportos, cria-se expectativa muito grande nos prefeitos e na população — afirmou Fagundes.

O TCU fez três fiscalizações no Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional. Na última, deu prazo para que o governo diga quando vai começar a implantar novos aeroportos. Depois que o Orçamento de 2017 for aprovado, o Ministério dos Transportes tem 60 dias para prestar as informações. O tribunal recomendou que populações isoladas tenham prioridades.

Já o BNDES vai abrir uma linha de financiamento para privatização de quatro grandes aeroportos. O banco estuda a possibilidade de estender as concessões a pequenos e médios terminais.

— Essa é uma modelagem possível. E começar a pensar não apenas em aeroportos de forma isolada, mas numa malha. É um modelo bem interessante que poderia ser viável um modelo de concessão comum. Um aeroporto âncora e aeroportos menores — expôs o chefe do Departamento de Desestatização do BNDES, Fernando Tavares Camacho.

Com informações da TV Senado.

 

AGÊNCIA CÂMARA


Câmara promove hoje seminário para discutir Defesa Nacional como política de Estado

Encontro vai contribuir para a revisão dos documentos da Defesa Nacional e debater projetos estratégicos e inovações tecnológicas para o setor

A Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional em parceria com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove hoje, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, o seminário “Defesa: Política de Estado – Soberania, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica”.

O seminário, proposto pelo presidente da frente parlamentar, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), tem como objetivo promover amplo debate sobre a Defesa Nacional como política de Estado. “Esse seminário vai oferecer ao Parlamento a oportunidade de discutir temas que precisam ter aprofundamento no Congresso, como a recuperação da capacidade operacional das Forças Armadas e a indústria de defesa como propulsora do desenvolvimento”, disse.

Para o deputado, “é imprescindível a participação da Câmara nas discussões sobre a Estratégia Nacional de Defesa e no acompanhamento dos Projetos Estratégicos das Forças Armadas”.

Indústria de Defesa - O evento será composto por três painéis temáticos integrados por representantes do Poder Executivo, parlamentares, estudiosos, empresários e especialistas na área. Os subsídios e contribuições para revisão dos documentos estratégicos de defesa (Livro Branco, Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa) serão os pontos centrais do debate proposto no painel 1.

O foco do segundo painel será a indústria nacional de Defesa, desenvolvimento dos projetos estratégicos e inovações tecnológicas. Na última mesa de debates, os palestrantes convidados vão discutir os projetos e desafios da indústria de Defesa como propulsora do desenvolvimento nacional.

Segundo Zarattini, o evento poderá, ainda, apoiar ações políticas, legislativas e orçamentárias para garantir condições para a implantação da Estratégia Nacional de Defesa e o melhor desenvolvimento dos Projetos Estratégicos de Defesa.

 

MINISTÉRIO DA DEFESA


Câmara dos Deputados promove seminário para debater a defesa


A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, e a Frente Parlamentar Mista de Defesa Nacional promoveram nesta quarta-feira (23) seminário para debater o setor de defesa e os impactos no País. Na abertura do evento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, explicou a importância de tratar o tema.

“Tenho dito com frequência que o Brasil tem por destino a projeção global, mas não devemos nos iludir que este cenário vai ser imutável”, explicou.

Por isso, na avaliação do ministro, é crucial para o Brasil, de dimensões enormes, que mantenha as Forças Armadas atualizadas e preparadas, mesmo que seja de forma dissuasória. “É impossível imaginar que este quadro se perpetue ad eterno”, afirmou.

Seminário

O seminário teve como tema “Defesa: Política de Estado – Soberania, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica”. Aberto pelo presidente da CREDN, deputado Pedro Vilela, o encontro permitiu que representantes das Forças Armadas e de setores da sociedade civil pudessem analisar a evolução e as deficiências do modelo brasileiro.

Para o deputado Pedro Vilela, “o desenvolvimento de tecnologias civil refletem no campo militar”. Assim, continuou o deputado, !como tecnologias voltadas, originalmente, para o campo militar, terminam, depois, se espraiando para as mais variadas aplicações civis: tudo em uma permanente interação, gerando empregos, fortalecendo o parque industrial, estimulando a pesquisa acadêmica e equipando as Forças Armadas”.

Para o presidente da Frente Parlamentar Mista de Defesa nacional, deputado Carlos Zaratini, a realização do seminário possibilitou fazer um balanço da base industrial de defesa “e trazer para esta Casa o debate entorno do Livro Branco da Defesa Nacional, a Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa”.

O seminário terminou no fim da tarde. A proposta dos parlamentares é de manter um debate constante sobre o assunto. Além do ministro Jungman e dos deputados Vilela e Zaratini, participaram o comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Bacellar Fereira, o comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, o chefe interino do Estado-Maior Conjunto das forças Armadas (EMCFA), brigadeiro Alvani Adão da silva, e o general de Paula Cunha, representando o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

 

JORNAL O DIA


Idade mínima para aposentadoria divide economistas

Especialistas defendem a necessidade de o governo fazer a Reforma da Previdência

O Dia | Rio

Alternativas às propostas da Reforma da Previdência foram discutidas ontem em um fórum sobre o tema promovido pelo Instituto Ibmec na Associação Comercial do Rio (ACRJ), no Centro. Todos os participantes concordaram que não se pode mais adiar as mudanças, mas divergiram quanto a adoção da idade mínima a ser proposta pelo governo.

Para o economista João Paulo dos Reis Velloso, ex-ministro do Planejamento, as reformas precisam ser feitas senão “a casa vai cair”. Para ele, o ideal seria que homens e mulheres se aposentassem aos 60 anos, cinco anos a menos do que supõe-se que o Planalto vai encaminhar. “Os homens se aposentam aos 55 anos e as mulheres, aos 52, ambos na média. Isso é incompatível com a expectativa de vida dos brasileiros. A sobrevida após a aposentadoria das mulheres, por exemplo, é de mais ou menos 30 anos”, diz Velloso.

Paulo Tafner, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), adverte que a ausência da idade mínima favorece parcela com renda maior. Na sua avaliação, o patamar teria que ser de 65 anos. “Um dos incentivos incorretos no modelo atual de Previdência é a questão da idade. Ela está errada. Nós nos aposentamos muito precocemente. Mas não todos”, afirma.

“Os homens pobres se aposentam, em média, com 63 anos. Quando falo em idade mínima, vai atingir o profissional liberal, os professores, os metalúrgicos. São esses grupos que não querem idade mínima”, diz Tafner.

Militares fora da proposta

O sistema previdenciário dos militares voltou à pauta ontem durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, da Câmara. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reafirmou que a Reforma Previdenciária no âmbito das Forças Armadas deve ser discutida após a dos servidores civis e do INSS. Ele informou ainda que o reajuste dos militares será enviado ao Congresso em 2017.

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, garantiu que os militares vão contribuir com a reforma, mas destacou que é preciso avaliar as especificidades das Forças Armadas.

 

PORTAL DEFENSA.COM (Espanha)


Saab e a Embraer inaugurou o design de rede e desenvolvimento de "Gripen"


Saab e a Embraer Defesa e Segurança abriu a GDDN ( Gripen Projeto e Rede de Desenvolvimento) em Gavião Peixoto, no Estado de São Paulo, que será o hub do avião de combate tecnologia Gripen NG no Brasil com indústrias e instituições parceiras: AEL sistemas, a Atech, Akaer e da Força Aérea, através de seu departamento de pesquisa DCTA , basicamente. Tem o ambiente de desenvolvimento e trabalho de simulador necessário para comissionamento, garantindo a transferéncia eficiente e tecnologia.

Gavião Peixoto será o centro de teste de voo desse plano e da linha de montagem final. Entre 2019 e 2024, 36 Gripen NG será entregue à FAB (Força Aérea Brasileira) e até este ano mais de 350 profissionais, engenheiros, operadores, técnicos e pilotos brasileiros vão participar de cursos de formação e Suécia. O programa de transferéncia de tecnologia para o Brasil abrange quatro áreas: formação teórica, programas de investigação, de ensino no lote adjacente na Suécia e trabalho de desenvolvimento e de produção e inclui projectos-chave sessenta. Entre os dois fabricantes serão apontados os dois - assento lutador -versão bombardeiro.

 

PORTAL AIRWAY


Produção do Gripen NG é iniciada no Brasil

Embraer e SAAB inauguraram um centro de desenvolvimento em Gavião Peixoto para o projeto do novo caça da Força Aérea Brasileira, que será entregue a partir de 2019

A versão brasileira do caça Gripen NG começou a tomar forma. Embraer e Saab inauguraram nessa terça-feira (22) o “Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen” (GDDN), na fábrica da Embraer Defesa e Segurança, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. A instalação receberá funcionários das duas fabricantes, além de colaboradores de outras empresas nacionais envolvidas no projeto e membros da Força Aérea Brasileira (FAB).

Cerca de 100 profissionais brasileiros, da Embraer e de outras empresas, enviados para treinamentos na Suécia já estão de volta e iniciaram o projeto no Brasil. De acordo com a fabricante brasileira, a unidade vai reunir mais de 300 funcionários até 2017. Ao todo, o centro terá 180 áreas de trabalho, incluindo setores “secretos”, como frisou Mikael Franzen, diretor geral da Saab no programa Gripen, durante a cerimônia de inauguração do GDDN.

O GDDN será responsável pelo desenvolvimento da versão brasileira do Gripen, ensaios de voo da aeronave e, o que é considerado a parte mais importante da parceria com a Saab, a transferência de tecnologia entre os países. “Esse processo será dividido em 60 projetos-chave, pelo período de dois anos. Envolve treinamento teórico, prática na Suécia, desenvolvimento e produção no Brasil e o programa de pesquisa e tecnologia”, explicou Franzen.

Outra responsabilidade do centro em Gavião Peixoto será o desenvolvimento e produção do Gripen F, a versão do caça para dois pilotos (biposto) – o Gripen NG será a variante brasileira do Gripen E monoposto, mas com recursos diferentes. A FAB encomendou oito unidades dessa opção.

Apesar da configuração orientada para treinamentos, o Gripen F terá a mesma capacidade de combate e desempenho da versão monoposto, incluindo os mesmos sistemas de busca e armamentos. Esse, portanto, será o primeiro avião supersônico desenvolvido no Brasil, com primeiro voo previsto somente para depois de 2020.Os primeiros Gripen da FAB estão programados para entrar em operação a partir de 2019. Essas aeronaves, entretanto, serão fabricadas na Suécia, com participação da Embraer e outras empresas brasileiras. As 36 aeronaves encomendadas, produzidas nos dois países, serão entregues até 2024, como previsto no cronograma das fabricantes.

Oportunidades

Jackson Scheinder, presidente da Embraer Defesa e Segurança, ainda afirmou, durante entrevista coletiva, que o Gripen nacional será um produto de exportação. “A Embraer e a Saab já estão discutindo essa e outras possibilidades”, contou Scheinder, referindo-se a chance de Embraer e a Saab também desenvolverem outros projetos no futuro. O executivo, porém, não revelou maiores detalhes, mas afirmou que essa movimentação representa uma “perspectiva de crescimento importante”, na área comercial e de tecnologia da empresa.O centro em Gavião Peixoto também será como um posto avançado de desenvolvimento e pesquisas do Gripen, mas fora da Suécia. Ou seja, novas soluções e adequações futuras para o caça, do Brasil ou de outros operadores, poderão ser desenvolvidas e aplicadas no interior de São Paulo. “O novo Gripen foi projetado já prevendo modificações no futuro”, explicou Ulf Nilsson, vice-presidente da Saab.

Nilsson não demonstrou preocupação com a crise econômica no Brasil. “O programa, tanto aqui como na Suécia, está correndo dentro dos prazos. O próprio centro na Embraer é um exemplo. A instalação começou a ser construída logo após a assinatura do contrato, 14 meses atrás, e já está pronta”, afirmou o sueco. O contrato de compra de 36 caças Gripen NG, além dos projetos de transferência tecnológica, custou US$ 5,4 bilhões aos cofres brasileiros.

Superioridade aérea

A cerimônia de inauguração do GDDN também contou com a presença de Raul Jungmann, ministro da defesa do Brasil. Em tom celebrativo e ao mesmo tempo alarmante, Jungmann afirmou que o projeto do Gripen é um dos mais importantes já colocados em prática na história do país e justificou sua importância: “o ônus da paz no Brasil não será eterno”.“Foram mais de 20 anos de espera pelos novos caças da FAB. Acredito, que após todo esse tempo, fizemos a melhor escolha”, contou o ministro. O Gripen NG é a concretização do projeto FX-2, iniciado em 2006 e adiado em diversas oportunidades. Os concorrentes da proposta sueca eram o Boeing F/A-18 Super Hornet e o Dassault Rafale.

O FX-2, que previa um substituto para os Mirage III, aposentados pela FAB em 2005, foi uma “remodelação” do programa FX-BR, que desde 1991 já pretendia um novo caça avançado.

Quando voa?

Como adiantou Ulf Nilsson, o primeiro voo do Gripen E, apresentado em maio deste ano na Suécia e com as configurações exigidas pela força aérea local, está programado para voar no segundo quadrimestre de 2017. Já o modelo fabricado no Brasil deve voar somente na próxima década.

O pacote de tecnologias para o Gripen NG escolhido pelo comando brasileiro possui itens mais avançados que os presentes na versão sueca. Uma das principais diferenças será o painel de controle, com uma tela panorâmica, em vez de três monitores separados, como no modelo pedido na Suécia.O Gripen “brasileiro” ainda terá um aparelho de comunicação com dois rádios e sistema de encriptação, equipamentos de interceptação e destruição de mensagens eletrônicas, sensores infravermelho de busca e salvamento, além de ligação por “datalink”, recurso que permitirá ao caça “conversar” por meio de sinais eletrônicos com outros aviões e torres de controles.

Em termos tecnológicos e de ataque, o Gripen NG dará a FAB uma capacidade digna de país de primeiro mundo, com variadas possibilidades de ações com ajuda de novas tecnologias. Já para a economia e a indústria nacionais, será o primeiro produto com potencial supersônico.

Nota do editor: Outras empresas brasileiras que participam no projeto do Gripen com a Embraer são a AEL Sistemas, Akaer, Atech, Mectron, Inbra e Atmos.

 

Quando o avião virou arma

Itália foi o primeiro país a usar aviões em combate, em 1911, contra o antigo Império Otomano

Thiago Vinholes |

O primeiro voo do 14 Bis em Paris aconteceu em 19 de julho de 1906, surpreendendo de imediato toda a Europa e o mundo. Estava provado, o homem podia voar. Alberto Santos Dumont, que tratava o avião como uma arte, porém, não imaginava que em pouquíssimo tempo seu invento seria transformado em uma mortífera máquina de guerra.

Menos de cinco anos após o voo do inventor brasileiro sobre a Praça de Bagatelle, na capital da França, a Itália já estava lançando bombas a partir do novo e revolucionário meio aéreo. Em 1911, a Itália de Benito Mussolini entrou em guerra contra o antigo Império Otomano, hoje a Turquia, no conflito atualmente conhecido como “Guerra Ítalo-Turca”.

No início do século XX, as técnicas de combate não eram tão diferentes quanto às que vinham sendo aplicadas nos últimos 100 anos. A base dos exércitos nesse tempo, mesmo os considerados mais modernos, eram soldados com fuzis de recarga manual, canhões e a cavalaria. Por conta desse “marasmo” tecnológico, o avião surgiu causando um impacto imenso, em todos os sentidos.

O primeiro avião militar foi o frágil Blériot XI, o mesmo utilizado por Louis Blériot em 1909 na primeira travessia aérea do Canal da Mancha. Era uma aeronave construída de madeira e tecido. O motor, de 25 hp, permitia voar a 75 km/h e alcançar até 1.000 metros de altitude. Hoje parece algo irrelevante, mas em 1911 eram números que emocionavam generais.

Primeira missão

No dia 23 de outubro, o exército italiano executou o que é considerada a primeira operação militar da história com uma aeronave. Nesse dia, o capitão italiano Carlo Piazza voou com um Blériot XI sobre o interior de Trípoli, hoje na Líbia e na época um território otomano, em missão de reconhecimento para marcar as posições inimigas.Nove dia depois da missão de Piazza, em 1 de novembro, a Itália realizou o primeiro bombardeiro aéreo. O militar responsável pela proeza foi o tenente Giolio Gavotti, que lançou pequenas bombas manualmente sobre tropas otomanas em Trípoli, a partir de um Etrich Taube, avião fabricado na Alemanha – e também o primeiro avião militar alemão.

As bombas lançadas pelos bombardeiros italianos pesavam cerca de 1,5 kg. No Taube, era possível carregar quatro desses artefatos, com explosivos compostos de dinamite. O ataque era como o de uma granada de mão: o piloto puxava um pino (geralmente com a boca) e lançava a bomba em baixa altitude com uma mão para fora do avião, enquanto a outra permanecia no manche.

O Taube, que em alemão significa “Pomba”, era um pouco maior que o Blériot XI e também mais potente, com motor de 85 hp. Já o tecido que revestia a fuselagem era tão fino que o avião praticamente ficava invisível no céu quando voava a mais de 400 metros de altitude, fator que também o tornava uma plataforma ideal para operações de reconhecimento.Após as primeiras experiências, o exército italiano continuou com os voos de reconhecimento e bombardeiro contra o Império Otomano, cujos combates ficaram concentrados na região costeira da Líbia. Invariavelmente, os italianos também tiveram a primazia de ter o primeiro avião abatido da história. Em 1912, soldados otomanos derrubaram um Taube a tiros de fuzil. Foi o único abate no conflito.

Os danos causados pelos aviões italianos contra as forças otomanas são desconhecidos, mas levam a crer que foram positivos. Em 18 de outubro de 1912, o conflito foi encerrado e a Itália incorporou o território da Líbia ao seu reino. Cerca de 12.000 militares e civis das duas nações morreram durante o conflito – a Líbia se tornou independente da Itália somente em 1952.México, o outro pioneiro da guerra aérea

Ao mesmo tempo que o conflito entre Itália e o Império Otomano terminava, outro começava no México. Em 1910, o exército mexicano enfrentava dura oposição de rebeldes, que buscam derrubar o regime político em vigor no país. Eram os primeiros capítulos da Revolução Mexicana, a primeira das grandes revoluções do século XX. E lá estava o avião.

Porfírio Diaz, ditador do México entre 1876 e 1911, foi um dos primeiros governantes do mundo nesse tempo que se interessou pela aviação. Em 1912, o exército mexicana já estava equipado com dois monoplanos Moisant-Blériot, uma versão mais avançada do Blériot XI desenvolvida pelo engenheiro aeronáutico norte-americano John Moisant em parceria com Louis Blériot. Um modelo tinha motor de 60 hp e outro com 100 hp, um “jato” naquela época.

Nesse mesmo ano, esses aviões foram utilizados em operações de reconhecimento durante a “Rebelião de Orozco”, liderada pelo revolucionário mexicano Pascual Orozco. Entusiasmado com os resultados obtidos, o ditador mexicano bancou a formação de 31 pilotos militares na França e adquiriu mais 20 aviões.

A técnica de bombardeiro usada pelos aviadores italianos também foi aplicada no México. O primeiro ataque desse tipo no país aconteceu em abril de 1913, quando aviões da forças federais bombardearam alvos no Campo de Balbuena, na capital Cidade do México.

Um ano depois, em 14 de abril de 1913, o aviador mexicano Gustavo Salinas realizou o primeiro ataque aéreo da história contra uma embarcação. No episódio, que ficou conhecido como “Batalha de Topolobampo”, um rústico biplano Glenn Martin Sonora lançou bombas contra o navio Huerta Guerrero. Nenhuma delas acertou o alvo, mas foi o suficiente para espantar a ameaça das proximidades.Até mesmo Pancho Villa, famoso líder da Revolução Mexicana, precisou fugir de aviões, especialmente durante o período da intervenção dos Estados Unidos no conflito, que já batia em sua fronteira no sul. Em 1916, as forças americanas organizaram diversos meios para “caçar” o líder revolucionário e suas tropas e um deles era busca inédita com ajuda de aviões, missão incumbida ao primitivo biplano Curtiss JN-3 “Jenny”. Já o exército de Emiliano Zapata foi perseguido por tropas e aviões mexicanos.

Os primeiros conflitos do século XX logo evidenciaram a importância e a eficiência da “arma aérea”. A consagração da tecnologia aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, com importantes evoluções de motorização e armamentos que permitiram a criação de aviões de reconhecimento de longo alcance, bombardeiros capazes de carregar até uma tonelada de bombas e, por consequência, as aeronaves de caça capazes de derrubá-los.

 

OUTRAS MÍDIAS


CAVOK.COM.BR


Canadá em negociação para 18 caças F/A-18E/F Super Hornet provisórios

Por Vinícius Marques

O Canadá anunciou planos para adquirir 18 novos caças Boeing F/A-18E/F Super Hornet como medida de provisória enquanto ao mesmo tempo se prepara uma competição aberta para  escolher novos caças para substituir a atual frota de caças CF-18 Hornet.

A ministra de aquisições, Judy Foote, disse em uma coletiva de imprensa que o governo iria iniciar conversas imediatas com a Boeing para os caças Super Hornets, em uma vitória provisória para o fabricante de aviões dos EUA, se a encomenda for adiante.

Uma empresa de defesa disse que a escolha poderia ser interpretada como dando Boeing uma vantagem a longo prazo, mas Foote, falando em uma entrevista por telefone, mais tarde disse Ottawa iria correr “uma competição real, aberta e transparente” onde qualquer empresa poderia competir.

Uma aquisição completa dos Super Hornets tornaria mais difícil para o Canadá mais tarde justificar a aquisição de outros jatos, pois seria mais oneroso para operar ambos os programas,disse a analista Richard Aboulafia.

Os porta-vozes de Foote e o ministro da Defesa, Harjit Sajjan, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Um porta-voz de Defesa da Boeing se recusou a comentar sobre.

A decisão sobre como substituir os velhos caças CF-18 do Canadá, dos quais voam há 35 anos, é politicamente sensível e foi repetidamente adiada. Sajjan disse que os CF-18 não poderiam mais cumprir os compromissos militares internacionais do Canadá.

“Os caças não foram substituídos, agora temos uma lacuna de capacidade (…) precisamos de aviões adicionais o mais rapidamente possível“, disse ele à conferência de imprensa.

O ex-governo conservador disse em 2010 que compraria 65 jatos F-35A da Lockheed Martin por 9 bilhões de dólares canadenses (6,7 bilhões de dólares). Durante a bem sucedida campanha eleitoral do ano passado, os liberais prometeram não comprar os aviões alegando que eram muito caros.

Sajjan disse que o Canadá permaneceria um membro do consórcio de nove-nação que ajudou a financiar o desenvolvimento do F-35.

Lockheed Martin disse que, embora estivesse desapontado com a escolha de um caça provisório, estava “confiante de que o F-35 é a melhor solução“, de acordo com um comunicado.

Ottawa insiste que o vencedor da competição aberta deve fornecer benefícios industriais para as empresas canadenses. Ele também quer que as empresas tenham uma chance de obter trabalho da ordem provisória com a Boeing, disse Foote.

A Boeing está empenhada em oferecer a empresas canadenses contratos que equivalham ao valor total que Ottawa pagaria pelos 18 caças Super Hornets, disse Scott Day, porta-voz da Boeing Defense.

Foote disse que as negociações começariam imediatamente com a Boeing, embora uma decisão final só fosse tomada depois que as discussões terminassem. Sajjan, no entanto, disse que estava confiante de que o avião da Boeing atende às exigências do Canadá.

O governo se recusou a responder a quaisquer perguntas sobre custos, em particular se o dinheiro reservado para a encomenda provisória resultaria no orçamento inicial para a futura competição.
 

Fonte: Reuters
Nota do editor: como eu já havia dito nos comentários um tempo atrás, o Canadá vai muito provavelmente comprar SHs para substituir os Hornet que estão em pior estado, para que em 2025 adqurir o F-35A, quando o mesmo estiver mais barato.