NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL G1


Em uma semana, quase 800 venezuelanos são levados de RR para outros estados do Brasil

Neste sábado (22) foi feito o último voo de interiorização deste ano. Desde abril a operação que leva venezuelanos de Roraima para outros estados já interiorizou mais de 4 mil pessoas.

Publicada em 22/12/2018 20:59

Nessa semana a Operação Acolhida, missão humanitária de atendimento aos refugiados venezuelanos em Roraima, levou 776 imigrantes para outros estados do país em parceria com outras instituições. Neste sábado (22) foi feita a última etapa deste ano, onde 127 deles foram para cidades do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás.

A interiorização iniciou em abril deste ano e tem auxiliado imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise no país natal. A ideia é proporcionar a eles novas oportunidades de serem inseridos no mercado de trabalho. Durante todo o processo, mais de 4 mil já saíram de Roraima.

Nas viagens desta semana, os imigrantes foram levados nas mais diversas modalidades, através de voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e em voos comerciais custeados por organizações humanitárias.

Também nesta semana, alguns imigrantes saíram do estado já com emprego garantido, graças à parcerias com empresas privadas que sinalizaram vagas em outras regiões. As ações tem apoio da agência da ONU para as Migrações (OIM).

Recife, João Pessoa, Rio de Janeiro e Juiz de Fora estão entre as cidades que mais receberam venezuelanos nesta semana.

Interiorização

A interiorização, criada para lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira de Pacaraima, ao Norte de Roraima, busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros estados brasileiros.

Todos os envolvidos aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a exames de saúde e regularizados no Brasil - inclusive com CPF e carteira de trabalho.

A iniciativa conta com apoio da agência da ONU para Refugiados (Acnur), da gência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Para aderir à interiorização, o Acnur identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis nos destinos. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhorias de infraestrutura nos locais de acolhida.

A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.

 

CORREIO 24 HORAS (BA)


Arena Aquática da Pituba começa a inscrever para natação e hidroginástica em janeiro

Projeto atenderá 2,5 mil jovens por ano; aulas para público em geral serão gratuitas

Vinícius Nascimento | Publicada em 22/12/2018 17:00

Quando Edvaldo ‘Bala’ Valério mergulhou na piscina do Centro Aquático de Sydney, na Austrália, para fechar o revezamento 4x100m do Brasil naquele 16 de agosto de 2000, a pequena Monique Alessandra Pereira, 8 anos, nem sonhava em nascer. No final daquele revezamento, a equipe brasileira que contava com nomes como Gustavo Borges e Fernando Scherer acabou com a medalha de bronze. O feito de Edvaldo Valério foi ainda maior: ele foi o primeiro negro a conquistar uma medalha olímpica na natação brasileira e, desde então, nunca mais a Bahia voltou subir no pódio olímpico.

Na manhã deste sábado (22), as duas gerações se encontraram na inauguração da Arena Aquática Salvador: Monique nada desde os 3 meses de idade e, neste ano, bateu o recorde nacional da categoria pré-mirim ao completar a prova dos 50m nado livre em 38 segundos. A pequena recordista foi uma das cerca de 30 atletas a inaugurar a piscina.

O prefeito ACM Neto foi o responsável por fazer a inauguração formal do complexo aquático. O local conta com a piscina que foi utilizada nas Olimpíadas do Rio 2016 e foi transferida, de forma permanente, para a capital baiana.

Além disso, o equipamento conta com uma piscina semi-olímpica, também chamada de piscina de aquecimento, e que vai credenciar Salvador a receber competições nacionais e internacionais de natação.

Segundo Neto, a expectativa é de que o espaço atenda cerca de 2,5 mil jovens e adultos por ano nas escolinhas, que serão criadas em parceria com a Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), e terão aulas inteiramente gratuitas.

“Eu sabia o marco simbólico que seria ter em nossa cidade uma piscina olímpica, sobretudo ter uma piscina que foi utilizada para a disputa das Olimpíadas de 2016, no Rio. Graças à dedicação de toda nossa equipe e colaboradores da prefeitura, esse sonho se tornou possível”, comentou o prefeito.

A piscina olímpica mede 25 metros de largura por 50 metros de comprimento, com 2 metros de profundidade. Ela vai atender a crianças e adolescentes em escolinhas de iniciação esportiva, além dos atletas de alto rendimento.

A partir do próximo dia 14 estarão abertas as matrículas para turmas de natação e de hidroginástica. Os interessados precisam fazer inscrição no site arenaaquatica.salvador.ba.gov.br que será lançado pela Secretaria de Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel) e apresentar atestado médico, atestado de doenças de pele e anamnese que será realizada dentro do próprio site.

O critério para o preenchimento das vagas será a ordem de inscrição e serão abertas listas de espera por faixa etária e horários.

Bem-vinda
A chegada do Piscinão da Pituba animou moradores da região, como o segurança Ubiratan Alves, 41, que mora próximo à praça Nossa Senhora da Luz, na Pituba, bem pertinho do equipamento. Além de se alegrar com a praça, que classifica como responsável por “uma boa revigorada no astral do bairro”, ele se disse orgulhoso por morar na capital que agora é dona de uma piscina onde nomes como Michael Phelps, Katie Ledecky e Katinka Hosszu - todos medalhistas de ouro em 2016 - nadaram.

Ubiratan também garantiu que vai ficar ligado nas inscrições para tentar uma vaga para ele na natação, e para sua esposa na hidroginástica.

“É uma chance de a gente dar uma melhoradinha no corpo e na saúde, né? Praticar esporte é sempre uma boa pedida”, garante o segurança.

Bom para os moradores e melhor ainda para quem trabalha na região. É o caso da ambulante Alany dos Santos, 23, que vende picolé na região da Pituba há três anos. Ela conta que ficou encantada com as novas piscinas e principalmente com a praça, que conta com parquinhos infantis, academia ao ar livre e uma quadra de futevôlei.

Alany disse que a inauguração é quase um presente de Natal e que, com o aumento no fluxo de pessoas, ela deve faturar uma grana a mais.

Inaugurações
Quem entrava para ver como ficou o novo centro aquático era recepcionado pelo afoxé dos Filhos de Gandhy. Para melhorar, o hino nacional da festa solene foi cantado por Margareth Menezes, que soltou a voz à capela e contou com a ajuda das mais de 200 pessoas que foram conferir a boa nova.

“Todos nós somos, agora, responsáveis por cuidar desse equipamento para que seja pra sempre. Pra mim é uma honra [cantar o hino na inauguração] porque a gente representa uma parte importante da comunidade”, disse Margareth ao CORREIO.

O sol não decepcionou e brilhou forte na Pituba. Diante do calor, a vontade era de dar uma de atleta e mergulhar em uma das piscinas. A própria Margareth brincou afirmando que qualquer dia coloca "um biquíni para dar uma caidinha na água".

Na inauguração, ACM Neto estava acompanhado do vice-prefeito Bruno Reis, o novo Secretário de Trabalho, Esporte e Lazer, Alberto Pimentel, o futuro presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior, entre outras autoridades.

O presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, também esteve na inauguração e comemorou a chegada dos novos equipamentos à cidade.

“Todo mundo sai ganhando. As piscinas colocam a Bahia no radar nacional e internacional da natação e também é positivo porque vamos formar nossos atletas aqui. Também vai ser possível trazer bons atletas de regiões próximas a Salvador para se desenvolver aqui, então, é um diferencial para a cidade”, comentou.

O Piscinão da Pituba conta com estruturas para suporte aos atletas e profissionais envolvidos como vestiário, banheiros, academia de ginástica, consultório médico, lanchonete, além da portaria de acesso. Além da piscina de aquecimento, também há um deque para os esportistas e visitantes.

Edvaldo Valério será um dos responsáveis pela gestão do espaço e, a partir de agora, faz parte da equipe da Prefeitura. A notícia foi dada como surpresa pelo prefeito ACM Neto durante seu discurso e a oferta foi prontamente aceita pelo medalhista olímpico.

“Quando visualizei esse equipamento, não sabia que ficaria tão bonito, emblemático. Já revelamos muitos atletas como Ana Marcela (Cunha), Allan do Carmo, e com esse espaço nós podemos trabalhar ainda mais no esporte, que vai além da formação de atletas. Aqui podemos formar cidadãos e contribuir para a formação educacional dos baianos”, apontou o novo gestor.

Fazendo as honras da casa, Edvaldo foi um dos responsáveis pelas primeiras braçadas oficiais na piscina. Junto ao novo gestor, também mergulharam o subsecretário municipal Adriano Gallo e a nadadora conquistense Nayara Ledoux Ribeiro. Logo depois, a pequena recordista Monique Alessandra caiu na piscina olímpica com outros cinco atletas da sua categoria.

O investimento global nas obras foi de R$ 13,6 milhões, sendo R$ 1,5 milhão na implantação da piscina e outros R$ 7,7 milhões para construção do complexo, envolvendo a Praça Wilson Lins (área do antigo Clube Português).

Mais R$ 4,4 milhões foram investidos numa contenção em alvenaria de pedra às margens da arena. A cessão do equipamento é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura, a Aeronáutica, o Ministério dos Esportes e a Myrtha Pools, empresa italiana que fabricou a piscina e foi a responsável pela montagem na capital baiana.