A cidade de Palhoça, no interior de Santa Catarina, volta a receber imigrantes que participam voluntariamente do processo de interiorização da Operação Acolhida, implementado pelo Exército Brasileiro. Esta é a 18ª etapa do programa que leva imigrantes de Roraima para outras regiões do país.

Iniciado em abril, o processo de interiorização já transferiu venezuelanos abrigados em Boa Vista para 12 estados do Brasil. Com o voo desta terça-feira (20), mais 41 estrangeiros foram levados para Santa Catarina, subindo para 3.081 o número total de pessoas interiorizadas que buscam melhores condições de vida e oportunidades de trabalho.

Toda movimentação teve início às 4h30 no abrigo Rondon 2, localizado na zona Oeste de Boa Vista. Os imigrantes foram levados de ônibus e acompanhados por militares do Exército e membros da ONU. Do local, foram encaminhados até o Aeroporto Internacional Atlas Cantanhede, também na capital.

De acordo com o Major Milanez, porta voz da Operação Acolhida em Roraima, todos os imigrantes serão levados para abrigos em Santa Catarina, onde serão instruídos e devem ser direcionados ao mercado de trabalho.

"É mais uma oportunidade deles recomeçarem a vida e, principalmente, para a gente conseguir desafogar o estado de Roraima e compartilhar a responsabilidade também com outros estados. Não só Roraima, que é o principal estado que recebe toda essa demanda fruto da crise na Venezuela".

Distante cerca de 18 Km da capital Florianópolis, Palhoça já havia recebido imigrantes pela primeira vez na última etapa, realizada dia há uma semana. Na ocasião, o avião da FAB levou 9 venezuelanos para Brasília e 26 para a cidade do interior catarinense.

De acordo com a Casa Civil da presidência, todos os imigrantes que participam do programa passam por atendimento médico, são vacinados, têm documentação como CPF e carteira de trabalho antes de viajar.

A iniciativa conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

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A edição 2018 da Cruzex marca uma aproximação política na América do Sul: pela primeira vez, pilotos de caça do Chile e do Peru vão treinar juntos em missões de combate. Os dois países ainda mantém tensões diplomáticas por conta da definição de fronteiras terrestres e marítimas desde a Guerra do Pacífico, entre 1879 e 1883, mas as relações têm melhorado nos últimos anos.

Mesmo assim, a disposição de forças mostra que até hoje as forças aéreas dos dois países se veem como rivais. Os F-16 C/D Block 50+, os mais modernos da frota chilena, estão sediados na Base Aérea Base aérea “Los Cóndores”, a menos de 250 km da fronteira peruana. Já os Mirage 2000 peruanos estão baseados em La Joya, cerca de 280 km da fronteira.

O encontro no ar, felizmente, acontecerá em paz: nos céus do Nordeste brasileiro. O treinamento permitirá que Chile e Peru participem em uma mesma coalizão. Os dois países já haviam treinados para outros tipos de missões de paz, como no exercício Cooperación, que trata de busca e salvamento, mas nunca em operações de combate.

O jornal chileno El Mercurio destacou ontem que o chefe da delegação chilena, General Leonardo Romanini, almoçou ontem ao lado de oficiais peruanos. “Nesse tipo de situação o que se vê são os procedimentos padronizados: o planejamento, a metodologia e a fraseologia padrão da OTAN. Os detalhes sobre as capacidades, essas coisas, logicamente se mantêm com certa reserva”, disse ao jornal o general chileno, que enviou um repórter para cobrir a Cruzex em Natal.

Os representantes dos dois países também sentaram lado a lado na coletiva de imprensa. Até na foto oficial do evento um caça chileno ficou ao lado do peruano.

O Chile participou da primeira e da terceira edições Cruzex, em 2002 e 2006, com jatos A-37B Dragonfly. Em 2010, 2013 e agora em 2018 levou para Natal seus caças F-16. Já o Peru está no exercício com aeronaves pela primeira vez, tendo um contingente de aviões de ataque A-37B e caças Mirage 2000.

Em 2013, a Cruzex contou com a presença de caças F-16 dos Estados Unidos e da Aviación Militar Bolivariana, da Venezuela. À época, o treinamento conjunto gerou perguntas aos representantes dos dois países, que responderam se tratar de uma honra se exercitar ao lado dos colegas de outros países.

A atividade envolveu sete aeronaves de caça em formação. Voaram um Embraer A-1BM AMX modernizado e um Northrop F-5EM modernizado, dois Viper F-16 (USA e Chile), um A-37B DragonFly (Uruguai), um Dassault Mirage 2000BP biplace (Peru), um A-4K Skyhawk (AF-1B Falcão) da Marinha do Brasil, este fazendo o seu debut no exercício.

A CRUZEX 2018 realizou, nesta terça (20), um media flight voltado para captação de imagens por profissionais de comunicação.

Cerca de 44 profissionais, entre nacionais e estrangeiros, de diversos veículos de expressão na cobertura de temas militares, atuaram durante o voo.

Tecnologia & Defesa esteve presente com os colaboradores Silvio Maciel e Roberto Caiafa.

A atividade envolveu sete aeronaves de caça em formação.

A atividade envolveu sete aeronaves de caça em formação. Voaram um Embraer A-1BM AMX modernizado e um Northrop F-5EM modernizado, dois Viper F-16 (USA e Chile), um A-37B DragonFly (Uruguai), um Dassault Mirage 2000BP biplace (Peru), um A-4K Skyhawk (AF-1B Falcão) da Marinha do Brasil, este fazendo o seu debut no exercício.

A aeronave paquera (base foto) foi um C-105 Amazonas do Esquadrão Arara (o mesmo que, em 2009, levou o autor ao seu primeiro tour pela Amazônia e fronteira Colômbia/Peru).

Outra novidade do media flight da Cruzex 2018 foi a foto ar-ar da missão ar-ar.

Um helicóptero H-225M (H-36 Caracal) da Força Aérea voou em ala com a formação, mas de cima, obtendo imagens exclusivas clicadas pelo talento fabiano sargento Johnson Barros, um dos mais renomados fotógrafos militares da atualidade, em todo o mundo.

A missão foi encerrada após 1:45 de voo, e no solo, o grupo de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas confraternizaram com a tripulação do C-105 Amazonas e integrantes do CECOMSAER, culminando com a realização da foto oficial dos “Eleitos 2018“, ou seja, aqueles que mereceram o privilégio de voar com a Força Aérea Brasileira na Cruzex 2018.