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Seminário sobre Computação e Comunicação Quântica tem mais de 3 mil visualizações

As apresentações e debates reuniram, virtualmente, militares das três Forças, acadêmicos e representantes da indústria e da sociedade civil

Da Redação | Publicada em 17/05/2021 13:30

O 1º Seminário de Tecnologias de Interesse da Defesa: Computação e Comunicação Quântica, coordenado pelo Ministério da Defesa foi um grande sucesso, o evento que teve seu término no dia 13 de maio, recebeu mais de 3 mil visualizações.

As apresentações e debates reuniram, virtualmente, militares das três Forças, acadêmicos e representantes da indústria e da sociedade civil. Os participantes discutiram o tema que figura nas políticas de defesa e de segurança das principais potências militares do mundo.

O encerramento do Seminário ficou a cargo do diretor do Departamento de Produtos de Defesa (DEPROD), da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) da Pasta, contra-almirante Sérgio Lucas da Silva.

Ele ressaltou a relevância da Conferência para a obtenção do conhecimento dessa nova tecnologia. “Tenho certeza que nós só ganhamos com a realização de um evento dessa natureza. Nesses dois dias tivemos apresentações que nos permitiram conhecer, de maneira muito didática, um pouco do que consiste a tecnologia quântica e o caráter estratégico dela”, ressaltou.

Para o secretário da SEPROD, Marcos Rosas Degaut Pontes, o Seminário foi um marco. “Tivemos participação significativa, com cerca de 3 mil visualizações e, parte do sucesso, se deve ao alto nível de conhecimento, da excelência dos palestrantes e ao apoio maciço da academia, das instituições militares e do setor privado”, destacou.

Degaut disse ainda que o evento foi muito importante para permitir que diferentes setores iniciassem um alinhamento de percepções e perspectivas acerca do tema.

“A partir do que foi apresentado, pudemos verificar não só quais são os usos da comunicação e da computação quântica aplicados no mundo, mas também como nos posicionamos em relação a isso, em que situação estamos e o que falta para nos igualarmos aos países mais avançados”, completou.

Programação final

A programação da quinta-feira seguiu o mesmo formato do primeiro dia: dois blocos, com três painéis cada. Na primeira palestra, o chefe do Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército, general de divisão (Eng) Eduardo Wolski, dissertou sobre a “Computação e a Comunicação Quântica como Iniciativa Estratégica em prol da Defesa”.

Na continuação, o CEO da empresa Quanby Computação Quântica, Walmoli Gerber Junior, falou sobre as “Perspectivas de Mercado da Computação Quântica e os Impactos na Competitividade Mundial”.

Em seguida, o Professor Guilherme Frazão, do Centro de Estudos em Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tratou de “Redes de Comunicação Quântica”.

À tarde, as palestras prosseguiram com a apresentação do Professor Paulo Nussenzveig, do Laboratório de Manipulação Coerente de Átomos e Luz da Universidade de São Paulo, que expôs o trabalho desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo em Tecnologia de Informação Quântica.

O evento seguiu com o tema “Cooperação Internacional para Desenvolvimento e Produção”, explanado pelo coordenador do Laboratório de High Performance Computing, do SENAI. Por fim, o coronel Engenheiro da Aeronáutica, Fabio Andrade de Almeida, do Instituto de Estudos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, apresentou o “Sistema de Informação Seguro para o Setor Aeroespacial”.

Como no primeiro dia do evento, ao final de cada bloco os participantes debateram com os participantes os temas abordados por 30 minutos.

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CGNA ativa hoje o Centro de Informação Aeronáutica (C-AIS)


Publicada em 17/05/2021 17:05

Nos últimos anos, a atividade AIS (serviço de informação de voo) tem se renovado, passando da roupagem de um serviço prestado para a de um gerenciamento da informação. Nesse caminho, a prática AIS no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) se reinventou, colocando o profissional da área frente a diversos desafios.

Em parceria, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) desenharam o projeto de Centralização do Plano de Voo, posicionando o CGNA na figura de um Centro de Informação Aeronáutica (C-AIS), atuando incisivamente na aprovação de intenções de voo.

Tal processo permitirá um eficaz gerenciamento do fluxo das intenções de voo, incorporando à informação aeronáutica atributos tais como rastreabilidade, precisão, consistência e confiabilidade.

De acordo com o chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, o processo de Centralização de Planos de Voo trará ganhos significativos para a operacionalidade dos C-AIS no escopo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB).

“A reestruturação do processo de tratamento do planos de voo proporcionará uma melhora significativa no tocante ao aproveitamento dos recursos humanos e materiais, além de permitir a padronização dos procedimentos relativos ao trâmite das mensagens. Os usuários do SISCEAB serão beneficiados com uma maior padronização e confiabilidade na prestação do serviço” – afirmou o chefe do SDOP.

Para tanto, não foram poupados esforços na viabilização da centralização do Plano de Voo. No trabalho em equipe junto à CISCEA, o Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) passou por diversos incrementos técnicos, atribuindo um endereçamento único à intenção de plano de voo, permitindo que esta seja analisada semântica e sintaticamente, sem desvios operacionais.

Todo esse transcurso rumo à centralização foi planejado em etapas, conforme o Programa de Implementação da Centralização de Planos de Voo, com o objetivo macro de proporcionar interoperabilidade entre o SIGMA e o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITARIO), permitindo que as bases de dados de ambos estejam compativelmente atualizadas, sem discrepâncias.

Hoje, 17 de maio, entra em operação o C-AIS CGNA, com a assunção de 50% da demanda de intenção de voo da Sala AIS do aeroporto de Confins (MG).

Gradativamente, o C-AIS CGNA assumirá todo o movimento de Confins, assim como a demanda de mais três C-AIS – de Brasília, Curitiba e São Paulo -, tornando-se o responsável pelo processamento de cerca de 33% das mensagens ATS (Serviço de Tráfego Aéreo) do Brasil.

Segundo o comandante de CGNA, Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, com o processo de centralização, a atividade AIS passará por substanciais transformações, com a efetiva utilização de sistemas automatizados, sincronizados entre si, propiciando uma considerável redução da intervenção humana na sistemática do tratamento de plano de voo.

“Para tanto, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea tem investido maciçamente na capacitação de seus profissionais, levando em consideração o nível de complexidade das áreas de jurisdição que serão absorvidas pelo C-AIS CGNA” – declarou o Coronel Marcelo.

O plano de gerenciamento do projeto prevê que, em janeiro de 2024, todo esse processo esteja finalizado, passando para uma configuração operacional composta por mais três Centros de Informação Aeronáutica: C-AIS RJ (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero), C-AIS RE (Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – CINDACTA III) e C-AIS CGNA.

O CGNA é a organização militar responsável pelo gerenciamento de planos de voo, com o devido suporte dos C-AIS. Assim, implantou o Programa de Capacitação Padronizado para profissionais AIS, por meio de treinamentos de operadores e de supervisores, incluindo,  atividades relacionadas à modernização do SIGMA.

O objetivo, além da qualificação, é a integral adequação dos profissionais AIS quanto ao desenvolvimento e a evolução da forma pela qual a informação aeronáutica vem sendo trabalhada em prol do eficiente gerenciamento de fluxo do tráfego aéreo.

Certamente, ainda há muito trabalho a ser realizado no tocante à capacitação de dos operadores AIS, o qual será viabilizado pelo esforço e compromisso empenhados pelo CGNA, pelo DECEA e pelas organizações regionais envolvidas no processo, de modo a garantir a excelência do gerenciamento da informação aeronáutica e do tratamento das mensagens ATS.

Certamente, ainda há muito trabalho a ser realizado no tocante às evoluções futuras que serão  viabilizadas por esforço e compromisso do DECEA para garantir a excelência do gerenciamento da informação aeronáutica e do tratamento das mensagens ATS.