NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O GLOBO


Homem é baleado e morre ao tentar furar posto de bloqueio do Exército

Segundo o Comando Militar do Leste, as circunstâncias da morte estão sendo apuradas

Por Diego Amorim | Publicado em 12/05 - 23h07

RIO - Um motocicilista foi morto na noite deste sábado após furar um posto de bloqueio e controle do Exército na área da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. Identificado pelo Corpo de Bombeiros como Diego Augusto Ferreira, de 25 anos, ele não teria obedecido a ordem de parada dos militares que estavam na Rua Salustiano Silva, em Magalhães Bastos. Ainda não se sabe os motivos para o homem não ter parado na blitz das Forças Armadas.

De acordo com a assessoria de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML), por volta das 20h30, o homem "foi atingido por um disparo de arma de fogo proferido por um dos soldados que operavam o posto". O Comando Militar informa ainda que todas as providências legais cabíveis estão sendo tomadas neste momento, além de destacar que as circunstâncias estão sendo apuradas.

O episódio ocorreu próximo à Transolímpica, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, usuários comentaram o acontecimento: "Acabaram de matar um na Vila Militar. Mano, que isso, meu Deus..." e "A cidade está cada vez mais violenta... a gente sai de casa e não sabe se volta, o que vamos encontrar pela frente. Quantos perigos enfrentamos" são algumas das mensagens deixadas na internet.

Ainda nas redes sociais, informações da página Padre Miguel News apontam que um ônibus da linha 793 ( Pavuna x Magalhães Bastos), da Viação Pavunense, foi incendiado na Rua Almeida e Souza em forma de protesto contra a morte do motocicilista.

 

PORTAL G1


Perito que analisou queda de helicóptero com filho de Alckmin vira réu após MP apontar falhas em laudo

Segundo denúncia, funcionário do Instituto de Criminalística usou informações falsas que "quase fizeram mudar os rumos do inquérito policial".

Publicado em 12/05 - 17h52

Um perito do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo se tornou réu após o Ministério Público (MP) apontar falhas em laudo sobre a queda do helicóptero que resultou na morte de Thomaz Alckmin, filho do então governador Geraldo Alckmin, e de outras quatro pessoas em 2015.

Além de Thomaz, também morreram no acidente o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, 42, Erick Martinho, 36, e Leandro Souza, 34.

A denúncia contra o perito Helio Rodrigues Ramacciotti foi apresentada em março pela promotora Camila Moura e Silva à 1ª Vara Criminal de Carapicuíba, na Grande São Paulo.

No documento, ela apontou os seguintes erros:

- O perito afirmou que um painel de chaves do helicóptero não estava danificado e tinha as chaves em posições adequadas, mas fotos na denúncia mostram que isso não é verdade;

- O perito disse que o veículo tinha um certificado diferente ao que realmente tinha. "Dentro das hipóteses para a queda que estavam sendo abordadas naquele momento fazia toda a diferença atestar se a aeronave tinha certificado FAR 27 ou 29", diz a denúncia;

- Em seu lado, ele escreve que teve contato com uma aeronave que era a versão militar do helicóptero que se acidentou, mas, segundo a promotora, na verdade se tratava de versão de outro modelo;

- Perito usou informações sobre exames das quais não participou ou realizou, como análise de combustível e fluído hidráulico. "Comparando seu laudo com o da aeronáutica, percebeu-se que se tratava de cópia integral", disse a promotora.

O G1 entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), responsável pelo Instituto de Criminalística, e aguarda retorno. A reportagem não localizou o perito denunciado.

De acordo com o MP, as informações falsas, aliadas a outros erros da investigação, "quase fizeram mudar os rumos do inquérito policial", além de resultarem no indiciamento de outras pessoas indevidamente.

O juiz Renato de Andrade Siqueira, que recebeu a denúncia, porém, negou a medida cautelar pedida pelo MP para afastar o perito do cargo imediatamente.
 

 

Doutora em física, primeira professora negra do ITA denuncia preconceito de alunos e colegas: "Me odeiam"

Em entrevista no programa "Conversa com Bial", Sônia Guimarães diz que precisa reafirmar sua autoridade em sala de aula diariamente. Ela ressalta baixo número de alunas meninas nos cursos do ITA. stigação.

Por G1 | Publicado em 12/05 - 17h52

Sônia Guimarães foi a primeira mulher negra a se tornar doutora em física no Brasil e a ser professora no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Mesmo após 25 anos trabalhando na instituição de ensino, ela afirma que ainda sofre preconceito por parte de alunos e de colegas.

A faculdade está entre as mais concorridas do país e é reconhecida pelos cursos da área de engenharia. Em nota, a Associação dos Engenheiros do ITA lamentou a situação e expressou repúdio à intolerância

Durante entrevista no programa Conversa com Bial, na quinta-feira (10), Sônia denunciou que nem sempre é aceita pelos estudantes do ITA e pelo corpo docente.

“Eles me odeiam, (inclusive) meus colegas do mesmo nível que eu. Depois desse sacrifício de fazer um vestibular tão complicado, eles entram em uma sala de aula e sou eu que vou dar aula, que vou dar nota, que vou corrigir. Sou eu que digo ‘não, você está errado’”, relata. “Você não pode corrigi-los, porque eles são as pessoas mais inteligentes do Brasil”, ironiza.

(No programa de quinta-feira, 10, o jornalista Pedro Bial promoveu uma reflexão sobre os 130 anos da abolição da escravatura, que serão comemorados neste domingo, 13 de maio. O rapper Emicida e os professores Hélio Santos e Sônia Guimarães apontaram as marcas deixadas na sociedade brasileira.)

A professora Sônia Guimarães descreve o desafio de impor respeito diariamente na sala de aula. “Não tá escrito PhD aqui (na testa). A minha autoridade precisa ser dita a cada dia, a cada minuto, a cada correção, a cada nota baixa”, afirma. “Mas eles têm de me engolir, porque sou professora de física experimental. Eles têm de me aceitar. Senão vão repetir de ano. E não pode repetir de ano no ITA, é proibido”, completa.

Minoria feminina

Na 1ª chamada do vestibular 2018 do ITA, 124 candidatos foram convocados – desses, apenas 8 eram mulheres. No ano anterior, os números foram semelhantes: de 110 aprovados, 11 eram do sexo feminino.

“Quem vocês acham que é pobre? Esse tipo de gente tá acostumada a ver esse tipo de gente aqui (aponta para si mesma) limpando, cuidando dos sobrinhos, da casa deles”, afirma a professora.

ImagemResposta do ITA

Em nota, o presidente da Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA), Marcelo Dias Ferreira, expressou repúdio em relação às declarações de Sônia Guimarães no programa.

Leia a declaração:

“Cabe registrar que o mérito e a excelência de seus alunos são qualidades muito caras ao ITA.

Lamentamos profundamente as referidas declarações. A Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA) repudia qualquer forma de preconceito ou discriminação, seja por motivos raciais, religiosos, sociais, de gênero ou outros, bem como atitudes e comportamentos desrespeitosos no âmbito da Escola, sejam eles entre colegas ou entre estudantes e funcionários, estudantes e professores, funcionários e professores.

Entendemos que quaisquer denúncias nesse sentido, que sejam recebidas formalmente pelo ITA, devam ser apuradas na forma da lei.”

Trajetória da professora

Sônia fez a graduação em licenciatura de ciências na Universidade Federal de São Carlos (1976-1979). No ano seguinte, ingressou no mestrado em física aplicada na Universidade de São Paulo (USP) e já emendou com um curso de especialização em química e tecnologia dos materiais na Consiglio Nazionale dele Ricerche – ela conseguiu uma bolsa de estudos na universidade italiana.

De 1986 a 1989, fez doutorado em materiais eletrônicos na Inglaterra, na Universidade de Manchester. Em 1993, começou a trabalhar no ITA.

 

Venezuelana que deu à luz logo após cruzar fronteira com o Brasil passa o 1º Dia das Mães em SP

Há um mês na cidade, ela e compatriota falam sobre maternidade, experiências da imigração e sonhos.

Por Rafaela Putini* | Publicado em 12/05 - 07h00

Enquanto amamenta Adriano, que tem um mês de vida, Lupe Marque, de 20 anos, alisa a barriga com a mão e lembra do que passou para atravessar grávida a fronteira da Venezuela para o Brasil, em uma viagem que envolveu dias de caminhada e quase nenhuma comida. “Minha barriga estava tão pequena que achei que meu bebê estava desnutrido”. Esse é seu primeiro Dia das Mães como mãe, e a primeira vez que passa a data longe de casa.

Os cerca de quatro mil quilômetros que separam São Paulo da Venezuela estão repletos de saudades, saudades das pessoas, dos hábitos e de casa. Apesar de saudade não fazer parte do vocabulário em espanhol, o sentimento é igual ao que os brasileiros nomearam.

"Eu sinto muita falta e tenho vontade de voltar, mas não do jeito como está. A nossa cultura está se perdendo com essa situação", concluiu Lupe.

Ela chegou à Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela, em Roraima, no dia 26 de fevereiro. Dali para Boa Vista foram três dias de caminhada. Lá, Lupe passou a dormir na praça Simón Bolivar ao lado do marido Antoni, de 25 anos.

O casal veio fugindo da crise de desabastecimento que enfrenta a Venezuela. Eles fazem parte dos quase três milhões de venezuelanos que deixaram o país nos últimos cinco anos. Cerca de 200 mil vieram para o Brasil.

Sem nenhuma consulta de pré-natal, Lupe deu a luz um mês depois da chegada, em um hospital público da cidade. Mas, apenas três dias depois do parto ela estava de volta à praça. Dessa vez com Adriano já em seus braços. A maior preocupação era protegê-lo do sol de Boa Vista, que nessa época do ano chega a atingir 34°C.

Dois dias depois, ao verem o tamanho do recém-nascido, policiais propuseram uma mudança para São Paulo, cidade onde seria mais fácil arranjar emprego e onde a família teria apoio de uma instituição para recomeçar. Esse intercâmbio faz parte de ações integradas federais e municipais para lidar com a crise migratória. Lupe, Antoni e Adriano desembarcaram na Missão Paz, entidade que acolhe e orienta imigrantes no Centro, no dia 5 de abril.
 

No mesmo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe a família para São Paulo estava também Gisela Gomez, de 36 anos, e suas duas filhas, Dougleises, de 3 anos, e Gissell, de 6. Já na viagem começava uma amizade e uma cumplicidade entre Gisela e Lupe, que ficaram muito ligadas por viverem a realidade da maternidade longe do resto da família. Gisela e Lupe criaram uma rede de apoio, muitas vezes cuidando uma do filho da outra.

Gisela foi para Roraima em uma viagem de ônibus que durou 22 horas. Ela é mãe de quatro, mas teve que deixar dois filhos, um menino de 17 e uma menina de 15, com a avó paterna na Venezuela. Sua maior vontade no momento é conseguir um emprego para mandar dinheiro para os dois. Ela mostra uma pulseira feita por eles e lamenta que vá passar seu primeiro dia das mães com a família separada.
 

Festas e alegria

Gisela e Lupe não se conheciam até chegar em São Paulo, mas as duas compartilham a mesma lembrança alegre dos dias das mães que passaram na Venezuela. Festas com muita comida, presentes, dança e a família reunida. Desde que começou a crise no país elas não comemoraram mais da mesma maneira.
 

Até o nascimento de Adriano nesse ano, Lupe celebrava a data como filha. Ela lembra de acordar cedo, arrumar o cabelo e preparar uma comemoração para homenagear a mãe. As memórias são da época em que ela trabalhava em um supermercado e não faltava comida em casa.

Agora, ela tenta arranjar dinheiro para que sua mãe possa se alimentar. Ela enviou R$ 150 que o marido conseguiu limpando vidros no farol, “que deram para comprar um frango e um pouco de arroz, comida para menos de duas semanas”.

Já Gisela passou a ser a homenageada há 17 anos, quando teve o primeiro filho. Ela descreve cada um dos presentes que ganhou, ano a ano, objetos que teve que deixar para trás. Para minimizar a saudade ela quer “dançar, brincar com as meninas, comer e estar cercada de pessoas nesse Dia das Mães, viver”.
 

São Paulo

Impressionadas com o tamanho dos prédios de São Paulo, as amigas dizem que se sentem em Nova Iorque ou em Paris quando caminham pela cidade. Um mês depois de chegar, já familiarizada com as ruas do Centro que ama explorar, Lupe afirma que “é uma cidade muito bonita e é muito melhor do que a situação como está lá na Venezuela agora”. Gisela concorda.
 

A existência de um espaço como o da Missão Paz, com camas para todos, comida e roupas, parecia quase impossível para as duas há alguns meses. Mas, apesar da situação estar melhor, elas esperam conseguir mais na cidade. Precisam de um trabalho para conquistar independência e ganhar dinheiro para ajudar quem não pode vir.

Gisela, que era professora, cabelereira e costureira na Venezuela, está se aplicando para todos os tipos de emprego que pode. “Mas, sonho mesmo é ter um salão de beleza aqui em São Paulo”.

Lupe sonha com o momento em que vai poder enviar mais dinheiro para a mãe. Apesar disso, evita pensar que quando conseguir um emprego vai ter que passar o dia longe de Adriano. “Vai ser muito difícil, ele quer mamar o dia todo”.

* Com supervisão de Cíntia Acayaba

 

PORTAL BRASIL


Mutirão atende 17 mil indígenas no Amazonas e em Rondônia

Ação leva exames e cirurgias às comunidades, com investimento de R$ 600 mil

Publicado em 11/05 - 20h06

Mais de 17 mil indígenas receberão atendimento médico até o sábado (12) nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas Médio Rio Purus e Porto Velho. A ação, que começou no início da semana, é conduzida pelo Ministério da Saúde, com o auxílio de voluntários da organização não governamental Expedicionários da Saúde e do Ministério da Defesa. O investimento do Ministério da Saúde chegou a R$ 600 mil.

De acordo com o ministério, do início da semana até o sábado, 350 cirurgias devem ser realizadas pelo mutirão da saúde. Estão sendo oferecidos também exames de oftalmologia, odontologia, clínica geral, ginecologia e pediatria, bem como os devidos encaminhamentos de pacientes para as unidades de média e alta complexidade na cidade de Lábrea (AM). Quando o paciente precisa ser removido, o transporte é realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

 

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL GGN - Uma promotora de Justiça que honra a função


A função do promotor não é a de condenar: é a de procurar a verdade. Esses tempos sombrios de Lava Jato consolidaram a imagem deturpada do procurador vingador, que define uma narrativa inicial e, depois, enfia provas a marretada, na maioria das vezes contra o réu, para satisfazer a sede de vingança de uma sociedade doente. Como o nome define, é um promotor da justiça, o que procura fazer justiça, e não sair condenando a torto e a direito.

A promotora Sandra Reimberg deu um exemplo relevante da verdadeira função do Ministério Público, à altura do seu colega Eduardo Araújo da Silva, que enfrentou uma imprensa sedenta de sangue e libertou rapazes inocentes, detidos e torturados em função do episódio conhecido como Bar Bodega.

No acidente que vitimou o filho do governador Geraldo Alckmin, houve uma investigação conduzida pela Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes) da Força Aérea e convalidada pelo perito Hélio Rodrigues Ramacciotti, do Instituto de Criminalística.

Com base nele, a Polícia Civil concluiu um relatório indiciando cinco pessoas por negligência e imperícia, que iam o homicídio culposo qualificado, homicídio culposo em coautoria, falso testenho e aí por diante.

A promotora Reimberg não aceitou o laudo e não se acomodou. O Ministério Público Estadual continuou investigando por conta própria. Chegou-se à conclusão o helicóptero havia retornado da Helibras na véspera do acidente, e não se respeitou o prazo de secagem das pás. Com base na sua investigação, cinco inocentes não foram denunciadas.

A promotora denunciou o perito Hélio Ramacciotti, que admitiu ter copiado trechos do relatório da Cenipa, sem ter vistoriado o helicóptero, devido a pressões da Polícia Civil para acelerar a investigação.