NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


RÁDIOAGÊNCIA NACIONAL


FAB explica avião das Forças Armadas que funciona como radar voador


Sayonara Moreno | Publicada em 11/02/2022 15:39

Há quem duvide, mas a ciência já provou, há muitos anos, que a Terra é redonda. E é devido ao formato esférico, que mesmo com tecnologias avançadas, uma estação de radar de aviões não consegue captar objetos no nível do mar ou que voam em baixas altitudes. A FAB, Força Aérea Brasileira, explica que até aeronaves utilizadas por traficantes de drogas podem passar despercebidas e ultrapassar fronteiras de países, sem permissão, simplesmente por voarem fora das altitudes detectáveis pelos radares. E é por isso que a FAB possui uma frota de aviões que identificam a presença de outros aviões e objetos não detectáveis. Conhecido como Avião-Radar, o Jato E-99M é, em outras palavras, uma estação de radar voadora: capaz de voar diversas altitudes e perceber possíveis ameaças a qualquer altura.

O Tenente-Coronel Aviador Luiz Carlos Santos, conta que, no Brasil, existem três aeronaves do tipo com programas de computador atualizados e alta captação de objetos aéreos, em diversas altitudes. Segundo ele, o jato E99M pode ser utilizado em tempos de guerra e de paz, incluindo operações sigilosas, importantes para a segurança nacional.

Apesar de detectar a presença de aviões a centenas de quilômetros de distância, os radares de aviões convencionais, que ficam em torres, têm limitações, o que faz com que aviões militares consigam fazer ataques surpresas, justamente aproveitando da curvatura da Terra. Neste caso, um ataque vindo a duzentos metros acima do nível do mar, só é identificado a cinquenta quilômetros da antena do radar. Se esse ataque for de um avião cassa supersônico, ou um míssil, por exemplo, bastam dois minutos para atingir a torre.

O E-99M faz a varredura de cima para baixo, e não de um lado para o outro, como os radares fixos em torres. Com isso, possui maior alcance de visão panorâmica sobre o nível do mar. As versões modernizadas dessa aeronave começaram a ser entregues no Brasil, no fim de 2020 e operam no país desde o ano passado.

OUTRAS MÍDIAS


ACHE CONCURSOS - Concurso Aeronáutica: 6 editais para Oficiais abrem 159 vagas

Aeronáutica do Brasil lança seis novos editais para cursos de admissão de Dentistas (CADAR), Farmacêuticos (CAFAR), Médicos (CAMAR), Oficiais de Apoio (EAOAP), Engenheiros (EAOEAR) e Capelães (EIAC) para as turmas de 2023.

Clécio | Publicada em 11/02/2022 08:42

Saíram seis novos editais na Aeronáutica do Brasil. A Força Aérea promove concursos que irão preencher 159 vagas em cargos de nível superior nos exames de admissão para cursos de Adaptação de Dentistas, Farmacêuticos, Médicos, Oficiais de Apoio, Engenheiros e Capelães para ingresso nas turmas de 2023.

Para participar dos exames os candidatos devem ter ensino superior na área, entre outros requisitos. Após a conclusão do curso/estágio com aproveitamento, o aluno será nomeado Segundo-Tenente, no caso dos capelães, com vencimentos de R$ 7.490,00; e Primeiro-Tenente, no caso das outras especialidades, com soldo de R$ 8.245,00, segundo o quadro remuneratório dos militares para 2022.

Vagas

Um dos editais tem 11 vagas para o Curso de Adaptação de Dentistas (CADAR), nas especialidades de Estomatologia (1), Implantodontia (1), Odontogeriatria (2), Prótese Dentária (2), Periodontia (2) e Radiologia Odontológica e Imaginologia (3).

Um segundo edital oferece 5 vagas para curso de adaptação de Farmacêuticos (CAFAR) nas especialidades de Farmácia Bioquímica (3) e Farmácia Hospitalar (2).

O terceiro edital tem 100 vagas para o Curso de Adaptação de Médicos (CAMAR) nas especialidades de Anestesiologia (1), Cancerologia (3), Cardiologia (5), Cirurgia Geral (1), Clínica Médica (36), Endocrinologia (1), Geriatria (1), Ginecologia e Obstetrícia (4), Hemoterapia (1), Medicina Intensiva (2), Medicina de Família e Comunidade (7), Neurocirurgia (1), Neurologia (2), Oftalmologia (6), Otorrinolaringologia (4), Ortopedia (3), Pediatria (2), Pneumologia (1), Psiquiatria (10), Radiologia (6) e Urologia (3).

Há ainda 10 para o Curso de Adaptação de Oficiais de Apoio (EAOAP) nas especialidades de Administração (2), Análise de Sistemas (1), Pedagogia (2), Psicologia (1), Serviços Jurídicos (3) e Serviço Social (1).

Um quinto edital tem 30 vagas para Oficiais Engenheiros (EAOEAR) nas especialidades de Cartográfica (1), Civil (8), Computação (6), Eletrônica (4), Elétrica (5), Mecânica (4), Química (1) e Telecomunicações (1).

E por último, o sexto edital oferece 3 vagas para Sacerdote Católico Apostólico Romano.

Inscrição

As inscrições no concurso deverão ser realizadas entre os dias 21 de fevereiro e 10h do dia 13 de março de 2022, via internet, no endereço eletrônico da Aeronáutica - www.fab.mil.br/exameadmissao. A taxa de inscrição é de R$ 130,00.

O concurso constará das seguintes etapas de avaliação:

Prova Escrita;

Verificação de Dados Biográficos e Profissionais (VDBP);

Inspeção de Saúde (INSPSAU);

Exame de Aptidão Psicológica (EAP);

Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF);

Prova Prático-Oral (PPO);

Procedimento de Heteroidentificação Complementar (PHC);

Validação Documental.

As provas escritas estão marcadas para as 9h40min (horário de Brasília) do dia 12 de junho de 2022, nas cidades de Belém (PA), Alcântara (MA), São Luís (MA), Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Fortaleza (CR), Natal (RN), Parnamirim (RN), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Lagoa Santa (MG), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Canoas (RS), Santa Maria (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Manaus (AM), em locais a serem divulgados na data provável de 02 de junho. Já no dia 15 de junho serão divulgados os gabaritos provisórios das provas.

Do exame de aptidão física

Veja os índices exigidos para aprovação conforme o sexo:

Masculino

Flexão e Extensão dos membros superiores com apoio de frente sobre o solo: 21 repetições sem limite de tempo;

Flexão e Extensão do tronco sobre as coxas: 34 repetições em 1 minuto;

Corrida: 2.200 metros em 12 minutos;

Feminino

Flexão e Extensão dos membros superiores com apoio de frente sobre o solo: 12 repetições sem limite de tempo;

Flexão e Extensão do tronco sobre as coxas: 29 repetições em 1 minuto;

Corrida: 1.650 metros em 12 minutos;

O Estágio de Adaptação de Oficiais da Aeronáutica é ministrado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte-MG, tem a duração aproximada de 17 semanas e abrange instruções nos Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado.

ABEAR - Companhias aéreas transportaram gratuitamente 5,9 mil itens para transplante em 2021


Da Redação | Publicada em 11/02/2022

As companhias aéreas brasileiras transportaram gratuitamente, no segundo semestre de 2021, 3.387 itens para transplante (órgãos, tecidos, insumos e equipes médicas), totalizando 5.960 unidades no ano passado (foram 2.573 itens no primeiro semestre deste ano). Os dados são da Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde. De julho a dezembro, 2.136 voos levaram pelo menos um item a bordo, somando 3.747 voos realizados em 2021.

 

Voos operados pela Força Aérea Brasileira (FAB), companhias aéreas estrangeiras, trajetos terrestres e serviço postal transportaram 911 itens, que somados ao transporte das companhias aéreas totalizam uma movimentação 4.298 itens no segundo semestre. Em todo o ano de 2021, foram 1.891 unidades entre órgãos, tecidos, insumos e equipes médica transportadas pela FAB, empresas estrangeiras, trajetos terrestres e serviço postal, o que representa um transporte total de 7.851 unidades.

Asas do Bem

Em 2014, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) lançou o programa Asas do Bem, com o objetivo de divulgar a importância do transporte gratuito de órgãos, tecidos, equipes médicas e materiais realizado diariamente no país por suas associadas. A contribuição da aviação comercial no transporte de órgãos teve início em 2001. O esforço inclui atualmente, além da ABEAR e suas associadas, outras companhias aéreas, o Ministério da Saúde (CNT), o Ministério da Infraestrutura (Secretaria Nacional de Aviação Civil – SAC), o Comando da Aeronáutica (Força Aérea Brasileira – FAB, Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA, e Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea – CGNA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Infraero, aeroportos concessionados e a Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA).

Em 2018, a ABEAR lançou a Jornada Asas do Bem, série de palestras presenciais e online para destacar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação para viabilizar os transplantes. As apresentações são realizadas pelo publicitário Alexandre Barroso, três vezes transplantado, e já percorreram 15 estados e o Distrito Federal, reunindo cerca de 4 mil pessoas em eventos promovidos por hospitais, centrais de transplantes, companhias aéreas e iniciativas sociais. Em 2020, devido a pandemia do novo coronavírus, foram realizadas lives com Barroso e profissionais de saúde para promover o tema no Instagram e YouTube.

ABC DO ABC - Governo do Estado premia pesquisadoras paulistas de destaque

A primeira edição do Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas teve 174 profissionais indicados e mais de 14 mil votos

Da Redação | Publicada em 11/02/2022 15:00

A Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, entregou nesta sexta-feira (11), Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas nas categorias Pesquisadora Sênior e Jovem Pesquisadora. O Vice-governador e Secretário de Governo, Rodrigo Garcia, enviou um vídeo parabenizando as pesquisadoras por seu desempenho na área científica. Esta é a primeira edição do prêmio, instituído pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, que recebeu a indicação de 174 profissionais e mais de 14 mil votos. As vencedoras de cada categoria foram Maria Helena de Moura Neves e Mayara Condé Rocha Murça, que receberam uma placa da premiação e uma escultura.

“Essa proximidade com a ciência me fez lembrar da necessidade de manter a boa luta e abandonar a má briga. Educação e ciência andam juntas e quem promove briga acha que andam separadas. As mulheres que estão aqui tiveram que lutar muito, enfrentaram barreiras e foram além. Fiz questão que esse prêmio acontecesse para que ele virasse regra e não exceção. Agradeço Ester Sabino, que tem liderado essa caminhada do papel da mulher não só como cientista, mas também liderança”, afirmou Patrícia Ellen.

Para a imunologista Ester Sabino, a homenagem vem numa hora importante.  “Num momento em que a ciência tem sido tão atacada, me sinto muito honrada com essa premiação que leva meu nome. Hoje é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Por que será que há tanta dificuldade para chegarmos em posições mais altas nesta área? Quando eu tinha 8 anos, eles premiavam os melhores alunos. Eu ganhei. No ano seguinte também. No quarto ano, comecei a errar para não ganhar. Achava que não era o meu lugar. Quando a gente percebe essa força invisível, tentamos mudar”, frisou Ester Sabino.

Vencedoras

Maria Helena de Moura Neves é Professora Emérita na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e licenciada em Letras. Atua na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na UNESP (Araraquara), coordena o Grupo de Pesquisa Gramática de usos do português do CNPq e é autora de vários livros na área, entre eles “A gramática do português revelada em textos”.

“Por que alguém que faz gramática é chamada de cientista se essa matéria sempre foi vista como algo que amarra, que prende, que dogmatiza e está alheio e até contrário à ciência? A linguagem é um sistema de regras e isso é científico. A primeira mensagem que desejo passar é que é possível ver ciência nas humanidades e línguas e, a segunda, que sempre temos de guardar a mensagem daqueles que nos conduziram até onde chegamos, no meu caso, o orientador do mestrado, que me direcionou para o caminho certo”, enfatiza a  professora.

A capitão Engenheira PhD da Força Aérea Brasileira, Mayara Condé Rocha Murça, vencedora do prêmio Jovem Pesquisadora, desenvolveu projeto voltado ao gerenciamento do tráfego aéreo. Ela é graduada em Engenharia Civil-Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA (2011), com mestrado em Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica e doutorado em Aeronáutica e Astronáutica pelo Massachusetts Institute of Technology (2018), também é chefe da Divisão de Engenharia Civil do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e coordenadora do Laboratório de Gerenciamento de Tráfego Aéreo.  “É uma emoção muito grande participar desse evento hoje. Ações como essa trazem grande contribuição por valorizar a pesquisa no país, ainda mais para as mulheres. Agradeço também à Força Aérea e a essa rede de incentivo à educação no país”, disse Mayara Condé.

Vanderlan Bolzani, Professora Titular do Instituto de Química da Unesp, Araraquara e Presidente da ACIESP, ressaltou que  “a igualdade de gênero é essencial para o conhecimento. Sou uma paraibana, uma pau de arara que chegou nesse estado com 24 anos e com a bolsa da Fapesp debaixo do braço comecei a fazer minha carreira na USP. Nesse mundo polarizado e negacionista é uma honra estar nesse prêmio, com mulheres protagonistas da ciência e reconhecidas internacionalmente.”

De acordo com a Unesco, apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. No Brasil, elas representam 54% dos doutorandos e publicam 70% dos artigos científicos do país,  embora recebam apenas 24% das bolsas de produtividade. No Estado de São Paulo, de um total de mais de 40 mil pesquisadores institucionais, as mulheres representam 29,8%. O prêmio, combinado com outras ações do Governo, tem por objetivo inserir as mulheres nas posições de liderança da área da pesquisa.

Sobre a premiação

O Prêmio Ester Sabino foi instituído pelo Decreto Nº 65.965, de 24/08/2021 do governo do Estado de São Paulo para homenagear pesquisadoras que contribuem para o desenvolvimento científico no Estado de São Paulo.  Anualmente, serão contempladas duas mulheres cientistas de destaque nas seguintes categorias:

Pesquisadora sênior: voltada a cientistas com idade acima de 35 anos, com carreira nacional e internacional consolidada e com contribuições relevantes para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. Jovem pesquisadora: direcionada para cientistas com idade até 35 anos, com relevante potencial científico.

Ester Sabino

A imunologista e professora universitária Ester Cedeira Sabino, que dá nome à premiação, integra um grupo de pesquisadores que teve destaque fundamental nesta pandemia, ao sequenciar, em 48 horas, o genoma do coronavírus, o que pesquisadores de outros países levam cerca de 15 dias para conseguir. A descoberta foi fundamental tanto para o diagnóstico da doença quanto para o desenvolvimento de vacinas e de respostas ao medicamento diante das mutações.

JORNAL DA USP - Prêmio Ester Sabino homenageia pesquisadoras no Dia das Mulheres e Meninas na Ciência

A láurea foi instituída em 2021, pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, para premiar duas mulheres cientistas de grande destaque

Adriana Cruz | Publicada em 11/02/2022 16:14

Uma cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo paulista, marcou a entrega da primeira edição do Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas, que tem como objetivo valorizar pesquisadoras que contribuem para o desenvolvimento científico no Estado de São Paulo.

O evento foi realizado no dia 11 de fevereiro, definido pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e é uma homenagem à professora da Faculdade de Medicina da USP, Ester Cerdeira Sabino — médica, imunologista e ex-diretora do Instituto de Medicina Tropical, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus.

A homenagem foi instituída em 2021, pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, para premiar duas mulheres cientistas nas categorias Pesquisadora Sênior, direcionada para cientistas com idade acima de 35 anos, com carreira nacional e internacional consolidada e com contribuições relevantes para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado; e Jovem Pesquisadora, destinada a cientistas com idade até 35 anos, com destacado potencial científico.

As vencedoras foram a Professora Emérita da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Maria Helena de Moura Neves, e a capitã engenheira da Força Aérea Brasileira, Mayara Condé Rocha Murça, ligada ao Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Ambas receberam uma placa alusiva à premiação e uma escultura.

Duas cientistas da USP foram homenageadas com menções honrosas: a pesquisadora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Camila Meirelles de Souza Silva, e a professora titular do Instituto de Química (IQ), Alicia Juliana Kowaltowski. Também foram finalistas na premiação a professora do Instituto Federal de São Paulo, Dayana Aparecida Marques de Oliveira Cruz, e a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais, Gisela Durigan.

A escolha das premiadas foi feita, dentre 174 candidatas inscritas, por uma banca formada por representantes de instituições de ensino e de pesquisa a partir da análise do currículo Lattes. Foram levados em conta critérios como formação e experiência profissional; produção acadêmica; formação de recursos humanos qualificados e novas lideranças; premiação nacional ou internacional; e a relevância de contribuição acadêmica para a sociedade. Também foi realizada uma votação eletrônica aberta ao público, que recebeu mais de 14 mil votos.

“As mulheres que estão aqui tiveram que lutar muito, enfrentaram barreiras e foram além. Fiz questão que esse prêmio acontecesse para que ele virasse regra e não exceção. Agradeço à Ester Sabino, que tem conduzido essa caminhada do papel da mulher não só como cientista, mas também como liderança”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

A professora Ester Sabino destacou que “em um momento em que a ciência tem sido tão atacada, me sinto muito honrada com essa premiação que leva meu nome. Por que será que há tanta dificuldade para a mulher chegar a posições mais altas na área científica? Quando eu tinha oito anos, ingressei no segundo ano em uma escola que premiava os melhores alunos. Eu ganhei e, no ano seguinte, também. Quando estava no quarto ano, comecei a errar para não ganhar. Achava que aquele não era o meu lugar. Quando a gente percebe essa força invisível, precisamos mudar”.

Muito emocionada, a docente do Instituto de Química da Unesp e presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), Vanderlan Bolzani, contou que chegou a São Paulo vinda da Paraíba, aos 24 anos, “com uma bolsa da Fapesp debaixo do braço para fazer minha carreira na USP.  Sou uma paraibana, uma pau de arara. Nesse mundo polarizado e negacionista, é uma honra estar nesse prêmio, com mulheres protagonistas da ciência e reconhecidas internacionalmente”.

YOUTUBE - Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas


Desenvolvimento Sp | Publicada em 11/02/2022 10:03