NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Como Alcântara pode ajudar o Brasil

Temos pela frente uma excelente oportunidade para nos posicionarmos no mercado espacial

Nivaldo Luiz Rossato | Publicada em 11/08 - 03h00

Há décadas, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, tem sido alvo de polêmicas baseadas, em boa parte, na desinformação sobre sua relevância para o Brasil. O País precisa saber que Alcântara não está à venda, não será arrendada e que tampouco haverá cessão de área ou qualquer outra ação que afete a soberania brasileira.

Na verdade, o que se pretende é viabilizar o uso comercial do CLA. Feito isso, Alcântara vai oferecer a possibilidade de empresas privadas efetuarem lançamentos de engenhos espaciais a partir das suas instalações, proporcionando uma nova e significativa fonte de recursos financeiros para o Programa Espacial Brasileiro e seus importantes projetos.

A Estratégia Nacional de Defesa, já em 2008, designou o Comando da Aeronáutica como o responsável pelo setor espacial brasileiro, entretanto, como não há programa espacial exclusivamente militar, é imprescindível que toda a sociedade brasileira conheça a importância de Alcântara.

Nosso país tem o tamanho de um continente. São praticamente 200 milhões de habitantes que usam diariamente serviços providos por satélites, sem nem sequer notar que o fazem. Essas tecnologias estão em nossos telefones celulares, no GPS, na previsão meteorológica, no levantamento de imagens para diversas finalidades – como as usadas para previsão de safras agrícolas e monitoramento de desmatamentos – dentre inúmeros outros serviços. Diante da relevância de tantas possibilidades de uso do espaço, a questão que se impõe é: queremos ter essa indústria aqui, no Brasil, gerando empregos e desenvolvimento, ou vamos seguir sendo ultrapassados por outros países na corrida espacial?

Infelizmente, hoje o Brasil está praticamente fora do mercado espacial mundial. Estamos falando de um volume de negócios estimado em mais de US$ 300 bilhões por ano. E, como não temos empresas nacionais explorando profundamente esse segmento, nossos profissionais altamente capacitados acabam sendo absorvidos por empresas de outros países, pondo em risco um legado de décadas de trabalho no Brasil.

Atualmente, países que iniciaram seus programas espaciais junto com o Brasil, por volta da década de 1960, já se valem de uma considerável autonomia. Diferentemente do que acontece aqui, mesmo tendo em nosso território um dos melhores locais do mundo para lançamento de satélites. Situado a apenas 250 km ao sul da Linha do Equador, nosso centro em Alcântara propicia uma economia de combustível de pelo menos 30% nos lançamentos. Além disso, sua posição estratégica apresenta meteorologia favorável e saída para o mar, fatores igualmente importantes para um centro espacial.

Para minimizar os danos da estagnação do programa espacial, algumas ações de alta relevância têm sido tomadas em prol do setor espacial brasileiro. Prova disso é o recém-assinado Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese) – parte do Programa Nacional de Atividades Espaciais –, que tem uma concepção dual, englobando ações de defesa e de ciência e tecnologia. Com essa formatação, o Pese oferece possibilidades de serviços de satélites não só para as Forças Armadas, mas também para atendimento a necessidades governamentais em diversas áreas em prol da sociedade, notadamente no fornecimento de internet de banda larga a regiões mais remotas.

Além disso, acompanhando o surgimento de novas ondas como a nanotecnologia, e sua decorrente miniaturização de produtos espaciais, o Programa Espacial Brasileiro tem focado atualmente na viabilização do desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM). Trata-se de um novo nicho muito explorado por companhias privadas. As filas de espera nos centros de lançamento de artefatos desse tipo ao redor do globo estão em torno de três anos, o que corrobora a carência dessas instalações no mercado e reforça a oportunidade que surge para recuperarmos o tempo perdido.

Porém, para que satélites estrangeiros possam ser lançados do território brasileiro são necessárias proteções legais, conhecidas no mercado aeroespacial como Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, ou AST, um contrato recíproco de proteção legal de tecnologias.

Com o acordo, os países estabelecem um compromisso mútuo de proteção das tecnologias e patentes contra uso ou cópia não autorizados. Esses acordos são praxe no setor espacial e não representam ameaça alguma à soberania brasileira. Infelizmente, este tema tem sido distorcido com alguma regularidade, gerando uma falsa ideia de que o AST seria prejudicial para o País. E isso não é verdade.

No momento, o Brasil se encontra em plena negociação de um AST com os Estados Unidos. Após sua conclusão, teremos condições legais de atuar conjuntamente não só com a nação que domina simplesmente cerca de 80% do mercado espacial e suas tecnologias, mas também com qualquer outro país que tenha produtos espaciais desenvolvidos com componentes de empresas americanas. Por outro lado, caso o Brasil não permita a formalização desta parceria com os norte-americanos, estaremos impondo ao País óbices extremamente duros para a continuidade do nosso programa espacial.

Temos pela frente uma excelente oportunidade para finalmente nos posicionarmos no mercado espacial mundial, com um protagonismo compatível com a grandeza do Brasil. E o Centro de Lançamento de Alcântara é peça fundamental neste processo. Por isso precisamos incentivar seu uso comercial, o que certamente trará consequências benéficas para o Programa Espacial Brasileiro. Trata-se de um assunto que não pode ficar restrito ao Comando da Aeronáutica ou a apenas um governo. A área espacial sempre foi e continua sendo estratégica para o País, mas, para avançarmos rumo ao seu desenvolvimento, ela deve ser tratada como tal por todos os brasileiros.

*TENENTE-BRIGADEIRO-DO-AR, É COMANDANTE DA AERONÁUTICA

 

PORTAL G1


Em vídeo, governador do ES relata acidente e diz que está bem

Paulo Hartung seguia para Domingos Martins, onde participaria à noite de um festival de cinema. Na aeronave também estava a esposa dele, que teve apenas luxações, segundo o governador.

Por G1 Es | Publicada em 10/08 - 22h58

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, gravou um vídeo relatando o acidente de helicóptero que sofreu nesta sexta-feira (10) e dizendo que ele e a esposa estão bem. A queda da aeronave aconteceu em uma fazenda em Domingos Martins, na região Serrana do estado.

ImagemA assessoria informou que, ao pousar, a aeronave bateu na trave de um campo de futebol que fica na fazenda do governo e caiu. Paulo Hartung seguia para Domingos Martins, onde participaria à noite de um festival de cinema.

"Estou gravando esta mensagem para dizer que estou bem, graças a Deus, e Cristina também está bem. Ela machucou um pouquinho, teve uma luxação, uma intercorrência mais simples. Os dois pilotos estão bem", disse Hartung.

A assessoria do governo e o próprio governador, através do vídeo, confirmaram a presença da primeira-dama Cristina Gomes no voo.

Segundo uma testemunha do acidente, o morador da região Aldair Coelho, o governador saiu andando de dentro do helicóptero, ao lado da primeira-dama Cristina Gomes, do piloto e do co-piloto.

Após acidente, o governador e a esposa foram para a casa de campo dele, que fica em Aracê, distrito de Domingos Martins, segundo a assessoria.

O G1 questionou o estado de saúde de Hartung e se ele passou por algum exame depois do acidente, mas a assessoria disse que ainda não vai se manifestar sobre o assunto.

Como aconteceu o acidente

O chefe da Seção de Segurança Operacional da Secretaria da Casa Militar, do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), major Paolo Quintino, explicou que a aeronave se desgovernou ao se aproximar para pouso e realizar manobra de campo.

Um dos rotores, que é a parte de trás do helicóptero, colidiu com o solo. O major ainda explicou que os pilotos auxiliaram os passageiros para que todos saíssem do local o mais rápido possível. O Harpia 5, a princípio, teve perda total.

A equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) estará neste sábado (11), junto com técnico da Airbus, fabricante do helicóptero, para investigar os fatores que levaram ao acidente.

Aldair é funcionário de uma lanchonete que fica dentro da fazenda do governo e mora perto do campo onde aconteceu o acidente.

Ele conversou com o G1 e disse que estava na cozinha de casa quando ouviu um forte barulho de hélice quebrando. Aldair foi ao local do acidente, fez um vídeo e enviou para o App da TV Gazeta:Imagem

"Minha reação foi ir pedir ajuda. Vi fumaça, mas não teve fogo, nem explosão", disse Aldair.

O acidente aconteceu na fazenda do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado ao governo do estado.

O helicóptero que caiu é o Harpia 5, usado pelo Núcleo de Operações e Transportes Aéreos (Notaer). A aeronave é um Esquilo, prefixo PP-MES, e está em situação regular na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 

PORTAL NE10 (PE)


Irmão de Eduardo vai pedir provas complementares sobre acidente aéreo


Victor Tavares | Publicada em 10/08 - 16h47

O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em um acidente aéreo no litoral de Santos, São Paulo, disse no Recife, nesta sexta-feira (10), dia em que Campos completaria 53 anos, que irá requerer provas complementares sobre a investigação do acidente.

Antônio Campos e outros familiares de vítimas, irão requerer, no início da próxima semana, ao Ministério Público Federal de Santos, onde está sendo encaminhado o relatório da Polícia Federal da lavra do Delegado Rubens Maleiner, provas complementares com a devolução do inquérito à Polícia Federal para novas diligências.

Segundo o irmão de Eduardo, a ideia é aprofundar a tese de falha mecânica e a possibilidade de essa ter sido previamente concebida para ocorrer, o que caracterizaria sabotagem.

A Polícia Federal apresentou, na segunda-feira (6), em São Paulo e no Recife, as conclusões do inquérito que apurou as circunstâncias do acidente, que vitimou o ex-governador e candidato a Presidente em 2014. A conclusão do delegado federal Rubens Maleiner, responsável pelo caso, descartou qualquer possibilidade de sabotagem. Maleiner pediu o arquivamento do inquérito ante a impossibilidade em se apontar a causa do acidente.

Esse resultado, no entanto, poderia ser outro, caso o gravador da cabine estivesse funcionando normalmente. Segundo os investigadores, a última gravação feita pelo equipamento foi feita 1 ano e 9 meses antes do acidente, ocorrido em agosto de 2014 na cidade de Santos (SP).

“A ausência das gravações foi um dos problemas mais relevantes para que o inquérito não apresentasse [o real motivo do acidente”, disse o delegado, após participar de coletiva de imprensa destinada a apresentar detalhes técnicos do inquérito.

“Esses gravadores são um dos elementos mais importantes desse tipo de investigação. Seria um auxílio significativo porque eles não gravam apenas vozes. Gravam também outros sons que ocorrem na cabine, como chuva no para-brisa, ruído. Nessas situações de acidente, as pessoas verbalizam alguma coisa. Se tivéssemos essas gravações, o entendimento do fato seria maior”, acrescentou.
Sem sabotagem

A hipótese de sabotagem foi “totalmente descartada” pela Polícia Federal. “Ouvimos todos que cuidaram da aeronave nos dias precedentes ao voo, além de termos feito investigações no Aeroporto Santos Dumont e com relação às oficinas de manutenção que lidaram com a aeronave. Todo entendimento que tivemos da mecânica do voo é absolutamente incompatível com qualquer possibilidade de sabotagem imaginada”, argumentou.

Perguntado sobre se seria possível algum tipo de “sabotagem perfeita que não deixasse vestígios”, o delegado foi enfático: “A pergunta já se responde. Se não pode ser identificada pela polícia, nós não a conhecemos. Portanto eu desconheço a possibilidade de uma sabotagem absolutamente indetectável”.

 

REVISTA MILITAR DIÁLOGO (EUA)


Força Aérea Brasileira combate voos ilícitos na fronteira

A FAB interceptou em junho de 2018 uma aeronave com 300 quilos de pasta base de cocaína.

Taciana Moury |

A Força Aérea Brasileira (FAB) está constantemente alerta na proteção do espaço aéreo e tem contribuído para o combate ao tráfego de ilícito na região de fronteira do Brasil. Desde março de 2017, quando teve início a Operação Ostium de reforço na vigilância do espaço aéreo, até junho de 2018, a FAB interceptou aproximadamente 170 aeronaves irregulares. A Ostium faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, do Ministério da Defesa.

Uma dessas aeronaves, um monomotor Cessna 182P proveniente da Bolívia, foi interceptada por um A-29 Super Tucano da FAB, no dia 9 de junho de 2018, cruzando a fronteira brasileira com aproximadamente 300 quilos de pasta base de cocaína. O piloto não respondeu às interrogações feitas pelo piloto da defesa aérea, que é a primeira etapa das medidas de policiamento do espaço aéreo aplicadas, e foi classificado como suspeito.

Após a averiguação sem sucesso, os oficiais da FAB determinaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em Tangará da Serra, no Mato Grosso, região centro-oeste. Porém, antes de chegar ao aeródromo determinado, o monomotor efetuou um pouso forçado em uma área rural nas proximidades de Serra de Tapirapuã, no Mato Grosso. “Com a realização do pouso, a missão de defesa do espaço aéreo foi concluída e teve início a missão da Polícia Federal, que fez a apreensão da droga e dos tripulantes da aeronave”, explicou o Tenente-Brigadeiro do Ar da FAB Carlos Vuyk de Aquino, comandante do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).

O COMAE, localizado em Brasília, no Distrito Federal, é a unidade da FAB responsável por empregar o poder aeroespacial com o objetivo de garantir a soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional. Todas as informações produzidas pelos sensores ou órgãos de inteligência durante a Ostium são centralizadas na unidade, que pode acionar aeronaves em qualquer lugar do país.

O Ten Brig Ar Aquino explicou à Diálogo que a vigilância do espaço aéreo brasileiro é realizada 24 horas por dia, por meio de uma rede de radares que cobre todo o território continental do país, além de áreas do Oceano Atlântico sob a responsabilidade do Brasil. A cobertura é reforçada com a utilização das aeronaves-radar E-99.

“Esta aeronave está equipada com posições operacionais que permitem a condução de qualquer ação de defesa aérea, de forma autônoma ou transmitindo informações para os órgãos de controle no solo”, disse o Ten Brig Ar Aquino. “O E-99 possui uma importância estratégica na condução das ações de policiamento do espaço aéreo, principalmente pela capacidade de detecção de aeronaves voando a baixa altura. Esse tipo de voo é constantemente utilizado pelos infratores para burlar os sistemas implantados no solo.”

Eficácia na vigilância

Segundo o Ten Brig Ar Aquino, o trabalho de combate ao tráfico de drogas, bem como diferentes crimes transnacionais, acontece de forma conjunta com outros órgãos do Brasil e de países vizinhos. “A FAB contribui com o monitoramento de tráfegos aéreos para o envio de dados de inteligência ou mesmo acompanhamento à distância de aeronaves suspeitas, de forma a colaborar com autoridades policiais.”

Após ser caracterizada como suspeita, a aeronave estará sujeita a medidas coercitivas, aplicadas de forma progressiva pelos pilotos de defesa aérea da FAB. Primeiro é realizada a averiguação, para se identificar a origem da aeronave; em seguida acontece a intervenção, determinando a mudança de rota ou o pouso imediato. “Caso não obtenham sucesso, os pilotos realizarão a medida de persuasão”, contou o Ten Brig Ar Aquino.

O oficial destacou a eficácia da Operação Ostium no combate ao tráfego de ilícitos e relembrou outra importante apreensão ocorrida na região fronteiriça em 25 de abril de 2018. “Durante a interceptação realizada, ao norte de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, uma aeronave carregada com cerca de 500 kg de pasta base de cocaína não obedeceu às determinações dos pilotos de defesa aérea e foi necessário utilizar as medidas previstas no policiamento do espaço aéreo.”

A aeronave que vinha da Bolívia efetuou um pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense. Três A-29 Super Tucano e um avião-radar E-99 realizaram a interceptação. A carga ilegal foi apreendida pela Polícia Federal.

Na ocasião, o Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich, chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais, explicou à Agência Força Aérea que a aeronave se negou a responder todas as chamadas do A-29. “A aeronave em questão não tinha plano de voo, estava com uma matrícula falsa e foi interceptada. É importante que as aeronaves realizem o plano de voo em todas as regiões em que este está previsto nas regras de tráfego aéreo”, ressaltou o Maj Brig Mangrich.

 

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL DIA A DIA (MS) - Como a investigação dos acidentes aéreos ajuda a salvar vidas

Padrões internacionais trazem recomendações para evitar tragédias

Daniel Susumura Dos Santos | Publicada em 10/08

O registro recente de dois acidentes aéreos reforça a importância da investigação dos acidentes aeronáuticos e como isso ajuda a salvar vidas. No primeiro deles, um Embraer 190 caiu no México logo após a decolagem e 99 passageiros e 4 tripulantes sobreviveram. No outro, em São Paulo, o bimotor King Air C 90 caiu no Campo de Marte e uma pessoa morreu e seis ficaram feridas.

Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e presidente da Vinci Aeronáutica, lembra que a comunidade mundial adotou a iniciativa de se organizar para investigar e estudar as causas dos acidentes e incidentes desde o início da indústria aeronáutica. Com esses dados, divulgam-se as recomendações para evitar eventos similares no futuro. “A área é reconhecida por aprender com suas tragédias”, aponta o especialista.

No caso do México, a aeronave tem um projeto recente com muitas dessas recomendações já incorporadas. Assim não foi surpresa os sobreviventes após o evento. Segundo o engenheiro, muitos dos avanços visam aumentar as chances de sobrevivência exatamente em caso de acidentes na decolagem ou no pouso. “A grande maioria dos acidentes aéreos acontecem nessas fases do voo, que são também as etapas onde os passageiros têm maior chance de sobreviver em função da baixa altura e relativa baixa velocidade da aeronave. Os engenheiros incorporam modificações que melhoram essas chances, como por exemplo a forma como as cadeiras ficam presas na aeronave, impedindo que elas se empilhem umas sobre as outras ferindo os ocupantes”, explica Shailon Ian.

No caso do acidente de São Paulo, o piloto sobrevoou a pista por duas vezes antes da terceira tentativa de aterrisagem. Na primeira, solicitou à torre para checar visualmente se o trem de pouso estava ativado. Antes da terceira tentativa, orientou a tripulação para os procedimentos de pouso de emergência. Para o presidente da Vinci, o piloto adotou os procedimentos corretos, que ajudaram a salvar os passageiros.

Na indústria aeronáutica, a investigação de acidentes e incidentes aéreos tem como único objetivo oferecer subsídios e recomendações para corrigir eventuais falhas e evitar a repetição de ocorrências similares no futuro. Entre as medidas adotadas pelas corporações do setor, está o Treinamento em Gerenciamento de Recursos de Equipes (da sigla inglesa CRM – Cockpit Resource Management). Com esse procedimento, os tripulantes de um helicóptero ou avião são treinados para trabalhar em conjunto diante dos casos de urgência e emergência. “A aplicação efetiva do treinamento CRM pelas companhias aéreas certamente tem contribuído para a redução de tragédias”, avalia Shailon Ian.

Os pilotos e copilotos também devem seguir regras de treinamento regulares por meio de simuladores de voo, que reproduzem situações de crise. “As companhias aéreas mantêm programas de avaliação periódica de suas operações e os treinamentos em simuladores reforçam os procedimentos determinados pela empresa e pelo fabricante da aeronave em cada fase do voo”, explica o engenheiro aeronáutico.

Sobre Shailon Ian

Shailon Ian formou-se como engenheiro aeroespacial do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – a escola PREMIER no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – e serviu como tenente durante 5 anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e teve a oportunidade de atuar em mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2015 é presidente e fundador da Vinci Aeronáutica.

 

JORNAL DIA A DIA (MS) - Confiança do brasileiro nas instituições é a mais baixa desde 2009


Daniel Susumura Dos Santos | Publicada em 10/08

São Paulo, 10 de agosto do ano 2018 – As instituições brasileiras perderam a confiança da população. Em 10 anos, nunca foi tão baixa a confiança do brasileiro em 20 instituições pesquisadas pelo IBOPE Inteligência no Índice de Confiança Social (ICS).

A confiança na instituição presidente é a menor de todas: em uma escala de 0 a 100, atinge 13 pontos, índice nunca registrado por nenhuma instituição. O seu auge foi em 2010 quando alcançou 69 pontos. Os partidos políticos, com 16 pontos, amargam a segunda colocação nesse ranking, ficando com metade da confiança alcançada em 2010 (33 pontos).

Assim, o Índice de Confiança Social em 2018 fica em 48 pontos, quatro pontos abaixo do indicador do ano passado (52), o que o torna o índice mais baixo de toda a série histórica. Contribui para a diminuição do índice o fato de todas as instituições terem apresentado redução de confiança, situação diferente do ano passado, quando a queda da confiança nas instituições políticas foi compensada pelo crescimento na confiança das igrejas, polícia, bancos, meios de comunicação e escolas públicas.

Mais confiáveis

O Corpo de Bombeiros mantém-se no topo do ranking pelo 10º ano seguido, entretanto registra decréscimo de quatro pontos na confiança da população, passando de 86 em 2017 para 82 pontos neste ano. O mesmo movimento ocorre com as igrejas que mantêm a segunda colocação, mas recuam de 72 para 66 pontos, voltando ao patamar de 2013 e 2014.

Na terceira posição, aparece a Polícia Federal, presente no ICS desde 2016 e que registra retração de cinco pontos na confiança em relação ao ano passado (de 70 em 2017 para 65 em 2018). Na sequência, estão Forças Armadas (62 pontos), Escolas Públicas (57) e Polícia (53), que assume a quinta colocação dos Meios de Comunicação (51), que perdem uma posição e vão para o sexto lugar.

O Ministério Público, instituição que também integra o índice desde 2016, mantém a 11ª posição, com 49 pontos (eram 54 em 2017). O Poder Judiciário/Justiça aparece em 12º lugar com 43 pontos, queda de 5 pontos em relação ao ano passado.

Imagem

Dessa maneira, em 2018, o ICS das Instituições recua cinco pontos, variando de 49 para 44 pontos entre 2017 e 2018.

Sociedade

Outra medida do ICS é a confiança da população nas pessoas e na sociedade em geral. Neste ano, a confiança nas pessoas da família oscila negativamente em relação a 2017, passando de 85 para 82 pontos. Amigos, vizinhos e brasileiros de um modo geral permanecem estáveis na confiança, com 65 pontos (66 no ano passado).

Sobre a pesquisa

Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o Índice de Confiança Social (ICS) é medido em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de julho, com 2.002 pessoas a partir de 16 anos, em 142 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Sobre o IBOPE Inteligência

Empresa dedicada ao conhecimento do comportamento das pessoas e de todas as suas relações: familiar, social, política, de consumo e de utilização de serviços. Especialista em soluções de pesquisa de opinião e mercado, off e online, quantitativas e qualitativas, geonegócios, inovação, data mining e ferramentas de análise e integração de dados. www.ibopeinteligencia.com.

 

AEROFLAP - Labace 2018 começa na próxima terça-feira com 47 aeronaves expostas em Congonhas


Publicada em 10/08

Começa na próxima terça-feira, 14 de agosto, a 15ª edição da Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition). Ao longo de três dias, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo vai sediar o maior evento de aviação da América Latina.

Serão 47 aeronaves expostas, incluindo jatos que variam de US$ 2 a US$ 60 milhões.

Mais de 90 empresas participam da feira que tem expectativa de comercializar algo em torno de US$ 280 milhões em negócios iniciados e fechados durante o evento e ao longo dos próximos meses.

O Brasil é dono da segunda maior frota do mundo da aviação geral (tudo que não envolve os voos comerciais). São 15.406 aeronaves (dados de maio de 2018), divididas em jatos (756), turboélices (1.278), helicópteros (2.083) e aeronaves convencionais (11.204).

Um crescimento de 0,3% em relação a 2016 na frota total, de 3,7% só nos turboélices, 1,7% na frota de jatos. Aeronaves convencionais registraram queda e o número de helicópteros se manteve praticamente estável.

Em 2010, eram 12.310 aeronaves e nos anos seguintes a taxa de crescimento da frota de aviação geral chegou a 7% ao ano, antes da crise na economia brasileira.

Um dos destaques da Labace este ano é o número de empresas que, de olho no potencial do mercado brasileiro, decidiram participar pela primeira vez da feira. São 20 empresas, quase 20% do total de expositores. Outras 51 empresas ainda não estão expondo, mas virão como convidadas-especiais para analisar a eventual participação em 2019 e 2020.

“Os russos e os chineses já estão conosco, o mundo inteiro está de olho no potencial do mercado brasileiro porque nada muda o perfil do país de dimensões continentais e dependente da aviação geral, uma vez que aviação comercial atinge apenas pouco mais de 100 dos mais de 5.500 municípios”, disse Flavio Pires, CEO da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), organizadora da Labace.

De acordo com Leonardo Fiuza, presidente do Conselho da Abag, o crescimento da aviação geral foi puxado pelo agronegócio. “O Nordeste e o Centro-Oeste foram as únicas regiões que registraram aumento da frota, mas outro sinal que nos deixa otimistas é que as operações (pousos e decolagens) aumentaram 13% de 2016 para 2017, em um claro sinal de que as pessoas voltaram a voar para fazer negócios”, explicou. Os dados levam em conta os movimentos de pousos e decolagem nos 33 principais aeroportos.

Entre os grandes nomes da indústria que estão presentes na Labace estão Embraer, Helibras, Bombardier, Dassault, Cirrus, Garmin, Beechcraft, Bell Helicopter, Líder Aviação, TAM Aviação Executiva, Boeing Business Jets, Honeywell, Gulfstream, Pilatus e várias outras.

Novidades da feira

Uma das novidades é a mudança do local de entrada. O que antes era na Avenida Washington Luiz, agora será na Rua Tamoios, 361, endereço já conhecido pelo staff da feira. Com isso, há um melhor aproveitamento das áreas adjacentes ao antigo hangar, tornando a feira mais funcional e com melhor circulação para os visitantes e também para os expositores.

A Labace também promete nesta edição uma programação mais variada e robusta no segmento de conferências, com espaços para debater os temas que mais preocupam e desafiam a aviação de negócios no Brasil e no mundo.

São simpósios, seminários e palestras técnicas que acontecem ao longo dos três dias. Alguns dos destaques são o Simpósio Internacional de Transporte Aeromédico, o debate em torno da pirataria na aviação com a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil e a reunião com a SAC – Secretaria de Aviação Civil que vai tratar do que o Brasil quer para a aviação geral nos próximos 20 anos .

Todas as palestras são gratuitas e a programação completa está em https://labace.com.br/programacao/ .

Ao longo de 15 anos, a Labace recebeu nada menos que 145 mil visitantes, 1.830 expositores e 650 aeronaves. A Labace 2018 acontece na terça-feira, dia 14, das 12h às 20h, na quarta- feira das 12h às 20h e quinta-feira, das 12h às 19h. Mais informações www.labace.com.br.

 

D24AM - Ministros do Brasil e Chile traçam estratégias para defesa e política


Publicada em 10/08 - 07h23

Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa do Brasil e do Chile presidiram, ontem (9), a primeira Reunião do Diálogo Político-Militar Brasil-Chile. Além dos ministros, participaram do encontro autoridades civis e militares das Chancelarias e Ministérios da Defesa dos dois países, responsáveis por temas estratégicos. O diálogo desempenha papel fundamental no aprofundamento do diálogo bilateral político.
 

 

INFODEFENSA.COM - Chile y Brasil firman acuerdo de cooperación en ciberdefensa


óscar E. Aránguiz | Publicada em 10/08/2018

El ministro de Defensa de Chile, Alberto Espina, junto al de Relaciones Exteriores, Roberto Ampuero, firmaron ayer en Brasilia un acuerdo de cooperación en ciberdefensa con el ministro de Defensa de Brasil, Joaquim Silva y Luna, y el de Relaciones Exteriores, Aloysio Nunes. El protocolo fue suscrito en dependencias del Palacio Itamaraty donde se reunieron ambas delegaciones en el marco de la primera Reunión de Diálogo Político-Militar Brasil-Chile (Mecanismo 2+2).

El ministro de Defensa de Chile destacó la relevancia de los acuerdos suscritos en materia de Defensa y en el que se concretaron al menos dos hechos importantes: “El primero es que suscribimos un acuerdo de intenciones, lo que significa trabajar en conjunto, en la ciberdefensa, esto es capacitar a nuestros profesionales, hacer investigaciones comunes, coordinamos en los casos que los países puedan recibir ataques y, finalmente, avanzar en un área que debe ser el principal peligro que las democracias enfrentan hoy que son los ciberataques. En segundo lugar, dejamos todo listo, avanzado para que a la brevedad se pueda materializar un acuerdo en lo que es el trabajo para las catástrofes y las emergencias. Brasil tiene mucha experiencia, tiene muchos medios. Chile también tiene mucha experiencia y, por lo tanto, todo lo que colaboremos en estas dos aéreas juntos es un avance, sin duda”.

Por su parte, el ministro de Defensa de Brasil destacó que el encuentro "fue una consolidación de lo que ya hacemos, nuestros documentos de Defensa tratan que Brasil resuelva todas sus temas de Defensa por medio de la diplomacia. Ese es el plan “A” para cualquier situación". Además resaltó la importancia del acuerdo en ciberdefensa por ser un asunto que preocupa al mundo entero y finalizó diciendo que Brasil y Chile deben intercambiar experiencias y aprender juntos.

El Mecanismo 2+2 tiene como objeto promover el intercambio de perspectivas estratégicas y de seguridad internacional, así como de la inserción de los países en los ámbitos regional y global.

Las delegaciones, compuesta por civiles y militares de ambos países, también abordaron otros temas como las operaciones de mantenimiento de la paz, el papel de las instituciones interamericanas de Defensa, retos regionales (principalmente emergencias y catástrofes), cooperación Antártica, ciencia y tecnología, e industrias de Defensa
.

Sistema OTAN de Catalogación

Al término de la reunión, los ministros de Relaciones Exteriores y Defensa de ambos países también firmaron el Protocolo sobre Intercambio de Datos y Servicios de Catalogación de la Defensa, complementario al Acuerdo sobre Cooperación en Defensa de 2009. Este protocolo tiene como objetivo establecer un mecanismo de cooperación para la catalogación de artículos de abastecimiento, conforme a las normas establecidas por la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN). Lo anterior, considera la transferencia de datos logísticos y servicios de catalogación sin costo para las partes, además del asesoramiento necesario para que Chile ascienda de nivel en el Sistema OTAN de Catalogación (SOC).

Cabe señalar que en la Cuenta Pública 2016 del Ministerio de Defensa de Chile se informó que el Estado Mayor Conjunto elaboró un Programa de Estudios Común de Catalogación OTAN el que fue remitido a las instituciones de las Fuerzas Armadas para ser implementado en las escuelas matrices y academias militares. En el mismo contexto, en reuniones bilaterales con Brasil y España, se realizaron gestiones para que Chile ascienda a País No OTAN Nivel 2. Con esta categoría se accede a la comunidad del SOC, logrando un intercambio de bases de datos bidireccional con los países miembros de la OTAN y los países apadrinados en el Nivel 1 y 2.

Reuniones militares

Previo al Mecanismo 2+2, se realizaron importantes encuentros en Santiago. El primero fue el 27 de julio donde se llevó a cabo la IV Reunión Bilateral de Inteligencia de Defensa entre ambos países. En esta instancia, que involucró a representantes de las tres ramas de las FFAA, se acordaron diversas alternativas de capacitación y preparación profesional para el personal de las respectivas organizaciones de inteligencia, con una orientación particular en ciberdefensa, debido a la creciente dependencia del ciberespacio, la seguridad de su infraestructura, y las interacciones que allí tienen lugar.

En tanto el 7 de julio se efectuó la X Reunión del Grupo de Trabajo Bilateral de Defensa Chile-Brasil (GTBD). La instancia fue presidida por el subsecretario de Defensa de Chile, Cristián de la Maza, y contó con la presencia del jefe del Estado Mayor Conjunto de las Fuerzas Armadas de Brasil, almirante de escuadra Ademir Sobrinho. Las autoridades destacaron que este encuentro se ha constituido como un activo mecanismo para el fluido intercambio de experiencias y cooperación estratégica, y que en esta oportunidad se podrán presentar sus resultados al máximo nivel en el marco de la primera cita del Mecanismo 2+2. Los temas abordados fueron: cooperación en ciberdefensa; cooperación en ciencia y tecnología; cooperación en peraciones de paz; colaboración en estudios e investigación en Defensa; programas sociales de apoyo a deportes y salud; sociedades público-privadas; e impactos en la creación de unidades de conservación en las tareas de las FFAA. Complementariamente, se realizó un intercambio de experiencias en el financiamiento de las FFAA; en su rol en escenarios de catástrofes; la experiencia sobre la Antártica; y el empleo de lo conjunto.

También en Santiago, entre el 8 y 9 de agosto, se llevó a cabo la XII Reunión entre los Estados Mayores Conjuntos de las Fuerzas Armadas Chile-Brasil, instancia que busca fortalecer los lazos profesionales de las FFAA. Al comienzo de la cita, el jefe del Estado Mayor Conjunto de Chile, general de aviación Arturo Merino, señaló que “quiero destacar el valor que le asignamos a los lazos de camaradería que han caracterizado nuestras relaciones a través del tiempo, los cuales se vieron reforzados aún más, a contar del año 2002, con la primera reunión bilateral entre ambos Estados Mayores Conjuntos. Estas reuniones bilaterales constituyen para el ámbito de la Defensa de nuestros países, la mejor oportunidad de cooperación, principalmente, en el fomento de la confianza y el desarrollo de una concepción común en materias de seguridad y Defensa”.

En esta instancia, en la que se condecoró al jefe del Estado Mayor Conjunto de Brasil, almirante Sobrinho, se expusieron materias de interés común en el nivel estratégico-operacional, tales como: participación, experiencias y proyección de las FFAA en operaciones de paz; experiencias y procedimientos en ciberdefensa por parte de Brasil, y la visión chilena de una ciberdefensa. Además se coordinó un programa de cooperación bilateral con actividades de intercambio para los próximos años.

 

PORTAL AEROFLAP - Reunião com países participantes define ajustes finais da Cruzex 2018


Pedro Viana | Publicada em 10/08

Os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e representantes das nações que vão participar da Cruzex 2018 estiveram na Ala 10, em Natal (RN), entre os dias 6 e 10 de agosto, para a realização da Final Planning Conference (FPC).

Essa foi a última reunião oficial antes do exercício, que vai reunir 14 países, de 18 a 30 de novembro, para treinar em conjunto cenários simulados de conflito.

Essa será a oitava vez que a FAB realiza a Cruzex. Neste ano, o formato será chamado “flight”, com treinamentos de voos envolvendo mais de cem aeronaves (brasileiras e estrangeiras) engajadas na atividade.

ImagemNesta edição, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, Peru, Uruguai e Estados Unidos vão participar com militares e aviões; Alemanha, Índia, Portugal, Suécia, Reino Unido e Venezuela, apenas com militares. Os países participantes deslocarão aeronaves de caça, como os F-16 norte-americanos e chilenos, cargueiros e reabastecedores, como os C-130J canadenses.

O Diretor da Cruzex, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, explica que esse é o maior exercício multinacional e conjunto – pois também reúne Exército e Marinha – realizado pela FAB, sendo que a última edição aconteceu em 2013. “Nós queremos aprender um pouco mais e aprimorar nossa capacidade operacional”, diz.

O oficial-general destaca que o principal diferencial do exercício deste ano é o cenário de guerra não convencional ou irregular que será treinado, exigindo outras capacidades dos militares – diferentes daquelas envolvidas em um treinamento de guerra convencional.

“Precisamos incorporar novos procedimentos, técnicas e táticas para nos inserirmos em um cenário como esse, que está cada vez mais próximo, pois a ideia do nosso Comandante é que passemos a integrar tropas de paz”, afirma o Brigadeiro Medeiros.

Segundo o Adido de Defesa Francês, Coronel Charles Orlianges, seu país foi um importante parceiro do Brasil desde a primeira edição do exercício, em 2002. Para a Cruzex 2018, a França irá deslocar um cargueiro C-235, além de militares das forças especiais para atuar em ações de Guiamento Aéreo Avançado (GAA) – em inglês, conhecidas como Joint Terminal Attack Controller (JTAC) – e para participar como Isolated Person (IP), ou seja, o piloto que, na simulação, foi ejetado e espera ser resgatado por uma missão CSAR – Busca e Salvamento em Combate. Ele explica que os militares franceses com experiência em JTAC podem trazer importantes contribuições, por terem participado de operações reais recentemente.

“É importante aprimorar a interoperabilidade entre os países, para que o nível de profissionalismo seja nivelado, pensando, especialmente, na possibilidade de algum futuro engajamento conjunto em missões de paz, como existe o debate em torno da participação do Brasil na República Centro-Africana”, avalia o Coronel Orlianges.

Via – Força Aérea Brasileira