NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Com Temer, renasceu a anarquia militar

A nota de Villas Bôas foi explosiva pela oportunidade, mas seu militarês acaba traído pela oportunidade

Elio Gaspari | Publicado em 08/04/2018 - 02h00

O juiz Sergio Moro mandou levar Lula a cadeia. Releia o que disse o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, na terça-feira:

“Asseguro à nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.”

Essa frase é um retumbante truísmo. Ela pesa, e muito, pela ocasião: a véspera do julgamento do habeas corpus de Lula pelo Supremo Tribunal. Basta fazer um exercício: se o general dissesse a mesma coisa amanhã, o inuendo permitiria supor que estivesse falando da Operação Skala, que colocou na cadeia amigos de Michel Temer.

Falar por meio de elipses é um conhecido recurso da retórica de militares que se metem em política. Em 1955, depois de depor dois presidentes (Café Filho e Carlos Luz), o ministro-general Henrique Lott disse que pretendeu “garantir a volta aos quadros constitucionais vigentes”. Quem souber o que isso quer dizer ganha um fim de semana em Caracas.

A nota do general Villas Bôas expôs o pior legado da breve Presidência de Michel Temer. Ele replantou a semente da anarquia militar, adormecida desde o fim do século passado.

Em 2015, no governo de Dilma Rousseff o general Hamilton Mourão condenou “a maioria dos políticos de hoje” e pediu um “despertar para a luta patriótica”. Foi exonerado do comando das tropas do Sul por Villas Bôas e nada aconteceu. Em setembro passado o mesmo general fez uma conferência escalafobética e nada lhe aconteceu.

Meses depois, numa “jogada de mestre”, Temer militarizou a questão da segurança do Rio, para conforto do governador Pezão e do MDB do estado.

Nunca é demais repetir a classificação feita pelo presidente Castello Branco, um general que falava claro: “Vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar.”

Elio Gaspari - Nascido na Itália, recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por "As Ilusões Armadas".

 

Ombudsman: Distanciamento histórico

Reportagem antiga foi postada no Twitter da Folha, sem indicação de que era da seção Há 50 anos

Paula Cesarino Costa | Publicado em 08/04/2018 - 04h14

“Quase caí da cama”, me escreveu uma leitora ao comentar a manchete da Folha que acabara de ler no Twitter no meio da madrugada: “Protestos levam cúpula militar a avaliar adoção de estado de sítio”. A postagem, publicada na rede a 1h43 da terça-feira, relembrava fato acontecido em 3 de abril de 1968. Fazia parte da seção "Há 50 anos", que a Folha publica diariamente. O tuíte do jornal, no entanto, não tinha nenhuma indicação desse detalhe temporal fundamental.

Para piorar o quadro, às 16h39 do mesmo dia 3, o comandante do exército, general Eduardo Villas Bôas, escreveu, na mesma rede social, que a força compartilhava “o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

Nos tempos conflagrados em que o país vive, todo cuidado é pouco. O leitor Adriano Abreu reclamou: “A matéria aparenta ser atual e falar sobre um acontecimento atual, principalmente no contexto recente de intervenção militar no Rio, protestos a favor e contra a prisão do ex-presidente Lula e incertezas sobre as eleições deste ano”. Classificou como “imprudente” a forma como o jornal atuou. “Qualquer coisa hoje, nas redes sociais, é dada como verdade, sem mesmo as pessoas terem lido. Notícias que se encaixam no contexto em que vivemos viralizam e têm maior poder de convencimento. Divulgar matéria de 50 anos atrás, sem indicar explicitamente do que se trata, é uma imprudência enorme. A Folha espalhou fake news e desinformação.”

Mais leitores manifestaram indignação: “beira a irresponsabilidade”, “chamada que induza erro na leitura”, “canalhice”, “caça-clique para desavisados”, rotularam.

O editor de mídias sociais da Folha, Ygor salles, reconheceu que os leitores têm razão na reclamação e que o título não deixava claro que se tratava de texto sobre evento histórico. Explicou que “o efeito é ainda maior no Twitter, onde inexistem os elementos gráficos que permitam sinalizar a diferença”.

Além de assumir prontamente o erro, o jornal decidiu alterar a prática que adotava até então. Todos os textos originados no Banco de Dados, como os da seção "Há 50 anos" e os posts do blog acervo Folha, passaram a ter sempre o ano a que se referem já no título. Salles fez questão de ressaltar que foi erro de procedimento. “Nada tem a ver com algum viés político”.


DIMENSÃO HISTÓRICA

O jornalismo tem papel fundamental na construção da história e da memória social. Sem o registro imediato do jornalista, o trabalho do historiador torna-se mais difícil e mais impreciso. O registro do cotidiano realizado pela imprensa é elemento essencial para a revisão crítica dos acontecimentos.

O país tem sido pródigo em acontecimentos políticos que merecem ser chamados de históricos. Por vezes, a repetição de fatos que separadamente seriam interpretados como espetaculares provoca saturação no leitor. Por vezes, causa também efeitos anestésicos nos procedimentos jornalísticos.

Não é a primeira vez que aponto aqui fragilidades da Folha ao minimizar o caráter histórico dos fatos ou não oferecer em sua edição elementos dessa dimensão histórica.

Foi o que ocorreu na edição de sexta-feira, 6, dia seguinte à decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva. A Folha acertou ao oferecer ao leitor um olhar para o futuro — publicando texto analítico sobre as perspectivas da eleição deste ano. Falhou, no entanto, no aspecto histórico, ao não trazer informações obrigatórias de contextualização. O jornal abriu mão de fazer um mergulho nos detalhes que levaram à crise política inédita causada pela prisão iminente de um ex-presidente da República, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Faltou o básico: não lembrou a trajetória política de Lula nem resumiu o caminho da denúncia até a sua prisão. Não contou os casos de outros presidentes presos por razões distintas da atual. Perdeu a chance de ser didático e de fazer uma revisão crítica necessária dos acontecimentos recentes.

O olhar para o passado serve tanto para entender o presente como para ajudar a dimensionar as notícias, projetando o significado que terão no futuro.

Jornalismo investigativo não é só denúncias e escândalos. Tem relação com o jornalismo interpretativo ou analítico. Ao buscar causas e origens dos fatos, coloca luzes sobre o passado, dá base para o entendimento do presente e aponta os temas relevantes para o futuro. Fazer essa articulação é tarefa nobre, muito acima da capacidade dos buscadores da internet e de seus algoritmos.

Paula Cesarino Costa - Jornalista, é ombudsman do jornal desde abril de 2016. Está na Folha desde 1987.

 

Uma viagem a 1962 e uma aula de disciplina

Em setembro, o comandante das tropas do Sul colocou seus quartéis em regime de prontidão

Elio Gaspari | Publicado em 08/04/2018 - 02h00

Em 1962 o Brasil estava dividido. Um ano antes a indisciplina dos três ministros militares levara o país à beira de uma guerra civil e João Goulart presidia um regime parlamentarista, dedicando-se a desmanchá-lo por meio de um plebiscito que restabeleceria o presidencialismo.

O Congresso remanchava e em setembro o comandante das tropas do Sul, general Jair Dantas Ribeiro, colocou seus quartéis em regime de prontidão e enviou um telegrama ao ministro dizendo que “me encontro sem condições para assumir com êxito e segurança a responsabilidade do cumprimento de tais missões, se o povo se insurgir pela circunstância de o Congresso recusar o plebiscito”. No melhor estilo do digo-mas-não-digo, acrescentou: “A presente explanação não é uma ameaça, nem uma imposição, mas apenas uma advertência”.

No mesmo dia o comandante da guarnição do Paraná mandou-lhe um telegrama: “Informo V. Excia. reina completa calma território esta Região Militar. Providenciada ordem prontidão”. Xeque.

Meses depois Jair Dantas foi nomeado ministro e foi à forra com o general do Paraná, mandando-o para o último canil do Exército, a Diretoria da Reserva.

O general do Paraná chamava-se Ernesto Geisel, não assinava manifesto contra o governo (“indisciplina”), nem a favor (“chefe não pode receber solidariedade de subordinado”).

No dia 31 de março de 1964 deu-se o levante contra Goulart. Jair era ministro e estava hospitalizado. No dia seguinte telefonou a Goulart, abandonando-o.

Geisel tornou-se chefe da Casa Militar do novo governo e em 1974 assumiu a Presidência da República. Nunca assinou manifestos e restabeleceu o primado da Presidência da República sobre as Forças Armadas.

Elio Gaspari - Nascido na Itália, recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por "As Ilusões Armadas".

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Avião que leva Lula é lento, barulhento e chacoalha


Andreza Matais / Roberto Godoy | Publicado em 07/04/2018 - 21h04

O monomotor Cessna Caravan que leva o ex-presidente Lula de São Paulo para Curitiba, onde será preso, é lento, barulhento e chacoalha muito, o que desagrada quem tem estômago mais sensível. É difícil até mesmo conversar devido ao barulho que faz na cabine.

A aeronave, contudo, é considerada segura e pode levar de 13 até 15 passageiros. Os pilotos gostam dele e o comparam ao carro Fusca. “É o Fusca do céu”, diz um policial.

Sem luxo nenhum, o monomotor voa a 343 km/hora, o que significa que pode levar até duas horas até Curitiba. Aeronaves mais sofisticadas levam 40 a 45 minutos. A FAB usa o Caravan pesadamente na Amazônia.

O avião de Lula teve autorização para, de certa forma, cortar caminho. Os 416 km que separam os terminais de Congonhas, em SP, e Pinhais, no Paraná, foram percorridos em linha reta, sem seguir as aerovias. O que reduziu a viagem para pouco mais de uma hora.

 

Por segurança, Temer muda rotina e dorme em Foz do Iguaçu

Planalto altera estratégia para preservar presidente, após preocupação com a possibilidade de enfrentamento entre grupos políticos no País

Tânia Monteiro, O Estado De S.paulo | Publicado em 07/04/2018 - 11h05

O presidente Michel Temer passou a noite no Paraná onde, na manhã deste sábado, participa de um painel do III Simpósio Nacional de Varejo e Shopping de Foz do Iguaçu. Na sexta-feira à noite, depois de posse de diretoria da Federação das Indústrias em Salvador, Temer voou direto para o Paraná, informação que foi omitida em sua agenda.

A decisão de ir direto para Foz do Iguaçu, sem alarde e sem constar na agenda, faz parte da estratégia do Planalto de preservação da segurança do presidente, ainda mais em momentos de crise e acirramento dos ânimos, com clara incitação à violência, pregada por militantes petistas, principalmente agora, após a decretação da prisão do ex-presidência Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro.

O Planalto está mais preocupado com a segurança do presidente Michel Temer e também de sua família. Ontem, sem prévia divulgação da viagem, Temer seguiu para Foz diretamente de Salvador, para preservá-lo, mudando sua rotina de retornar normalmente para Brasília depois das viagens ou, no máximo, seguir direto para São Paulo, para dormir e depois embarcar para o próximo destino.

Desde a tarde de sexta-feira já havia aumentado a preocupação do Planalto com a possibilidade de enfrentamento entre grupos políticos, por conta deste acirramento dos ânimos após decretação da prisão de Lula e a pregação à violência pelos militantes petistas. A pichação ao prédio, em Belo Horizonte, onde a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, tem um apartamento, foi considerada "grave" pelo governo.

Na noite desta sexta-feira, após tomar conhecimento da pichação de vermelho ao edifício, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, telefonou para a ministra Carmem Lúcia para prestar solidariedade a ela. Etchegoyen ofereceu ainda auxílio do governo federal até mesmo para apuração em relação ao que aconteceu. O governo considerou "lamentável" o ocorrido e colocou à disposição a estrutura para medidas de segurança, embora reconheça que o STF tem seu próprio sistema de proteção à presidente.

O Palácio do Planalto está preocupado com a elevação da temperatura política e possibilidade de aumento da violência em diversas cidades do País por militantes que defendem o ex-presidente Lula da Silva, depois de atos de vandalismo e incitamento ao enfrentamento pelas lideranças ligadas ao PT.

A maior apreensão do presidente Michel Temer, que esteve na noite de sexta-feira em Salvador, em cerimônia na Federação Comercial da Bahia, é com a possibilidade de confronto entre grupos rivais nas ruas e isso levar a um descontrole, prejudicando a população e levando insegurança às cidades.

O governo está monitorando as manifestações em todo o País, seja por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), seja pelas Forças Armadas, para ter o termômetro da situação e estar atento se houver sinalização de que as coisas possam estar prestes a fugir do controle. No momento, no entanto, apesar do temor e de saberem que basta um pequeno episódio para as coisas tomaram proporções trágicas.

A ministra Carmem Lúcia não estava no seu apartamento no momento do ataque por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, na tarde da sexta-feira. Carmem Lúcia costuma, pelo menos uma vez por mês, passar os fins de semana neste seu apartamento em Belo Horizonte. Segundo apurou o Estado, a ministra, que pediu "serenidade" em pronunciamento por conta do julgamento do habeas corpus contra a prisão de Lula, ficou "assustada" com a agressão, que atingiu também no prédio do Ministério Público, em frente à sua residência.

A ministra mostrou-se apreensiva também com os transtornos provocados pela violência e a pichação, em relação aos demais moradores do prédio. Ela também teme o aumento do acirramento dos ânimos em várias localidades do país, por conta dessas manifestações violentas. A avaliação é de que a pichação acabou sendo realizada por pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que estavam participando de atos em apoio à ex-presidente Dilma Rousseff, que hoje transferiu seu titulo para a capital mineira, para se candidatar às eleições de outubro.

A maior preocupação do governo é com a pregação à violência, que pode funcionar como uma bola de neve, espalhando atos de vandalismo pelo País, com fechamento de estradas, por exemplo como já aconteceu nesta sexta-feira, impedindo o direito de ir e vir das pessoas e levando ao confrontos entre grupos rivais. Apesar do estado de ânimo acirrado, o Exército não entrou em prontidão em São Paulo, onde a situação está mais tensa, já que Lula não cumpriu a determinação da Justiça de se entregar e passou mais uma noite no Sindicato dos Metalúrgicos, tentando liderar uma comoção nacional.

O comando das Forças Armadas entende que, não só em São Paulo, mas também em Curitiba, para onde Lula deve ser levado após ser preso, as Polícias Militares têm uma boa estrutura e atuam com firmeza e presteza na contenção de distúrbios e controle da ordem. Por isso mesmo, consideram muito pouco provável que haja necessidade de pedido de reforço a tropas federais para qualquer tipo de emprego nos dois locais. Os dois Estados são comandados por tucanos.

Conforme o Estado informou hoje, a possibilidade de um confronto entre os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os grupos opositores - ou com a polícia -, é considerada pelos militares "um evento perfeitamente controlável pelas organizações estaduais de segurança em São Paulo e no Paraná".

A incitação à violência, não só pelas redes sociais, mas também em entrevistas e discursos espalhados pelo país, foi muito criticada por interlocutores do presidente, principalmente pelo fato de que não se viu o Ministério Público tomar nenhuma atitude para tentar questionar quem estava tirando o sossego da população e cometendo o crime de incentivar o vandalismo.

A mesma crítica foi feita por militares. Eles se queixaram que foram alvos de todo tipo de agressão e declarações raivosas por conta do Twitter do comandante do Exército, general Villas Bôas, que, na visão deles, teria se limitado a defender o cumprimento da Constituição e repudiado a impunidade, embora tenha feito isso, na véspera do julgamento do habeas Corpus de Lula, sendo, por isso, acusado de estar pressionando o STF. Diversas mensagens de Whatsapp circularam entre militares mostrando, entre outros vídeos e notícias, o líder do MST, José Rainha, pregando a guerra civil. Para os oficiais, este tipo de atitude teria de levar os seus responsáveis a responder criminalmente por este ato.

 

JORNAL O GLOBO


"Quando o carteiro chegou/E o meu nome gritou"


Ancelmo Gois | Publicado em 08/04/2018

Uma das prioridades do general Richard Fernandez Nunes, 54 anos, carioca da Zona Norte e flamenguista, é tentar restabelecer a entrega de correspondências dos Correios em diversas áreas conflagradas, onde o carteiro não chega por razões de segurança. “No Exército, eu conheci muitos soldados que moravam em ruas sem nome e sem número”, lembra o secretário de Segurança do Rio. “Hoje, muitos têm endereço ‘certinho,’ mas os Correios não conseguem chegar”. O combate a esse tipo de delito, que tanto prejudica a cidadania, é uma das prioridades do Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública (Giosp), que reúne agentes de Inteligência de diversas polícias — inclusive da PF, que, por lei, é encarregada de combater os furtos nos Correios —, sob a coordenação do delegado Sérgio Sahione.

 

Quem?

Nota do general, na véspera da votação, foi mais importante do que a votação. Marcou a volta da ameaça de intervenção militar à nossa prática política

Luis Fernando Verissimo | Publicado em 08/04/2018 - 00h00

Viva o Fernando Henrique Cardoso, que criou o Ministério da Defesa do Brasil em 1999. Até então, o superior hierárquico do comandante das Forças Armadas era o próprio comandante, com lugar nas reuniões ministeriais. Depois do Fernando Henrique, como nos estados modernos do mundo, o cargo passou a ser ocupado, obrigatoriamente, por um civil, com autoridade pelo menos teórica sobre a tropa. Funcionou durante quase 20 anos porque não houve nenhuma crise militar de nota no período, e a teoria nunca foi posta à prova. Seria interessante saber, por exemplo, como se comportariam as partes no caso de uma crise militar entre outubro de 2015 e maio de 2016, quando o ministro da Defesa era Aldo Rebelo, na época do PCdoB. As Forças Armadas brasileiras subordinadas a um ministro comunista era surreal demais para contemplar, mesmo teoricamente.

Agora, um dia antes de a nação acompanhar a votação no Supremo sobre o que fazer com o corpus do Lula, cantando “Rosa, ó Rosa, para onde vais morena Rosa?”, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, postou uma nota que se resumia num aviso, num “olhem lá o que vão fazer, hein?”, aos membros da Corte. A nota do general, na véspera da votação, foi mais importante do que a votação. Marcou a volta da ameaça de intervenção militar à nossa prática política, feita não por algum cabeça quente do “jovem oficialato”, mas pelo militar mais graduado do país, com o explícito apoio de outros oficiais com comandos. Dizem que quando perguntaram ao general Villas Bôas se não seria melhor mostrar sua nota ao ministro da Defesa antes de publicá-la, o general teria dito:

— Quem?

Pois é. Eu também não sei quem é o atual ministro da Defesa. Espero que ele se identifique.

O Mario Quintana dizia que não há nada como as guerras para se aprender geografia. Ficava-se sabendo o nome de lugares remotos, tornados célebres por alguma batalha. Nada como acompanhar debates jurídicos para apender a linguagem esotérica com que os juristas se comunicam. Imaginei se poderia usar legendas em português para saber o que eles estão dizendo. Mas desconfio que, reduzidos a uma língua inteligível, os textos perderiam sua principal função, que é a de nos engambelar.

 

Operação contra milícia tem 149 detidos e 32 armas apreendidas

Operação prende 149 suspeitos e apreende 32 armas; quatro homens foram mortos

Geraldo Ribeiro, Giselle Ouchana E Vera Araújo | Publicado em 08/04/2018

Milicianos faziam uma festa na madrugada de ontem, para cerca de 400 convidados num sítio em Santa Cruz, quando uma operação da Polícia Civil acabou com a diversão e impôs um duro revés à quadrilha, apontada como a maior do estado, com atuação na Zona Oeste e na Baixada Fluminense. Na chegada dos agentes, houve intenso tiroteio, e quatro suspeitos foram mortos. Foram presos ainda 142 adultos, e sete jovens, detidos. Com o grupo, os policiais encontraram 13 fuzis, 15 pistolas, quatro revólveres, carregadores, coletes à prova de bala, granadas e dez veículos roubados.

A ação, no entanto, não conseguiu prender seu principal alvo: Wellington da Silva Braga, o Ecko, também conhecido como Didi, acusado de ser o chefe da milícia e foragido da Justiça. Para escapar, ele teria recebido a proteção dos quatro homens que acabaram mortos. Participaram da operação, que ganhou o nome de Medusa, cerca de 40 agentes de Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (que iniciou a investigação), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 27ª DP (Vicente de Carvalho) e da 35ª DP (Campo Grande). Eles chegaram ao Sítio Três Irmãos, na Rua Fernanda, bem próximo à área central do bairro, por volta das 4h, e foram recebidos a tiros por seguranças que estavam na porta.

Numa coletiva de imprensa na Cidade da Polícia, o secretário de Segurança, o general do Exército Richard Nunes, prometeu combater implacavelmente os milicianos. Ele disse que outras ações como a de ontem ocorrerão:

— A sociedade do Rio pode confiar na intervenção federal, com a atuação eficaz da Polícia Civil, da Polícia Militar e de demais órgãos federais, com apoio das guardas municipais, que vão dar respostas cada vez mais efetivas. Outras operações estão sendo planejadas e começarão a ser executadas em curtíssimo prazo. A criminalidade vai sofrer uma ação implacável, porque o Rio de Janeiro precisa voltar a ser a terra feliz, de um povo alegre, confiante e trabalhador, que merece uma vida melhor.

ImagemOPERAÇÕES BEM-SUCEDIDAS

Para o secretário, a intervenção começa a “apresentar resultados positivos”:

— Fizemos uma operação que caracteriza o seguinte: não importa se o crime organizado é armado pelas diversas facções criminosas que nós enfrentamos ou se é desarmada, que caracteriza corrupção. O crime não compensa, e a sociedade do Rio vai cada vez mais se convencer disso. Tivemos diversas operações bem-sucedidas esta semana, e esta, sem sombra de dúvida, foi a mais exitosa.

Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, a operação foi resultado de cerca de dois anos de investigação. O local onde acontecia o evento era usado como quartel-general da milícia. De lá, o grupo saía para atuar nas comunidades da cidade. No sítio, foram encontrados ainda pulseira VIPs, ingressos numerados e até copos personalizados com o nome da festa, que seria em homenagem a Ecko.

— A Polícia Civil entrega para a Justiça parte de uma organização criminosa que ainda tenta se impor no Estado do Rio. Nós não vamos diminuir nossas forças e vamos atuar incessantemente contra a milícia. Quem resistiu à ação da força policial com fuzis e armas de grosso calibre teve uma resposta necessária. Que os grupos organizados entendam que a Polícia Civil não vai recuar — disse Rivaldo Barbosa.

Para ao delegado Daniel Rosa, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada, que está à frente das investigações, a ação de ontem vai impactar nos índices de letalidade violenta na Zona Oeste e na Baixada. O delegado Fábio Salvadoretti, da mesma delegacia, explicou que a quadrilha de Ecko se aliou a traficantes da região, passando atuar também no roubo de carros. O grupo, segundo Salvadoretti, é o mais numeroso e perigoso do estado.

— Eles matam por qualquer razão. Se você resolver não pagar uma taxa que eles acreditam que é devida, eles te executam. O objetivo dessa organização criminosa é expandir seus território até dominar o Rio de Janeiro inteiro. Eles estão se expandindo tando pela Baixada Fluminense como pela Costa Verde — disse Savadoretti.

O delegado Marcos Vinícius Amim, coordenador do Departamento Geral de Polícia Especializada, acrescentou que esse grupo mudou a forma de atuação: além de cobrar por uma “falsa proteção”, passou a exercer atividades típicas do tráfico, inclusive com o enfrentamento das forças policiais. As milícias costumam exigir o pagamento de taxas de moradores em troca de um suposto serviço de segurança. Além disso, controlam a “gatonet” e cobram ágio sobre a venda de botijões de gás e controlam o transporte alternativo.

Os presos durante a operação foram levados em dois ônibus para Cidade da Polícia, no Jacaré. Eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, formação de quadrilha, receptação de veículo roubado e porte compartilhado de arma de fogo. A polícia informou que 142 vão continuar presos. Entre eles, estão dois soldados do Exército, um da Aeronáutica e um militar do Corpo de Bombeiros.

Em represália à operação no sítio, bandidos atearam fogo à estação do BRT Cesarão 3, na Avenida Cesário de Melo, em Santa Cruz. O ataque aconteceu por volta das 5h30m. Com isso, o corredor Transoeste ficou interrompido por toda a manhã, deixando os passageiros sem transporte.

Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, de 2006 até o primeiro trimestre deste ano, 1.387 pessoas ligadas à milícia foram presas no estado.

“A Polícia Civil entrega para a Justiça parte de uma organização criminosa que ainda tenta se impor no Estado do Rio. Nós não vamos diminuir nossas forças e vamos atuar incessantemente contra a milícia” Rivaldo Barbosa Chefe da Polícia Civil “A sociedade do Rio pode confiar na intervenção federal. A criminalidade vai sofrer uma ação implacável, porque o Rio precisa voltar a ser a terra feliz, de um povo alegre, confiante e trabalhador que merece uma vida melhor" Richard Nunes Secretário de Segurança

Colaboraram Antonio Scorza, Antônio Werneck e Daniela de Paula

 

REVISTA VEJA


Carta ao Leitor: Equívoco completo

Já seria ruim se o general Villas Bôas tivesse vindo a público falar na condição de cidadão. Para piorar, falou em nome do Exército brasileiro

Da Redação | Publicado em 07/04/2018 - 06h00

ImagemO comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, já deu diversas demonstrações de ser um servidor público de irremovível apego à democracia. Em entrevista a VEJA, em abril do ano passado, ele revelou ter sido procurado por parlamentares ligados à então presidente Dilma Rousseff pouco antes do início do processo de impeach­ment. A comitiva o sondou sobre a possibilidade de decretar o estado de defesa — o que o general rechaçou, categoricamente, e considerou uma saída irresponsável.

Na terça-feira 3, contudo, Villas Bôas traiu o próprio histórico democrático. Foi ao Twitter, na véspera da decisiva sessão do STF sobre o habeas-corpus do ex-presidente Lula, e publicou dois textos. No primeiro, escreveu: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais”. Depois, acrescentou: “Asseguro à nação que o Exército brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

São textos lamentáveis. O problema, é claro, não está no que disse o general, ideias com as quais, aliás, a maioria dos brasileiros concorda. O problema está no fato de o general ter dito. Há razões poderosas para que a Constituição — aquela mesma que o general quer ver respeitada do primeiro ao último artigo — impeça os militares de se envolver em assuntos da vida pública, dando opiniões políticas ou jurídicas. E uma delas é evidente por si só: militares têm armas, tanques, munição — e, exatamente por isso, sua voz pública, dada sua força desproporcional, desequilibra a balança da democracia.

Já seria ruim se o general tivesse vindo a público falar na condição de cidadão, pois não há como desvestir-se de seu alto posto militar. Para piorar, falou em nome do Exército brasileiro, o que torna sua manifestação um equívoco completo. Quando mais não seja porque, na última vez em que entraram na vida política da nação, os militares implantaram um regime autoritário que durou duas décadas e deixou uma memória traumática. Em matéria de política, o silêncio dos militares é a melhor garantia de que o Exército compartilha o anseio de todos os cidadãos de bem.

 

REVISTA ÉPOCA


Câmara aguarda resposta de general que causou polêmica no Twitter

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, foi convidado para reunião com integrantes da comissão que acompanha a intervenção no Rio

Marcelo Rocha / Expresso | Publicado em 06/04/2018 - 13h31

A comissão especial da Câmara dos Deputados criada para acompanhar os desdobramentos da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro aguarda uma resposta do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, sobre data, hora e local para realizar reunião sobre o trabalho das forças militares no estado. A ideia inicial era fazer uma audiência pública na Casa, mas, em razão de problemas de saúde enfrentados por Villas Bôas, optou-se por um encontro que seja mais conveniente ao militar.

A proposta da reunião é anterior à polêmica protagonizada pelo general. Na véspera do julgamento do HC do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), ele tuítou que o Exército não aceitava “impunidade” e estava atento “às suas missões institucionais”, o que foi interpretado por muitos como uma fala pró-intervenção militar.

Procurada por EXPRESSO, a deputada federal Laura Carneiro (DEM-RJ), autora do requerimento aprovado na semana passada para que Villas Bôas seja ouvido, afirmou que não haverá restrições a temas durante o encontro.

 

Resposta à altura

Crises políticas devem ser politicamente resolvidas. As instituições representativas são a arena adequada para tal porque nascidas das escolhas democráticas dos cidadãos

Dos Editores | Publicado em 05/04/2018 - 20h39

Os atuais três comandantes das Forças Armadas integram a primeira geração que nem sequer estava nas fileiras militares quando houve o golpe de 1964. Eduardo Dias da Costa Villas Bôas (Exército) e Nivaldo Luiz Rossato (Aeronáutica) tinham 13 anos quando o presidente João Goulart foi deposto. Eduardo Bacellar Leal Ferreira (Marinha) tinha 12. A ascensão desses militares aos postos máximos das respectivas Forças em 2015 foi a coroação de 30 anos da passagem negociada e sem traumas do poder militar para o civil, ocorrida em 1985.

Internamente, o golpe de 64 é visto como patrimônio por grande parte dos militares. Muitos dos oficiais atingiram suas patentes durante o período do regime militar (1964-1985). Existem dezenas de exemplos de filhos de oficiais que participaram do golpe e hoje estão em postos de comando.

O general Villas Bôas, de 66 anos, sempre foi tido como uma voz moderada. Na tentativa de ampliar a comunicação direta com a sociedade, tornou-se usuário ativo de redes sociais. No ano passado, assumiu enfrentar uma doença neuromotora degenerativa que o obriga a locomover-se em cadeira de rodas.

Em palestra em 2013, o general Villas Bôas havia afirmado sobre o golpe de 1964: “O Exército não se arrepende do que fez, mas de certa forma ainda paga pelo que fez. Hoje o Brasil é um país com instituições estruturadas, naquela época não havia instituições, então hoje já temos um sistema de pesos e contrapesos em nosso país. As coisas naturalmente vão se equilibrando. Eu acho que é um erro a gente querer tutelar a sociedade”.

Na terça-feira, às vésperas do julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), Villas Bôas publicou duas mensagens que repercutiram imediatamente. Afirmava que o Exército compartilhava o “anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. Também questionava quem estava ensando no país e quem se preocupava apenas com interesses pessoais.

Não foram poucas as vozes que interpretaram tais afirmações como uma espécie de ameaça à independência do STF e, por consequência, do Poder Judiciário. Muitos se alvoroçaram por temer a possibilidade de ruptura da ordem institucional. A repercussão levou à manifestação, na quarta-feira, do tenente-brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica. Ele afirmou em nota ser “muito importante que todos nós, militares da ativa ou da reserva, integrantes das Forças Armadas, sigamos fielmente a Constituição, sem nos empolgarmos a ponto de colocar nossas convicções pessoais acima daquelas das instituições”.

Analisadas as duas mensagens sem passionalidade e com a racionalidade que o momento exige, torna-se importante reafirmar a opção radical pelo caminho democrático. Crises políticas devem ser politicamente resolvidas. As instituições representativas são a arena adequada para tal porque nascidas das escolhas democráticas dos cidadãos.

Em momentos tensos ou nebulosos, é preciso recorrer à virtude política. Na clássica definição de Maquiavel, virtuosismo é o talento, a criatividade e a disposição dos líderes de atender ao chamado de seu tempo e de se mostrar à altura dele.

 

PORTAL G1


Soldados do Exército, da Aeronáutica e 1 bombeiro estão entre os presos da operação contra milícia no Rio

Na ação deste sábado, foram apreendidos 13 fuzis, 10 carros roubados e 1 granada. Houve troca de tiro no local e quatro criminosos foram mortos.

Por G1 Rio | Publicado em 07/04/2018 - 19h19

Dois soldados do Exército, um da Aeronáutica e um bombeiro estão entre as 142 pessoas presas na manhã deste sábado (7), durante uma operação de combate à milícia. De acordo com a Polícia Civil, entre os suspeitos de integrar grupos criminosos que atuam na Zona Oeste do Rio não foi identificado nenhum PM.

Os detidos estavam numa festa em um sítio em Santa Cruz, onde a polícia encontrou diversos carros importados, fuzis, granadas e até roupas militares. Por volta das 19h, a polícia divulgou um novo balanço da operação, que teve também sete menores apreendidos.

Veja abaixo os itens apreendidos durante a operação:

13 fuzis
15 pistolas
4 revólveres
Carregadores
1 granada
10 carros roubados

De acordo com as investigações, o sítio era usado como um quartel general da milícia, de onde os grupos saiam para agir em outros bairros da Zona Oeste da cidade. A festa que aconteceu na noite desta sexta (6) tinha alguns itens personalizados como pulseira vip, ingresso numerado e copo com tema da festa. Quando a chegada dos agentes, houve muito tiroteio. Quatro criminosos morreram no confronto.

Polícia diz que maior milícia do RJ será enfraquecida após prisões

Com as prisões da operação deste sábado, a polícia garante que o grupo de Wellington da Silva Braga, o Ecko, líder da que é considerada a maior milícia do Rio, será enfraquecido. “Não vamos diminuir a nossa força e vamos atuar incessantemente contra a milícia. Outras operações virão. Não tivemos nenhum policial ferido, e quem resistiu à ação da força policial resistiu com fuzis, armas de grosso calibre, e teve resposta necessária e suficiente a essa ação. A Polícia Civil não vai recuar”, ressaltou o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.

 

PORTAL R7


FAB nega que Lula será levado em avião da presidência

Aeronave estava em Foz do Iguaçu à disposição da equipe do presidente Michel Temer

Márcio Neves, Do R7 | Publicado em 07/04/2018 - 14h53

A FAB (Força Aérea Brasileira) negou que um avião disponível para atender a equipe do presidente Michel Temer fará o transporte de Lula para Curitiba.

O avião, que esteve em Congonhas durante o dia, já deixou o aeroporto.

Anteriormente, reportagem do R7 apurou que o avião, que estava em Foz do Iguaçu, seria usado pela Polícia Federal para o transporte do ex-presidente.

O avião, modelo ERJ-195 da Embraer, estaria "à disposição" da Polícia Federal na capital paulista. Ele é tido como uma aeronave secundária pela Presidência da República.

A reportagem foi atualizada às 18h29 com as informações da FAB.

 

OUTRAS MÍDIAS


O ANTAGONISTA - Confirmado: Lula irá num avião da PF para Curitiba


Brasil | Publicado em 07/04/18 - 19h32

O Antagonista confirmou que Lula será levado num avião da PF, e não da FAB, para Curitiba.

 

O ANTAGONISTA - Prisão de Lula: a sintonia entre Jungmann e JEC


Brasil | Publicado em 07/04/18 - 23h11

O ministro Raul Jungmann trabalhou em sintonia com José Eduardo Cardozo para anular a ala mais radical do PT que insistia para que o condenado Lula não se entregasse — e, assim, obrigasse a PF a tomar providências drásticas.

 

O ANTAGONISTA - LULA VAI EM JATO DA PF


Brasil | Publicado em 07/04/18 - 16h01

A FAB negou oficialmente a O Antagonista que Lula vá para Curitiba em avião da FAB.

O avião da Força Aérea pousou em Congonhas por falta de espaço em Guarulhos, segundo a assessoria.

Fontes da PF afirmam que o jato da corporação está pronto.