NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL PODER AÉREO


Simulação - Como o P-3AM Orion da FAB caça submarinos


Alexandre Galante | Publicada em 06/03/2021 15:24

O Esquadrão Orungan (1°/7° GAv) realizou, nos dias 16 e 17 de julho de 2014, missão antissubmarino (ASW) na costa brasileira que contou com a participação de quatro submarinos estrangeiros.

Participaram do exercício os submarinos nucleares: USS Dallas – Classe “Los Angeles”, pertencente aos Estados Unidos; Amethyste – Classe “Rubis”, da França; HMS Ambush – Classe “Astute”, da Inglaterra e o submarino convencional Pisagua – Classe “Angamos”, do Peru.

As embarcações visitaram o País na ocasião para comemoração do centenário da Força de Submarinos (FORSUB) da Marinha do Brasil.

Nesta simulação realizada no Command Modern Operations (CMO), nós mostramos como é feito um exercício deste tipo, com o estabelecimento de uma área de busca e o lançamento de sonoboias para detecção e identificação dos alvos submersos.

REVISTA AERO MAGAZINE


Vídeo mostra família de aviões da Embraer em voo

Destaque na imagem para presença do KC-390 e do E175-E2

Gabriel Benevides | Publicada em 06/03/2021 17:00

Na última terça-feira (2), a Embraer divulgou um vídeo com parte da sua família de aviões em voo, contando com a presença do C-390 Millennium, Super Tucano, Praetor 600 e E175-E2.

Os registros foram feitos a partir da unidade da Embraer e Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, sobrevoando áreas onde a Embraer costuma realizar ensaios em voo durante as fases de certificação de seus aviões.

As gravações realizadas nos dias 13 e 14 de fevereiro a bordo de um segundo C-390, que voou com a porta de cargas aberta, facilitando a captação do vídeo. Uma das curiosidades é que o C-390 que aparece no filme é o primeiro com a capacidade de reabastecedor instalada, ou seja, a versão KC-390.

Outro fato interessante foi a presença do E175-E2, que está com seu cronograma de certificação alterado, aguardando a melhoria do cenário mundial de aviação regular. A aeronave havia iniciado a campanha de ensaios em voo semanas antes da pandemia global. Com a incerteza do mercado, aliado a falta de perspectiva da mudança das cláusulas de escopo da aviação regional dos Estados Unidos, a Embraer optou por adotar uma agenda mais conservadora.

Assista ao vídeo:

PORTAL AEROFLAP


Em vídeo da Embraer, KC-390 pode ser visto com pod EO/IR


Gabriel Centeno | Publicada em 06/03/2021 11:00

Recentemente a Embraer divulgou um vídeo mostrando aeronaves A-29 Super Tucano, KC-390 Millennium, Praetor e E175-E2 voando em formação. Todavia, um interessante detalhe pode ser notado nas imagens: o pod EO/IR (Electro-Optics/Infrared) na lateral do cargueiro multimissão KC-390. 

Questionada, a fabricante não especificou o modelo do equipamento, todavia, o mesmo provavelmente é um Rafael Litening, desenvolvido pela Rafael Advanced Defense Systems, de Israel.

O pod é normalmente usado em aviões de caça (instalado na parte da externa da aeronave) e gera imagens de TV ou infravermelho (FLIR) para identificação e acompanhamento de possíveis alvos, além de ter um laser guia de bombas. 

O equipamento pode ser usado tanto durante o dia quanto à noite, além de poder acompanhar alvos em movimento também. 

O aparelho já é usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em seus caças-bombardeiros A-1 AMX na sua variante Litening III, realizando a pontaria para as bombas Lizard, guiadas por laser (equivalentes às bombas Paveway americanas).

Os A-1 da FAB também podem usar o Reccelite, versão de reconhecimento do Litening. Na FAB, as missões de reconhecimento tático com aeronaves de caça e ataque são conduzidas pelo Esquadrão Poker (1º/10º GAv), sediado na Ala 4, em Santa Maria (RS).

Para equipar os novos F-39E/F Gripen, a Força Aérea adquiriu o Litening G4 e o Reccelite XR, versões mais novas dos pods já em uso. 

Além da FAB, vários países usam o Litening. Dentre eles estão Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Suécia, Índia e Alemanha. 

Mas, voltando ao pod no KC-390. 

Apesar do seu uso ser muito mais comum em aeronaves da aviação de caça, o pod também é um ótimo “acessório” ao cargueiro multimissão da Embraer.

Em resposta, a fabricante explicou o uso do equipamento no KC-390:

“O C-390 Millennium pode ser equipado com um Pod EO/IR (Electro-Optics/Infrared) para as missões de Busca e Salvamento, Vigilância e Patrulha Marítima.

O equipamento possui câmeras de alta resolução, com capacidade de espectro infravermelho, com o objetivo de melhorar a capacidade de identificação e visualização. As imagens e vídeos capturados podem ser gravados para futura avaliação e análise.

Há também aplicações complementares, com a utilização de laser, para a aquisição de coordenadas, marcação e designação de alvos.”

A resposta da Embraer reforça ainda mais as características do KC-390. No momento, o modelo, que se encontra em serviço ativo na FAB e já foi adquirido por Portugal e Hungria, tem realizado missões de transporte logístico, especialmente dentro do escopo da Operação Covid-19. 

Logo a aeronave deverá estar realizando missões de reabastecimento em voo (REVO) operacionalmente.

Em 2019, a Embraer realizou uma série de voos de ensaio com o KC-390 no Rio Grande do Sul, com lançamentos de contramedidas e REVO com caças F-5M Tiger II e caças-bombardeiros A-1 AMX.

As imagens do pod no KC-390 são novidade, todavia, o seu uso na aeronave já era aguardado.

Anos atrás, a fabricante divulgou uma imagem gerada em computador mostrando a aeronave em configuração de busca e resgate (SAR) com um pod montado no mesmo ponto da aeronave. 

Em 2018, o Major-Brigadeiro do Ar Mário Luís da Silva Jordão afirmou que o próprio pod Litening seria incorporado ao avião.

Com o instrumento, a aeronave pode se integrar ainda mais às demais aviações, principalmente as de patrulha marítima, reconhecimento e asas rotativas. 

Em uma hipotética missão SAR, por exemplo, o KC-390 poderia visualizar e identificar rapidamente uma potencial vítima. Dessa maneira a aeronave pode realizar o lançamento de materiais de salvamento com alta precisão. Com as coordenadas e imagens obtidas o resgate é bastante agilizado.  

Mas, é claro, isso fica para o futuro. A Embraer, junto com a Força Aérea Brasileira, segue desenvolvendo as capacidades do KC-390 Millennium. 

OUTRAS MÍDIAS


ARTUR HOJE - Saab F-39E Gripen do Brasil inicia regime de testes supersônicos


Alfonso Francisco | Publicada em 06/03/2021 09:00

O caça Saab F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira iniciou uma fase de testes de vôo supersônico.

A aeronave voará do Centro de Testes de Voo do Gripen nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, no sudeste do Brasil, informou a Força Aérea em 3 de março.

“Todos os voos seguem procedimentos definidos pelas autoridades e são realizados em altitudes elevadas, acima [16,000ft]”Diz a Força Aérea Brasileira. “Esses voos, realizados pela Saab, são essenciais para testar o desempenho e as funções da nova aeronave, para dar continuidade aos procedimentos de certificação e aceitação da aeronave, que chegou ao Brasil em setembro de 2020.”

Os voos de teste supersônicos estão programados para os próximos meses, diz ele.

Outras atividades de teste no Brasil incluirão sistemas de controle de vôo e testes de sistemas meteorológicos. A Saab também testará como a aeronave se comporta no clima tropical do país latino-americano.

“As características únicas das aeronaves brasileiras, como a integração de armas e o sistema de comunicação Link BR2, que fornece dados criptografados e comunicação de voz entre as aeronaves, também serão testadas no Brasil”, afirma a Aeronáutica.

Em 2014, Brasília encomendou 36 exemplares do caça Gripen E / F, rebatizado de F-39E / F, para sua Força Aérea. O acordo de aquisição prevê a produção no país de 15 exemplares da aeronave, sendo o restante da frota construída na Suécia. Também inclui um acordo de transferência de tecnologia para treinar mais de 350 engenheiros e técnicos brasileiros na Suécia na fabricação do caça.

DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Conheça sobre a participação das mulheres em missões de Paz da ONU


Redação | Publicada em 06/03/2021 12:52

Os chamados “boinas azuis” são os militares que participam de missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde a atuação para evitar confrontos entre Egito e Israel, a primeira missão de paz brasileira, em 1959, o Brasil, ao longo de mais de 60 anos, já enviou milhares de militares ao exterior, tendo atuado em dezenas de missões de paz. Nesse percurso, de acordo com a ONU, o papel das mulheres nas mediações, prevenções e soluções de conflitos tem se mostrado cada vez mais eficiente.

A primeira mulher da Força Aérea Brasileira (FAB) a servir como Staff Officer (do inglês, Oficial Administrativo) em uma missão de paz foi a Major Intendente Luanda dos Santos Bastos, quando a Oficial representou o Brasil na Missão das Nações Unidas no Sudão (UNAMID), de agosto de 2017 a agosto de 2018. Nesse país do norte da África, ela atuava no monitoramento e controle da operação militar na área da missão. “Na UNAMID, fiquei muito emotiva quando acompanhei uma

comitiva na entrega de material escolar em uma escola carente para filhos de refugiados, onde as paredes e o teto eram de palha e não havia nada mais além de um quadro negro, medindo aproximadamente 1mx1m, nas salas de aula. Apesar de toda a simplicidade, percebemos que eles estavam muito ansiosos com a nossa chegada, pois colocaram suas melhores roupas e ensaiaram algumas canções para nos recepcionar. É claro que não consegui conter as lágrimas”, conta a Oficial.

Outro momento marcante foi quando a ONU autorizou o retorno de algumas famílias de refugiados, que estavam em Campos de Concentração, para suas cidades de origem. “Você vê as pessoas voltando para casa apenas com uma trouxa na cabeça, seus olhos agarrados nas suas roupas, mas com um ar de esperança nos olhos e força para recomeçar tudo de novo”, lembra.

Missão para 2021

Em 2021, na missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a MONUSCO, a Major Luanda reforça a participação feminina nos processos e na consolidação da paz. Neste ano, ela recebeu um novo desafio: atuará na República Democrática do Congo como Gender Adviser (do inglês, Conselheira de Gênero). “É uma função de bastante relevância para a ONU, por defender a igualdade de gênero e atuar na prevenção de abuso e violação sexual na área da Brigada de Força de Intervenção da MONUSCO, na cidade de Beni, área considerada mais tensa da missão”, explica. Segundo a Organização das Nações Unidas, os maiores contingentes de mulheres nas tropas estão na MONUSCO, e na Missão da ONU no Sudão do Sul, UNMISS. Lembrando que, atualmente, há 13 operações de paz da ONU no mundo.

A Major Luanda esclarece que as Forças Armadas não estão em missão de paz com o objetivo de erradicar a pobreza e acabar com a fome no local em conflito, como muitos pensam. “A finalidade é implantar, em conjunto com os demais componentes da missão e o governo do País, táticas operacionais que permitam eliminar os grupos armados que estão aterrorizando a população vulnerável daquela região e garantir a manutenção dessa paz”, destaca.

Segundo o Coronel Aviador Paulo Roberto de Carvalho Júnior, da Segunda Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), a Força Aérea Brasileira a cada dia mais se destaca no cenário internacional como uma força altamente treinada e abnegada como pode-se constatar na atual presença feminina de Oficiais desdobradas nas missões no Saara Ocidental, Sudão do Sul e no Congo. “E este incremento evidencia o pleno atendimento na implementação da Agenda da ONU sobre Mulheres, Paz e Segurança, inaugurada em 2000, sob a égide da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas nº 1.325, datada do mesmo ano.  Assim, a excelência da FAB deve-se ao excepcional trabalho relevante das antecessoras e das atuais capacetes azuis, que dedicaram e dedicam suas carreiras, denotando competência, bravura e, principalmente, altruísmo, na atuação em resolução de conflitos internacionais, sob a égide das Nações Unidas”, finaliza.

Fotos: Arquivo Pessoal/Major Luanda