O espaço aéreo em torno da capital gaúcha foi refeito com a mudança das operações do Aeroporto Salgado Filho para a Base Aérea de Canoas em decorrência da tragédia que atinge o RS. A principal mudança feita pelo DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo – foi relativa à Área de Controle Terminal de Porto Alegre, que agora tem seu centro em Canoas e não mais no Aeroporto Internacional da cidade, que permanece alagado e sem previsão de voltar às operações.

Um raio de 30 milhas náuticas (aproximadamente 55 km) foi traçado em torno da BACO para controle de entrada e saída de todas as aeronaves. Até o nível de voo 40 (1.200 metros), o uso será exclusivo de voos de ajuda humanitária, seja em operações de resgate, transporte de mantimentos, e além de operações de pouso e decolagem relacionadas. 

Acima deste nível, os voos podem circular normalmente. Esta mudança foi feita em decorrência da alta demanda com os controladores de tráfego aéreo, já que a movimentação de mais de 100 aeronaves envolvidas diretamente nas operações de resgate e apoio tem congestionado o espaço aéreo de toda a região metropolitana de Porto Alegre. Todos os pilotos operando na área deverão estar atentos aos Avisos aos Aeronavegantes, os chamados NOTAMs, para não causar complicações nas operações essenciais de resgate.

FAB pede que drones não sejam usados em áreas de resgate no RS: 'Risco muito grande'. A Força Aérea Brasileira fez a recomendação neste sábado, 11, em um vídeo publicado nas redes sociais.

"A utilização de drones nestas áreas em conjunto com os helicópteros representa um risco muito grande à operação", diz o tenente-coronel.

Desde o dia 4, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo já havia proibido o uso dos equipamentos que não pertençam a órgãos envolvidos nos salvamentos.

O município de Canoas, um dos mais afetados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana, ganhou um reforço de hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB). A estrutura já começou a funcionar na manhã do último sábado (10). O comentarista Felippe Monteiro analisou o assunto.