NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL G1


"Nós estamos no limite", diz ministro da Defesa sobre bloqueio de verbas

Raul Jungmann afirmou que contingenciamento ainda não afetou Forças Armadas, mas que será será preciso reduzir serviços se não houver liberação.

Por Pedro Alves E Katherine Coutinho, G1 Pe |

ImagemO ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou durante visita ao Recife, na segunda-feira (4), que o contingenciamento de recursos da União não afetou operações de segurança no país, mas que a situação está "no limite". Jungmann veio à capital pernambucana em visita ao Programa Forças no Esporte, que atende crianças e jovens de escola pública.

Em março, foi anunciado um bloqueio de R$ 42,1 bilhões nos gastos da União, que afetou diversas áreas. Em julho, o governo fez novo corte, de R$ 5,9 bilhões. O Ministério da Defesa, pasta responsável pelos repasses ao Exército, teve R$ 5,75 bilhões de sua dotação orçamentária para 2017 bloqueada. Com isso, o valor liberado para despesas recuou de R$ 22,28 bilhões para R$ 16,52 bilhões. O Exército sofreu contingenciamento de 43%.

“Até aqui, nós não tivemos comprometimento operacional das Forças, mas nós estamos no limite. Ou seja, o nosso limite é exatamente o mês de setembro. Nós temos o compromisso que, aprovada a nova meta fiscal, nós vamos ter a liberação desse recurso e a vida segue para nós, eu espero, normalmente”, declarou Jungmann.

O ministro apontou que, caso não haja liberação do orçamento, o caminho vai ser o de reduzir os serviços. “[Caso não haja liberação] você terá um cenário complicado, em que terá que reduzir muitos dos serviços que são feitos. Você terá que, possivelmente, fechar unidades e outros problemas mais. Você vai ter que reduzir, por exemplo, o número dos que vão prestar serviço militar, que são 80 a 90 mil. Você vai ter uma série de restrições, procurando preservar o que é essencial para a defesa do país”, explicou.

Testes da Coreia

Durante a visita, Jungmann também demonstrou preocupação com o teste com uma bomba de hidrogênio feito pela Coreia do Norte no domingo (3). "Há um tratado de não proliferação [de armas nucleares], que está fazendo 60 anos, e está aí um caso a mais de que esse tratado não tem sido capaz de inibir. A situação é extremamente preocupante", apontou o ministro.

O governo brasileiro, através do Itamaraty, emitiu uma nota condenando o teste, afirmando que "o exercício militar que teria envolvido a detonação de bomba de hidrogênio constitui inaceitável ato de desestabilização da segurança na região". O texto aponta ainda que "é fundamental que se restabeleçam as condições para negociações de paz na península coreana".

O ministro lembrou a necessidade de se negociar "uma saída que seja conciliatória". Jungmann apontou que a situação da península coreana "é hoje o principal ponto nervoso de preocupação dos países e também da própria ONU".

Pernambuco

O ministro também aproveitou a visita para falar sobre os índices da criminalidade em Pernambuco, que em julho chegaram à média de 14,4 homicídios por dia. Para o chefe da Defesa, a situação "pede esforços do governador Paulo Câmara". Segundo ele, a situação tem se agravado em todo o país. "Caso o governador entenda necessário o apoio das Forças Armadas, como fizemos em dezembro de 2016, basta se entender com o presidente da República", afirmou.

O ministro participou, nesta segunda-feira (4), do aniversário de dez anos do programa Programa Forças no Esporte (Profesp), desenvolvido em organizações militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea e disponibiliza recursos para o fornecimento de alimentação saudável e de qualidade para as crianças, jovens e adolescentes.

"São 22 mil crianças, em todo o Brasil, que recebem iniciação esportiva, saúde, odontologia, reforço e aulas cívicas, voltadas para os princípios e valores que temos no país. É um programa que adoraria expandi-lo muito mais. Todas as crianças aqui são selecionadas em escolas públicas e escolas de periferia. É um diferencial muito importante na vida dessas crianças e algumas, eu espero, venham a representar o Brasil, um dia", disse.

 

AGÊNCIA BRASIL


Fuzis apreendidos em aeroporto no Rio deverão ser entregues ao Exército


Joana Moscatelli |

Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou a remessa de 60 fuzis apreendidos pela Polícia Civil para o Comando do Exército. Na decisão, a juíza Valeria Magalhães, da 8ª Vara Federal Criminal, afirma que o destino das armas deve ser decidido pelo Exército.

A Polícia Civil já manifestou interesse em receber o armamento para ser utilizado pelos agentes. Segundo a legislação, após perícia, as armas apreendidas devem ser destruídas ou doadas aos órgãos de segurança pública.

No dia 1º de junho, a Polícia Civil apreendeu os fuzis de guerra no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na Zona Norte da capital fluminense. As armas vieram de Miami, nos Estados Unidos, dentro de contêineres com aquecedores para piscinas. O valor da carga foi estimado em mais de 4 milhões de reais. Na ocasião, 4 pessoas foram presas.

 

Temer defende Fórum de Inteligência do Brics para combate ao terrorismo


Ana Cristina Campos – Reporter Da Agência Brasil |

Ao discursar hoje (4) na abertura da 9ª cúpula dos chefes de Estado e de Governo do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul, na cidade chinesa de Xiamen, o presidente Michel Temer voltou a defender a proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics para combate ao terrorismo.

“Não podemos nos acomodar diante da persistente ameaça do terrorismo, à qual nenhum de nossos países está imune. Esse é tema que exige de todos a ação crescentemente coordenada. Permito-me, aqui, retomar proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics. Seria contribuição adicional para nossos esforços concentrados de prevenção de atos terroristas”, disse.

Temer também destacou a necessidade de criação de um mecanismo de troca de informações entre as agências de inteligência dos cinco membros do grupo. “Em um mundo cada vez mais interconectado, é fundamental unir esforços para enfrentar desafios que transcendem fronteiras”, acrescentou.

O presidente brasileiro manifestou preocupação com os recentes testes nucleares norte-coreanos. Ontem (3), a Coreia do Norte anunciou que fez um teste bem-sucedido com uma bomba de hidrogênio.

“Os episódios dos últimos dias dão concretude a temores que parecem ter ficado nos livros de história. Hoje, [é importante] encontrar saída diplomática para a situação tão grave. Em perspectiva mais abrangente e de mais longo prazo, o desarmamento nuclear é a garantia mais eficaz contra a proliferação. O Brasil esteve na origem do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares, adotado em julho. Assinaremos o instrumento ainda este mês, em Nova York. Trata-se de mais uma conquista real do multilateralismo”, afirmou.

Em seu discurso, Temer ainda citou a preocupação com a situação venezuelana. “Acompanhamos de perto o quadro político, econômico e social da Venezuela. A escassez de comida, remédios e outros itens básicos provoca drásticas consequências. A situação é de instabilidade e de crise humanitária. É crescente o fluxo de migrantes e refugiados que chegam ao Brasil e a outros países vizinhos. Confiamos em uma solução pacífica para a crise, com pleno respeito à soberania venezuelana”, completou.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

 

Jungmann alerta que a partir deste mês Defesa pode fazer mais cortes


Sumaia Villela | Repórter da Agência Brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (4), no Recife, que caso não haja liberação de recursos da pasta, contingenciados pelo governo federal, até outubro, pode ocorrer o fechamento de unidades das Forças Armadas e o número de vagas para o alistamento militar.

"Até agora não tivemos comprometimento operacional das Forças [Armadas]. Nós estamos no limite. Nosso limite é o mês de setembro. E tivemos o compromisso que, aprovada a meta fiscal, nós vamos ter a liberação de recursos", disse Jungmann.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, R$ 6,5 bilhões do orçamento da Defesa estão contingenciados, o que corresponde a cerca de 42% dos recursos previstos para a pasta em 2017 (R$ 15,5 bilhões).

Caso a liberação não ocorra, o ministro alertou que será preciso fazer cortes. "Nesse caso, você terá que reduzir muitos dos serviços que são feitos. Muito possivelmente fechar unidades. Reduzir o número daqueles que vão prestar serviço militar, que são 80 ou 90 mil. Enfim, vai ter uma série de restrições procurando preservar o que é essencial para a defesa do país".

A nova meta fiscal do governo federal prevê um deficit de R$ 159 bilhões neste ano e em 2018. Isso quer dizer que a União vai gastar esse total a mais do que espera arrecadar. O Congresso Nacional precisa aprovar a revisão da meta, adiada na semana passada, que já estava em R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões em 2018. A expectativa é retomar a votação ainda esta semana.

O ministro esteve em Pernambuco para a comemoração de 10 anos do Forças no Esporte (Profesp), programa criado em 2003 para democratizar o acesso ao esporte para crianças e adolescentes. As Forças Armadas concedem suas unidades militares para a realização do projeto, e os recursos são repassados pelo Ministério do Esporte para material e pessoal; e pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para alimentação.

 

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Operação Amazonlog 2017 discute problemas na tríplice fronteira

O Exercício de Logística Multinacional Interagências será realizado entre os dias 6 e 13 de novembro deste ano, com a instalação de uma Base Logística Multinacional Integrada em Tabatinga

Silane Souza - Manaus (am) |

Os problemas da região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru vão servir como base para militares brasileiros, colombianos, peruanos e norte-americanos testar e desenvolver soluções logísticas coletivas, assim como avaliar a interoperabilidade dos seus equipamentos, sistemas e procedimentos, com foco nas ações de assistência humanitária. O Exercício de Logística Multinacional Interagências – Amazonlog 2017, será realizado entre os dias 6 e 13 de novembro deste ano, com a instalação de uma Base Logística Multinacional Integrada em Tabatinga (a 1108 quilômetros de Manaus).

O general Racine Lima, coordenador-geral do Amazonlog 2017, disse que o grande objetivo com a operação, além de buscar desenvolver conhecimentos, confiança mútua e compartilhar experiências, é poder estabelecer na América um centro de coordenação logística multinacional onde possa se concentrar dados e informações que favoreça a rápida mobilização das forças militares para atender as populações em calamidade. “A existência de um centro como este, um depositório de conhecimento, facilitaria qualquer tipo de operação que nós precisemos realizar”, afirmou.

Observadores militares de Nações Amigas, forças policiais, órgãos e agências governamentais e empresas brasileiras e estrangeiras também participarão. As tropas desenvolverão ações combinadas no campo da logística e ações humanitárias em toda a área da tríplice fronteira. “Vamos oferecer atendimento médico, odontológico, orientações de higiene, educação ambiental, socorro as pessoas vítimas de desastre natural, entre outros. Apesar de ser um exercício, haverá pessoas necessitando de ajuda, visto que será em novembro, época de estiagem na região”, disse Racine.

Para o general, o exercício vai aumentar a segurança naquela região e a escolha de Tabatinga foi justamente pela dificuldade de acesso e carência de infraestrutura. “As agências fazem muito bem seus trabalhos, mas não fazem de forma integrada. Buscamos adquirir essa expertise, fazer essa integração com Forças Armadas, agências e outros países de tal maneira que a gente possa complementar nossas capacidades. As Forças Armadas têm uma grande capacidade de logística e condições de apoiar, mas é preciso que nós nos conheçamos e aprendemos a trabalhar juntos”.

"Uma oportunidade inédita"

O general Sergio Bendezú, representante do Peru no “Exercício de Mesa”, evento que está acontecendo esta semana no Comando Militar da Amazônia (CMA), ressaltou a importância do país no Exercício de Logística Multinacional Interagências – Amazonlog 2017. “Enfrentamos ameaças similares então as respostas a estas ameaças também tem que ser iguais. E é uma excelente oportunidade para que nossas Forças Armadas participem de uma ameaça que é similar aos três países”, disse.

O diretor logístico do Comando do Sul, dos Estados Unidos, Robert Truax, classificou a participação norte-americana no Amazonlog 2017 como uma “oportunidade inédita”. O país vai ajudar com apoio humanitário e aeronaves. “Para nós, em um evento como esse, num ambiente tão desafiador como a Amazônia Ocidental, é uma grande oportunidade de colaborar e trocar experiências com as Forças Armadas brasileiras, peruanas, colombinas, assim como as agências federais e estatais do Brasil”.

O adido da Aeronáutica da Colômbia no Brasil, César Leon, disse que o país vai trazer uma aeronave de transporte para realizar missão de evacuação de pessoas de acordo com o planejamento do Amazonlog 2017. Ele ressaltou a importâncias das ações combinadas entre os países já que há crimes que são transnacionais e os países sozinhos não podem enfrentar. “Temos que unir as capacidades distintas que tem cada país, isso potencializa para ter melhores êxitos operacionais”.

Reunião

Desde a última segunda-feira, militares do Brasil, Colômbia, Peru e EUA estão em Manaus participando de um “Exercício de Mesa” a fim de ajustar os planejamentos para o Amazonlog. O encontro segue até hoje, no Quartel-General do Comando Militar da Amazônia (CMA), na Ponta Negra, Zona Oeste.

Simpósio neste mês

Entre os dias 26 e 28 de setembro deste ano, acontecerá em Manaus, o Simpósio de Logística Humanitária (Silogem), em conjunto com a Exposição de Material de Emprego Militar, espaço onde empresas da área de defesa mostrarão produtos, com destaque para as que trabalham com geração de energia limpa. 

 

JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE


Embraer projeta jato executivo de U$ 80 milhões

O Lineage 1000E é a maior aeronave da frota executiva fabricada pela empresa brasileira. O interior da versão conceitual "Manhattan" possui decoração luxuosa, em estilo Art Déco, assinada pelo designer Eddie

A Embraer Executive Jets, divisão de jatos comerciais, promete impressionar os compradores da versão conceitual do Lineage 1000E: o “Manhattan Airship”. O preço inicial da aeronave customizada será de U$ 80 milhões.

O projeto parte da configuração composta por cinco zonas de passageiros. Uma delas pode ser usada como quarto principal, incluindo cama queen-size e chuveiro. Mas, além do conforto, a proposta é impactar com o luxo dos detalhes internos. A missão foi entregue ao designer Eddie Sotto e o resultado veio na forma de uma obra de arte em estilo Art Déco, com referências culturais tão elegantes que alguns passageiros vão pensar duas vezes antes de deixar a cabine quando chegarem ao seu destino.

“O futuro do luxo para nós é dar as pessoas uma experiência que as surpreenda, algo que não esperavam”, declarou Jay Beever, vice-presidente de design de interiores da Embraer Executive Jets ao apresentar o novo layout. “Queremos dar um motivo para que as pessoas se sintam diferentes ao chegar no avião”.

Presidente da SottoStudios, em Los Angeles, e ex vice-presidente sênior de design conceitual da Walt Disney Imagineering, Eddie Sotto chama sua obra de “Dirigível de Manhattan” e segundo ele, o conceito também possui referências náuticas inspiradas no Normandie, navio francês que ficou conhecido por seus luxuosos espaços de primeira classe feitos em Art Déco.

Referências históricas

Para projetar um interior diferenciado do jato, Sotto também visitou o Queen Mary, outro navio com elementos de design semelhantes. Para que a experiência de transportar os passageiros a outra era fosse a mais real possível, Sotto exigiu dos engenheiros a instalação de pisos de madeira escura e painéis, além de acentos dourados.

Detalhista, o designer optou por colocar, na parede da entrada da cabine, um mural metálico que retrata o horizonte de Manhattan em torno de 1930. A referência veio do edifício Empire State. Outro espaço que chama atenção é o salão Crystal Room, onde seis passageiros podem jantar em uma mesa com incrustações decorativas. Os assentos são cobertos de mohair (tecido semelhante à seda, produzido a partir do pelo da Cabra Angorá) e as luminárias de policarbonato simulam o mais puro cristal (o uso de vidro é proibido no interior do jato).

Apesar de ultramoderno, o design exterior do Lineage 1000E na versão customizada também possui referências históricas. As listras horizontais evocam a locomotiva S1 projetada por Raymond Loewy, um pioneiro da simplificação. Resta aguardar quantos bilionários farão encomendas dessa joia aérea à empresa brasileira. Confira a configuração do jato:

Autonomia de voo: 8.334 km
Velocidade máxima: 890 km/h
Envergadura: 29 m
Velocidade de cruzeiro: 1.005 km/h
Comprimento: 36 m
Custo unitário: U$ 80 milhões
Número de assentos: 19

 

Feriado marca 195º aniversário


A próxima quinta-feira, sete de setembro, marca o 195° aniversário da Independência do Brasil. Em Fortaleza, o tradicional desfile cívico-militar será realizado na Avenida Beira-Mar, das 9h às 11h. Membros da Marinha, Exército e Aeronáutica vão desfilar durante a comemoração. Representantes da Polícia Militar, Bombeiros e Guarda Municipal também estarão presentes.

O grêmio da cavalaria dos tradicionais pelotões do Colégio Militar de Fortaleza será comandado por uma mulher. O desfile terá ainda a presença de escolas particulares e de um grupo de apoio penitenciário. A alegria vital na Avenida contrastará com órgãos e estabelecimentos que, em função do feriado, estarão fechados neste dia.

 

PORTAL TERRA


Zagueira da seleção começou jogando bola na Aeronáutica


Na infância, em Guaratinguetá – a 177 quilômetros de São Paulo, ela sonhava em jogar futebol. Deixava os brinquedos para correr atrás de uma bola. Porém, no interior do estado, numa cidade tradicional, a única forma de ficar mais perto do que mais gostava de fazer era tentar convencer os meninos de que merecia um lugar no time.

“Comecei a jogar bola no meio dos meninos. Tinha uma escolhinha de futebol na Aeronáutica (Escola de Especialistas da Aeronáutica) da minha cidade, eu era a única menina. Sempre pratiquei diversos esportes na infância, mas nunca deixava de lado o futebol, pois sempre foi minha paixão desde criança”, contou Giovanna Campiolo zagueira da seleção brasileira feminina, que conquistou na última semana a medalha de ouro em Universíades.

A Universíade de Verão 2017 aconteceu em Taipei, capital de Taiwan, com 21 modalidades, que reuniu cerca de 10 mil alunos-atletas de mais de 170 países. A medalha desse ano foi a terceira do futebol feminino, que já havia vencido em 2001, em Pequim, na China, e em 2005, em Izmir, na Turquia.

“É um orgulho muito grande poder representar o Brasil e ter conquistado a medalha de ouro. Esse é um grande feito, pois além do Brasil não ganhar medalha de ouro desde 2005 esse é o segundo maior campeonato do mundo, e com isso, com certeza, os olhares já mudam para o futebol feminino”.

Com a seleção Sub20, esse foi o segundo campeonato conquistado. Vestindo a amarelinha Giovanna ganhou também o Sul-americano, que aconteceu em Santos.

“Minha primeira convocação para seleção brasileira sub20 aconteceu em 2015, quando eu atuava pela Portuguesa. Foi através dos campeonatos que eu disputava já com o time principal. Depois disso com muito trabalho, determinação e vontade de evoluir fui convocada frequentemente”, lembrou.

A zagueira sonhava em participar das Olimpíadas do Rio, como a convocação não veio, ela garante que continua trabalhando para quem sabe ser lembrada na seleção principal.

 

REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS


Governo exclui de bloqueio custos com censos e defesa civil

Em julho, dentro dos esforços para reduzir as despesas de custeio administrativo, o governo decidiu frear alguns tipos de gastos nos ministérios

O Ministério do Planejamento excluiu da lista de gastos suspensos no Poder Executivo neste ano as "despesas relacionadas aos censos demográfico e agropecuário e a ações de defesa civil". A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (04/09). Em julho, dentro dos esforços para reduzir as despesas de custeio administrativo, o governo decidiu frear alguns tipos de gastos nos ministérios.

Com isso, uma portaria do Ministério do Planejamento suspendeu, até o fim do ano, a realização de novas contratações relacionadas a aquisição e locação de imóveis, veículos e máquinas e equipamentos. A suspensão alcança a aquisição de veículos de representação, de transporte institucional e de serviços comuns, mas não se aplica, por exemplo, a imóveis destinados à reforma agrária e aqueles administrados pelo Ministério da Defesa ou pelos Comandos da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, nem à aquisição de veículos de representação para uso exclusivo do presidente e vice-presidente da República.

Agora, com a nova portaria, os gastos com os dois censos feitos pelo IBGE e com defesa civil também ficaram de fora do bloqueio.

Diárias e passagens

A portaria desta segunda ainda revoga uma outra do Planejamento publicada em fevereiro deste ano, a de número 28. Além de tratar de novas contratações de bens e serviços, a portaria anulada fixava os limites da despesa anual a ser empenhada com a concessão de diárias e passagens.

 

PORTAL SPUTNIK BRASIL


Força Aérea Portuguesa deve receber aviões KC-390 da Embraer até final de 2021

A Embraer e o governo de Portugal iniciaram nesta segunda-feira as negociações para o fornecimento de pelo menos cinco aviões KC-390 à Força Aérea Portuguesa (FAP). A expectativa é a de que as primeiras aeronaves possam entrar em serviço dentro de quatro anos.

ImagemEm cerimônia realizada no Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, representantes do governo português e da empresa brasileira, segundo a mídia local, definiram que, até 26 de outubro, as autoridades portuguesas deverão apresentar um relatório detalhado sobre os "aspetos relevantes e necessários à introdução" do KC-390 na FAP. Ao menos três aeronaves devem começar a operar em fase de adaptação até o final de 2021.

Utilizado para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo, o avião brasileiro deverá substituir os C-130 que são usados atualmente pelos militares de Portugal.

"Naturalmente, um avião tão inovativo quanto o KC-390 está destinado a deixar sua marca."

Em declarações à imprensa portuguesa, o ministro da Defesa de Portugal, Azeredo Lopes, disse que o projeto, se for levado adiante, representará um investimento muito significativo, porém necessário, para a FAP. Sem revelar os valores estimados, ele destacou que, por outro lado, a compra dessas aeronaves poderá refletir no aumento do orçamento em Defesa, exigência que vem sendo feita pelos Estados Unidos no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

 

OUTRAS MÍDIAS


OLHAR DIRETO (MT)


Wesley Santiago

Seripa destaca perícia de piloto em pouso ‘de barriga’ em Cuiabá: “Poderia ter acontecido uma tragédia”

O chefe da seção de prevenção do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-6), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), major Adriano Lopes Mendes, destacou - em entrevista ao Olhar Direto - a perícia do piloto do Cessna 210 (PT-JLH), que teve de pousar de barriga no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), no último dia 20: “Poderia ter acontecido uma tragédia”. Um problema em uma das peças da aeronave fez com que o trem de pouso ficasse travado.

“Existe uma trava de segurança para o trem de pouso, que deixa ele lá em cima. Por algum motivo, ela não destravou no momento de baixar. A atitude do piloto foi meritória, pois o procedimento é baixá-lo na aproximação final e quando ele percebeu que estava com problema, abortou a aproximação para pouso”, destacou o major.

Ainda seguindo os procedimentos, o piloto do Cessna tentou o baixar o trem de pouso por emergência, mas sem sucesso novamente. Por último, sem ter ao que recorrer, comunicou à torre de controle que faria o pouso de barriga, para que todo o plano de emergência do aeroporto fosse acionado.

“Um pouco antes do toque ele fez os procedimentos corretos, como o corte do motor. Poderia ter acontecido uma tragédia, a aeronave poderia ter capotado, pegado fogo, mas a perícia dele foi essencial. Os passageiros saíram ilesos e o avião não sofreu sérios danos. Existe algo chamado ‘Power Pack’, que é uma espécie de bomba hidráulica que faz o trem baixar, acreditamos que o problema tenha acontecido ali”, explicou o major.

Toda a documentação da aeronave e também do piloto estava em dia. A aeronave já foi liberada pelo órgão e também pela Polícia Judiciária Civil (PJC), já que não foi aberto nenhum inquérito por parte desta última. O Seripa aguarda a finalização de todos os laudos para fechar o caso.

O que se sabe é que a aeronave decolou de uma fazenda no interior do estado em direção ao aeroporto de Cuiabá. Ainda no ar, o piloto teria percebido que havia um problema no trem de pouso e acionou a torre de controle para os procedimentos de emergência. Por conta disto, foi necessário que o avião pousasse de barriga.

Dentro da aeronave, além do piloto, estavam o dono da fazenda e o filho dele. Nenhum dos ocupantes ficou ferido. O avião é de São José do Rio Preto (SP). O terminal mato-grossense teve de ficar fechado por duas horas por conta do problema. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a pista só foi liberada as 10h30 da manhã. Dez voos foram impactados.

 

CORREIO DO ESTADO (MS)


Afonso Pena será interditada para preparativos do desfile da Independência

As montagem das arquibancadas começa às 16h da quarta-feira (6)

A Avenida Afonso Pena será interditada na quarta-feira (6) para montagem da estrutura para o desfile cívico militar da Independência, que acontece no dia 7 de setembro. A interdição deve ser no sentido bairro-centro, entre a Avenida Calógeras e Rua 13 de Maio, a partir das 16h.

Conforme a organização do evento, as ruas adjacentes também ficarão interditadas, mas apenas a partir do final da noite. As faixas de estacionamentos também serão fechadas e por isso, devem ser desocupadas até às 16h. As outras interdições acontecem às 19h no trecho da Rua 14 de Julho, entre as ruas 15 de Novembro e Dom Aquino para montagem das arquibancadas.

Na manhã da quinta-feira (7) serão bloqueadas as Antônio Maria Coelho, Maracaju, Cândido Mariano, Dom Aquino e Barão do Rio Branco, no trecho entre as avenidas Mato Grosso e Fernando Corrêa da Costa, a partir da Avenida Calógeras até a rua 13 de Maio. A interdição destes locais será destinada à concentração do desfile.

Ainda de acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande (Agetran), alguns pontos de ônibus da Afonso Pena e da Praça Ary Coelho serão mudados de lugar e algumas linhas terão alteração. O cronograma completo ainda será divulgado.

PROGRAMAÇÃO

As atividades do desfile começam às 8h20. A solenidade de abertura acontece às 8h45, no palanque das autoridades que será montado no cruzamento da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena. O desfile estará marcado para às 9h15min também na Rua 14 de Julho, com início na Rua Maracaju até a Rua 15 de Novembro.

Conforme o Governo do Estado, a previsão é de que a programação encerre às 11h e a desmontagem do palanque e das arquibancadas ocorra logo em seguida, ao meio dia.

ORGANIZAÇÃO

O desfile cívico militar da Independência do Brasil é organizado pelo Governo do Estado, em parceria com o Comando Militar do Oeste (CMO), Prefeitura de Campo Grande e Base Aérea. Irão desfilar militares das Forças Armadas - Exército, Aeronáutica e Marinha -, policiais civis, militar e Corpo de Bombeiros e alunos de escolas públicas e privadas.

 

DIÁRIO DE NOTÍCIAS (Portugal)


Brasil e Índia discutem cooperação bilateral à margem dos BRICS

O Presidente brasileiro discutiu hoje com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, a cooperação entre a Índia e o Mercosul, à margem da cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), segundo a presidência brasileira.

No encontro, Michel Temer lembrou que o Mercosul (grupo de livre comércio formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) está em negociações para ampliar a lista de preferências tarifárias de produtos comercializados com a Índia.

Já o primeiro-ministro indiano frisou que o Brasil é o principal destino do investimento indiano nos setores de petróleo e gás natural, atingindo os 4,7 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros).

Na reunião, os dois líderes também abordaram questões como agricultura, energia (com especial interesse no etanol), exploração espacial e a indústria aeronáutica, incluindo a produção brasileira de aeronaves da Embraer, disse o Governo brasileiro numa nota oficial.

O Acordo de Comércio Preferencial (ACP) entre o Mercosul e a Índia, assinado em janeiro de 2004 e em vigor desde junho de 2009, envolve concessões de 450 linhas tarifárias, de parte a parte, com tratamento preferencial e redução de tarifas que variam entre 10%, 20% e 100%.

O Mercosul e a Índia discutem a ampliação das atuais 450 linhas tarifárias para cerca de 2.000 novas linhas de cada parte.

 

DIÁRIO DE NOTÍCIAS (Portugal)


Governo espera primeiras três aeronaves KC-390 até ao final de 2021

"É importante para o Estado português e Forças Armadas porque representa um investimento muito significativo e que já era urgente", considerou o ministro da Defesa

ANTÓNIO JOSÉ/LUSA

O Governo e a empresa Embraer assinalaram esta segunda-feira o início das negociações para a compra de cinco aeronaves KC-390, com o objetivo de ter as primeiras três a operar em fase de adaptação até ao final de 2021.

A equipa, liderada pelo diretor-geral de Recursos do Ministério da Defesa Nacional, Alberto Coelho, terá de apresentar até 26 de outubro um "relatório detalhado" que identifique os "aspetos relevantes e necessários à introdução" do KC-390 na Força Aérea Portuguesa (FAP), com "opções para a decisão final".

O relatório deverá identificar opções de financiamento, custos associados e cronogramas "com o objetivo de se atingir a Capacidade Operacional Inicial até ao final de 2021", o que pressupõe pelo menos três aeronaves a operar em fase de adaptação, disse à Lusa fonte oficial.

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Na cerimónia, que decorreu no ministério da Defesa, em Lisboa, Alberto Coelho manifestou a intenção de "levar a bom aeroporto" um projeto iniciado em setembro de 2010, lembrando a declaração de intenções assinada nessa data entre os ministros da Defesa do Brasil e de Portugal para alargar a cooperação no setor aeronáutico.

Pegando na expressão usada pelo coordenador da equipa, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, destacou que se for levado a "bom aeroporto", o projeto representará um "investimento muito significativo" para a Força Aérea, mas não referiu qualquer estimativa ou valor previsto para a aquisição das aeronaves.

O ministro da Defesa disse, contudo, que a aquisição dos cinco ou seis KC-390, para substituir os C-130 da FAP, mais um simulador de voo, representa um "investimento pesado" do Estado português que se justifica também pelo impacto que tem na economia portuguesa.

"É importante para o Estado português e Forças Armadas porque representa um investimento muito significativo e que já era urgente. Se tudo correr bem, virá a substituir outras [aeronaves] que já teve décadas de bons e leais serviços", disse.

Por outro lado, sublinhou, numa altura em que se discute o reforço do investimento em Defesa no âmbito da NATO, a compra "terá um impacto muito relevante nas métricas utilizadas para avaliar o esforço de cada um dos membros das alianças" em que Portugal participa.

O avião de carga reforçará as capacidades de transporte, busca e salvamento, evacuações sanitárias e deverá incluir as capacidades de reabastecimento em voo e de combate a incêndios, ficando com a vertente militar e civil.

Presente na cerimónia, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Manuel Rolo, adiantou aos jornalistas que espera, no âmbito desta negociação, a aquisição de "dois kits de combate a incêndios", ou para lançar água ou para lançar "calda retardante" para instalar na aeronave quando for necessário.

Do lado da Embraer, o editor executivo da empresa, Jackson Schneider afirmou-se "muito feliz" e considerou o dia "histórico", manifestando-se convicto de que haverá "um contrato fantástico para celebrar rapidamente".

O responsável admitiu que a assinatura do primeiro contrato internacional a assinar com Portugal permitirá avançar para outras negociações contratuais no mundo.

O programa cooperativo de desenvolvimento e produção do KC-390 integra Portugal, Brasil, República Checa e Argentina.

A equipa iniciou funções em 15 de agosto e é composta por 13 elementos, dos ministérios da Defesa Nacional, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, das Finanças e da Força Aérea Portuguesa.

 

TV BRASIL (Brasília)


Raul Jungmann, ministro da Defesa: "Em cada três presidiários, um está armado", diz o ministro

Conversa com Roseann Kennedy

Nesta Conversa com Roseann Kennedy, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, fala sobre os desafios que tem pela frente em sua pasta. Da necessidade de reajuste dos salários dos militares, da defesa das fronteiras do país, da atuação das tropas brasileiras nos treze anos que integraram a missão de paz da ONU no Haiti e também do Plano Nacional de Segurança e das ações integradas entre a polícia e as Forças Armadas. Para o ministro, não há mágica no combate do crime organizado no Rio de Janeiro.

"Nós não vamos ter resultados espetaculares a curto prazo. Nós vamos fazer um trabalho duro, não há mágica. O Rio de Janeiro levou décadas para chegar a essa situação, mas eu acredito que cada vez mais vão surgir resultados melhores. E nós vamos chegar sim aos arsenais do crime organizado no Rio de Janeiro". O ministro lembra que já foram presos mais de 60 criminosos e foi desarticulada uma grande parte do roubo de cargas que chegou a cair 37% no Rio de Janeiro.

Ele ressalta que hoje, no Rio de Janeiro, aproximadamente 800 comunidades não têm direitos constitucionais porque elas estão submetidas ao crime organizado. "Então é uma situação de exceção que essas pessoas vivem. Não tem segurança, não tem liberdade, não tem muitas vezes o direito de ir e vir", resume.

Jungmann considera graves as situações de conflitos nos presídios, as quais muitas vezes resultam em violência e chacinas. E diz ser inaceitável que ainda existam presos armados dentro das próprias prisões. "Para se ter uma ideia, quando nós estávamos aí pela décima-quarta, décima-quinta varredura e a população somada dessas unidades chegava a doze mil apenados, presidiários, nós encontramos mais de quatro mil armas brancas. Isso quer dizer que em cada três presidiários, um está armado". E completa: "Em alguns estados há um acordo entre o sistema penitenciário e o crime organizado, do tipo: "Não mexe comigo, que eu não crio problemas para você".

O ministro é enfático ao defender que as penitenciárias não sejam utilizadas pelo crime como "home office" dos prisioneiros. "É preciso cortar a comunicação entre o comando do crime que está preso e os criminosos que estão nas ruas". Ele defende um maior rigor e um novo sistema de controle para combater esse tipo de crime. E questiona: "Por que não usar aquilo que existe em muitos outros países? O parlatório. Ou seja, o familiar, assim como o advogado, é separado por um vidro do criminoso e se comunica por telefone. Tudo aquilo fica gravado e, à requisição de um juiz, é possível saber o que foi conversado. Então eu quero inclusive conversar com a OAB, quero conversar com os advogados para colocar para eles esse programa".

Por fim, Raul Jungmann faz uma análise do crime no país e chama atenção para a urgência em mudar essa realidade. E relembra um caso onde o crime conseguiu interferir no direito dos cidadãos. "No ano passado, nas eleições, o governador do Maranhão, Flávio Dino, resolveu fazer cumprir a lei de execução penal, incluindo o tristemente famoso complexo de Pedrinhas. O que aconteceu? Os bandidos ali dentro mandaram uma ordem para fora, dizendo: "não vai ter eleições". E começaram a queimar escolas, que são os postos de votação. Ora, é o crime tentando impedir um direito constitucional de escolha de seus governantes, que é de fato um direito constitucional da cidadania". Para o ministro é preciso mudar esta situação enquanto é tempo. Para ele, quando o crime ganha tamanha dimensão e força, ele começa a confrontar as instituições.

Sobre o trabalho das Forças Armadas no Haiti, Jungmann fez questão de relembrar que, dos mais de 37 mil brasileiros que passaram pelo país, vinte e cinco não voltaram para casa e que dezoito deles morreram no terremoto de 2010. Disse que não se pode esquecer a memória dessas pessoas e que avalia o trabalho das tropas brasileiras como positivo. De acordo com o ministro, a maneira como os brasileiros eram tratados no país traduz um pouco desse sentimento.

"O termo que os haitianos chamam os brasileiros lá, "Bombagai", quer dizer sujeito bom, pessoa boa". E completa: "A principal arma que os brasileiros tinham levado lá não foram fuzis, não foram metralhadoras. Foram princí­pios, valores, o respeito pelas pessoas, pela cultura, pela dignidade".

Raul Jungmann também comenta os novos pedidos de envio de tropas para as missões de paz: "Nós temos hoje dez pedidos que nos chegam através da ONU, para que nós mandemos tropas. Para que a gente trabalhe para levar a paz a vários recantos do mundo. Nós estamos analisando, mas dentre esses o que tem despontado como o mais possível de uma nova missão de paz do Brasil é a República Centro Africana".

E ao comparar a situação no Haiti com a violência no Rio de Janeiro, o ministro parafraseia o poeta Carlos Drummond de Andrade e analisa: "Do mesmo engano, outro retrato" . Diz que ambas situações envolvem a busca de paz e defesa da vida.

Link da entrevista: http://tvbrasil.ebc.com.br/conversa-com-roseann-kennedy/2017/09/raul-jungmann-ministro-da-defesa