A Força Aérea Brasileira (FAB) completou 15 horas de voo desde que foi acionada para as buscas por um helicóptero que sumiu no litoral de São Paulo no último domingo (31/12). A operação para encontrar a aeronave, um helicóptero Robinson R44 Raven de matrícula PR-HDB, teve início na segunda-feira (01). 

A aeronave decolou do Aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo capital, às 13h15, com quatro pessoas a bordo (um piloto e três passageiros). O destino era Ilhabela onde os passageiros – mãe, filha e um amigo – iriam passar a virada do ano. Horas depois houve perde de contato com o helicóptero. Estavam no helicóptero Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20, filha de Luciana, e o amigo chamado Rafael, que convidou as duas para o voo. O piloto, que também era amigo de Rafael, ainda não foi identificado. A Força Aérea foi notificada do desaparecimento da aeronave às 22h30 de domingo. Na manhã de segunda-feira a FAB já estava empenhada na operação com uma aeronave SC-105 Amazonas SAR, especializada em missões de busca e resgate, operada pelo Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv), unidade com sede na Base Aérea de Campo Grande (MS). 

A aeronave opera de São José dos Campos (SJK), sob o código rádio SAR6552. Um helicóptero Águia da Polícia Militar de São Paulo também participa da operação, organizada pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO). Na última surtida, o SC-105 decolou de SJK às 07:32 desta terça-feira (02) e seguiu procurando o helicóptero até o retorno para o aeroporto às 14h48, completando mais de sete horas de voo. Segundo o Extra, as buscas pelos desaparecidos se concentram na região de serra do Litoral Norte de São Paulo, entre Caraguatatuba e Paraíbuna. Ainda na segunda-feira o SC-105 também sobrevoou a região de Natividade da Serra e São Luiz do Paraitinga, no interior paulista.

Em serviço com a FAB desde 2017, o SC-105 é uma versão do C295MP Persuader da Airbus. A aeronave, uma das mais modernas em atividade na FAB,  possui um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou SALVAERO mesmo voando à baixa altura. A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar. Ao mesmo tempo, parte da tripulação, composta por 15 militares especializados, realiza buscas a olho nu através de janelas em formato de bolha, que facilitam a visualização do terreno.