O médico Leandro Medice, que foi encontrado morto na manhã de segunda-feira (13) em um abrigo no Rio Grande do Sul durante missão humanitária para ajudar as vítimas das chuvas no estado gaúcho, foi homenageado pela Força Aérea Brasileira (FAB) na tarde desta terça-feira (14), antes de ter o corpo levado para o Espírito Santo (assista acima).

Nas imagens, é possível ver o caixão em que o corpo do médico está sendo retirado de um carro de funerária. Na ocasião, os militares fazem um corredor e prestam continência ao profissional, enquanto a marcha fúnebre é tocada.

Após o corpo ser colocado dentro da aeronave pelos militares, João Paulo Martins, esposo de Leandro Médice, e a irmã do profissional, caminham em direção ao avião também.

Por fim, o vídeo mostra ainda quando um representante da FAB pega uma bandeira do Brasil e entrega a João Paulo, dizendo: "Está em suas mãos a bandeira nacional, em homenagem ao doutor Leandro Medice, um verdadeiro herói. Nossos sentimentos".

Ao receber a bandeira, o esposo e a irmã de Medice ficam muito emocionados. João Paulo, aos prantos, agradece.

Alunos do Curso de Altos Estudos em Defesa (CAED 2024), além de representantes do corpo permanente da Escola Superior de Defesa (ESD), realizaram um Estudo Interdisciplinar de Campo na Base Aérea de Anápolis (BAAN), que é considerada a mais estratégica da Força Aérea Brasileira (FAB). A atividade ocorreu nesta quarta-feira (08/05).  

Na oportunidade, o Comandante da Base Aérea de Anápolis, Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, proferiu uma palestra explicando o papel da BAAN para a defesa do país e, ao final, comentou sobre a importância do Estudo Interdisciplinar de Campo.

“É uma honra recebermos os alunos do Curso de Altos Estudos em Defesa. Eles puderam conhecer os projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira. E aqui eles puderam entender a verdadeira missão da Base Aérea de Anápolis, atuando diretamente no Defender, Controlar e Integrar”, destacou o Coronel Vinicius.

Na ocasião, a comitiva conheceu, ainda, os Esquadrões Aéreos que operam na Organização Militar, bem como o avião multimissão KC-390 Millennium, operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus; o caça F-5M e o moderno simulador do F-39 Gripen, usado na maioria das instruções dos pilotos do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) – Esquadrão Jaguar.

Além disso, foram apresentadas as aeronaves do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião: E-99 e R-99, voltadas para tarefas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, além de Ações de Alerta e Controle em Voo.

Durante a atividade, também foi apresentado o simulador de Artilharia Antiaérea e o Alerta de Defesa Aérea (ALEDA), operados pelo Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (3º GDAAE).

Segundo Felipe Barbi Chaves, aluno do CAED e servidor da Agência Nacional de Mineração, foi importante conhecer as instalações da Base Aérea de Anápolis. “Esse Estudo é necessário para conhecermos de perto uma Unidade operacional das Forças Armadas, no caso, da FAB, pronta para fazer a defesa do espaço aéreo brasileiro”, declarou.

O Capitão de Mar-e-Guerra Alexandre Pinheiro Gadelha, aluno do CAED, também comentou sobre a importância de participar da atividade. “Pudemos perceber aqui in loco a ponta de lança da Defesa Aérea Brasileira e conhecer mais claramente alguns conceitos da interoperabilidade entre as Forças Armadas”, pontuou.

CAED

O objetivo do Curso de Altos Estudos em Defesa da ESD é desenvolver competências em matéria de Segurança, Desenvolvimento e Defesa, a partir de estudos sobre a realidade brasileira e seu entorno, priorizando os interesses da Defesa Nacional, a fim de propiciar a profissionais de direção e assessoria superior, instrumental teórico-prático útil à formulação de políticas e estratégias no campo da Defesa, em sentido amplo.  

Nesta edição, a turma do CAED é composta por 107 alunos, sendo 55 militares das Forças Armadas, três militares das Forças de Segurança Pública, 44 civis, além de cinco alunos de Nações Amigas: Angola, Argentina, Estados Unidos, Guatemala e Índia. Os alunos são provenientes de 42 instituições e órgãos da administração pública federal e dos estados. A turma possui 17 mulheres, sendo uma militar das Forças Armadas, uma das Forças de Segurança Pública e uma das Nações Amigas.

A Força Aérea Brasileira deslocou caças F-5 da Base Aérea de Canoas para Santa Maria, num esforço como parte da Operação Taquari II.

Esta operação é de resgate e auxílio para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, e tem demandado um alto uso da BACO, já que o Aeroporto Internacional de Porto Alegre continua alagado e sem possibilidade de operação num futuro próximo.

A principal unidade de Canoas é o Esquadrão Pampa (1°/14° GAV), que voa com caças F-5EM e F-5M Tiger II, que naturalmente não são utilizados nas missões da Operação Taquari II, mas ficam de alerta para defesa aérea no Sul do país.

E visando melhorar o uso da BACO, o Comando da Aeronáutica optou por transferir todos os 9 caças em operação no Pampa para a Base Aérea de Santa Maria, mais ao oeste, onde também estão sendo feitas operações de resgate, só que em menor número por ser uma região menos afetada pelas chuvas.

Foram deslocados 9 caças F-5E/FM nesta manhã, como informa a Revista Força Aérea, além de um Embraer E110 (C-95M) Bandeirante também ter sido deslocado para Santa Maria com apoio logístico e de mecânicos para manterem os Tiger na sua casa temporária.

Sem os caças na BACO, mais espaço poderá ser usado para receber aviões com donativos e hangarar os helicópteros que têm feito as missões de resgate.

Para ampliar o número de aeronaves controladas no espaço aéreo do Rio Grande do Sul, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nos dias 12 e 13/05 o transporte de um radar TPS-B34 para Canoas (RS). O equipamento estava sendo usado em Chapecó (SC) e agora está em solo gaúcho para restabelecer a operação radar na Terminal Porto Alegre, afetada pelas enchentes no RS.

Na missão, os esquadrões Aranha e Mangrulho do 1º Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) se empenharam em um trabalho complexo. Ao mesmo tempo em que o radar era desmontado em Santa Catarina, o terreno era preparado em Canoas para receber o sensor e colocá-lo em operação o mais rápido o possível. 

Segundo a Aeronáutica, o transporte do radar foi realizado com o apoio da aeronave da KC-390 Millennium, FAB 2855 do Esquadrão Zeus. Foram envolvidos na operação um total de 25 militares, além de duas carretas, um caminhão Munck, um micro-ônibus e um caminhão de pequeno porte.

A movimentação do radar visa aprimorar o fluxo de tráfego aéreo e possibilitar uma coordenação mais eficaz das aeronaves em missões de busca e resgate, além de facilitar a aproximação de aeronaves envolvidas no transporte de mantimentos e fortalecer os padrões de segurança de voo.

Fabricado pela empresa norte-americana Lockheed Martin, o TPS-B34 é um radar de defesa e controle de tráfego aéreo. A FAB possui quatro destes sensores, cada um capaz de detectar aeronaves até 460 km.

1º GCC

O 1º GCC, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) dotada de cinco Esquadrões subordinados sediados nas regiões Norte, Sul, Nordeste e Sudeste, tem a missão de gerenciar as atividades relacionadas à instalação, operação e manutenção dos sistemas de comunicações, controle e alarme aerotáticos transportáveis. Seus meios são móveis, podendo ser implantados em qualquer local do território nacional, complementando as infraestruturas existentes ou estabelecendo serviços onde não estão disponíveis.

Nesta segunda-feira, 13 de maio de 2024, a Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu o segundo lançamento aéreo de mantimentos para as áreas afetadas pelas severas enchentes no Rio Grande do Sul. A ação foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e executada pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) – Esquadrão Onça, que está temporariamente operando a partir da Base Aérea de Santa Maria (BASM).

A aeronave C-105 Amazonas foi utilizada para o transporte e lançamento de aproximadamente 2,5 toneladas de fardos de água potável e cestas básicas. A carga, embarcada inicialmente na Base Aérea de Canoas (BACO), foi cuidadosamente lançada sobre a região de São Jerônimo (RS), onde equipes do Exército Brasileiro já estavam posicionadas para coordenar a recepção e distribuição dos suprimentos.

Impacto e Declarações

“Diante de um cenário tão difícil como este, toda ajuda se converte em esperança ao povo gaúcho. E é isso que estamos fazendo aqui: lançar, suprir, resgatar. Onça!”, expressou o Tenente Aviador José Roberto Pedraza da Costa, um dos pilotos envolvidos na missão. Esta operação reflete o compromisso contínuo da FAB em apoiar as comunidades mais vulneráveis durante crises severas.

Atividades Complementares

Paralelamente, a FAB também está realizando missões de resgate utilizando helicópteros. Numa dessas missões, tripulantes de um helicóptero H-60L Black Hawk entregaram mantimentos diretamente a um casal ilhado na localidade de Agudo (RS), exemplificando a versatilidade e a abrangência das operações aéreas em resposta às necessidades emergenciais da população.

Ampliação das Frentes de Ação

Desde o início das enchentes em 30 de abril, a FAB tem desempenhado um papel crucial em várias frentes, incluindo resgates de pessoas ilhadas, atendimentos de saúde, transporte de equipes de resgate e materiais, além da coordenação de meios aéreos para otimizar a logística de ajuda. Essas ações são parte da Operação Taquari 2, que visa fornecer uma resposta rápida e eficaz às inúmeras demandas surgidas em decorrência das enchentes.