NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Portões Abertos na Base Aérea de Anápolis recebeu cerca de 60 mil visitantes nesta edição de 2024


Murilo Basseto | Publicada em 19/09/2024 00:01

A Base Aérea de Anápolis (BAAN) realizou, no dia 8 de setembro, o tradicional Portões Abertos, evento muito esperado pela cidade de Anápolis, em Goiás, e região. Nesta edição, o evento recebeu um público estimado em cerca de 60 mil pessoas.

O Portões Abertos 2024 contou com exposição estática de aeronaves operadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Marinha do Brasil (MB), além de aeronaves civis, sobrevoos dos modernos caças F-39 Gripen e lançamentos de paraquedistas do Exército Brasileiro (EB) pelo KC-390 Millennium. Esta última também permaneceu aberta ao público para visitação, encantando as pessoas que puderam conhecer de perto o compartimento de carga do avião, além de seus tripulantes.

O público pôde conhecer ainda diversos equipamentos militares, carros antigos, assistir demonstrações de aeromodelismo e participar de uma simulação de voo em realidade virtual. O evento contou ainda com apresentações do Pelotão “Cães de Guerra” e da Banda de Música da BAAN, que em desfile emocionou a multidão, conquistando aplausos e proporcionando um belo espetáculo musical.

Neste ano, a estrutura de apoio foi montada nos Hangares para abrigar exposições de empresas locais, mostras de plastimodelismo, artesanato regional, venda de souvenires, além de duas praças de alimentação e um “espaço kids”. A diversão das crianças foi garantida pelo animado “Trenzinho da Alegria” e pela presença de alguns dos personagens da Marvel e DC, durante todo o evento. Em um gesto de compromisso com a comunidade local, os visitantes que doaram alimentos não perecíveis, destinados a instituições sociais de Anápolis, participaram de sorteios de brindes.

Como ponto alto do evento, a Esquadrilha da Fumaça realizou uma apresentação, despertando muita alegria e emoção no público presente. “Para nós é sempre gratificante representar a Força Aérea Brasileira nos Portões Abertos da BAAN, para toda a população civil e militar presente. Interagir com o público é sempre o ápice de nossas apresentações; ver no rosto das crianças a alegria e disseminar um pouco a aviação é uma das nossas atribuições, assim como trazer o sentimento de patriotismo para o brasileiro, levando a bandeira do Brasil na cauda dos aviões”, comentou o Comandante da Esquadrilha da Fumaça, Tenente-Coronel Aviador Juliano Augusto Sousa Nunes.

Por fim, o Comandante da BAAN, Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, encerrou o evento com palavras de agradecimento: “É uma grande honra para nós abrirmos os portões da Base Aérea de Anápolis, permitindo que o público conheça de perto o nosso trabalho, nossas aeronaves e tenha a oportunidade de se aproximar da Força Aérea. Este evento foi pensado e dedicado às famílias que nos visitaram e é extremamente gratificante ver o sorriso no rosto dessas crianças. Estaremos sempre comprometidos em manter viva essa tradição e em fortalecer cada vez mais os laços da Base Aérea com a comunidade de Anápolis e região”.

Informações da BAAN

Instituto Tecnológico de Aeronáutica recebeu visita de comitiva da Associação Brasileira das Empresas Aéreas


Murilo Basseto | Publicada em 19/09/2024 00:01

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) informa que recebeu, no dia 5 de setembro, a visita institucional da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), representada por uma comitiva que teve a oportunidade de conhecer de perto algumas das atividades que são desenvolvidas com foco em ensino, pesquisa e inovação.

O objetivo do encontro foi aproximar as duas instituições, promovendo maior sinergia e a possibilidade de construção de projetos colaborativos.

Participaram da visitação a presidente da ABEAR, Jurema Camargo Monteiro, o Diretor de Segurança e Operações de Voo, Coronel Aviador da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) Raul de Souza, e o Consultor Ruy Amparo, que também é Engenheiro Aeronáutico formado no ITA na turma de 1982.

A equipe foi recepcionada pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, o Reitor do ITA, Professor Doutor Antonio Guilherme de Arruda Lorenzi, a Vice-Reitora, Professora Doutora Emilia Villani, o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Professor Doutor André Valdetaro Gomes Cavalieri, e a Chefe da Divisão de Engenharia Civil-Aeronáutica, Professora Doutora Giovanna Miceli Ronzani Borille.

Durante a visita, o grupo conheceu o Laboratório de Estruturas Aeroespaciais da Divisão de Engenharia Aeronáutica. Este espaço, um dos primeiros prédios construídos no ITA, ainda na década de 1950, tem como foco o planejamento e execução de ensaios estáticos e dinâmicos em estruturas e materiais, ensaios de fadiga e propagação de trincas, análise experimental de tensões e deformações, entre outras atividades. Também foi realizada uma reunião envolvendo a Divisão de Engenharia Civil-Aeronáutica, para tratativas de projetos de interesse mútuo.

O Reitor do ITA, Professor Doutor Guilherme Lorenzi, afirmou que o encontro foi uma oportunidade para “apresentar algumas das atividades realizadas no Instituto, em especial as que se baseiam no modelo de gestão da Tríplice Hélice, envolvendo o governo, a academia e a indústria”.

Ele também reforçou a missão do ITA, que há 74 anos foi criado pelo Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho com o objetivo de fomentar uma forte indústria aeronáutica nacional, pautada pelo ensino, pesquisa e inovação. “Cada vez que temos a oportunidade de reafirmar esse propósito junto a representantes da sociedade, é uma vitória coletiva”, comentou.

A Presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, também comemorou o encontro, ressaltando que a “associação, fundada há 12 anos, trabalha para o desenvolvimento do setor aéreo”.

“Estar próximo de um Instituto como o ITA, com sua tradição, cria pontes e sinergias para o nosso trabalho conjunto. Foi a primeira vez que estive no Instituto e me sinto orgulhosa, como brasileira, por tudo o que eu vi, pelas atividades que são desenvolvidas e pela possibilidade de uma parceria institucional que pode expandir em áreas comuns para o crescimento do transporte aéreo no Brasil”, concluiu.

Informações do ITA

DTCEA-TS garante funcionamento dos equipamentos de navegação aérea com painéis solares em Tiriós (PA)


Juliano Gianotto | Publicada em 19/09/2024 00:01

Com o objetivo de garantir a operacionalidade dos equipamentos de navegação aérea com menor custo operacional, esforço logístico e impacto ambiental, a Força Aérea Brasileira (FAB) apostou no projeto de geração de energia sustentável, considerado uma iniciativa pioneira no Brasil.

O uso de painéis fotovoltaicos, que convertem a luz do sol em energia elétrica, se tornou a melhor alternativa para Tiriós, localizado no estado do Pará, na fronteira com o Suriname. A difícil localização geográfica e a ausência de energia elétrica comercial são algumas características da região, e o único meio de acesso é o aéreo

Em atividade desde 2015, a estação híbrida instalada no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Tiriós (DTCEA-TS) integra painéis fotovoltaicos a grupos geradores a diesel. A unidade é subordinada ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV).

Os painéis solares produzem até 268 Kilowatts de potência e são capazes de abastecer, de forma autônoma, o DTCEA-TS por até dez horas diárias. O sistema de absorção de energia solar é composto por 1.072 placas fotovoltaicas e cinco bancos de 24 baterias estacionárias ventiladas, que alimentam a carga da estação com vida útil estimada em 20 anos. Desde o seu funcionamento, o projeto possibilitou a economia de 45% nos custos de geração de energia para a manutenção da Unidade.

A usina de energia fotovoltaica de Tiriós não está ligada a nenhuma concessionária de energia comercial, sendo autônoma. Durante os anos de utilização dessas usinas, ao comparar com a energia gerada por motores a diesel, foi possível perceber melhor qualidade da energia elétrica, com menor incidência de inoperâncias, contribuindo para a alta disponibilidade dos sistemas de navegação aérea instalados na Amazônia.

A importância da Organização também está ligada ao desenvolvimento e à integração da região. Com o objetivo de encurtar as distâncias e economizar os custos, foram instalados equipamentos de monitoramento remoto que permitem supervisão e comando a distância e em tempo real, para que técnicos do CINDACTA IV realizem procedimentos de manutenções preventiva e corretiva sem a necessidade de estarem presencialmente na estação de Tiriós.

Quando a tecnologia trabalha em prol da sustentabilidade, os resultados são sempre positivos. Os Painéis Solares garantem o funcionamento dos equipamentos de navegação aérea, contribuindo para o controle e a defesa do espaço aéreo nas fronteiras com as Guianas e com o Suriname.

PORTAL DEFESANET


FAB participa do XLVIII Comitê do SICOFAA

Evento foi realizado no Panamá entre os dias 10 e 12/09

Ricardo Fan | Publicada em 19/09/2024 00:01

A Força Aérea Brasileira participou do XLVIII Comitê do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) e da Inicial Planning Conference (IPC) do Exercício COOPERATION X, realizada na Cidade do Panamá, capital do Panamá, entre 10 e 12/09. Esse evento foi um marco essencial para o planejamento conjunto de operações de resposta a emergências com foco no treinamento de combate a incêndios.

O Exercício está programado para março de 2026 e ocorrerá no Brasil, na cidade de Campo Grande (MS), e destacará a cooperação entre as Forças Aéreas americanas em situações de desastres.

Durante a Conferência, foram definidos os aspectos operacionais e logísticos do COOPERATION X, que contará com operações simuladas de combate a incêndios utilizando a aeronave KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB), equipada com o Sistema Modular Aerotransportado de Combate a Incêndios (MAFFS 2, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System), capaz de lançar grandes volumes de água e retardantes de fogo. Neste cenário, assim como em muitos outros, o KC-390 tem tido um papel crucial, reforçando a capacidade de resposta eficiente em cenários de desastres naturais.

A proposta do Exercício foi apresentada pelo representante do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) no evento, Major Aviador Diego Almeida Teixeira de Souza, com base em lições aprendidas de missões reais.

O Major Teixeira possui vasta experiência no combate a desastres naturais, tendo sido um dos coordenadores de operações aéreas no rompimento da barragem em Brumadinho (MG), nas enchentes em Porto Alegre (RS) e nos incêndios no Pantanal sul-mato-grossense.

“O Exercício COOPERATION é de suma importância para aprimorar nossa capacidade de resposta em cenários de desastres naturais. A cooperação entre as Forças Aéreas americanas permite não só o intercâmbio de experiências, mas também a padronização de procedimentos operacionais, tornando as operações mais ágeis e eficazes“, disse.

COMAE, um precursor da Inteligência Artificial (IA) na FAB

A aplicação dessa tecnologia permite análises preditivas e simulações que tornam as operações mais ágeis e eficientes

Ricardo Fan | Publicada em 19/09/2024 00:01

A Força Aérea Brasileira (FAB) sempre esteve na vanguarda da inovação tecnológica, e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é um exemplo dessa postura visionária. Além de ser o comando de emprego operacional da FAB, o COMAE é também o órgão central do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA). Nesse contexto, a introdução da Inteligência Artificial (IA) nas suas operações, em 2024, representa um marco histórico no avanço da capacidade de tomada de decisões nos níveis estratégico, operacional e tático.

Atualmente, o Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA), do COMAE, responsável diretamente por planejar e conduzir as operações aeroespaciais na FAB, desponta como pioneiro na implementação de IA em suas atividades diárias. A adoção da tecnologia tem como objetivo aprimorar os processos internos do órgão, tanto nas atividades operacionais quanto nas de suporte administrativo, facilitando a análise, a reorientação das diretrizes correntes e a gestão de riscos. Essa inovação tecnológica não apenas otimiza a capacidade de resposta rápida e eficiente da FAB, mas eleva o nível de eficiência e de economia de recursos humanos e materiais nas diversas operações militares em curso.

A aplicação de IA no CCOA visa explorar todo o potencial de técnicas avançadas, como a Inteligência Generativa e o Machine Learning (ML), para aprimorar o planejamento e a execução das operações aeroespaciais. Estas ferramentas permitem análises preditivas e simulações que tornam as operações mais ágeis e eficientes, destacando-se em áreas como o planejamento de missões e a alocação de recursos.

Entre as aplicações específicas, podemos citar o uso da IA para otimizar os processos de Comando e Controle (C2) em missões críticas. Um exemplo está no suporte ao gerenciamento da atividade aérea propriamente dita, no qual algoritmos de aprendizado de máquina vão auxiliar no planejamento da distribuição de missões aéreas, bem como na alocação de aeronaves, garantindo uma maximização dos recursos disponíveis.

No que diz respeito às operações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), a IA tem um papel central. Sensores avançados integrados com sistemas de IA ajudam a processar grandes volumes de dados capturados durante missões, identificando padrões e anomalias que podem ser críticas para a segurança nacional. “A preocupação de manter a constante proteção do nosso banco de dados é prioritária tanto pela integridade, quanto em razão do controle necessário para o aprendizado da ferramenta e para a geração de novas informações”, destacou o Vice-Chefe do CCOA, Coronel Aviador Leonardo Venancio Mangrich. Ele ainda completou, sobre as preocupações acerca da legitimidade das inovações, “Há de se preservar a transparência em todo o processo, uma vez que os outputs criados devem ser oportunos, confiáveis e passíveis de verificação humana, a qualquer momento, e sempre à luz dos valores éticos e morais que regem a nossa Força”.

A integração da IA às operações do CCOA não se limitará a otimizar processos existentes; ela também abrirá caminho para inovações futuras. Uma dessas inovações será o desenvolvimento de sistemas autônomos de apoio à decisão, que poderão, por exemplo, realizar simulações em tempo real de diferentes cenários operacionais, fornecendo aos comandantes informações detalhadas e opções de ação baseadas em dados. Isso contribuirá diretamente para tomadas de decisões mais rápidas e assertivas.

Além disso, sistemas de IA poderão ser utilizados na manutenção preditiva de equipamentos essenciais para o funcionamento dos Sistemas de Comando e Controle (C2). Algoritmos analisarão os dados de sensores em aeronaves e sistemas terrestres, identificando padrões que indiquem falhas potenciais. Isso permitirá que as equipes realizem manutenções de forma preventiva, evitando paradas não planejadas e aumentando a prontidão operacional.

De acordo com o Chefe da Divisão de Operações Correntes do CCOA, Coronel Aviador Murilo Grassi Salvatti, um dos processos mais críticos e sensíveis no planejamento e emprego do poder militar aeroespacial está relacionado à seleção de armamento e ao dimensionamento da força. Isso envolve a utilização de sistemas de armas com a máxima eficiência e o menor custo possível. “A Inteligência Artificial (IA) poderá apontar o melhor caminho nesse planejamento, permitindo uma otimização de recursos e a economia de meios, ao mesmo tempo em que garante uma maior eficácia nas operações”, enfatizou o Oficial.

Dessa forma, a FAB não apenas ampliará as suas capacidades de pronta-resposta, mas manterá a égide necessária para o cumprimento da sua missão.

O caminho da inovação tecnológica deverá ser trilhado com atenção às boas práticas de segurança e ética. Ao manter-se a integridade dos dados e assegurar que a IA opere dentro de um padrão virtuoso, a FAB demonstra que está pronta para enfrentar os desafios do futuro, mantendo-se na vanguarda da segurança e da eficiência operacional. O COMAE, ao adotar a IA e as tecnologias de Machine Learning (ML), escreve um novo capítulo na história da defesa nacional. Essa inovação digital mostra o compromisso da FAB em se adaptar à vanguarda tecnológica a fim de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria.