NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL CAVOK


FAB envia KC-390 para Exercício Cooperación VII na Colômbia


Fernando Valduga | Publicada em 29/08/2021 11:14

A Força Aérea Brasileira (FAB) participará do Exercício Cooperación VII em conjunto com as Forças Aéreas que compõem o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas, e enviou um KC-390 para o exercício.

A aeronave KC-390 Millennium da FAB fez uma escala na Base Aérea de Boa Vista no dia 28 de agosto, onde foi fotografado antes de decolar para a Colômbia.

O exercício ocorre na cidade de Rionegro, região de Antioquia, onde opera o CACOM-5 (Comando Aéreo de Combate nº 5) da Força Aérea Colombiana.

As Forças envolvidas treinarão suas capacidades operacionais e logísticas, padronizarão procedimentos, equalizarão conhecimentos doutrinários, maximizando o apoio prestado aos países necessitados de ajuda humanitária.

As diferentes nações participam no âmbito do SICOFAA (Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas) que visa melhorar os protocolos e procedimentos entre os membros em situações de desastres naturais, resgate de pessoal ou outras atividades, promover uma melhor organização no planejamento das atividades em diferentes emergências.

As atividades acontecerão de 30 de agosto a 10 de setembro.

DEFESA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


Militares treinam Atendimento Pré-Hospitalar Tático em cenário de guerra


Agência Força Aérea | Publicada em 29/08/2021 15:49

O terreno está ocupado por insurgentes armados. E um dos combatentes, vítima de emboscada do inimigo, necessita de apoio médico. O cenário simulado e desafiador para os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) integra o curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APHT), no âmbito do Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2021, realizado na Base Aérea de Campo Grande (MS).

Mais de 50 militares Operadores de Busca e Salvamento são treinados na prática para atuarem em resgates de vítimas, em diferentes níveis de complexidade e ameaças, em áreas de conflito. As equipes são avaliadas em situações de fogo ativo simulado; nos cuidados médicos no Campo Tático; e nas práticas de CASEVAC (da sigla, em inglês, para Casualty Evacuation), que consiste na evacuação de uma vítima do local da lesão para uma instalação médica mais próxima.

Na simulação – onde há a presença de possíveis forças paramilitares, em situação similar às missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) – é feita a recuperação de combatentes não treinados em Busca e Salvamento em Combate (CSAR, do inglês Combat Search and Rescue). Ou seja, militares que necessitam de apoio médico, por meio do modal aéreo, em áreas de predomínio das forças aliadas com a presença de inimigos armados.

O Coordenador do APHT na EXCON Tápio 2021 e Chefe da Subseção de Saúde Operacional do Grupo de Saúde da Base Aérea de Campo Grande, Major Médico Mauro Pascale de Camargo Leite, explica que a atividade é mais uma das técnicas, táticas e práticas que são empregadas em Ações de Força Aérea, como as Ações Diretas, as Evacuações Aeromédicas e Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search and Rescue). “O treinamento tem esse objetivo: capacitar os operadores em técnicas e práticas no campo tático em condições de ameaça”, completa.

Atendimento e evacuação

Na pista de avaliação prática do curso, os militares são divididos em equipes com três componentes, que devem cumprir três etapas. No início do circuito, eles progridem no terreno em direção ao helicóptero que foi abatido pelos inimigos. A área está sob fogo dos insurgentes e os primeiros cuidados devem ser feitos empregando disparos de fogo de cobertura. O time tático estabelece quais serão suas ações em campo.

A vítima, representada por um boneco de aproximadamente 80 kg, é levada para um segundo ambiente, passando por cuidados no campo tático. Na chamada zona morna, os combatentes reavaliam o ferido e seu quadro de gravidade. Os alunos do curso de APHT podem encontrar até 12 casos clínicos diferentes. “Nesse momento, as habilidades desenvolvidas na fase indoor do treinamento são avaliadas no sentido de consolidar conhecimentos individuais de modo coletivo”, acrescenta o Major Pascale.

Na última fase do treinamento, há a evacuação do ferido do local. A vítima, então, é conduzida até o helicóptero que fará o transporte. Na aeronave, o paciente pode ser avaliado quanto à saturação, pressão arterial e traçado cardíaco, com a utilização de quadros que simulam um monitor multiparamétrico, equipamento que faz a leitura dos sinais vitais.

“Nosso objetivo é proporcionar uma situação de estresse para que o militar consiga fazer os procedimentos que treinou nas oficinas e estabelecer tarefas que chegam o mais próximo daquilo que ele vai encontrar estando em combate”, reitera um dos responsáveis pela pista de avaliação prática do curso de APHT, Tenente Aviador Lucio Mauro Campos Silva Junior.

Para terem melhor consciência do cenário em caso de acionamento real, após as avaliações no terreno de conflito simulado, os participantes do curso também passaram por treinamento em voos reais nas aeronaves H-36 Caracal e H-60 Black Hawk.

Resultados e certificação

A Subdiretora de Saúde Operacional da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, lembra que a atuação da saúde no exercício tem se dado sob duas linhas de ação: a primeira, por meio do apoio, com a assistência direta aos participantes e, a segunda, na capacitação dos homens de resgate, como no APH Tático. “Como lições aprendidas, o adestramento, dentro da nossa trilha de capacitação, irá gerar a pronta-resposta, a capacidade de atuar assim que a demanda se apresentar e de atuar conjuntamente. Esse vai ser o nosso legado”, pontua.

A Diretora do Instituto de Medicina Aeroespacial, Coronel Médica Maria Mônica de Vasconcelos Queiroga, explica que a Organização Militar acompanhou o planejamento e a execução do curso para que ele seja certificado e replicado na FAB. “Toda essa interação entre Unidades do Comando de Preparo e da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, transmitindo conhecimento e verificando o que podemos melhorar, é uma experiência bastante enriquecedora”, finaliza.

Os procedimentos do curso de APHT seguem o que está preconizado pela Portaria Normativa Nº 16, de 12 de abril de 2018, do Ministério da Defesa (MD). O documento aprova a Diretriz de Atendimento Pré-Hospitalar Tático do Ministério da Defesa (MD) para regular a atuação das classes profissionais, a capacitação, os procedimentos envolvidos e as situações previstas para a atividade.

EXCON Tápio 2021

A primeira fase do EXCON Tápio ocorreu de 10 a 13 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Novo Progresso (PA), na região conhecida como Serra do Cachimbo. Já a segunda fase é realizada na capital sul-mato-grossense. As atividades operacionais ocorrem até o dia 3 de setembro e simulam um cenário de guerra.

A FAB emprega no Exercício cerca de 30 aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de quase 900 militares. São treinadas Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para a ordem e a paz mundial e compromissos internacionais; garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial; e provendo ajuda humanitária.

Assista ao vídeo sobre o curso de APH Tático

REVISTA ASAS


REVO: Aviões de busca e salvamento da FAB vão dobrar o tempo de voo


Humberto Leite | Publicada em 29/08/2021 18:07

Já capazes de realizar missões de busca e salvamento com até oito horas de duração, os três aviões SC-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira especializados nesta tarefa devem duplicar o tempo máximo de voo. Isso porque há o planejamento para em 2022 acontecerem os primeiros testes para reabastecimento em voo (REVO). Se tudo der certo, em 2023 os SC-105 poderão receber combustível em voo durante missões reais.

Sediadas em Campo Grande (MS), as três aeronaves são do Esquadrão Pelicano, criado em 1957 para atuar nessa missão. Até 2009, a unidade contava apenas com os aviões SC-95 Bandeirante, de baixa autonomia. Em 2009, chegou o primeiro SC-105 Amazonas e em 2017, 2019 e 2020 foram recebidas as aeronave com configuração específica para busca e salvamento, o que inclui a possibilidade de reabastecimento em voo e buscas noturnas.

Fabricados pela Airbus, os aviões já foram certificados para receber combustível dos aviões KC-130J Hércules. O Brasil tem uma versão semelhante, porém mais antiga: o KC-130H. A ideia, porém, é certificar os SC-105 para receberem combustível dos KC-390, que no Brasil já entraram em serviço para substituir a frota de C-130/KC-130.

Resgate à noite com auxílio de uma fogueira

Até 2017, as missões de busca e salvamento só ocorriam de dia. Os aviões decolavam com observadores capacitados para tentar localizar destroços utilizando um único instrumento: binóculos. A chegada dos novos SC-105 modificou essa realidade.

O maior exemplo aconteceu na madrugada de 7 para 8 setembro de 2020. Um helicóptero Robinson R-44 decolou de Jacareacanga (PA) e, após uma pane elétrica, pousou em um banco de areia próximo ao Rio Tapajós. Sem comunicação, os quatro ocupantes decidiram fazer uma fogueira para passar a noite.

O resultado é que mal precisaram ver o sol nascer: em voo direto saindo de Campo Grande, o SC-105 fez uma primeira busca na área, e às três horas da manhã o sensor eletro-ótico identificou a fogueira com clareza. Às 5h56, um helicóptero H-60 Blackhawk decolou de Manaus para realizar o resgate.

“Em alguns aspectos, a busca noturna é até mais efetiva”, conta o Comandante do Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Leonardo Machado. “Qualquer coisa de luz e valor é mais detectável à noite”, explica.

Busca inteligente

Hoje, o esquadrão já está totalmente operacional com a busca pelo sensor ótico, que inclui um imageador infravermelho, uma câmera de alta resolução e um telêmetro, capaz de calcular distâncias com precisão ou servir para “apontar” um local de interesse para tropas que utilizem óculos de visão noturna (NVG). Também já foi consolidada a doutrina para busca com o uso do radar em áreas marítimas e avançam os estudos para as buscas terrestres com o modo de “Radar de Abertura Sintética”, que faz um mapeamento de uma região em alta resolução, sendo possível identificar destroços mesmo à noite ou em meio a nuvens.

Criado originalmente para voar com até 73 ocupantes a bordo, a tripulação mínima de um SC-105 Amazonas de busca é de oito militares: dois pilotos, um mecânico, três operadores de sistemas e quatro observadores. Porém, para missões de longo alcance embarcam até 22 pessoas. No caso dos observadores, por exemplo, eles se mantém com o olhar fixo por períodos de 30 minutos. Macas, poltronas extras, um banheiro e uma pequena cozinha de bordo ajudarão a cumprir as jornadas que poderão chegar a 16 horas ininterruptas.

22 milhões de km²

O Brasil é responsável por uma ampla área de busca e salvamento sobre o Oceano Atlântico. Ao todo, são mais de 22 milhões de quilômetros quadrados, sendo 8,5 milhões de km² de território continental, 3,5 milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva no Oceano e 10 milhões de km² de águas internacionais. A adoção do radar de bordo já representou uma evolução na capacidade de busca marítima, mas o Esquadrão Pelicano precisa ampliar seu potencial com o reabastecimento em voo.

De acordo com o Tenente-Coronel Machado, hoje a capacidade de busca e salvamento da unidade aérea é plena sobre o continente, mas limitada no Oceano. A possibilidade de reabastecer em voo permitirá atuar nos limites dessa área: hoje os SC-105 até são capazes de chegar lá, mas não têm autonomia para realizarem a busca, sendo obrigados a voltarem imediatamente. O trabalho naquela região é essencialmente realizado pelos P-3AM Orion e pelos C-130 Hércules. Os KC-390 também foram projetados para auxiliar na atividade de busca com longo alcance.

OUTRAS MÍDIAS


SPOTTERS BRASIL - EXCON Tápio 2021

A Força Aérea Brasileira conduz no período de 10 de agosto a 3 de setembro, o Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2021.

André Freitas | Publicada em 29/08/2021

Dividido em duas fases, tendo sido a primeira conduzida no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, na Serra do Cachimbo (PA), entre os dias 10 e 13 de agosto e a segunda fase, a partir da Base Aérea de Campo Grande durante os dias 16 de agosto a 03 de setembro, o Exercício visa capacitar Ações de Força Aérea para uma possível participação da FAB em missões de paz da ONU.

Durante a EXCON Tápio, militares e vetores operam num cenário de guerra não convencional, no qual o combate ocorre contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre países e suas forças militares.

Contando com a participação de 30 aeronaves e 16 unidades aéreas e de infantaria da Força Aérea, o Exercício, coordenado pelo Comando de Preparo (COMPREP) da FAB, recebeu nesta quarta edição a designação de Exercício Conjunto (EXCON) em razão da participação de militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro nas ações conduzidas.
Nas palavras do Diretor do Exercício e Comandante da BACG, Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, a mudança visa demonstrar a importância da interoperabilidade para a área de Defesa do País, uma vez que “Com o EXCON Tápio, mostramos a capacidade de operar de maneira integrada, coordenada e harmônica e que essa característica é necessária para que em uma situação de conflito, as Forças tenham o domínio dos seus ambientes de interesse e impeçam que o inimigo faça o mesmo”.

Biossegurança

Assim como realizado na edição de 2020, no curso da EXCON Tápio foi implementado um plano de biossegurança para prevenção de contaminação por COVID-19. Dentre as principais ações, foi estabelecido o uso de máscaras, manutenção de distanciamento social e uso de álcool gel. Foram conduzidos ainda testes para detecção do novo coronavírus antes e durante como medida adicional de controle para aqueles militares que porventura não estivessem vacinados.
Em complemento a tais ações preventivas, foi estabelecido um protocolo para controle e quarentena daqueles militares que eventualmente apresentassem sintomas sugestivos de COVID-19, evitando-se desta forma a propagação da doença.

Adicionalmente, foi estabelecido pela Comissão de Vigilância em Saúde do EXCON Tápio 2021 um sistema rigoroso de controle dos locais de hospedagem e das dependências da BACG, por meio de QRCode. Tal medida além de permitir um rigoroso controle da circulação dos militares e visitantes, possibilita, em casos de suspeita de contágio, o rastreamento dos locais e horários por onde ocorreu a circulação da pessoa sob quarentena, permitindo delimitar e restringir o eventual contágio pela COVID-19.

Operações Aéreas

Durante o Exercício são conduzidas ações em variadas horas do dia e da noite, com o emprego das aeronaves de ataque A-29 e A-1M em operações de Apoio Aéreo Aproximado, Escolta CSAR e Controle Aéreo Avançado. Em tais missões as aeronaves podem atuar neutralizando as ações de uma força opositora, na proteção das unidades de resgate ou ainda na coordenação do ataque que será realizado.

Aos helicópteros H-36 Caracal e H-60 Black Hawk compete o resgate dos combatentes em território hostil, atuando devidamente coordenados com as aeronaves de ataque empregadas e com as informações disponibilizadas pelas aeronaves E-99 e R-99 em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

Além das informações de inteligência coletadas pelos meios deslocados para a Base Aérea de Campo Grande, o Exercício conta ainda com imagens de satélite disponibilizadas por meio de um link direto com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) situado em Brasília-DF.

As aeronaves SC-105 Amazonas são intensamente empregadas no lançamento de militares das unidades especiais da Marinha (GRUMEC e COMANF), Exército (COpEsp) e da FAB (EAS – ParaSar) no cumprimento de missões de Guia Aéreo Avançado, Infiltração por Salto Livre Operacional, Exfiltração em ambiente hostil e Ação Direta de combate.

Além dos meios aéreos da Força Aérea, esta edição contou com a participação de duas aeronaves HH-60 Pave Hawk da 106th Rescue Wing da Força Aérea Americana que foram deslocadas para a Base Aérea de Campo Grande em aeronaves C-17, integrando ações de resgate em conjunto com unidades brasileiras.

Simulação Tática de Resgate em Combate

No Midia Day, o Spotters Brasil teve a oportunidade de acompanhar uma demonstração de resgate tático sob força oponente em que foram demonstradas técnicas de progressão, confronto, extração de tripulante e prestação de primeiros socorros para deslocamento seguro por helicóptero até a área de segurança.

Tal ação foi conduzida em área específica situada dentro da Base Aérea de Campo Grande onde são conduzidas ações permanentes de aprimoramento e avaliação das equipes da Força Aérea em tais técnicas, contando com amplo apoio de equipes médicas da FAB, na avaliação e capacitação das competências táticas das equipes de resgate de combate.