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Biografia conta detalhes da trajetória do Marechal do Ar Eduardo Gomes

Publicada em: 23/01/2012 14:44
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Fonte: Agência Força Aérea

O Coronel do Exército Joaquim Gonçalves Vilarinho Neto lembra perfeitamente quando a carta do Brigadeiro do Ar Eduardo Gomes chegou a sua casa, no interior do Piauí. O então adolescente tinha enviado uma carta ao Ministro da Aeronáutica perguntando sobre a vida militar. A resposta foi a decisão para uma vida toda. Na sala do casebre, que tinha como destaque um pôster dos 18 do Forte, Vilarinho entendeu a mensagem principal escrita a mão: “estude bastante e obedeça a seus país”. Esta história e muitas outras podem ser vistas na biografia “Brigadeiro Eduardo Gomes, a Trajetória de um Heroi”, do jornalista e escritor Cosme Degenar Drumond. O lançamento do livro foi realizado (20/01) no Clube da Aeronáutica, em Brasília.

A ideia de um Brasil livre e desenvolvido permeou a carreira do patrono da Força Aérea Brasileira (FAB). O Brigadeiro Eduardo Gomes foi um dos fundadores do Correio Aéreo Nacional (CAN), que uniu o país pelas asas da FAB. Não só o Coronel Vilarinho, mas também toda uma geração de brasileiros admirava o militar desde os 18 do Forte, em 1922. Excluído das fileiras militares no evento em que enfrentou o exército do presidente Epitácio Pessoa, ele retornou a vida militar anos depois e participou de outros levantes famosos da história brasileira, como o de 1924, quando a cidade de São Paulo foi ocupada, e as Revoluções de 1930 e de 1932. O Brigadeiro Eduardo Gomes foi duas vezes Ministro da Aeronáutica e candidato à Presidência da República.


De acordo com Degenar, o militar mantinha uma postura impecável e uma vida austera. O Brigadeiro era católico fervoroso - ia a missa todos os domingos -, e dividia a metade do salário com os pobres de Petrópolis, cidade onde nasceu.

“Eu trabalhei na equipe que fundou o Museu Aeroespacial, mas só conheci o Brigadeiro Eduardo Gomes em 1975. Quatro anos depois, eu fui a casa dele para levar a Medalha São Silvestre, que ele recebeu do papa. Ele foi o único militar latino-americano condecorado pelo Vaticano”, conta o escritor.

O Brigadeiro falava pouco e não dava entrevistas. As histórias do livro foram compiladas de jornais, de revistas, de arquivos da época e de depoimentos de pessoas que conviveram com o patrono da FAB. Um dos episódios mais conhecidos é o da criação do docinho brigadeiro, presente nas festas de crianças até hoje. O doce foi criado na primeira candidatura do militar para presidente por admiradoras, e servia para angariar fundos para a campanha durante os comícios. Na campanha, também foi criado o slogan “vote no brigadeiro, além de bonito é solteiro”.

Mesmo com a beleza conhecida e o porte atlético, o Brigadeiro Eduardo Gomes se manteve solteiro a vida inteira. Segundo Degenar, ele teve uma namorada séria em 1922, que até foi vê-lo no Forte de Copacabana. Depois, teve alguns namoros breves. Mas não via problema em se divertir sozinho, quando assistia aos clássicos do futebol no Maracanã no meio da multidão.

“Ele dizia que não queria deixar uma viúva jovem. Por isso, se manteve solteiro e morava com a mãe, D. Jenny”, explicou Degenar.

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