VOO DA VIDA

Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo realiza transporte do 100º órgão no ano de 2022

Esquadrão Guará atinge marca recorde de transporte de órgãos. Nos anos anteriores, 2020 e 2021, foram 96 e 81 unidades transportadas, respectivamente
Publicada em: 01/12/2022 18:23
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos
Edição: Agência Força Aérea

Um voo que salva vidas! Atentos 24 horas por dia, durante 365 dias do ano! Assim pode-se definir a atuação do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) - Esquadrão Guará. E, no dia 24 de novembro, uma marca – repleta de emoção e orgulho – foi atingida: o Esquadrão Guará realizou o transporte do 100º órgão, no ano de 2022.

A missão teve início às 23h22 (horário de Brasília), quando o Oficial de Comando e Controle da Base Aérea de Brasília (BABR) acionou uma tripulação de sobreaviso do 6º ETA para realizar o transporte de um fígado, no trecho Porto Velho (RO) a Brasília (DF). A partir desse momento, começou uma corrida contra o relógio, e pouco tempo depois, a aeronave VC-97 FAB 2004 decolou com o único objetivo de salvar mais uma vida.

A primeira parte dessa missão consistiu em transportar, a partir de Brasília (DF), a equipe médica responsável pela captação do órgão. Terminados os procedimentos e com o fígado já em condições de ser transportado, a tripulação decolou de volta para a Capital Federal, onde o receptor já era preparado para o transplante, que foi realizado pelos próprios médicos que estavam a bordo.

Segundo o Comandante da aeronave envolvida na missão, Tenente Aviador Murilo Foscaches, o voo da vida não é uma exclusividade do 6º ETA, mas orgulha-se sobremaneira por pertencer a um Esquadrão que está na vanguarda de missões importantes para a população brasileira.

“Um número cheio de simbolismos: é o primeiro Esquadrão a atingir os três dígitos em um ano, um recorde que ainda pode ser quebrado. Muitas horas voadas na madrugada. Mas a sua maior importância são os 100 recebedores e suas famílias que, de alguma forma, tiveram suas vidas transformadas”, relata.

Para o Comandante do 6º ETA, Tenente-Coronel Aviador André Maia, o tempo de resposta dos constantes acionamentos atesta a prontidão da Unidade Aérea. “Nossos tripulantes sabem que cada minuto pode fazer a diferença no sucesso do transplante. Para quem está na fila de espera, aguardando um doador, a decolagem de um Guará é a certeza de dias melhores após o pouso. É o voo da vida nas asas da Força Aérea Brasileira”, destacou.

6° ETA

O Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6° ETA), sediado na Base Aérea de Brasília (BABR), é uma unidade aérea da FAB cuja missão é realizar missões de transporte aéreo e de tropa; ligação de comando e evacuação aeromédica.
Atualmente, o 6°ETA opera as aeronaves C-95CM, C-97, C-98 e U-100 Phenom, estando subordinado ao Sexto Comando Aéreo Regional (IV COMAR), onde executa funções de logística que permitem o fluxo de material e pessoal. Ademais, a Organização Militar também executa ações em proveito de outros órgãos da administração pública federal - atendendo aos governos estaduais e municipais - nos casos de calamidade pública, transporte de enfermos e ações de sociais e de ajuda humanitária.
Com a chegada do U-100 Phenom, houve um incremento, na missão do Esquadrão, relacionado ao transporte órgãos, o que proporciona o salvamento de vidas de centenas de brasileiros

Aparato Legal

A Lei 9.175/17 dispõe sobre órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transporte e tratamento. E, segundo o dispositivo legal, a Força Aérea Brasileira (FAB) deve manter uma aeronave sempre disponível para cumprir missões dessa natureza, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde (MS).

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) conta com o apoio da FAB para transportar equipes médicas de coleta, que conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é responsável pelo planejamento de missões dessa natureza. De acordo com dados da Organização Militar (OM), fígados e corações são as cargas mais comuns de transporte de órgãos realizados pela Força Aérea.

Fotos: Agência Força Aérea