REUNIÃO

Em reunião com a Petrobras, DECEA estuda situação de ruídos no aeroporto de Jacarepaguá

O encontro teve como objetivo a busca de alternativas a fim de mitigar o problema do barulho relatado pelos moradores da região
Publicada em: 21/10/2021 18:08
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Fonte: DECEA, por Daisy Meireles
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Oliveira Lima

Atento às reivindicações dos moradores da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, bairros da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ), principalmente quanto aos ruídos provocados pela aviação no entorno do Aeroporto de Jacarepaguá, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (DECEA) emitiu, no dia 12 de agosto de 2021, a Publicação de Informação Aeronáutica (Suplemento AIP) nº 93, elevando a altura das aeronaves no circuito de tráfego para pouso no referido aeródromo. Tal medida contribuiu para a redução dos ruídos no aeroporto de Jacarepaguá, que opera das 5h às 22h, com capacidade máxima de operação na pista de 31 movimentos por hora, entre pouso e decolagens.

Ainda como forma de atuar diretamente na solução da problemática, uma comitiva do DECEA e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) estiveram no Aeroporto de Jacarepaguá, no dia 26 de agosto, e reuniram-se com a administração aeroportuária, com a NAV Brasil (empresa responsável pelo tráfego no aeródromo), e com representantes das empresas operadoras de helicópteros, tendo a finalidade de aumentar a consciência situacional sobre a questão. A recuperação dos movimentos aéreos vem acontecendo gradativamente no aeroporto que atende a aviação geral e provê apoio à atividade offshore, tão necessária ao desenvolvimento do pré-sal.

Dando continuidade à busca de alternativas a fim de mitigar o problema do barulho relatado pelos moradores, no dia 8 de outubro, o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, e o Chefe da Divisão de Coordenação e Controle (DCCO), Tenente-Coronel Aviador Diego Henrique de Brito, receberam uma comitiva da Petrobras, representada pelo Gerente Executivo de Logística de Exploração e Produção, Daniel Gago; pelo Gerente de Segurança e Competência em Aviação, Carlos Eduardo Xavier Pinto; pelo Engenheiro Thyago Hermeto e pelo Consultor Adilson da Silva Lemos Júnior.

As atividades de prospecção e exploração de petróleo no litoral do País são desenvolvidas nas unidades marítimas (plataformas) localizadas nas áreas oceânicas, suportadas por infraestruturas de apoio baseadas na área continental. A grande maioria das unidades marítimas são equipadas com helipontos para viabilizar o transporte de passageiros e cargas com agilidade. Os blocos de exploração e produção estão mais afastados da costa do Rio de Janeiro na Bacia de Santos e, por facilidades operacionais de segurança, monitoramento ambiental, resgate aeromédico, apoio e economia, o ponto de partida mais viável é o aeroporto de Jacarepaguá.

Estudando possíveis alternativas, o DECEA analisou a transferência do tráfego de helicópteros offshore para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG). Entretanto, tal possibilidade acarreta no aumento, tanto na distância voada por parte das companhias áreas, como em área voada sobre a região povoada na Zona Sul do Rio de Janeiro, além de impactar na operação do GIG e do Aeroporto Santos-Dumont.

Assim, de maneira coordenada e em busca da melhoria contínua, o DECEA e a Petrobras continuam estudando a movimentação aérea de Jacarepaguá e procurando a melhor solução para a questão do ruído, sem degradação da segurança operacional nos entornos.

Foto: Luiz Eduardo Perez Batista / DECEA