VISITA INSTITUCIONAL

Estado-Maior da Aeronáutica visita DCTA e empresas de São José dos Campos

A visita aconteceu no dia 12 de julho e teve como objetivo realizar o alinhamento estratégico do EMAER com o DCTA e suas Organizações Militares
Publicada em: 22/07/2021 16:21
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Fonte: DCTA, por Tenente Larissa Santos
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Bazilius

O Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, recebeu, entre os dias 12 e 15 de julho, em São José dos Campos (SP), o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e comitiva das Subchefias do EMAER.

A visita teve como objetivo realizar o alinhamento estratégico do EMAER com o DCTA e suas Organizações Militares, além de acompanhar o andamento dos projetos relacionados à área de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Ao agirmos em consonância, temos garantido que nossa capacidade de inovação está alinhada às necessidades da Força Aérea Brasileira (FAB) e que, tanto os recursos humanos quanto os financeiros estão focados nos projetos prioritários”, afirmou o Chefe do EMAER, Tenente-Brigadeiro Damasceno.

Durante a visita, o Tenente-Brigadeiro Potiguara apresentou os principais projetos estratégicos do DCTA e acompanhou a comitiva em uma visita aos Institutos responsáveis pela execução das principais ações relacionadas à missão institucional da FAB.  “Nós estamos em busca de um objetivo mais palpável, de evidenciar aquilo que vivemos diariamente, ou seja, o desenvolvimento tecnológico fruto de pesquisas e conhecimento empregado, que resulta em projetos alinhados com o Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER) e com aquilo que o DCTA tem como entregável em termos de Força Aérea”, destacou o Oficial-General.

Dentre as Organizações Militares visitadas estão o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), que demonstrou sua capacidade de atuação por meio do briefing do Diretor do IPEV, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann. A visita contemplou, ainda, o Laboratório de Telemetria, bem como o Simulador de Voo, que é uma ferramenta de apoio à formação de pessoal e de campanhas de Ensaios em Voo, pois permite estudar o comportamento de aeronaves para uma determinada missão.

Além disso, a comitiva visitou o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde os participantes puderam conhecer o Centro Espacial do ITA (CEI), responsável pela capacitação e pela pesquisa e desenvolvimento do setor espacial e, também, o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), no qual puderam ver os projetos ASA, IFO, PITER-N e PROHIPER. Neste último, foi apresentado componentes físicos que proporcionaram o desenvolvimento e integrarão a carga útil no ensaio em voo do motor scramjet, a ser realizado na Operação Cruzeiro.

No Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), foi realizada uma apresentação institucional das atividades das Divisões do IFI e de projetos como o Gripen e o KC-390, além de visita aos laboratórios da Divisão de Confiabilidade Metrológica Aeroespacial (CMA).

Por fim, a comitiva visitou as instalações do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e conheceu o Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), sistema de navegação inercial para veículos lançadores e suborbitais, que engloba também as funções de controle e guiamento do veículo, o Motor-Foguete VS-50 e projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), que tem como objetivo o desenvolvimento de um veículo destinado ao lançamento de microssatélites em órbitas baixas (LEO) equatoriais ou de reentrada, com três estágios.

Visita às Empresas

Na quarta-feira (14), a comitiva reuniu-se com quatro empresas que fazem parte da Base Industrial de Defesa (BID): a Orbital, a Avibras, a Visiona e a Fibraforte, que atuam no setor aeronáutico e espacial na região de São José dos Campos.

A aproximação com a indústria possibilita o suporte para ampliação da atuação do complexo aeronáutico brasileiro, uma vez que “para que a inovação se complete, é necessário consolidar parcerias com a BID e envolvê-las o mais cedo possível, de modo que elas participem da concepção do produto a ser desenvolvido e possam incrementar o índice de nacionalização dos produtos”, afirma o Tenente-Brigadeiro Damasceno.

A visita atendeu a um convite feito pela Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). “Fizemos o convite para que os representantes da Força Aérea Brasileira pudessem conhecer in loco as conquistas e as potencialidades das empresas, e também para que pudéssemos debater sobre as melhores alternativas e ações conjuntas para o futuro do setor espacial em nosso País, tendo em vista o seu caráter estratégico para o Brasil e seu crescente papel como infraestrutura transversal que viabiliza serviços essenciais de nosso dia a dia”, afirmou o presidente da AIAB, Júlio Shidara.

Os trabalhos foram encerrados apenas ao final do dia, quando a AIAB apresentou ao EMAER/DCTA propostas de projetos que permitirão ao Brasil conquistar acesso independente ao espaço e produzir satélites de observação ótica da Terra de alta resolução espacial.

Encerramento

Na quinta-feira (15), último dia da visita, os participantes do EMAER e do DCTA se reuniram para as considerações finais. “Em nome do DCTA, eu gostaria de agradecer a presença do EMAER. Receber uma visita deste nível, torna-se importante principalmente pela oportunidade de demonstrar as capacidades dos nossos Institutos, que contribuem a cada dia para que o DCTA seja uma organização inovadora, na busca de soluções científico-tecnológicas para o cumprimento da missão Institucional”, ressaltou o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro Potiguara.

Para o Chefe do Estado-Maior, a visita além de ampliar o conhecimento, favorece a interação com os Órgãos de Direção Setorial (ODS) e auxilia na melhoria da governança e acompanhamento dos processos. “Julgando a visão que o DCTA possui, alinhada com a Diretriz do nosso Comandante e o trabalho apresentado aqui, é possível verificar que todos os projetos estão em consonância com a Concepção Estratégica, assim, eu tenho certeza que o DCTA está plenamente alinhado com o arcabouço legal e operacional da nossa Força”, concluiu.