CINOTECNIA

Cães da Ala 13 se destacam em competição do Exército

Os cães ficaram na terceira e quarta colocação
Publicada em: 06/12/2017 09:30
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Fonte: Ala 13, Tenente Beatriz Kramer
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias

Cães da Força Aérea Brasileira (FAB) se destacaram no 3º Encontro Brasileiro de Cinotecnia Militar, realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro, no 2° Batalhão de Polícia do Exército (2° BPE), em Osasco (SP). O evento contou com a participação de 60 representantes do Pelotão de Cães de Guerra da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Exército da Guatemala, Polícia Militar, Bombeiros, Guarda Portuária e Guarda Civil Municipal de vários Estados.

"O encontro visa difundir ideias sobre adestramento e promover a troca de experiências entre diversas instituições e pessoas que trabalham com cães de polícia e segurança no Brasil", explicou o Tenente Veterinário Felipe Borges Soares, Adjunto da Seção de Cães de Guerra do 2° BPE. Nos dois primeiros dias foram ministradas palestras sobre a história dos cães, sua etologia, química de substâncias e operações de faro. Já no último dia o destaque foi a Prova Muniz de Aragão, competição que teve como finalidade avaliar a capacidade de 12 cães na busca e detecção de entorpecentes em três ambientes distintos: edifícios, veículos e bagagens ou pacotes. "O vencedor seria o animal que encontrasse mais focos em menos tempo, garantindo a certificação para ele e seu adestrador", completou o Tenente Soares.

Os cães Hera e Akira, do 13° Grupamento de Segurança e Defesa, localizado na Ala 13, juntamente com seu adestradores, Cabo Felipe Souza Cardoso e Soldado Saymo Brendo da Silva, participaram da competição, na qual, respectivamente, atingiram a 3ª e a 4ª colocação. "O cão militar utiliza seus sentidos e aptidão física para auxiliar em guarda e segurança, apreensão de indivíduos, detecção de entorpecentes e explosivos. Cada raça possui uma capacidade olfativa e, sendo assim, priorizamos os cães que possuem focinho mais alongado, como Pastor Alemão, Labrador, Pastor Malinois e Bloodhound, que possuem mais células olfativas, tornando-os mais eficazes na detecção de certas substâncias", especificou o Cabo Cardoso, Adestrador e Encarregado do Pelotão de Cães de Guerra do 13° GSD.

De acordo com a Comandante do Pelotão de Cães de Guerra da Ala 13, Tenente Veterinária Daniela Martins Luciano Borges, cinotecnia é a ciência responsável pelo estudo da anatomia, comportamento, psicologia e fisiologia dos cães, e o adestrador precisa deste curso para atuar. "O encontro foi de extrema importância para a difusão de conhecimentos, troca de informações e experiências, operacionalidade dos cães de trabalho militares, sanidade e bem-estar animal, além de novidades nas técnicas de adestramento. Nossos cães se destacaram pelos excelentes resultados, refletidos na classificação final", disse.

A sintonia do binômio condutor-cão, segundo a comissão, foi um fator determinante na avaliação do desempenho da equipe. "Ficamos honrados pelo privilégio de participar de um evento com muitos profissionais qualificados e cães de alto nível", concluiu a veterinária.