ASAS ROTATIVAS

Esquadrão Harpia socorre indígena na fronteira noroeste do Brasil

Homem de 57 anos apresentava quadro grave após ser picado por cobra jararaca
Publicada em: 08/11/2017 17:45
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Fonte: Ala 8, por Tenente Lorena Molter
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno

Esquadrão Harpia resgata indígena na fronteira noroeste brasileiraAo término de uma missão de vacinação na região do Alto Rio Negro, noroeste do Brasil, o Esquadrão Harpia (7°/8° GAV) foi acionado para cumprir uma Evacuação Aeromédica (EVAM). O esquadrão resgatou, em dois de novembro, um indígena de 57 anos que havia sido picado por uma cobra jararaca e apresentava quadro clínico grave. A operação foi realizada a bordo do helicóptero H-60 Black Hawk do Pelotão Especial de Fronteira e a urgência foi na aldeia Nova Esperança, localizada a 1.437 km de Manaus (AM).

A tripulação decolou de Iauaretê (a 1.101 km de Manaus) com destino a Tabatinga (1.110 km da capital amazonense). No município, localizado próximo à tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, uma equipe médica embarcou na aeronave levando soro antiofídico. Com o grupo de saúde a bordo, os militares do Esquadrão Harpia voaram para a aldeia Nova Esperança, onde estava o indígena.

O tempo de voo do Black Hawk até a aldeia foi de uma hora e vinte minutos. A equipe médica estabilizou o paciente, picado havia aproximadamente dois dias, e aplicou o soro antiofídico. Em seguida, o indígena foi transportado para Tabatinga - a distância entre a aldeia e a cidade é de cerca de 270 km e o transporte de barco nesse trajeto demoraria, em média, três dias.

Força Aérea resgata indígena na AmazôniaDe acordo com um dos pilotos da missão, Tenente Aviador Pedro Thiago Parra, a agilidade da operação foi um fator importante para a estabilidade do paciente. “Fomos acionados logo pela manhã. Mesmo com a meteorologia degradada, fomos o mais rápido possível. A aldeia ficava a quase 300 km de Tabatinga. Sabíamos que cada minuto poderia fazer a diferença, pois não havia soro antiofídico na aldeia. Quando chegamos lá, a vítima encontrava-se inconsciente. Depois de estabilizada, seguimos para Tabatinga. O tempo foi o fator vital dessa EVAM. O sentimento de orgulho, de atender quem precisa, é muito grande”, contou.

Na mesma aldeia, o Esquadrão Harpia já havia realizado uma EVAM em 21 de outubro. Naquela ocasião, um índio de apenas cinco anos também havia sido picado por uma jararaca. A criança foi transportada para Tabatinga para cuidados médicos especializados e se recuperou do ocorrido.