MINUSTAH

Cerimônia marca término da participação do Brasil em missão no Haiti

A solenidade contou com a presença de autoridades das três Forças Armadas
Publicada em: 21/10/2017 18:51
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Fonte: DECEA, por Denise Fontes
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno

Militares da Missão do Haiti durante a cerimônia de encerramento da operação.Em homenagem aos militares que atuaram durante os 13 anos da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), o Ministério da Defesa, em parceria com o Exército, a Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB), realizou neste sábado (21/10), no Rio de Janeiro (RJ), uma cerimônia de encerramento da participação brasileira na missão de paz.

Estiveram presentes o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, representando o Comandante da Aeronáutica - Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato -, além de autoridades das três Forças Armadas.

Em seu discurso, o Ministro da Defesa destacou a credibilidade que o Brasil possui junto às Nações Unidas e à comunidade internacional pelos mais de 70 anos como contribuinte para a paz no mundo. "Quero agradecer aos militares pela dedicação, competência e profissionalismo. Estendo a todos, meu reconhecimento e admiração pela abnegação com que cumpriram cada dia de suas missões ”, reconhece Raul Jungmann.

Ministro da Defesa elogiou entrega dos militares que fizeram parte da missão. Na avaliação do Tenente-Brigadeiro Domingues, a participação dos militares no Haiti foi bastante positiva. “A FAB, além de realizar o transporte das tropas e suprimentos, teve uma atuação muito importante durante o terremoto. Foi oferecida assistência através da estrutura do Hospital de Campanha para atender aquela população tão carente”, destaca o oficial-general.

Devido ao terremoto em 2010, o rodízio foi cancelado e deu lugar à ajuda humanitária, que durou seis meses. Neste período, foram 219 voos, contabilizando mais de 4 mil horas de voo. Em relação ao transporte, somaram-se quase 5 mil pessoas e aproximadamente 1.900 toneladas de carga.

Trajetória
O cessar das operações do Brasil no Haiti e o processo de desmobilização foi iniciado em agosto, em Porto Príncipe, capital haitiana, e concluído no dia 15 de outubro, quando encerraram as medidas de repatriação de pessoal e material.

O Coronel Aviador Alexandre Nogueira de Sousa participou de missões de transporte aéreo logístico durante todo o período da missão de paz. “Eu fui um dos primeiros pilotos brasileiros a pousar no Haiti, em 2004”, relembra.

O oficial também foi voluntário na área de assuntos civis do 22º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 22), em 2015. “Apoiei as atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das instituições nacionais, além de realizar operações militares de manutenção da paz”, afirma.

Comandante do Pelotão da FAB, o Tenente de Infantaria Espolaor.Experiências
Além do ganho operacional, a experiência no Haiti também deixou marcas em quem participou da missão. O Sargento Daniel Elias Valasco serviu entre novembro de 2013 e janeiro de 2014. “Poderia traduzir a ida ao Haiti como a missão da minha vida. Sou muito grato à FAB pela oportunidade”.

Para o Comandante do Pelotão da FAB, Tenente de Infantaria João Lourenço Espolaor Neto, o sentimento do grupo está voltado para o cumprimento do objetivo de representar o Brasil de maneira exemplar. “Foi uma experiência marcante de poder ajudar o povo haitiano. Passamos a valorizar as pequenas coisas do dia a dia. Acredito ter voltado melhor como pessoa após essa estada no Haiti. Um aprendizado único”.

Um dos grandes legados da missão no Haiti foi o aprendizado operacional, sendo utilizada em grandes eventos. “Estou atuando em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que ocorrem no Rio de Janeiro ”, conclui o infante.

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