KC-390

Audiência pública em comissão parlamentar mista debate questões orçamentárias

Força Aérea reforça a necessidade de cumprimento do cronograma de desenvolvimento do KC-390, que está 94% concluído
Publicada em: 19/10/2017 14:30
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno

O Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro do Ar Márcio Bruno Bonotto, participou de uma audiência pública da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realizada nesta quinta-feira (19/10), no Congresso Nacional, localizado em Brasília (DF). A sessão, que teve como relator o deputado Cacá Leão (PP/BA), abordou a necessidade de continuidade do projeto KC-390, aeronave militar multimissão desenvolvida pela Embraer.

O Brigadeiro Bonotto defendeu a necessidade de concluir o projeto até meados de 2018. “Precisamos concluir esse projeto no meio do ano que vem. Atrasar significaria um acréscimo no custo, mas isso não é o pior. O pior seria perder a janela do mercado para poder comercializar o KC-390”, afirmou. “Agora, o mundo está se mexendo, os concorrentes estão aparecendo e se aproximando da nossa aeronave - e digo nossa porque ela pertence ao povo brasileiro”, acrescentou, citando aeronaves que já se encontram em desenvolvimento: C-130XJ (EUA), Kawasaki C2 (Japão), Antonov 178 (Ucrânia), MTA (Índia e Rússia) e Yun 9 (China).

O deputado federal Edio Lopes (PR/RR), relator setorial da audiência, elogiou o projeto, que conheceu de perto quando visitou as instalações da Embraer na cidade de Gavião Peixoto (SP). “Nós, que tivemos a oportunidade de visitar a linha de montagem em Gavião Peixoto, ficamos deslumbrados com o que vimos. Uma aeronave quase 100% brasileira sendo desenvolvida. Isso nos leva à certeza de que o que não faltará será a vontade de deixar, no orçamento de 2018, os recursos necessários para a certificação do KC-390 junto à ANAC”, disse.

O Brigadeiro Bonotto conta, ainda, que o projeto já se encontra com 94% de conclusão. Em caso de sucesso na finalização do mesmo no prazo estimado, a COPAC prevê que, em um cenário atingível, poderia exportar aproximadamente 300 unidades da aeronave, trazendo uma injeção de US$ 20 bilhões na economia nacional em um período de 20 anos.

Ele citou a importância do governo brasileiro investir no KC-390. “É importante mostrar que o projeto tem um produto, ele é mensurável. No mundo da aviação militar, existem dois dogmas: ninguém compra um projeto que não esteja devidamente concluído e certificado; e nenhum país importa uma aeronave que não esteja sendo utilizada pelo próprio país de origem. Então esse contrato com o nosso governo é muito importante. Se a Embraer não vender para o governo brasileiro, não venderá para ninguém”, concluiu.

Fotos: Cabo André Feitosa/Agência Força Aérea