MISSÃO HUMANITÁRIA

Helicóptero envolvido na Operação Ostium resgata índia com quadro hemorrágico

Médico avalia que ela não resistiria ao deslocamento entre a aldeia e o hospital mais próximo
Publicada em: 18/07/2017 13:15
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Gabrielli Dala Vechia

Indígena resgatada pelo Esquadrão Harpia em deslocamento a Eirunepé/ Sgt LenroyNessa segunda-feira (17/07), um helicóptero Black Hawk do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV) foi acionado para resgatar uma índia, de aproximadamente 20 anos, que apresentava sangramento disfuncional uterino há cinco dias. A aldeia onde ela vive fica isolada, na localidade de Jarinal Novo, a cerca de 90km do município mais próximo – Eirunepé (AM).

Um dos pilotos que participou da evacuação aeromédica, Tenente Wallace Woelbert, explica que o esquadrão é sediado em Manaus (AM), mas que parte dele está deslocada em Eirunepé para atuação na Operação Ostium – uma megaoperação da Força Aérea Brasileira (FAB) para combater tráfegos aéreos ilícitos na fronteira. O aviador explica que, se não houvesse transporte aéreo, a única forma de a paciente acessar o hospital mais próximo seria por meio de deslocamento fluvial e terrestre que duraria cinco dias.

Essa foi a primeira vez que o Tenente Woelbert participou de uma missão desse tipo. “O sentimento de ajudar a salvar uma vida é ímpar, especialmente em uma localidade com essas peculiaridades. Sinto-me útil e fazendo a diferença”, disse.

Aldeia da etnia Kanamari fica isolada na Floresta Amazônica/ Ten DutraA bordo do Black Hawk também estava uma equipe médica da FAB para atuar no resgate. O Aspirante a Oficial Médico Thiago Brito de Castro explica que um dos problemas para estabelecer o quadro clínico da indígena foi a dificuldade de comunicação – já que a paciente, da etnia Kanamari, não fala português. De acordo com ele, a índia apresentava sangramento disfuncional uterino, também conhecido como metrorragia, e já estava muito fraca. 

“Ela não resistira à caminhada necessária até o hospital mais próximo. Mal conseguiu se deslocar da oca ao helicóptero”, avalia o médico.

Feita a evacuação aeromédica, a paciente está sob os cuidados e responsabilidade da Casa de Saúde Indígena local.