MISSÃO HUMANITÁRIA

Pelotão de Infantaria da Aeronáutica segue para o Haiti em 1º de junho

Contingente atuará em Porto Príncipe até outubro de 2017
Publicada em: 06/05/2017 09:00
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Fonte: IV COMAR, Tenente Aline Bezerra
Edição: Agência Força Aérea, por Aspirante Raquel Timponi

Vinte e seis militares da Força Aérea Brasileira (FAB) terminaram o Estágio Avançado de Operações de Paz (EAOP), em São Paulo (SP), e embarcam em junho para atuarem na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O Pelotão da FAB compõe o efetivo do 26º Batalhão de Infantaria Brasileiro de Força de Paz no Haiti (BRABAT), formado por 970 militares das três Forças. Além deles, também seguem para o Haiti quatro militares que comporão o Estado-Maior.

A previsão de embarque para a missão no Haiti terá início no dia 16 de maio e se estende até 1º de junho. Na subdivisão do contingente, quatro grupos de efetivos serão enviados ao Haiti, por meio de rodízio, sendo que os militares da Aeronáutica serão os últimos a integrarem a equipe brasileira.

A missão ocorrerá em Porto Príncipe e terá duração de, aproximadamente, cinco meses (até 15 de outubro). A principal finalidade é garantir a segurança e apoiar organizações civis, para que possam realizar o trabalho de promover assistência humanitária à população.

Para o Comandante do Pelotão da FAB, Tenente de Infantaria João Espolaor Neto, o final do Estágio Avançado de Operações de Paz (EAOP) vem coroar todo um preparo que se iniciou em janeiro. “Tenho plena confiança e tranquilidade de que estamos prontos para cumprir a missão de manter o ambiente seguro e estável no Haiti”, enfatiza.

Ciente da responsabilidade da missão, o oficial transmite as expectativas da equipe. “O sentimento do pelotão está voltado para o cumprimento do nosso objetivo de representar a FAB e o Brasil de maneira exemplar. Acreditamos na diferença que faremos para ajudar a garantir a paz no Haiti”, avalia.

O soldado Júnior Ferreira da Silva fala das expectativas do trabalho que irá realizar nos próximos meses. "É um orgulho participar dessa missão. Sou motivo de orgulho para minha família. Ainda mais agora que minha esposa me deu a notícia de que vou ser pai. É um incentivo a mais para cumprir meu dever. Sou muito grato à Força Aérea Brasileira por me dar a oportunidade de participar de uma missão real. O sonho de todo militar é participar de uma missão de paz", conta emocionado.

Atuação militar em ações humanitárias

O Tenente Coronel Aviador Marcelo de Moura Silva, responsável pela coordenação e integração entre a sociedade civil haitiana, os militares e os policiais, explica como ocorrem as ações humanitárias realizadas pelos militares. “Promovemos uma série de atividades de aproximação com os civis haitianos, além de realizar contatos com ONGs e líderes comunitários, a fim de incrementar o apoio humanitário, a defesa dos direitos humanos, minimizar as diferenças de gêneros e a exploração da população”.

A importância da presença do batalhão na garantia da segurança também é destacada pelo coronel Moura. “A atuação militar brasileira no Haiti ocorre junto a uma rede de contatos, interações e parcerias com a United Nations Police (UNPOL), Polícia Nacional Haitiana (PNH), entre outras instituições. Nossa preocupação é fornecer assistência civil e apoio às organizações em missões humanitárias, garantindo a segurança às agências que estão trabalhando no Haiti”, explica.

O próximo passo da FAB poderá ser a atuação com aeronaves em missões de paz e humanitárias da ONU em 2018.

Confira a reportagem da Revista Aerovisão na última cobertura da Missão no Haiti em 2016.