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FAB leva cães, miniaviões e banda para Hospital da Criança de Brasília

Cerca de 200 crianças participaram das atividades que também contou com diversas oficinas
Publicada em: 01/11/2016 16:00
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Jussara Peccini

Soldado Brenno Santos ajudou as crianças a entrar nos mini aviõesMiniaviões, banda e cães de guerra da Força Aérea Brasileira (FAB) mudaram a rotina das cerca de 320 crianças atendidas diariamente pelo Hospital da Criança de Brasília (DF). A tarde de atividades coordenada pelo Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), na segunda-feira (31/10), encerrou as comemorações do Mês da Asa - em homenagem ao Dia do Aviador e da FAB celebrados em 23 de outubro - na capital federal.

“A gente poder vir até aqui e dar essa tarde de lazer para as crianças não tem preço”, expressou o Soldado Brenno Santos sensibilizado com as histórias das crianças que ouviu.

Para atender a filosofia de atendimento humanizado, o hospital oferece atividades lúdicas desde a chegada à unidade. “A ciência mostra que isso é importante, ajuda fundamentalmente no tratamento”, explica o diretor administrativo, Hélio Silveira. Nessa tarefa diária, conta com a solidariedade de outras instituições que transportam para o hospital um pouco da sua rotina.

Volverine e Chacal, são os nomes dos dois cães que participaram da demonstraçãoPor isso, o hall de entrada recebeu os mini aviões do Projeto Kero Voar. Além de fazer fotos, as crianças fizeram pequenos passeios dentro cockpit. Contação de histórias, oficinas de leitura, pintura e corte e cole tornaram a tarde das crianças mais envolvente.

“Tudo aqui tem esse foco da humanização. Tudo aqui é voltado para que a criança se sinta bem”, afirma a presidente da Abrace (Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias), Ilda Ribeiro Peliz. A organização é mantenedora do hospital que há cinco anos atende crianças em tratamento de doenças raras, câncer e anemias falciformes. Cerca de 20 especialidades pediátricas são oferecidas.

A demonstração dos cães farejadores Wolverine e Chacal do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Brasília (BINFAE-BR) levou todos para o lado de fora do hospital. Crianças, pais e funcionários empunharam seus celulares para registrar cada momento.

Segundo a mãe, Luane, 09 anos, ficou encantada O ambiente influencia no tratamento - Sentada junto das demais crianças, Luane, de 9 anos, se diverte pintando um avião. “Ela ficou encantada quando entrou”, contou Maria de Jesus Alves. A mãe da Luane percorreu de ônibus os 50 km que separam Águas Lindas de Goiás até Brasília. A filha faz acompanhamento médico para manter a glicose sob controle. A doença rara impede que a menina ganhe peso no mesmo ritmo que as demais crianças.

Para Maria de Fátima Sampaio Silva, mãe do Pedro, de 5 anos, acredita que o clima leve e alegre da unidade de saúde faz bem também para os pais. Ela conta que o filho também responde com entusiasmo as idas à fisioterapia. “Quando eu converso com ele: vamos para a fisioterapia?! Ele me diz vamos mamãe, vamos”, conta Maria.

O ambiente descontraído e repleto de atrações também é um alento para os funcionários. A técnica de enfermagem Maria Oliveira Guimarães trabalha no setor de transfusão de sangue, que atende crianças com anemia falciforme - doença genética causa falta de glóbulos vermelhos e pode obstruir o fluxo sanguíneo – e em tratamento de câncer. “A gente cria um amor muito grande com as crianças. Cada dia são histórias diferentes. Tentamos dar o máximo de nós para que elas se sintam o melhor possível aqui no hospital”, afirma.

Expansão - De acordo a presidente da Abrace, a unidade está em fase de expansão. A inauguração do bloco dois, prevista para abril de 2017, ampliará a capacidade de atendimento. Serão 204 leitos e salas de unidade de terapia intensiva.

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