APRENDIZADO

Cadetes da AFA recebem instruções de atletas olímpicos

Palestra faz parte do Programa de Formação de Valores, da Academia da Força Aérea Brasileira
Publicada em: 18/10/2016 14:00
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Fonte: AFA, por Ten Vanessa Ortolan
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Cynthia Fernandes

“Façam valer a pena e corram atrás dos seus objetivos”. A frase é do maratonista olímpico e sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Marilson dos Santos, aos cadetes da Academia da Força Aérea Brasileira (AFA), em Pirassununga (SP). A palestra, que foi dada também pelo medalhista olímpico e atleta, Sargento Arthur Zanetti, faz parte do Programa de Formação de Valores, que incentiva os alunos e militares da academia e reforça os valores da instituição. Ambos atletas fazem parte do Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa.

O evento, que reuniu quase 1 mil participantes, aconteceu no auditório da AFA, com a presença de cadetes dos quatro anos da academia, além do efetivo e convidados. Entre as autoridades, estavam Comandante do Corpo de Cadetes da Aeronáutica, Coronel Ricardo Feijó Pinheiro, e o Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Saulo Valadares do Amaral.

O Sargento Marilson relembrou o início da carreira como maratonista, quando começou a correr aos 12 anos de idade, em Ceilândia – cidade satélite de Brasília (DF). Três anos depois já participava de um grupo de corrida em São Paulo, quando os primeiros resultados começaram a aparecer, devido a uma rotina intensa de dedicação 24 horas ao esporte. Incorporado ao time de atletas de alto rendimento da FAB há dois anos, ele disse que o sentimento de patriotismo mudou depois que se tornou militar. "A sensação de poder ouvir o hino nacional no pódio e poder representar o seu país lá fora é muito gratificante", afirma.


Tricampeão da Corrida São Silvestre e o primeiro sul-americano a vencer a maratona de Nova York, o Sargento Marilson também comentou sobre os percalços da carreira, como morar distante da família. “Eu não me arrependo de nada. Mesmo com alguns objetivos não alcançados, eu faria tudo novamente porque realmente vale a pena”, destaca. Direcionado aos cadetes, o sargento da FAB reforçou o incentivo. “Façam valer a pena e corram atrás dos seus objetivos. Façam o máximo que vocês puderem mesmo que, porventura, vocês não conseguirem. Ao menos, tentem. Na vida a gente nem sempre consegue o que a gente quer, mas a gente tem que correr atrás disso e fazer por onde”, finaliza.

O Sargento Arthur Zanetti, incorporado à FAB este ano, ficou em segundo lugar na final de argolas nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, e já acumula mundiais na categoria.
“A prata teve um gostinho muito melhor que a (medalha) de ouro em Londres porque eu estava em casa”, comenta o ginasta sobre o primeiro lugar conquistado no último ciclo olímpico, em 2012. O atleta foi o primeiro brasileiro a subir no pódio na categoria ginástica artística.

O ginasta também comentou sobre o início da carreira, quando foi descoberto pelo professor de educação física aos 7 anos, e os desafios no decorrer da carreira, como duas grandes lesões que o afastaram das competições por um ano. “Vale muito a pena toda a dedicação, cada detalhe. São momentos na nossa vida que a gente tem que escolher e eu faria tudo de novo”, reafirma.

Cadete aviador do 2º ano, Mateus Pinho Mantovani, comentou sobre a mensagem deixada pelos atletas. “Você percebe que é um caminho possível pra chegar até lá. Força de vontade não é algo que você aprende, é algo intrínseco que você tem que ter”, explica. Para o aluno do 3º ano, cadete aviador Daniel Antunes, o incentivo dos sargentos da FAB ajuda nos desafios enfrentados durante a academia. “A motivação, a força de vontade e a fé na missão são o que precisamos para aplicar na vida do cadete. E saber que isso vai significar em algo maior, que motive a gente a enfrentar novos desafios e acreditar que é capaz de cumprir o objetivo”, sintetiza.