SEMANA DA CAÇA

FAB celebra feitos na Segunda Guerra Mundial

O Brasil conta com esquadrões equipados com caças F-5, A-1 e A-29
Publicada em: 20/04/2015 16:35
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Fonte: Agência Força Aérea

Se novidades como os ca  ças Gripen NG e o míssil A-Darter ainda não estão disponíveis, a Semana da Aviação de Caça, celebrada até sexta-feira pela FAB, tem como foco seus militares.

"Em operações nas quais há a presença de forças estrangeiras, tornou-se comum ouvir elogios ao desempenho apresentado pelos pilotos de caça da Força Aérea Brasileira", garante o Brigadeiro do Ar Fernando Almeida Riomar, Comandante da Terceira Força Aérea (III FAE), organização responsável pelo preparo operacional dos 10 esquadrões de caça da FAB e de mais três de reconhecimento.

A Semana da Aviação de Caça marca as comemorações dos feitos da FAB na Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. As sete décadas de tradição também significam a necessidade de buscar atualizações.

 
"O treinamento dos pilotos de caça brasileiros baseia-se em experiências adquiridas ao longo dos
  anos, somadas ao conhecimento obtido em diversas operações envolvendo Forças Armadas de países que detêm longa experiência em combate real", explica o Brigadeiro Riomar.

Desde 2002, o Brasil já realizou sete edições da CRUZEX, o maior exercício de guerra aérea da América Latina. Também há participação em treinamentos no exterior, como a Salitre, no Chile, e a Red Flag, nos Estados Unidos.


  Renovação

O principal projeto de reequipamento da FAB, a aquisição dos Gripen NG, ainda está em curso, mas nos últimos 10 anos houve uma grande renovação da frota. Em 2005, a FAB ainda contava com os modelos F-103 Mirage e AT-26 Xavante, ambos com tecnologias da década de 60. Os F-5 ainda estavam no mesmo patamar de quando chegaram, em 1975. Os A-1, recebidos inicialmente no fim dos anos 80, eram as aeronaves de caça mais modernas da FAB.

De lá para cá, os F-103 e AT-26 foram aposentados, e os F-5 e A-1 passaram por processos de modernização. No caso dos F-5, novos mísseis Derby, o novo radar Grifo e sistemas de bordo atualizados permitiram atuar no chamado combate BVR (do inglês Beyond Visual Range, ou além do alcance visual), quando os pilotos combatem a distâncias tão grandes que sequer enxergam os inimigos.

"Isso incluiu os caçadores brasileiros em um rol extremamente seleto de pilotos em condições de lutar em pé de igualdade com os pilotos dos países considerados desenvolvidos", comenta o Brigadeiro Riomar.

Em 2005, também houve uma mudança no treinamento. Em Natal (RN), pela primeira vez uma turma de aviadores era formada como piloto de caça nos aviões A-29 Super Tucano, no lugar dos AT-26. Com uma cabine moderna, o novo treinador avançado tornou os pilotos de caça brasileiros acostumados a lidar com tecnologias de ponta desde as suas primeiras missões de combate. Hoje, dois pilotos da turma de 2005 estão na Suécia, onde aprendem a voar caças Gripen.

 Aviões de caça da FAB

  A-1
País de origem: Brasil e Itália
Velocidade máxima: 1.160 km/h
Comprimento: 13,55m
Altura: 4,55m
Envergadura: 9,97m

Armamento: 2 canhões de 30mm e até 3.175 kg de mísseis, bombas e foguetes

 

A-29   Super Tucano
País de origem: Brasil
Velocidade máxima: 557 km/h
Comprimento: 11,42m
Altura: 3,9m
Envergadura: 11,14m

Armamento: 2 metralhadoras de 12,75mm e até 1.500 kg de mísseis, bombas e foguetes

 
F-5E  M
País de origem: Estados Unidos (Modernizados no Brasil)
Velocidade máxima: 1.700 km/h

Comprimento: 14,68m

Altura: 4,06m

Envergadura: 8,13m
Armamento: 1 canhão de 20mm e até 3.800 kg de mísseis, bombas e foguetes
 

 

Vejo o vídeo da Aviação de Caça da FAB: