TRANSPORTE DE ÓRGÃOS

Aviadora realiza transporte de órgãos em sua primeira missão como comandante

De Campo Grande (MS) para São Paulo (SP), a missão levou um fígado e dois rins
Publicada em: 21/07/2017 13:30
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Fonte: Ala 13, por Tenente Lucas Rocha
Edição: Agência Força Aérea, por Aspirante Nara Lima

Tenente Juliana, comandante da aeronaveUma experiência marcante: assim foi o primeiro voo como comandante da aeronave C-95M Bandeirante feito pela Tenente Juliana Santos de Souza. Isso tudo porque a missão foi de transporte de três órgãos para transplante realizada na madrugada do último sábado (15/07). A piloto pertence ao 4º Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA), da Ala 13, em São Paulo.

“No dia 13 de julho, quinta-feira, fui homologada piloto operacional de C-95M. Na sexta-feira, já estava escalada para compor a tripulação de sobreaviso do esquadrão. Fomos acionados às 00:30h do dia 15 e às 01:20h a tripulação já estava pronta para decolar. A missão foi cumprida com sucesso devido ao trabalho em conjunto realizado pela equipe médica, tripulação e controladores, que deram prioridade à nossa aeronave para que pudéssemos pousar o mais rápido possível. Nada como uma missão de transporte de órgãos para marcar minha primeira missão como piloto operacional. Fiquei muito feliz por poder realizar essa nobre missão”, relata.

O objetivo da missão foi transportar um fígado e dois rins da cidade de Campo Grande (MS) para a cidade de São Paulo (SP). A equipe médica embarcou na aeronave do 4º ETA, em Guarulhos (SP), e desembarcou no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Após o pouso, a tripulação teve que esperar a extração dos órgãos que levou cerca de quatro horas. Os três órgãos coletados foram levados para o Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista.

Tenente Juliana e Tenente Patorniti, pilotos da aeronaveEssa também foi uma missão bastante importante para o Tenente Aviador Pablo Daniel Armelin Patorniti. “Sempre ouvi falar das missões de transporte de órgãos. Hoje, foi a minha vez de realizar uma. Apesar de não termos contato com o paciente, senti uma sensação muito boa, percebi a real utilidade do meu trabalho. Agradeço a Deus por me proporcionar esse momento”, declara o Tenente.

Vale destacar que para essa missão foram realizadas quase seis horas de voo da aeronave C-95M Bandeirante,  totalizando, somente em 2017, 131 horas de voo destinadas a esse tipo de missão e 39 órgãos transportados nas asas do 4º ETA.

Fotos: Tenente Aviador Lucas Rocha