SEU DINHEIRO

Como se defender da inflação

Para equilibrar as finanças pessoais, é preciso conhecer alguns conceitos de Economia
Publicada em: 18/06/2016 08:00
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Raquel Sigaud

  A inflação, segundo definição de vários especialistas, é o aumento contínuo e generalizado dos preços de um conjunto de bens e serviços, por um determinado período. É um fenômeno que está relacionado ao crescimento econômico de um país, afeta populações e exige intervenção de governos no sentido de mantê-la equilibrada.

As causas da inflação podem ser emissão descontrolada de dinheiro pelo governo (se há mais dinheiro em circulação, a tendência dos preços é aumentar, porque as pessoas, em tese, podem pagar mais) e consumo acelerado, o que resulta na demanda maior do que a oferta. Com isso, os preços aumentam, porque quanto mais raro é um produto, mais caro ele fica.

A consequência da inflação no bolso das pessoas é a redução do poder de compra, ou seja, o dinheiro passa a valer menos. Os índices que medem a inflação mostram a média do aumento de preços em um período definido. No Brasil, os principais medidores são: Índice Geral de Preços (IGP), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE, e Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também calculado pelo IBGE.

  Em 2015, a inflação brasileira foi de 10,67% (IPCA), a maior em 13 anos. A meta estabelecida pelo Banco Central para 2016 é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos. O aumento de impostos é um exemplo de intervenção do governo para frear o consumo e controlar a alta inflacionária.

Como se proteger da inflação - Além de identificar itens e marcas mais pesados no orçamento para substituir por outros mais baratos, é importante aproveitar promoções e fazer estoques de produtos não perecíveis. Outra postura que faz diferença no orçamento é cortar refeições fora de casa. “Se o poder de compra diminuiu, a pessoa precisa realmente cortar gastos”, alerta o Mestre em Economia Monetária, Bancária e Financeira, Tenente-Coronel Intendente Nodgi Goyana Gomes Junior, que trabalha na Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA).

Um dos investimentos mais usados pelo brasileiro ainda é a caderneta de poupança. No entanto, a rentabilidade da poupança não cobre a taxa da inflação atual, e o investidor perde dinheiro a cada mês. É importante estudar formas de investimento ou buscar consultoria financeira. “Se a pessoa estiver equilibrada financeiramente, é hora de buscar opções de investimento mais rentáveis”, explica o Tenente-Coronel Junior. Há muitas modalidades de investimento: títulos públicos (disponíveis em www.tesouro.fazenda.gov.br), títulos privados (CDB, debêntures), além de LCA e LCI, por exemplo. Na internet, existem planilhas e calculadoras gratuitas que permitem comparações entre poupança e esses tipos de investimento.

O Capitão Aviador Guilherme dos Santos Araújo, da Comissão de Promoção de Oficiais (CPO), é um bom exemplo de quem compreende que é hora de cortar gastos e buscar investimentos com rentabilidade acima da inflação. “Desde 2014, comecei a investir em títulos públicos e LCI, por exemplo”, declara o oficial. Casado e pai de dois filhos (quatro e dois anos), o Capitão também controla seu orçamento com a ajuda de planilhas simples, para ver como se readequar nesse momento de inflação alta.

Acesse aqui todas as matérias da edição de junho do Notaer.