AMAZÔNIA

``A gente não consegue imaginar o Exército operando sem o apoio da Força Aérea´´

Frase é do General de Brigada Antonio Manoel de Barros, Comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva
Publicada em: 10/08/2015 15:00
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Fonte: Agência Força Aérea

Fuzileiros Navais também contam com apoio da FAB  Sgt Johnson Barros / Agência Força AéreaO apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) à ONG Expedicionários da Saúde, que realizou na semana passada atendimento médico aos índios da região de fronteira entre o Brasil e a Venezuela, revela a atuação das Forças Armadas na região Amazônica. "A gente não consegue imaginar o Exército operando sem o apoio da Força Aérea", afirma o General de Brigada Antonio Manoel de Barros, Comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva.

C-105 sobre a Amazônia  Sgt Johnson Barros / Agência Força AéreaSomente em apoio aos Expedicionários da Saúde, a FAB levou um avião e um helicóptero para o Pelotão Especial de Fronteira de Maturacá. O trabalho, no entanto, é constante. "Tem quase 80 toneladas de suprimentos por mês que eu preciso colocar aqui", explica o general.

Se no Pelotão Especial de Fronteira de Maturacá a pista de pouso construída pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) tem 1.500 metros de comprimento e já não é o principal desafio para os aviadores, em outros lugares da Amazônia eles continuam a voar com técnicas de combate. Onde a pista é pequena, é necessário realizar um pouso que exige perícia dos tripulantes e características especiais das aeronaves militares. "É um pouso de assalto", resume o Capitão Davi Augusto Paveleck, piloto da aeronave C-105 Amazonas.

As aeronaves operam em pistas despreparadas, às vezes de grama ou de terra, com pequenas dimensões. “É parar rápido. Conseguir pousar com uma grande carga e velocidade considerável o mais rápido possível”, diz o piloto. Os C-105 operados pelo Esquadrão Arara (1°/9° GAV), sediado em Manaus (AM), têm capacidade de levar mais de 9 toneladas de carga ou 71 passageiros e podem decolar em uma pista de 670 metros de comprimento, segundo o fabricante. Para se ter uma ideia, uma das pistas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, tem quatro mil metros de comprimento.

Cumprir missões aéreas na Amazônia também tem outros desafios, como a falta de pistas alternativas e as condições meteorológicas

C-115 Búfalo pousa em pista não preparada  Acervo histórico do CECOMSAERO papel realizado hoje pelos C-105 Amazonas já esteve sob a responsabilidade de modelos já fora de uso, como o C-115 Búfalo e o hidroavião CA-10 Catalina. "Os precursores aeronavegantes da FAB abriram os primeiros caminhos para que, hoje, alguns Pelotões Especiais de Fronteira pudessem existir. Por isso, manter nossa soberania terrestre não seria possível se antes não a tivéssemos conquistada pelo ar", afirma o Comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira.

Militares do Exército a bordo de aeronave da FAB  Sgt Bruno Batista / Agência Força AéreaSomente o CMA, com jurisdição sobre os estados do Amazonas, do Acre, de Roraima e de Rondônia, tem 21 Pelotões Especiais de Fronteira sob seu comando, além de outras unidades operacionais. A logística para manter esses postos avançados na região de fronteira acontece com o apoio da FAB. "A Força Aérea Brasileira foi, é, e sempre será um vetor determinante para a integração da nossa Amazônia. Muitos dos nossos Pelotões Especiais de Fronteira só têm razão de existir graças à expertise das destemidas tripulações da FAB que, ainda hoje, voam em direção aos pontos mais remotos da Amazônia Ocidental", descreve o oficial-general.

Além dos C-105, a FAB também opera na região com outros modelos, como os C-95 Bandeirante, C-97 Brasília, C-98 Caravan, C-99 e C-130 Hércules. A Marinha do Brasil também conta com o apoio da Força Aérea Brasileira na região Amazônica

Assista ao videoclipe e conheça melhor o trabalho do Esquadrão Arara: