O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou, nesta quarta-feira (02/07), um apronto para apresentar as ações de defesa e coordenação do espaço aéreo durante a Reunião de Cúpula do BRICS, que ocorrerá no Rio de Janeiro, de 6 a 7 de julho.

A reunião ocorreu de forma híbrida, a partir do Rio de Janeiro (RJ). Militares das Forças Armadas, representantes de órgãos governamentais e entidades do setor de aviação e de segurança pública participaram do apronto.

O Adjunto do Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Coronel Aviador Diego Henrique de Brito, destacou a importância das medidas implementadas para garantir a segurança e a fluidez das operações aéreas ao longo do evento. “Com a ativação da Sala Master será feito o gerenciamento do ambiente operacional para utilização do espaço aéreo, por meio da interoperabilidade entre o serviço de navegação aérea, os usuários do espaço aéreo e a defesa aeroespacial”, destacou.

O Chefe da Divisão de Operações do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), Tenente-Coronel Aviador Marcio Rodrigues Ribeiro Gladulich, apresentou as ações de coordenação do espaço aéreo que serão realizadas a partir da Sala Master de Comando e Controle. O planejamento envolve a chegada e saída dos chefes de Estado e de Governo.

Foi detalhada também a criação das áreas de exclusão em determinadas porções do espaço aéreo brasileiro com tamanhos e níveis de acessos diferentes, tendo em vista a segurança e o impacto operacional durante o evento.

Todas as mudanças constam na Circular de Informação Aeronáutica (AIC) N 24/25. Elaborado pelo DECEA, o documento também divulga os procedimentos gerais e específicos a serem seguidos pelos pilotos em comando e pelos órgãos de controle de tráfego aéreo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) no decorrer do evento.

Todos os voos nas áreas de exclusão precisam de Plano de Voo Completo (PVC), equipamento transponder em funcionamento e comunicação com o controle de tráfego aéreo. Durante o período de ativação das áreas, as aeronaves que desrespeitarem as restrições e proibições estarão sujeitas à intervenção, persuasão e detenção previstas nas Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).

O evento exige coordenação entre o controle de tráfego aéreo e a defesa aérea para assegurar que as restrições sejam cumpridas. Uma Célula de Operações Local (COL) de Defesa Aérea será ativada no Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ) para atuar no controle das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.

Fotos: Fábio Maciel