CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Vigilância, controle e defesa do espaço aéreo brasileiro

Investimentos em tecnologia e capacitação técnica, somados à excelência dos serviços prestados pela FAB, garantem um sistema de navegação seguro, eficiente e de referência internacional
Publicada em: 20/02/2025 09:56
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Fonte: DECEA, por Denise Fontes
Edição: Agência Força Aérea

radar de vigilânciaA Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial na garantia da segurança da navegação aérea. A organização reúne recursos humanos, equipamentos e infraestrutura com a missão de prover a segurança e a fluidez de mais de dois milhões de pousos e decolagens por ano.

É de responsabilidade do DECEA dotar o País de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado, sendo o único no mundo que utiliza a mesma estrutura para as atividades de controle de tráfego aéreo e defesa aérea.

Além disso, o Departamento possui também uma rede de radares e centros de controles espalhados geograficamente, que fornece, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves no território nacional.

Defesa Aérea a serviço da soberania e proteção do paísControladores de Tráfego Aéreo

Os controladores de operações aéreas militares executam a vigilância do espaço aéreo, 24 horas por dia, sete dias por semana, controlam a aeronave de alerta durante o voo, além da defesa aérea permanente das áreas de interesse nacional.

Todo esse esforço soma-se aos mecanismos já existentes da Força Aérea, que emprega radares, satélites e aeronaves, cujo objetivo é a vigilância do espaço aéreo. Muitas dessas estruturas estão estrategicamente alocadas em áreas fronteiriças e buscam interceptar todo tipo de tráfego ilícito que possa transportar armas, contrabando ou drogas. Impede, assim, esse fluxo ilegal para o território brasileiro, evitando que ele alcance os grandes centros, sendo uma das maiores contribuições da FAB em prol da segurança do País.

SALVAEROPronta resposta salva vidas

O Brasil se destaca na América do Sul e figura entre os países que melhor se preparam para atender às vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos. Todos esses esforços combinados resultam em uma estrutura capaz de fazer frente aos desafios que se apresentam diariamente ao Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico.

Com atuação em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) tem por objetivo a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou de embarcações em perigo.

Para cumprir sua missão, o SISSAR tem como órgão central o DECEA, que é o responsável pelo planejamento, normatização e supervisão da atividade.SALVAERO

Além dos militares capacitados, há ainda aeronaves com tecnologia de ponta empregada para o cumprimento da nobre missão de salvar vidas. Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) verificar o sinal de alerta recebido por ocupantes de aeronaves ou embarcações em situações de perigo e transmiti-lo aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados nos Quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) – em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) –, e/ou aos Centros de Coordenação de Salvamento Marítimo (MRCC), conhecidos como SALVAMAR, que assumem a missão de prestar o serviço de busca e salvamento.

Todas as informações são criteriosamente analisadas e, confirmando a emergência, é acionado o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), para que disponibilize os meios aéreos que serão responsáveis por executar a missão de Busca e Salvamento.

Tecnologia de ponta

COpMO DECEA dispõe de modernos sistemas CNS/ATM (comunicação aeronáutica, navegação aérea, vigilância e gerenciamento de tráfego aéreo) estrategicamente distribuídos no território brasileiro, assim como profissionais abnegados e qualificados para o planejamento, normatização, manutenção, fiscalização e operação das complexas redes de comunicação.

Nos últimos anos, a Força Aérea Brasileira, por meio do DECEA, tem modernizado sua infraestrutura com novos radares e expansão da cobertura via satélite, melhorando a vigilância e a comunicação no espaço aéreo. Esses avanços proporcionam maior precisão no monitoramento e na resposta a situações críticas.

Atualmente, o DECEA opera uma rede de 7.079 equipamentos em todo o país, garantindo comunicação, navegação e vigilância aérea de forma contínua. Com uma disponibilidade operacional de 99,55%, esses sistemas são mantidos com altos padrões, assegurando a continuidade das operações, mesmo sob alta demanda.

“Os investimentos em tecnologia de ponta permitem à sociedade brasileira usufruir de um sistema de navegação aérea seguro, ágil, eficiente e alinhado às melhores práticas internacionais. Esses serviços são conduzidos por profissionais altamente capacitados e preparados para executar a sua missão com excelência”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Fotos: DECEA