A Força Aérea Brasileira (FAB) assumiu, no dia 06/10, a função de proteger o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Rio de Janeiro (RJ), anteriormente sob a responsabilidade da Marinha do Brasil (MB). A cerimônia de passagem ocorreu durante uma solenidade militar realizada no mausoléu da construção histórica. O evento, organizado pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), faz parte do calendário do Mês da Asa, que celebra o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira, comemorados em outubro. Durante a cerimônia, foram depositadas coroas de flores em homenagem ao Soldado Desconhecido.

Em seu discurso, o Comandante do III COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Rodrigo Fernandes Santos, destacou a importância dos militares que combateram na Segunda Guerra Mundial para a nação. "Os combatentes brasileiros, oriundos dos mais distantes rincões do país, destacaram-se pela coragem, obstinação, letalidade e, paradoxalmente, ternura que demonstraram em meio a tanto caos e dor. Cada um deles levou consigo ao teatro de operações não apenas as competências militares, mas também a essência de um povo que, apesar das dificuldades, nunca deixou de lutar por seus ideais", enfatizou.

Estiveram presentes na solenidade o Comandante do 1º Distrito Naval, Vice-Almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo; o Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, General de Divisão Jorge Augusto Ribeiro Cacho; o Diretor do Monumento, Coronel Luciano Allevato Magalhães; além de outros Comandantes, Chefes e Diretores de Organizações Militares das Forças Armadas.

O Monumento

No local, estão enterrados 466 combatentes mortos no teatro de operações europeu. O espaço também conta com um museu aberto ao público de terça a domingo, das 9h às 17h.

Inaugurado em 5 de agosto de 1960, o Monumento foi idealizado pelo Marechal Mascarenhas de Moraes, que, enquanto General de Divisão, comandou a 1ª Divisão de Exército da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no front italiano.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, o Marechal organizou uma missão para repatriar os restos mortais daqueles que, em defesa dos ideais de liberdade e democracia, sacrificaram suas vidas. Essa missão foi sintetizada por sua célebre frase: "Eu os levei para o sacrifício, cabia-me trazê-los de volta".

Devido à importância do Monumento para o Brasil, sua guarda é composta por efetivos das Forças Armadas, que se revezam mensalmente. Nos meses de junho, agosto e outubro são realizadas solenidades de passagem festiva. Em outubro, a passagem é organizada pela FAB, e o evento faz parte do calendário do Mês da Asa.

Fotos: Soldado Chaves / III COMAR