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Aeronave Remotamente Pilotada e helicóptero operam juntas para resgate no RS
Desde a tarde deste domingo (05), a Força Aérea Brasileira passou a empregar Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), o RQ-900, nos resgates às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. No início da tarde desta segunda-feira, essa aeronave completou mais de 24 horas de voo ininterruptas, cobrindo uma área superior a 1.351 km2. Ao longo da madrugada, foram realizadas três missões apoiadas pelo RQ-900, totalizando 36 resgatados.
Na noite de domingo (5), o Esquadrão Hórus atuou em conjunto com o Esquadrão Pantera, operando um helicóptero H-60L Black Hawk, no resgate de 17 pessoas vítimas das chuvas na região de Agudo (RS). O helicóptero recebeu coordenadas do RQ-900 e, chegando próximo ao ponto de resgate, também seguiu a sinalização a laser da ARP, visualizada por meio de óculos de visão noturna (OVN) utilizados pela tripulação do Black Hawk. Os resgatados foram levados para uma área seca em Agudo (RS).
Outra missão foi acionada para o mesmo ponto com o objetivo de resgatar mais vítimas e também transportar água e alimentos para os ilhados que optaram por não deixar o local. Além de identificar pessoal isolado ou em situação de risco, o RQ-900 da FAB monitora bloqueios em rodovias e estradas vicinais, áreas de risco de desmoronamento e instalações avariadas ou destruídas na região.
As aeronaves RQ-900 (Hermes) possuem sensores com câmeras de alta definição para obtenção de imagens, além da iluminação com marcador laser. O RQ-900 Hermes voa a mais de 9.000 metros de altura e tem autonomia superior a 24 horas.
Operada pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) - Esquadrão Hórus, sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM), a aeronave é utilizada também em missões de apoio aos órgãos de segurança pública.
Os sistemas do RQ-900, aliados aos óculos de visão noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles), proporcionam um considerável aumento na capacidade operacional, ao apoiar missões em variados tipos de cenários, aumentando a segurança de voo e potencializando o emprego dos meios aéreos em condições de baixa visibilidade.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), sediado em Brasília (DF), atua na coordenação dos meios aéreos empregados na Operação Taquari II. De uma maneira integrada e remota, efetua o planejamento, o acompanhamento e o controle de todas as operações aéreas efetuadas nas áreas de enchente.
Imagens: Esquadrão Hórus e Esquadrão Pantera