MODERNIZAçãO

Aeronave T-27 modernizada chega ao DCTA

Aeronave vai compor frota do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), localizado em São José dos Campos (SP)
Publicada em: 22/09/2022 21:05
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Fonte: IPEV, por Capitão Guilherme
Edição: Agência Força Aérea

O Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, conduziu, no dia 15 de setembro, a aeronave T-27 modernizada (T-27M) de Lagoa Santa (MG) até o Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), em São José dos Campos (SP).

Após o pouso, bombeiros da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) deram as boas-vindas com o tradicional banho de batismo, que contou com a participação do Diretor do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), Coronel Aviador Luiz Marcelo Terdulino de Brito. Logo em seguida, o Tenente-Brigadeiro Medeiros passou às mãos do Diretor do IPEV, Coronel Aviador José Ricardo Silva Scarpari, o livro de registro do avião, ao som de canções entoadas pela Banda de Música e diante da tropa do Instituto, composta por pilotos, engenheiros, mecânicos e técnicos que participaram do projeto desde o desenvolvimento do protótipo da aeronave modernizada.

Modernização do T-27

O voo representou a entrega da aeronave modernizada, após um trabalho sinérgico realizado entre o IPEV e o IFI, iniciado em 2020. As Organizações contribuem para o processo de modernização do T-27 com ensaios que avaliam a funcionalidade, o desempenho e a confiabilidade dos novos sistemas, que agora se apresentam em Glass Cockpit, tendo como base regulamentos aeronáuticos e técnicas especializadas.

O conceito Glass Cockpit tornou possível, nessa aeronave, voos e aproximações para pouso baseados em posição satelital e em performance, ou seja, mais diretos e precisos, além do envio e recepção de informações para o controle de tráfego aéreo por meio do Sistema de Vigilância Aérea Dependente Automática por Radiofusão (ADS-B), que consiste em uma tecnologia de vigilância na qual uma aeronave determina sua posição via navegação por satélite e a transmite periodicamente para estações de solo, permitindo que seja rastreada pelo controle do espaço aéreo.

Dessa forma, utilizando do conhecimento adquirido na Escola de Formação de Ensaios em Voo (EFEV), os profissionais do IPEV amparam o aperfeiçoamento da Força Aérea Brasileira (FAB), seja na incorporação de novas capacidades, seja no aprimoramento das já existentes, contribuindo para a segurança de voo, bem como para o cumprimento da missão institucional.

“Essa modernização do T-27M contribui para elevar o nível da formação dos nossos cadetes e ressalta o alto grau de competência dos integrantes do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMALS), IPEV e IFI. Ratifica, ainda, a excelência que buscamos como instituição, provendo equipamentos de última geração, alinhados com as demandas do século XXI. De forma marcante, o T-27M retorna para o DCTA, local onde foi concebido e desenvolvido para conquistar posição de destaque como aeronave de instrução”, ressaltou o Diretor-Geral do DCTA.

No total, 42 aeronaves devem ser modernizadas, com o objetivo de introduzir ou alterar características técnicas e logísticas nos sistemas ou materiais em uso na Aeronáutica, tanto para atualizá-los, quanto para ajustar seu desempenho às necessidades específicas da atualidade.

“No IPEV essa magnífica máquina também acompanhou várias gerações de pilotos e engenheiros que compartilharam momentos de tensão e de altíssima carga de trabalho na nobre missão de forjar as tripulações que hoje testam as modernas e recém-chegadas aeronaves da FAB, como os Gripens e o KC-390. T-27M: Seja muito bem-vindo ao IPEV e ao DCTA. Saiba que nossa ligação é anterior ao seu primeiro voo e que ainda teremos muitas horas para compartilharmos juntos na imensidão do céu, prevendo, formando e testando a Força Aérea do amanhã”, afirmou o Diretor do IPEV, Coronel Scarpari.

Sobre o T-27M

O T-27 Tucano nasceu de uma necessidade da FAB em substituir o T-37C, que era utilizado na instrução avançada da formação de pilotos na Academia da Força Aérea (AFA). Com um desenho avançado para a época em que foi desenvolvido e com características diferenciadas para treinadores do tipo, o Tucano tornou-se uma referência em desempenho e estabeleceu um novo padrão. Não por acaso, a aeronave foi escolhida para ser utilizada em demonstrações da Esquadrilha da Fumaça e, em pouco tempo, tornou-se um símbolo brasileiro que conquistou o mundo.

Revisão: DCTA, por Tenente Carolina Redlich

Fotos: Cabo J. Alves / DCTA

Com informações da Agência Força Aérea