ESPAÇO AÉREO

DECEA publica Relatório Comparativo de Tráfego Aéreo

Documento apresenta dados estatísticos das operações aéreas realizadas nos principais aeródromos brasileiros
Publicada em: 21/08/2020 14:39
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Fonte: DECEA
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Monteiro

A partir de agosto de 2020, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), disponibiliza no Portal Operacional do CGNA (clique na aba Recursos), o Relatório Comparativo de Tráfego Aéreo, documento que apresenta dados estatísticos das operações aéreas realizadas nos principais aeródromos brasileiros, por meio de uma análise comparativa entre os mesmos períodos de 2020 e de 2019.

O Chefe da Divisão de Operações do CGNA, Tenente-Coronel Aviador Fábio da Silva Santos, comenta que o Centro atua de forma colaborativa com todos os stakeholders da indústria aeronáutica com o objetivo de estruturar ações que permitam adequar a capacidade do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) ao incremento gradual da demanda. “Além disso, a otimização do espaço aéreo, com a possibilidade de utilização de rotas mais diretas, vem contribuindo com a sustentabilidade do sistema de transporte aéreo. Já o Relatório Comparativo tem por finalidade que seus dados estatísticos possam auxiliar a comunidade aeronáutica nas tomadas de decisões nos mais variados níveis”, explica o Oficial.

Plano de Retomada

Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a COVID-19 atingiu o status de pandemia, o que levou diversos países a fecharem suas fronteiras, acarretando severas medidas restritivas à indústria de transporte aéreo.

Considerando o caráter transitório do atual cenário, o CGNA desenvolveu um plano de ação visando equilibrar a capacidade do SISCEAB às demanda da aviação. O Plano de Operações – Retomada COVID-19 foi desenvolvido de maneira colaborativa com os stakeholders do SISCEAB, sob as circunstâncias excepcionais da pandemia COVID-19.

Entre as ações coordenadas no fórum do Plano de Operações – Retomada COVID-19, destacam-se, entre outras, a criação das Rotas Opcionais (elaboradas em atendimento às necessidades dos usuários e com a anuência dos órgãos de controle), visando a redução de distâncias e a economia de combustível das empresas aéreas, bem como a aplicação do conceito de Rotas Diretas nas Regiões de Informação de Voo (FIR, do inglês Flight Information Region) Amazônica e Recife e o desenvolvimento de Rotas Táticas, que incluem encurtamentos de trajetórias de subida (aeronaves decolando) e de descida (aeronaves chegando). Enquanto as Rotas Opcionais e Rotas Diretas permitem a redução do combustível já no preenchimento do plano de voo, as Rotas Táticas são autorizadas após análise dos controladores, no momento do voo.

Iniciativa viabiliza redução de cerca de 2 mil toneladas de combustível

Em levantamento preliminar apresentado pelas principais empresas aéreas nacionais, houve considerável redução no consumo de combustível decorrente das ações realizadas no âmbito do Plano de Operações – Retomada COVID-19, conforme pode ser observado no gráfico.

 

Relatório Comparativo de Tráfego Aéreo

Nesse contexto, por conta da pandemia em 2020, o CGNA desenvolveu o Relatório Comparativo de Tráfego Aéreo, documento que contém dados estatísticos que viabilizam à indústria, prestadores de serviço, usuários e demais stakeholders do SISCEAB, a evolução das operações aéreas nos principais aeródromos do país, no contexto da pandemia.

No documento, os gráficos têm por objetivo viabilizar ao leitor uma noção precisa do comportamento do tráfego aéreo como um todo, nos principais aeródromos brasileiros. A intenção é que eles possam servir de suporte à decisão nos mais variados níveis da comunidade aeronáutica.

A cada semana, uma nova edição do relatório será disponibilizada no Portal Operacional do CGNA. Ao viabilizar o provimento desta importante fonte de dados, a organização busca intensificar, ainda mais, sua colaboração com a evolução segura, eficaz e sustentável da circulação aérea, sobretudo, no contexto desafiador do atual momento pelo qual passamos.

Fotos: Tenente Enilton; Sargento Johnson; Sargento Rezende / CECOMSAER