FORMAÇÃO

Cadetes aviadores da AFA iniciam instrução aérea

Após quase um ano e meio de preparo, é hora de aplicar a teoria e realizar os primeiros voos no T-25 Universal. Antes, os cadetes realizaram instruções de salto de emergência
Publicada em: 02/04/2019 14:25
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Fonte: AFA e Ala 5
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Emília Maria - Revisão: Capitão Monteiro

As Cadetes são instruídas sobre a inspeção externa da aeronave T-25O momento mais esperado pelos cadetes aviadores na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), começou nessa segunda-feira (01/04): o início da instrução aérea no T-25 Universal - a “máquina de sonhos”, como eles mesmos costumam apelidar a aeronave que dá asas aos pilotos militares da Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa por esse momento é inevitável, como explica o Cadete Aviador Maurício Quevedo Fachinetti. “A ansiedade é grande e o nervosismo aumenta, mas tenho certeza de que fizemos a nossa parte na preparação teórica no período antes dos voos. Resta agora absorver os conhecimentos passados pelos instrutores, agir com profissionalismo e manter o foco", conta.

Instrutor ministra briefing ao cadete antes do vooApós quase um ano e meio de preparo, chegou a hora de aplicar a teoria e dar os primeiros passos para dominar o equipamento. Além da intensa rotina com as disciplinas na Divisão de Ensino, a formação militar e doutrinária do Corpo de Cadetes e o treinamento físico diário, os cadetes aviadores encontram outro desafio que é o estudo da atividade aérea e da aeronave. “Procuramos estudar tudo o que sabemos que pode ser cobrado e, muitas vezes, até o que não vai ser cobrado, para que não haja surpresas e estejamos preparados para qualquer situação que venha acontecer”, explica o Cadete Aviador Pedro Velasco Trindade.

Cadete realiza inspeção externa supervisionada pelo instrutorComo manda a tradição, os cadetes da Turma Mihos chegaram no 2º Esquadrão de Instrução Aérea (2º EIA) às 5h50 da manhã e foi procedida a apresentação do grupamento ao Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar David Almeida Alcoforado. Logo depois, foi realizada a leitura das escalas, os briefings com os instrutores e as primeiras decolagens.

O ano de 2019 será intenso também para o 2º EIA e seus instrutores de voo, responsáveis pela instrução aérea primária, ou seja, o momento em que o cadete tem seu primeiro contato com um avião. Com as mudanças no currículo dos cursos oferecidos pela AFA, o voo deixa de ser no segundo e no quarto ano e passa para o primeiro e para o quarto ano. Desse modo, em 2019, duas turmas serão formadas no T-25 Universal: Esquadrão Mihos, no primeiro semestre, e Esquadrão Anúbis, no segundo semestre. “Temos pela frente um desafio inédito para o esquadrão: serão mais de 5.500 horas de voo, 4.500 missões e 11.000 pousos”, diz o Comandante do 2º EIA, Major Aviador Carlos Otávio Nunes da Silva.

 

Cadetes treinam para o salto de emergênciaSalto de Emergência

No período de 11 a 31 de março, o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) ministrou a Instrução de Salto de Emergência para os Cadetes do 1º Esquadrão da Academia da Força Aérea (AFA) - Esquadrão Anúbis, em Pirassununga (SP), com a finalidade de instruí-los a abandonarem uma aeronave numa situação de risco.

Após o treinamento em solo, os cadetes realizam salto realO treinamento abrange instruções teóricas e práticas sobre o manuseio de equipamentos de paraquedismo, aulas de aterragem - para saber como chegar ao solo com segurança - e uma intensa rotina de treinamento físico. Os cadetes participaram, ainda,  de instrução dentro de um protótipo da aeronave C-115 Búffalo e, no último dia do exercício, foi realizado o salto real a partir da aeronave C-105 Amazonas.

“A instrução capacita o cadete, técnica e emocionalmente, a abandonar a aeronave militar em situação de emergência. O PARA-SAR é o responsável pelo preparo dos cadetes nessa atividade por ser referência em paraquedismo não só naCadetes realizam instrução de salto de emergência FAB, mas também para as outras Forças Armadas”, explica o Capitão de Infantaria José Ivan Pedroza, um dos instrutores.

A instrução é um pré-requisito para que os cadetes possam iniciar os voos na aeronave T-25 Universal. 

Além dos alunos da AFA, participaram desta atividade 10 oficiais do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval.

Fotos: Tenente Inforzatto, Sargento Gaedke, Soldado Carriço/AFA e Diego Epiphanio