MEMÓRIA

Mostra relembra participação da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra

Acervo reúne, entre os dias 18 de maio e 5 de julho, manuscritos, fotografias, objetos e comendas
Publicada em: 18/05/2018 17:00
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Fonte: Ministério da Defesa
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Jonathan Jayme - Revisão: Cap Oliveira

Autoridades da Defesa acompanham lançamento da exposição“Entre a Saudade e a Guerra": este é o nome da exposição aberta nesta quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, pelo Presidente Michel Temer, em homenagem à memória dos veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB). O evento reuniu ministros, autoridades da Defesa, comandantes das Forças Armadas, ex-combatentes e familiares, representações de militares e convidados.

A exposição, aberta ao público até o dia 5 de julho, reúne manuscritos originais, fotografias, objetos e comendas, além de relíquias como a bandeira brasileira usada pelo Marechal Mascarenhas de Moraes na campanha italiana, representando os atos de bravura dos valorosos soldados brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial.

Coronel Nestor da Silva relembra histórias da guerra durante o eventoEm seu pronunciamento, o ministro da Defesa interino, Joaquim Silva e Luna, disse que o Brasil pagou sua conta com moeda de sangue e de honra, e ressaltou que a exposição agora aberta, além de ser uma iniciativa louvável para preservação da nossa história, destaca a nossa capacidade de superação e remete-nos a reflexão e ao recolhimento, para melhor reforçar os nossos valores. E ainda ordena a nossa consciência a prestar uma reverente continência a esses heróis e aqueles que sofreram a dor de suas perdas, bem como os que difundiram os seus feitos e se guiaram pelos seus exemplos de coragem, bravura, abnegação e patriotismo. Relembrou, ainda, que os militares continuam preservando os mesmos valores pelos quais os pracinhas lutaram há 73 anos, que é a liberdade, a democracia e a paz.

Entre os destaques do acervo estão as correspondências trocadas entre os militares e seus familiares, descrevendo de maneira muito peculiar e, invariavelmente, emocionante, o dia a dia durante o período do conflito, revelando a saudade entre os veteranos e seus entes queridos e da nossa terra, bem como descrevendo as angústias que um episódio deste tipo causa.

As irmãs Elizabeth e Miriam De Léo representam o pai, ex-integrante da FEBAs irmãs Elizabeth e Miriam De Léo, filhas do veterano Leonardo De Leo, se disseram honradas em serem descendentes de alguém tão importante para a nação. Soldados que foram a outro país lutar e cumpriram o seu papel. “Meu pai ajudou a salvar muitas crianças e idosos italianos”, disse uma delas.

O Presidente Temer destacou que à medida que o tempo passa a memória da FEB torna-se ainda mais cara ao Brasil. “O sacrifício dos nossos pracinhas no solo estrangeiro sempre há de inspirar em cada um de nós um profundo sentimento de respeito”, disse. "Não há homenagem que seja o bastante para exaltar aqueles que, sob o comando de Mascarenhas de Moraes, enfrentaram a morte em nome da liberdade", completou o Presidente.

Estudantes conhecem itens do acervo como manuscritos, fotos e objetosNo alto dos seus 100 anos, o Coronel Nestor da Silva, que atuou na FEB, disse que estava muito feliz com a homenagem e com a cerimônia, e que o evento lhe trazia a recordação de que enfrentaram um inimigo que se julgava superior e venceram.

Já a aluna do Colégio Militar Mikaely Cristine Alves de Souza, de 16 anos, representando as futuras gerações, disse que, ao contemplar o coronel Nestor, o sentimento que lhe veio à mente foi de admiração. “Pensar que alguém foi lá na Itália lutar e agora está aqui, na nossa frente, contando o que viveu lá, é incrível. Acho que ele passa uma palavra de dever cumprido. Sinto orgulho quando olho para ele”, disse emocionada.