ORDEM DO DIA
Dia do Material Bélico da Aeronáutica
Ao efetuar uma retrospectiva na história da Força Aérea Brasileira, identificamos as passagens gloriosas de seu batismo de fogo nos campos de batalha da Europa.
Em 06 de outubro de 1944, sob o comando do Tenente-Coronel Aviador Nero Moura, chega à cidade de Livorno, na Itália, o 1º Grupo de Aviação de Caça, composto por 350 militares brasileiros, comprometidos em defender os interesses da Pátria na Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente, o 1º Grupo de Caça passou a fazer parte do Grupo de Caça 350, da Força Aérea Norte-Americana, juntando-se a outros três esquadrões daquele país. Os pilotos brasileiros iniciaram as operações, compondo esquadrilhas mescladas com pilotos americanos.
Em novembro, o 1º Grupo de Caça passou a planejar suas próprias missões, operando de sua Base em Tarquinia. Assim, a data de 11 de novembro de 1944, representou um marco inquestionável na campanha da FAB na Itália, pois, a partir dela, a Força Aérea Brasileira operou de forma independente, com suas aeronaves armadas pelo seu próprio efetivo de especialistas, chefiados pelo então 2º Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado.
Nessa Campanha, o 1º Grupo de Caça voou um total de 5.465 horas de voo em combate, utilizando em cada aeronave P-47, 08 metralhadoras calibre 0.50 mm, 06 foguetes, de 5 polegadas, e até 1.134 kg de bombas, entre bombas de demolição de 500 libras, bombas de fragmentação e incendiárias, sendo lançados um total de 4.442 artefatos deste tipo.
É com a mente voltada para o passado e com os olhos focados no futuro, que renovamos o nosso culto e a homenagem àqueles homens que com sua competência, trabalho árduo, idealismo, dedicação e profissionalismo, escreveram páginas de expressivo e incalculável valor.
Os militares e profissionais de hoje avocaram a responsabilidade de manter o mesmo espírito altivo e guerreiro, em busca do cumprimento da missão, contribuindo de forma efetiva para o fortalecimento do braço armado da Aeronáutica e para a projeção de Força da Nação Brasileira dentro do atual cenário regional e mundial.
O Sistema de Material Aeronáutico e Bélico (SISMAB) nos exige, a todo tempo, atenção e valorização por essa atividade bélica que diferencia a aviação militar.
A luta diuturna por buscar um sistema cada vez mais operacional, eficiente e engajado no cumprimento da missão da FAB é o objetivo principal do trabalho desenvolvido atualmente pelos homens e mulheres do SISMAB.
Hoje, o SISMAB, dirigido pela Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico e operacionalizado pelo PAMB-RJ, é composto por 33 remotos e 314 operadores. Sob sua imensa responsabilidade se encontram o planejamento, a supervisão e o controle das atividades de aquisição, manutenção, distribuição e suprimento de itens bélicos para toda a Força. Além de administrar e coordenar 41 projetos bélicos de suma importância para a Força, sendo os principais: Pistola, Fuzil, Canhão, Lançador, Equipamento Óptico, Equipamento Eletrônico, CADPAD, Harpoon, Python 3, Python 4, Derby, Igla S, A-Darter, Ataka, Reccelite, Litening, Bomba, Foguete, Torpedo, Metralhadora, Casulo, Cartucho Especial, Segurança Orgânica, Granada, Espingarda, Munição, Material de Demolição, Lizard, SKYSHIELD, Alvo Aéreo, Alvo Diana, Pirotécnico, dentre outros.
Aos homens e às mulheres integrantes do Sistema de Material Aeronáutico e Bélico, que fazem “Da Força! O Sabre!”, parabéns pela contribuição e empenho nessa atividade tão importante. Continuem motivados e convictos da responsabilidade que possuem em manter a Força preparada para a guerra e, deste modo, garantindo a paz.
Parabéns pelo Dia do Material Bélico da Aeronáutica!
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2017.
Tenente-Brigadeiro do Ar PAULO JOÃO CURY
Comandante-Geral de Apoio