ESPAÇO AÉREO

Reunião debate demandas dos praticantes de aerodesportos

A iniciativa visa regular as atividades aerodesportivas no Brasil com vistas à manutenção da segurança operacional
Publicada em: 30/07/2017 07:00
Imprimir
Fonte: DECEA e SRPV-SP
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Elias

O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), sediou a Reunião Participativa para Regulação de Aerodesportos promovida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Durante o evento, que aconteceu no dia 19 de julho, cerca de 50 praticantes de aerodesportos das áreas de voo livre, balonismo, voo a vela, paraquedismo, acrobacias aéreas, além de operadores de aeronaves desportivas e veículos ultraleves puderam expor e discutir com representantes da ANAC e da FAB as suas demandas.

A iniciativa da ANAC é motivada pela criação de um grupo de trabalho que visa regular as atividades aerodesportivas no Brasil com vistas à manutenção da segurança operacional. Segundo o diretor da ANAC, Ricardo Sérgio Maia Bezerra, trata-se de um projeto prioritário para a Agência. “A regulamentação é difícil, pois há um limiar entre a liberdade dos esportistas e a preocupação com a segurança da aviação e, para isso, contamos com o apoio de toda a comunidade aeronáutica”, afirmou Bezerra na abertura do evento.

Representando o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Chefe do Subdepartamento de Operações, Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, apresentou a necessidade de uma formação mínima aos aerodesportistas. “Para uma boa convivência entre a aviação e os aerodesportos, há necessidade de um treinamento voltado aos praticantes para que tenham conhecimento e atuem com segurança. Essa é uma preocupação do DECEA e é muito importante que seja desenvolvida uma cultura aeronáutica voltada principalmente para a segurança”, ressaltou o Oficial-General.

De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), os casos de mau uso de espaço aéreo vêm aumentando. No primeiro semestre deste ano foram reportadas 359 ocorrências com balões no Brasil, no ano passado, no mesmo período, foram 241 notificações.

Fotos: Tenente Simone Dantas