HOMENAGEM

Cadete dos Estados Unidos recebe o Prêmio Força Aérea Brasileira

Em julho, inicia-se o programa de intercâmbio FAB/USAFA
Publicada em: 12/06/2017 09:00
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Fonte: Adidância EUA/ Canadá, por Cel. Francalacci
Edição: Agência Força Aérea, por Aspirante Raquel Timponi

O Cadete Jared Smithson da Academia da Força Aérea dos Estados Unidos (USAFA) recebeu o Prêmio Força Aérea Brasileira, em cerimônia realizada no último 22 de maio, na sede da USAFA.

O motivo da agraciação foi o destaque do aluno no estudo da língua portuguesa e da cultura brasileira no último ano de formação, contribuindo para melhor integração e entendimento entre as Forças Aéreas do Brasil e dos Estados Unidos.

O Prêmio Força Aérea Brasileira é tradicionalmente concedido aos primeiros colocados dos Cursos de Formação de Oficiais e Sargentos no Comando da Aeronáutica. Este ano, o Comandante da Aeronáutica estendeu a outorga a Cadetes de Forças Aéreas de nações amigas, que tenham se destacado no estudo do Brasil ou da Força Aérea Brasileira.

Segundo o Tenente-Coronel Saint-Clair Lima da Silva, oficial de ligação da FAB e instrutor na USAFA, representante do Adido Aeronáutico no evento e incumbido de ser o responsável pela entrega do prêmio, "o Cadete Jared Smithson foi escolhido não somente pela dedicação e pelo desempenho acadêmico demonstrados no estudo da língua portuguesa ao longo dos quatro anos de formação, quando alcançou a média geral 9.3. Presidente do Clube de Português da USAFA, o Cadete Smithson destacou-se também por ter motivado o estudo da língua portuguesa entre os cadetes da Academia e por ter buscado promover o entendimento e a interação com a cultura brasileira por meio da organização de diversos eventos na USAFA".

Idioma Português na USAFA

Na USAFA, a língua portuguesa foi incluída na lista de idiomas oferecidos aos cadetes há cerca de nove anos. A Academia Americana atende a diretivas do Departamento de Defesa dos EUA, que reconhece a importância de estreitar relações com o Brasil. Atualmente, mais de duzentos cadetes dedicam-se ao aprendizado do português e realizam cursos básicos e avançados da língua, que abordam literatura, cultura, forças armadas e política brasileira.

Os cadetes americanos devem estudar obrigatoriamente e, por um mínimo de um ano, um dos oito idiomas estrangeiros oferecidos pela Academia: alemão, árabe, chinês, espanhol, francês, japonês, português ou russo. Depois desse primeiro ano, podem optar por continuar ou não seus estudos na língua escolhida. A grande maioria dos cerca de 4.200 cadetes opta por avançar nos estudos, em função das muitas oportunidades que o domínio de uma língua estrangeira lhes proporciona.

Declarado Segundo-Tenente da Força Aérea Americana no dia 24 de maio, Jared Smithson expressou sua alegria por ter sido o primeiro Oficial da Força Aérea Americana a receber o prêmio. “Estou muito honrado por receber essa distinção da Força Aérea Brasileira. Tenho paixão pelo povo do Brasil e pretendo prosseguir estudando Português ao longo da minha carreira na Força Aérea Americana”, revelou.

Na audiência da cerimônia de entrega do prêmio, o cadete citou uma frase do presidente americano Richard Nixon, que ele acredita retratar bem a importância do Brasil: “para onde vai o Brasil, vai o restante da América Latina”.

Programa de intercâmbio FAB e USAFA

Ainda como parte desse esforço por um maior entendimento e interoperabilidade entre a FAB e a USAFA, em julho de 2017 inicia-se um programa de intercâmbio entre cadetes das Academias das Forças Aéreas do Brasil e dos Estados Unidos.

Durante o período do intercâmbio, quatro cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) brasileira cursarão um semestre letivo na Academia Norte-Americana, enquanto três cadetes da USAFA permanecerão cerca de seis meses na AFA, em Pirassununga (SP).

A parceria propõe que os cadetes sejam submetidos às mesmas avaliações e trabalhos acadêmicos que os demais cadetes da Academia anfitriã, sujeitos à rotina programada para os militares da USAFA e da AFA, tais como treinamentos militares, físicos e inspeções. O intercâmbio foi estruturado para que o cadete vivencie toda a experiência da academia que o recebe.