ENSINO

Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica realiza exercício de guerra simulada

Objetivo é aperfeiçoar o planejamento, coordenação e controle de operações militares conjuntas
Publicada em: 08/11/2016 15:30
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Evellyn Abelha

Cerca de 100 oficiais da Força Aérea Brasileira participam do exercício de guerra simulada AZUVER até a próxima quarta-feira (09/11). A atividade tem como cenário a disputa entre dois países, Azul e Vermelho, que lutam pela região de Topázio. O principal objetivo é aperfeiçoar os oficiais superiores no planejamento, coordenação e controle de operações militares entre as Forças Componentes.

O Exercício AZUVER faz parte do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR). O exercício envolve também militares da Marinha e do Exército. "O importante é conhecermos cada vez mais a outra Força", afirmou o Chefe de Operações Conjuntas (CHOC) do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), General de Exército Cláudio Coscia Moura durante visita à ECEMAR.

O conflito simulado AZUVER faz parte da fase final do CCEM, que dura cerca de 10 meses. Os alunos são levados a utilizar os novos conhecimentos e a bagagem profissional adquirida ao longo da carreira.

Azul x Vermelho

A AZUVER é uma manobra de dupla ação, ou seja, um país contra outro e as interações de combate entre as forças aéreas acontecem por meio de um software de apoio ao planejamento e condução das operações aéreas. Apesar de todas as ações ocorrem em ambiente virtual, o esforço dos participantes é real. Isso porque os processos e os planejamentos para que a atividade aconteça é o mesmo exigido para um conflito fora das telas.

Os militares trabalham com base nas condições de cada país - desde as forças militares até a infraestrutura energética; os meios disponíveis para o conflito; localizações de aeródromos; alvos e outros fatores inerentes ao conflito simulado. A partir desse contexto, as missões são preparadas por especialistas em operações aéreas, logística, estratégia, inteligência e demais áreas que integram a Força Aérea Componente (FAC).

O Chefe da Subdivisão de Doutrina Militar da ECEMAR, Coronel Angelo Damigo Tavares, explica os desafios da atividade. "A rotina é bastante apertada em termos de tempo, então os alunos têm que se adaptar e produzir em um curto período. Eles precisam analisar e interpretar os documentos e produzir tudo o que diz respeito ao planejamento, ou seja, trabalhar os processos originados no Comando Conjunto e dirigidos à FAC. Além disso, as três Forças possuem características peculiares de operação. Conhecer mais profundamente a outra Força também é um desafio".