OPERACIONAL

Aviadora da FAB integra tripulação de apoio ao PROANTAR

Vento forte, pouca visibilidade e muita neve fazem parte das missões na Antártica
Publicada em: 02/11/2016 08:00
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Fonte: 1º/1º GT
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Emília Maria

O Esquadrão Gordo, da Força Aérea Brasileira (FAB), partiu do Rio de Janeiro, na segunda-feira (31/10), para mais uma missão na Antártida, em apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), levando pesquisadores e realizando a troca do pessoal da Marinha do Brasil.

"Hoje (02/11) voamos para a Antártica se as condições meteorológicas permitirem", prevê a Capitão Aviadora Joyce de Souza Conceição, que no dia 20 de outubro, realizou seu primeiro pouso como tripulante antártico, tornando-se a primeira piloto brasileira a pousar naquele continente.

A militar faz parte do quadro de tripulantes antártico há um ano e já havia realizado voos no local anteriormente, mas pousar é uma etapa mais avançada. "O pouso é uma evolução natural das missões e o sucesso dele é o resultado do bom trabalho e da total dedicação de cada militar envolvido", explica a Capitão.

Segundo a piloto, a operação na Antártida requer o máximo de atenção e cuidado por parte de todos os membros da tripulação. "No momento da aproximação, o vento estava forte e a visibilidade era restrita, mas o alto grau de treinamento dos tripulantes permitiu que tudo fosse realizado em segurança, que é sempre o aspecto mais importante", relata. Ela destaca que só são habilitados a operar na Antártica tripulantes a partir do quarto ano de permanência no Esquadrão Gordo e que tenham mais de 800 horas de missões na aeronave.

A missão na qual ela realizou seu primeiro pouso na Antártida foi um intercâmbio com a Força Aérea Chilena, visando a troca de experiências sobre a utilização daquela pista. O vento de intensidade superior a 30 nós (55km/h), a pista coberta de neve e com apenas 1292 metros de comprimento, normalmente avistada apenas na altitude mínima de descida, devido ao baixo teto e visibilidade, são características comuns à região.

Apoio - Desde 1983, ano de criação da Base Antártica Comandante Ferraz, no Polo Sul, o Esquadrão Gordo realiza, dez vezes ao ano, missões de apoio aerologístico aos militares e pesquisadores brasileiros do PROANTAR. O projeto é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas que buscam ampliar o conhecimento sobre os fenômenos naturais que ali ocorrem, bem como seu reflexo sobre o território brasileiro. "Sabemos da importância científica e geopolítica da manutenção de nossa estação de pesquisa no continente gelado. É uma grande responsabilidade e honra ser mais uma pessoa que faz parte dessa missão. Especialmente como parte do único esquadrão da FAB que ali opera há mais de 30 anos", comemora a Capitão Joyce.

Assista ao programa FAB em Ação especial sobre as missões na Antártida: